Imposto de 200 produtos importados deve subir
O Mercosul deve aprovar na próxima semana mais uma medida para proteger os mercados locais da concorrência de importados. Técnicos de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai discutem a ampliação do número de produtos que terão o Imposto de Importação elevado.
O Brasil defende uma relação com 200 itens, segundo a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres. A Argentina quer uma lista com 400 produtos. No segundo semestre do ano passado, em meio ao agravamento da crise internacional, o bloco anunciou a implementação de uma lista com até 100 itens para cada país que teriam aumento do Imposto de Importação para produtos provenientes de mercados fora do bloco.
Nesses casos, o imposto que, em média, é de 12% a 13%, pode chegar a 35%, a alíquota máxima permitida pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Tatiana acredita que a ampliação da lista será aprovada durante a reunião de cúpula do Mercosul, que será realizada entre os dias 26 e 28 de junho na província de Mendoza. Segundo ela, o Brasil concorda chegar a 200 itens, conforme já tinha defendido no passado, quando a criação da lista foi aprovada.
Outro ponto de discordância com a Argentina é sobre o critério de definição dos produtos. O Brasil defende que cada país tenha autonomia para fazer a própria lista. O governo argentino quer uma lista única, com os mesmos produtos e alíquotas para os sócios do Mercosul. A medida dá mais fôlego aos setores afetados pela concorrência dos importados, mas é menos radical que a proposta apresentada pela Argentina no mês passado. Buenos Aires defendeu uma elevação generalizada da Tarifa Externa Comum (TEC) até o limite permitido pela OMC. O Brasil foi contra.
Terceira semana de junho tem superávit de US$ 389 milhões
Brasília – Na terceira semana
de junho, com cinco dias úteis, a balança comercial brasileira registrou
superávit (saldo positivo das exportações em relação às importações) de US$ 389
milhões, com média por diária de US$ 77,8 milhões. No período, as exportações
foram de US$ 5,049 bilhões (média diária de US$ 1,010 bilhão) e as importações
totalizaram US$ 4,660 (média diária de US$ 932 milhões). Assim, na terceira
semana de junho, a corrente de comércio (soma de exportações e importações),
chegou a US$ 9,709 bilhões (média diária de US$ 1,941 bilhão), valor que
representa aumento de 1,5 % em relação à média diária de maio deste ano (US$
1,976 bilhão) e retração de 1,9% em relação à de junho de 2011 (US$ 2,045
bilhões).
No acumulado do ano, o saldo comercial está superavitário em US$ 6,330 bilhões (média diária de US$ 55 milhões), com exportações de US$ 107,921 bilhões (média diária de US$ 938,4 milhões) e importações de US$ 101,591 bilhões (média de US$ 883,4 milhões).
Junho
No mês, que teve, até a terceira semana, dez dias úteis, as exportações alcançaram US$ 10,060 bilhões (média diária de US$ 1,006 bilhão) e as importações chegaram a US$ 9,996 bilhões (média diária de US$ 999,6 milhões), com saldo positivo de US$ 64 milhões. Comparando a média de exportações das três primeiras semanas de junho (US$ 1,006 bilhão) com a de junho do ano passado (US$ 1,128 bilhão), houve retração de 10,8%, em razão da queda nas vendas internacionais das três categorias de produto: semimanufaturados (-19,7%, pela retração nas exportações de ouro em forma semimanufaturada, açúcar em bruto, óleo de soja em bruto, semimanufaturados de ferro e aço e ferro-ligas); manufaturados (-17,8%, em razão de óleos combustíveis, açúcar refinado, veículos de carga, tratores, motores para veículos, automóveis e suco de laranja); e básicos (-3,6%, por conta, principalmente, de petróleo, trigo em grão, café em grão, carne de suína, de frango e bovina, minério de ferro, fumo em folhas e farelo de soja). Em relação a maio de 2012, a média diária das exportações decresceu 4,7%, devido à diminuição nas vendas de produtos básicos (-6,6%,), manufaturados (-1,0%) e semimanufaturados (-7,1%).
Nas importações, a média diária até a terceira semana de junho (US$ 999,6 milhões) ficou 9% acima da média de junho de 2011 (US$ 917,1 milhões) e 8,5% superior a maio de 2012 (US$ 921 milhões). No comparativo com o mesmo período de 2011, aumentaram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (34,5%), aeronaves e partes (33,7%), siderúrgicos (23,9%), adubos e fertilizantes (22,6%), farmacêuticos (16,4%) e equipamentos mecânicos (9,8%). Em relação a maio deste ano, houve aumento das compras externas, principalmente, de adubos e fertilizantes (91,9%), combustíveis e lubrificantes (29,2%), siderúrgicos (26,3%) e borracha e obras (11%).
Acesse a nota com as informações balança comercial no período
No acumulado do ano, o saldo comercial está superavitário em US$ 6,330 bilhões (média diária de US$ 55 milhões), com exportações de US$ 107,921 bilhões (média diária de US$ 938,4 milhões) e importações de US$ 101,591 bilhões (média de US$ 883,4 milhões).
Junho
No mês, que teve, até a terceira semana, dez dias úteis, as exportações alcançaram US$ 10,060 bilhões (média diária de US$ 1,006 bilhão) e as importações chegaram a US$ 9,996 bilhões (média diária de US$ 999,6 milhões), com saldo positivo de US$ 64 milhões. Comparando a média de exportações das três primeiras semanas de junho (US$ 1,006 bilhão) com a de junho do ano passado (US$ 1,128 bilhão), houve retração de 10,8%, em razão da queda nas vendas internacionais das três categorias de produto: semimanufaturados (-19,7%, pela retração nas exportações de ouro em forma semimanufaturada, açúcar em bruto, óleo de soja em bruto, semimanufaturados de ferro e aço e ferro-ligas); manufaturados (-17,8%, em razão de óleos combustíveis, açúcar refinado, veículos de carga, tratores, motores para veículos, automóveis e suco de laranja); e básicos (-3,6%, por conta, principalmente, de petróleo, trigo em grão, café em grão, carne de suína, de frango e bovina, minério de ferro, fumo em folhas e farelo de soja). Em relação a maio de 2012, a média diária das exportações decresceu 4,7%, devido à diminuição nas vendas de produtos básicos (-6,6%,), manufaturados (-1,0%) e semimanufaturados (-7,1%).
Nas importações, a média diária até a terceira semana de junho (US$ 999,6 milhões) ficou 9% acima da média de junho de 2011 (US$ 917,1 milhões) e 8,5% superior a maio de 2012 (US$ 921 milhões). No comparativo com o mesmo período de 2011, aumentaram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (34,5%), aeronaves e partes (33,7%), siderúrgicos (23,9%), adubos e fertilizantes (22,6%), farmacêuticos (16,4%) e equipamentos mecânicos (9,8%). Em relação a maio deste ano, houve aumento das compras externas, principalmente, de adubos e fertilizantes (91,9%), combustíveis e lubrificantes (29,2%), siderúrgicos (26,3%) e borracha e obras (11%).
Acesse a nota com as informações balança comercial no período
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Brasília – A secretária de
Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, afirmou, nesta segunda-feira, durante
audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado, que o governo
brasileiro mantém canal privilegiado de acesso ao governo argentino e espera,
assim, resolver os entraves impostos ao comércio bilateral. “Não estamos
satisfeitos, mas esse contato direto pode facilitar o entendimento entre os dois
países”, observou, ao registrar que o governo brasileiro não ignora os prejuízos
causados à indústria nacional.
Ainda durante a audiência no Senado, a secretária, que esteve em Buenos Aires há dez dias, informou que volta a se reunir na próxima semana com autoridades argentinas para avançar nas negociações sobre a normalização das vendas bilaterais. O encontro será novamente na capital portenha. Ela disse aos senadores que a queda no fluxo comercial com o país vizinho preocupa as autoridades brasileiras. “As barreiras se multiplicam, vêm afetando todos os parceiros comerciais e isso nos preocupa. Mas seguiremos empenhados enquanto houver qualquer empresa brasileira enfrentando obstáculos para vender ao exterior. Estamos absolutamente atentos aos setores intensivos em mão-de-obra e especialmente afetados por barreiras do país vizinho”, assinalou Tatiana Lacerda Prazeres.
A secretária fez questão, no entanto, de sublinhar que não houve paralisação das trocas entre os dois países. Embora tenha havido queda de 11% no comércio com a Argentina em 2012, o Brasil exportou para lá US$ 7,5 bilhões neste ano, com saldo positivo de US$ 1,2 bilhão. Essa queda, segundo a secretária, é resultado também do impacto da crise econômica. “Há uma crise internacional em curso que vem afetando as exportações de todos os parceiros comerciais. Como temos um comércio muito intenso, somos afetados. Mas não somos os únicos”, apontou.
Tatiana Lacerda Prazeres ponderou, no entanto, que o governo brasileiro permanece empenhado em remover os obstáculos ao comércio e citou números que mostram a relevância da Argentina como parceiro comercial do Brasil. Além de terceiro maior destino das exportações brasileiras, o país vizinho é a terceira maior origem das importações brasileiras e, com ele, o Brasil tem seu quarto maior saldo comercial. A Argentina é também o maior destino de produtos manufaturados do Brasil – 90% do que o país exporta para lá. “Trata-se da primeira incursão dos brasileiros no comércio exterior”, salientou.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Ainda durante a audiência no Senado, a secretária, que esteve em Buenos Aires há dez dias, informou que volta a se reunir na próxima semana com autoridades argentinas para avançar nas negociações sobre a normalização das vendas bilaterais. O encontro será novamente na capital portenha. Ela disse aos senadores que a queda no fluxo comercial com o país vizinho preocupa as autoridades brasileiras. “As barreiras se multiplicam, vêm afetando todos os parceiros comerciais e isso nos preocupa. Mas seguiremos empenhados enquanto houver qualquer empresa brasileira enfrentando obstáculos para vender ao exterior. Estamos absolutamente atentos aos setores intensivos em mão-de-obra e especialmente afetados por barreiras do país vizinho”, assinalou Tatiana Lacerda Prazeres.
A secretária fez questão, no entanto, de sublinhar que não houve paralisação das trocas entre os dois países. Embora tenha havido queda de 11% no comércio com a Argentina em 2012, o Brasil exportou para lá US$ 7,5 bilhões neste ano, com saldo positivo de US$ 1,2 bilhão. Essa queda, segundo a secretária, é resultado também do impacto da crise econômica. “Há uma crise internacional em curso que vem afetando as exportações de todos os parceiros comerciais. Como temos um comércio muito intenso, somos afetados. Mas não somos os únicos”, apontou.
Tatiana Lacerda Prazeres ponderou, no entanto, que o governo brasileiro permanece empenhado em remover os obstáculos ao comércio e citou números que mostram a relevância da Argentina como parceiro comercial do Brasil. Além de terceiro maior destino das exportações brasileiras, o país vizinho é a terceira maior origem das importações brasileiras e, com ele, o Brasil tem seu quarto maior saldo comercial. A Argentina é também o maior destino de produtos manufaturados do Brasil – 90% do que o país exporta para lá. “Trata-se da primeira incursão dos brasileiros no comércio exterior”, salientou.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Exportações do Centro-Oeste crescem 70,44% em maio
Brasília – Em maio, as
exportações da Região Centro-Oeste foram as que mais cresceram no comparativo
com o mesmo período do ano passado, com aumento de 70,44%. No mês, as compras
externas da região foram de US$ 3,305 bilhões, o equivalente a 14,24% das vendas
totais do país (US$ 23,214 bilhões).
Também no acumulado do ano, as exportações do Centro-Oeste (US$ 10,431 bilhões), equivalentes a 10,66% do total das vendas do país, (US$ 97,860 bilhões), foram as que mais cresceram entre as regiões brasileiras: 30,91%. Em valores absolutos, o Sudeste registrou as maiores exportações em maio, (US$ 12,017 bilhões), e no acumulado do ano (US$ 53,952 bilhões).
Além disso, a Região Sudeste foi a que mais importou, de janeiro a maio de
2012 (US$ 49,535 bilhões), seguida por Sul (US$ 19,739 bilhões), Nordeste (US$
10,705 bilhões), Norte (US$ 6,385 bilhões) e Centro- Oeste (US$ 5,179
bilhões).Também no acumulado do ano, as exportações do Centro-Oeste (US$ 10,431 bilhões), equivalentes a 10,66% do total das vendas do país, (US$ 97,860 bilhões), foram as que mais cresceram entre as regiões brasileiras: 30,91%. Em valores absolutos, o Sudeste registrou as maiores exportações em maio, (US$ 12,017 bilhões), e no acumulado do ano (US$ 53,952 bilhões).
Estados
Nos primeiros cinco meses de 2012, o estado brasileiro que registrou o maior superávit na balança comercial foi Minas Gerais, com saldo de US$ 8,743 bilhões. Em seguida, estão Rio de Janeiro (US$ 5,438 bilhões), Mato Grosso ( US$ 5,370 bilhões ), Pará (US$ 4,892 bilhões) e Espírito Santo (US$ 1,613 bilhão). No período, os estados mais deficitários foram São Paulo (US$ 11,378 bilhões), Amazonas (US$ 5,011 bilhões), Santa Catarina (US$ 2,296 bilhões), Pernambuco ( US$ 1,932 bilhão) e Maranhão (US$ 1,799 bilhão).
Com o maior valor absoluto nos cinco primeiros meses deste ano, São Paulo teve exportações de US$ 22,260 bilhões (22,75 % do total brasileiro). O segundo maior exportador brasileiro, no período, foi Minas Gerais (US$ 13,457 bilhões), seguido por Rio de Janeiro ( US$ 12, 991 bilhões), Paraná (US$ 7,306 bilhões) e Rio Grande do Sul (US$ 6, 786 bilhões).
Nas importações, São Paulo (US$ 33,638 bilhões) foi o estado que mais fez compras internacionais, no acumulado do ano. Em seguida, estão Paraná (US$ 7,991 bilhões), Rio de Janeiro (US$ 7,553 bilhões), Santa Catarina (US$ 6,093 bilhões) e Rio Grande do Sul (US$ 5,654 bilhões).
Veja no site os números da balança comercial dos estados e regiões http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1076&refr=1076
Acesse o quadro com informações da balança comercial dos estados e regiões http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1078&refr=1076
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Comércio externo exige contratos bem formulados |
A importância dos incoterms (artigos contratuais internacionais sobre o transporte marítimo) nos contratos de importação e exportação brasileiros foi um dos pontos de debate no II Seminário de Direito, Desenvolvimento Portuário e Construção Naval, que aconteceu na sexta-feira, em Porto Alegre. No encontro, realizado no auditório do Instituto Nacional de Estudos Jurídicos e Empresariais (Ineje), especialistas de todo o Brasil alertaram para os pontos críticos do comércio exterior brasileiro. Segundo Daniela Ohana Barbosa, especialista em Direito Aquaviário e Atividades Portuárias da Univali, um contrato mal redigido de comércio internacional pode determinar, inclusive, a falência das empresas.
“Se você compra algo do exterior, a empresa transportadora se compromete com o prazo. Mas, se o navio afunda ou sofre qualquer outra avaria, é preciso que o contrato esteja bem redigido para que o problema seja resolvido. Caso contrário, imaginando que o comprador está importando partes para produzir algo para a Petrobras, por exemplo, não vai conseguir ser ressarcido nem obter um material substituto a tempo. Com isso, a empresa descumpre seu prazo de produção, e o fiscalizador do Bndes suspende o financiamento. A consequência direta é a falência da empresa”, explica. Para Daniela, em termos de cadeia produtiva naval e portuária, o Brasil está atrasado 50 anos com relação à China, e a falta dessa cultura marítima e da formação de pessoas é o principal problema para o desenvolvimento do setor. “Estão tentando formar marinheiros mercantes, o que normalmente leva três anos, em dois. Isso pode ser feito, mas a que custo? É como comparar a qualidade de quem estudou numa escola regular e quem fez supletivo. Não dá para manter a qualidade pulando etapas”, defende. Já o especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior Maxsoel Freitas salienta que o Brasil passa por um processo de credenciamento de operadores econômicos, o que deve dar maior agilidade ao processo de liberação e desembaraço de cargas. “Com o credenciamento de empresas e profissionais pela Receita Federal, podemos conquistar um patamar que já existe em muitos outros países”, estima, ao ponderar que não existe prazo anunciado para que o processo tenha início. Fonte: Jornal do Commercio (RS)/Clarisse de Freitas |
Governo defende fortalecimento do Mercosul para destravar comércio com a Argentina
Teixeira admitiu que houve queda no comércio com a Argentina, que atribuiu ao momento de instabilidade da economia mundial. “É verdade que nós, nos primeiros quatro meses do ano, tivemos uma queda expressiva do comércio bilateral, mas é importante ressaltar que o advento dessa queda não é responsável pelo trancamento do comércio bilateral, é resultado da crise internacional que assola a economia”.
Para o secretário executivo, “se existe integração e volume de comércio, há problemas”, ao comentar as barreiras impostas pelo país vizinho à entrada de produtos brasileiros. Segundo ele, as conversas têm sido permanentes para aperfeiçoamento dessa relação comercial. Uma nova reunião entre os governos brasileiro e argentino está marcada para a próxima semana, em Buenos Aires.
Desde fevereiro, está em vigor um mecanismo de licença prévia de importação imposto pela Argentina. Na prática, uma medida que burocratiza a liberação de cargas, atrasa os embarques e prejudica vários setores exportadores do Brasil.
As informações são da Agência Brasil
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