LEGISLAÇÃO

terça-feira, 12 de junho de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 12/06/2012




Duas primeiras semanas de junho fecham com exportações de US$ 5 bilhões
Brasília  – Com cinco dias úteis, as duas primeiras semanas de junho de 2012 tiveram exportações de US$ 5,011 bilhões (média diária de U$ 1 bilhão) e importações de US$ 5,336 bilhões (média diária de US$ 1,067 bilhão). Como resultado, o saldo comercial (diferença entre exportações e importações) foi deficitário em US$ 325 milhões, com média diária de menos US$ 65 milhões.

No período, a corrente de comércio (soma das duas operações) chegou a US$ 10,347 bilhões - média por dia útil de US$ 2,069 bilhões. Considerando essa média, a corrente de comércio do mês é 4,7% maior que a registrada em maio passado (US$ 1,976 bilhão) e está 1,2% acima da média de junho de 2011 (US$ 2,045 bilhões).

No acumulado do ano, o saldo comercial está superavitário em US$ 5,941 bilhões (média diária de US$ 54 milhões). O resultado é 42,8% menor que o registrado no mesmo período de 2011, que foi de US$ 10,488 bilhões (média diária de US$ 94,5 milhões).

De janeiro até a segunda semana de junho deste ano, as exportações chegaram a US$ 102,872 bilhões (média diária de US$ 935,2 milhões) e as importações a US$ 96,931 bilhões (média diária de US$ 881,2 milhões).

Junho
Na comparação pela média diária, as exportações das duas primeiras semanas de junho deste ano diminuíram 5% em relação ao mês passado (média de US$ US$ 1,055 bilhão). Houve retração nas vendas de produtos básicos (-9,1%) e manufaturados (-2,8%), enquanto cresceram as exportações de semimanufaturados (10,5%).
Considerando o mesmo mês de 2011 (média de US$ 1,128 bilhão), as exportações de junho deste ano tiveram retração de 11,2% nas três categorias de produtos. As exportações de manufaturados diminuíram 19,3%, em razão de automóveis, veículos de carga, açúcar refinado, suco de laranja, etanol e tratores. Entre os básicos, a redução foi de 6,1%, devido, principalmente, a petróleo, farelo de soja, milho em grão, café em grão e carne de frango. Já as vendas de semimanufaturados foram 4,4% menores porque foram exportados menos açúcar em bruto, ferro-ligas, semimanufaturados de ferro/aço, ouro em forma semimanufaturada e óleo de soja em bruto.
Nas importações, a média diária até a segunda semana de junho de 2012 ficou 16,4% acima da média de junho de 2011 (US$ 917,1 milhões) e 15,9% superior a de maio deste no (US$ 921 milhões). Em relação ao mês passado, houve aumento nas compras internacionais de combustíveis e lubrificantes (79,9%), adubos e fertilizantes (43,3%), siderúrgicos (13,3%) e veículos automóveis e partes (6,7%). Já no comparativo com junho de 2011, o país importou mais combustíveis e lubrificantes (87,2%), aeronaves e partes (36,6%), siderúrgicos (11,2%), equipamentos mecânicos (6,5%) e plásticos e obras (5,3%).

Acesse a nota com as informações balança comercial no período http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/interna.php?area=5&menu=567
 Assessoria de Comunicação Social do MDIC




Exportações brasileiras superam US$ 10 bilhões em maio

As exportações brasileiras do agronegócio atingiram a cifra recorde de US$ 10,26 bilhões em maio deste ano. Antes, o maior valor tinha sido registrado em agosto de 2011, com US$ 9,84 bilhões. Esse resultado expressivo representou uma elevação de 21,2% em relação a maio do ano passado.

As importações de produtos do agronegócio, por outro lado, tiveram diminuição de 14,1%, com registros de US$ 1,34 bilhão em aquisições do exterior. O saldo comercial dos produtos do agronegócio ficou em US$ 8,92 bilhões.

Nos últimos doze meses, o comércio do agronegócio brasileiro para o exterior teve expansão de 17,9%, alcançando US$ 97,4 bilhões. As importações chegaram a US$ 17,4 bilhões entre junho de 2011 e maio de 2012, com elevação de 13,9%. A forte elevação das vendas externas propiciou um saldo comercial de US$ 80 bilhões no período.
A balança comercial do agronegócio foi elaborada pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a partir dos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

De junho de 2011 a maio de 2012, o complexo soja (grão, farelo e óleo) continua sendo o principal setor exportador, com as vendas externas subindo 41% e passando, de US$ 19,3 bilhões, para US$ 27,2 bilhões. O complexo sucroalcooleiro ficou na segunda posição, com exportações de US$ 15,9 bilhões (+13,2%). Os outros três principais setores foram carnes (US$ 15,9 bilhões; +9%), produtos florestais (US$ 9,4 bilhões; -1%) e café (US$ 8,2 %; +14,3%). Esses cinco principais setores tiveram expansão de participação no total das exportações, de 78,2%, para 78,6%.

O complexo soja, principal responsável pela elevação das vendas no acumulado em 12 meses, teve crescimento de US$ 7,9 bilhões, o que representou 53,4% do incremento de US$ 14,8 bilhões no valor total exportado.
Outros setores também tiveram importante contribuição, como o complexo sucroalcooleiro, que registrou elevação de US$ 1,8 bilhão em vendas no período, as carnes, que tiveram aumento de US$ 1,3 bilhão, e o café, com expansão de US$ 1 bilhão.

A China continua apresentando o maior dinamismo importador em relação aos produtos do agronegócio brasileiro. Nos últimos doze meses, os chineses ampliaram as importações do agronegócio brasileiro em 59,7%, expandindo a sua participação, de 14,4%, para 19,6%.
Caso se agregue às compras da China as aquisições da região especial administrativa de Hong Kong (2,2%) e as aquisições da província chinesa de Taiwan (1,3%), o país atingiu a participação de 23,1% no total das aquisições. Essa fatia é próxima em tamanho da fatia da União Europeia, que ficou com 24,1%.




Empresas exportam mais 10% até abril

AICEP diz que são a «verdadeira locomotiva» da economia
O presidente da AICEP, Pedro Reis, disse esta segunda-feira que as exportações de bens aumentaram 9,7 por cento de janeiro a abril, face a igual período de 2011, o que mostra que as empresas portuguesas são «a verdadeira locomotiva» e estão adesagravar o défice comercial.

«O crescimento das exportações de bens em quase 10 por cento por cento no primeiro quadrimestre do ano é indiscutivelmente uma boa performance, que mostra que as empresas portuguesas estão a resistir ao pessimismo e são a verdadeira locomotiva da economia portuguesa», disse à Lusa o responsável pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

Pedro Reis disse também que nos quatro primeiros meses o comércio de bens intracomunitário aumentou 4,3 por cento e as exportações para fora da União Europeia (UE) subiram 26,8 por cento em termos homólogos, segundo dados da AICEP.

O responsável pela AICEP classificou de «robusto» o aumento do comércio extracomunitário e enfatizou o facto de se estar a sentir «o efeito de diversificação de mercados, a procura em encontrar novas geografias e uma certa fuga [por parte das empresas] ao abrandamento europeu».

O INE divulgou hoje também os dados sobre o comércio internacional, indicando que as exportações de bens aumentaram 8,3 por cento no trimestre concluído em abril, enquanto o comércio intracomunitário cresceu 3,5 por cento e o extracomunitário aumentou 23,8 por cento.

Estes números são «extremamente positivos» comentou Pedro Reis, indicando que em abril as exportações registaram em termos homólogos um crescimento de 2,8 por cento, apesar de se ter verificado uma diminuição face a março deste ano, tal como tinha acontecido em abril do ano passado.

Segundo Pedro Reis, este abrandamento «era já expectável» para o mês de abril, mas apesar destes sinais, «um terço do ano está feito e bem feito, com as exportações de bens a crescerem na ordem dos 10 por cento, face ao recorde de 2011», salientou.

«Não deixo de assinalar, embora com algum realismo e prudência, que um terço do ano está cumprido e face a um abrandamento no aumento das exportações [de quase 10 por cento até abril] isto dá-nos uma almofada como objetivo para virar o país para o exterior», concluiu.





Mercosul: Brasil quer equilibrar comércio com Argentina


As barreiras comerciais impostas pelo governo de Cristina Kirchner para proteger a indústria argentina, que provocaram fortes críticas de autoridades e empresários brasileiros, começam a gerar um novo rumo na relação comercial entre os vizinhos. Se até agora a resposta brasileira tem sido retaliar pontualmente produtos argentinos, que esperam semanas por autorização de ingresso na fronteira, negociações recentes indicam maior disposição em equilibrar o comércio com o país.


Nos últimos meses, o governo argentino tem buscado frear o ritmo das importações e conter a saída de moeda estrangeira do país, que ameaça a balança de pagamentos. Com isso, adotou medidas de controle de capital e mais barreiras comerciais que levaram o país novamente à mesa de negociação com os vizinhos.

Na última sexta-feira (08), em Buenos Aires, o governo argentino anunciou que o Brasil se comprometeu a importar, a partir de julho, camarões e cítricos argentinos, produtos que, segundo a secretária de comércio exterior do país, Beatriz Paglieri, tradicionalmente tiveram problemas para ingressar no Brasil. Outra pauta de negociação foi o acesso de medicamentos argentinos ao mercado brasileiro. Representantes das agências de vigilância sanitária de ambos os países devem se reunir nas próximas semanas.

“O que as duas instituições vão analisar é uma maior integração destes mercados para ver onde podemos ter maior cooperação. O Brasil tem lei de genéricos e a Argentina está começando a se organizar para entrar neste mercado”, explicou aos correspondentes brasileiros em Buenos Aires o secretário-executivo do ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira.

Em consonância com os esforços para aumentar o fluxo de importações provenientes da Argentina, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) defende o aumento do apoio ao país vizinho: “Equilibrar o comércio é difícil, mas não é uma missão impossível. Podemos comprar mais da Argentina, importando menos de outros países.”, afirmou ao Ópera Mundi o diretor-adjunto de Relações Internacionais da Fiesp, Thomaz Zanotto.

Segundo ele, “a posição da Fiesp é clara e baseada em fatos concretos”: “A Argentina é um dos maiores clientes de produtos brasileiros, comprou 20 bilhões de dólares de manufaturados no ano passado, mas se encontra em uma situação financeira muito parecida com a do Brasil da década de 1980, e é de interesse do Brasil ajudá-los a superar esta fase”, afirma ele, ponderando sobre a necessidade de apoiar o país na maximização do superávit de sua balança comercial e aumento da captação de dólares.

Em um estudo divulgado em maio, a Fiesp também constatou que 24% dos empresários brasileiros optam por importações oriundas de outros países por desconhecerem fornecedores argentinos nos setores de alimentos, bebidas, autopeças, farmacêuticos, químicos e máquinas. O levantamento foi realizado com 221 empresas importadoras de 38 produtos identificados pelo governo argentino como “prioritários” para o aumento do comércio com o Brasil.

Além da realização de rodadas de negócios já iniciadas entre potenciais fornecedores argentinos e empresários brasileiros, Zanotto diz que a Fiesp está levantando a potencialidade de maior comércio de itens argentinos de alto valor, como navios, produtos petroquímicos e combustíveis. Como possibilidade mais remota, menciona a ideia de que ambos os países passem a realizar a troca comercial em moedas locais em vez de dólares.

Queixas

Apesar dos sucessivos recordes anuais no fluxo de comércio entre os países, que somou 39,6 bilhões de dólares em 2011, o Brasil segue tendo superávits consecutivos sobre a Argentina, que aumentou em 1,7 bilhões seu déficit na balança bilateral em relação a 2010, quando registrou uma diferença de 4,1 bilhões de dólares. 

Apesar da queda no fluxo comercial provocada pelo aumento do controle argentino às importações no início do ano e a baixa do ritmo de crescimento de ambas as economias em um contexto global de crise, o Brasil obteve um novo recorde de exportações no primeiro quadrimestre, somando 74,6 bilhões de dólares. Entre os principais compradores no período, a Argentina aparece como terceiro, superada somente pela China e pelos Estados Unidos.

Dentre as queixas de exportadores brasileiros às medidas protecionistas argentinas, estão a demora na liberação de produtos na fronteira, que muitas vezes superam o prazo de 60 dias determinado pela OMC (Organização Mundial do Comércio) e a necessidade de uma autorização da Receita Federal do país para cada importação desejada por empresários argentinos.

O governo brasileiro, por sua vez, recorre a licenças não automáticas para produtos argentinos como vinhos, batatas congeladas e frutas para pressionar o governo de Cristina Kirchner a pôr um fim às barreiras comerciais. O problema já afeta produções de ambos os lados da fronteira, tanto no setor de alimentos, passando por sapatos, eletrodomésticos, automóveis e atingindo até máquinas e bens de capital.

Casamento

Ao anunciar o compromisso na melhora do fluxo comercial, após a reunião bilateral em Buenos Aires, Teixeira afirmou esperar reciprocidade argentina no cumprimento dos prazos de liberação dos produtos parados na fronteira. No entanto, definiu a relação com a Argentina como um “casamento” e afirmou que países com trocas comerciais intensas “sempre têm problemas”.

“Nossas exportações de valor agregado vêm para a Argentina, independente da época e do governo que aqui esteja. Isso é muito claro, independente de quem é o governo do Brasil e da Argentina, estas relações existem, existirão e serão fortes”, garantiu, enfatizando a importância da integração produtiva e concluindo que a melhora da economia argentina beneficiará os negócios brasileiros.

Segundo o secretário, apesar de questionamentos sobre a falta de “dureza” do governo, o foco de atenção e a postura nas relações com a Argentina vêm mudando, devido ao aumento de investimentos brasileiros no país. “No ano passado, a Argentina atraiu cerca de sete bilhões de dólares de investimento e pelo menos 35% a 40% disso são brasileiros. Do ponto de vista de relacionamento, já não somos um mero vendedor para a Argentina, somos um dos principais investidores”, afirma.

OMC

As declarações mútuas para solucionar os entraves entre os sócios estratégicos, no entanto, se restringe aos países membros do Mercosul. Diversos países de fora do bloco mostraram menos paciência com o protecionismo argentino e apresentaram, no fim de março, um documento à OMC no qual exigiam que a Argentina cumprisse as regras do comércio internacional.

Um dos pontos de repúdio dos países que assinaram a queixa, entre eles Estados Unidos e membros da União Européia, remetia a um controle não oficial segundo o qual os empresários devem exportar o mesmo valor importado. Com a lógica de que cada dólar que sai deve voltar para o país é a mesma que levou o governo argentino a controlar a compra da moeda norte-americana no país: evitar a fuga de divisas.

Diretor da consultora econômica Analytica, Ricardo Delgado, classifica seu país como um “fugitivo em série de capital”. Segundo ele, o dólar é um dos totens da política econômica argentina e a recomposição das reservas financeiras na moeda, geradas pelas medidas governamentais, pode ser o início de uma flexibilização das restrições sobre as importações.

“O governo sabe que neste mundo de semelhante inter-relação produtiva entre os países, não é possível manter permanentemente esta política de compensação de dólares importados e exportados”, afirmou aoÓpera Mundi, em relação ao recrudescimento das barreiras comerciais impostas pela Argentina, que se agravaram nos últimos meses. “A intensificação das medidas são claramente um sistema de transição. Não se pode pensar a política externa de um país a partir disso”, garante.

Segundo Delgado, no entanto, os problemas comerciais estruturais na relação bilateral se devem a assimetrias entre ambas as economias e escalas de produção diferentes, levando a um quadro de difícil solução. Outro fator apontado por ele são os diversos programas de subsídios que tornam a indústria brasileira mais competitiva. “Isso é uma coisa que o Mercosul não resolveu e não resolverá nunca”, diz.

Apesar disso, Delgado considera necessárias algumas precauções tomadas pelo governo argentino. “O país não podia continuar em um ritmo de crescimento anual de 40% das importações e de 20% de exportações, porque geraria uma crise de dólares. Então taticamente este cuidado está bom”, afirma, antes de esclarecer que o processo de restrições às importações poderia ser feito de maneira mais criteriosa com sócios estratégicos como o Brasil.

Fonte: Ópera Mundi

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/exportacoes-empresas-ine-agencia-financeira/1354416-1730.html






Governo coloca 34 alvos na mira dos exportadores
O governo quer potencializar a estratégia de promoção comercial para intensificar as exportações brasileiras, principalmente de manufaturados, a despeito da crise e o consequente arrefecimento do comércio mundial. A Estratégia Nacional de Exportações - documento ainda inédito do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) ao qual o Brasil Econômico teve acesso - traz panorama da economia de vários países, inclusive com o grau de dinamismo de suas trocas comerciais com o mundo.
Com base nisso foram escolhidas como foco para ações de incentivo às vendas de produtos verde-amarelos nações cujo potencial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e de importações até 2014 se assemelha à gigante asiática China. Entre eles estão os vizinhos Colômbia e Peru, com perspectiva de expansão média estimada em 6,1% e 7,3%, respectivamente. Há ainda o Catar, cuja projeção de alta está em 7,88%, e a Nigéria, com 8,4%, classificados como mercados dinâmicos em relação à média global. Até mesmo a Romênia (5,7%) desbancou outros países maiores da União Europeia e foi eleita para ações promocionais por sua capacidade de compras de produtos estrangeiros.





Média diária de exportações de manufaturados e semi cai

Por Célia Froufe
Brasília - A média diária das exportações registrou queda nas três categorias de produto (manufaturados, semimanufaturados e básicos) nas duas primeiras semanas de junho, que contou com apenas cinco dias úteis. No geral, as vendas apresentaram retração de 11,2% no mês, até o dia 10, passando de US$ 1,128 bilhão para US$ 1,002 bilhão no período, conforme números divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
No caso dos manufaturados, o recuo foi de 19,3% no período na comparação com a média diária de junho de 2011, já que o saldo passou de US$ 428 milhões para US$ 345,4 milhões no período. Os principais itens que influenciaram no resultado foram automóveis, veículos de carga, açúcar refinado, suco de laranja, etanol e tratores.
Já o conjunto de produtos básicos mostrou diminuição de 6,1% na mesma base de comparação, passando de US$ 521,4 milhões para US$ 489,5 milhões. O resultado negativo foi impactado, principalmente, por petróleo, farelo de soja, milho em grão, café em grão e carne de frango.
Na categoria de itens semimanufaturados, o recuo foi de 4,4%, passando de US$ 157,1 milhões para US$ 150 milhões. Os principais produtos deste grupo que apresentaram retração foram açúcar em bruto, ferro-liga, semimanufaturados de ferro/aço, ouro em forma semimanufaturada e óleo de soja em bruto.
Em relação a maio de 2012, a média diária das exportações caiu 5% (de US$ 1,055 bilhão para US$ 1,002 bilhão), devido à retração em produtos básicos (-9,1%, de US$ 538,6 milhões para US$ 489,5 milhões) e manufaturados (-2,8%, de US$ 355,4 milhões para US$ 345,4 milhões). Já as exportações de semimanufaturados cresceram 10,5%, passando de US$ 135,9 milhões para US$ 150,1 milhões no período.
Importações
Nas importações, a média diária até a segunda semana de junho, de US$ 1,067 bilhão, ficou 16,4% acima da média do mesmo mês de 2011 (US$ 917,1 milhões). O resultado também ficou 15,9% acima do visto em maio deste ano (US$ 921 milhões). No comparativo com junho de 2011, aumentaram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (+87,2%), aeronaves e partes (+36,6%), siderúrgicos (+11,2%), equipamentos mecânicos (+6,5%) e plásticos e obras (+5,3%). Em relação a maio, houve aumento, principalmente, nos seguintes produtos: combustíveis e lubrificantes (+79,9%), adubos e fertilizantes (+43,3%), siderúrgicos (+13,3%) e veículos automóveis e partes (+6,7%).





Balança comercial registra déficit de US$ 325 milhões nos primeiros dias do mês

As exportações comerciais brasileiras somaram US$ 5,011 bilhões nos cinco primeiros dias úteis de junho, com retração de 5% em relação ao mesmo período do mês passado, e as importações cresceram 15,9% – tendo alcançado US$ 5,336 bilhões. Com isso, o saldo comercial ficou negativo em US$ 325 milhões.
Os números foram divulgados nesta segunda-feira (11) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e mostram que o saldo comercial é superavitário em US$ 5,941 bilhões no acumulado do ano – 42,8% menor que os US$ 10,488 bilhões contabilizados em igual período do ano passado. De janeiro até agora, as exportações somam US$ 102,872 bilhões e as importações, US$ 96,931 bilhões.
Na comparação com os cinco primeiros dias úteis de junho de 2011, houve retrações de 9,1% nas vendas de produtos básicos (petróleo, farelo de soja, milho em grão, café em grão, carnes e outros) e de 2,8% nas vendas de produtos manufaturados (automóveis, veículos de carga, açúcar refinado, suco de laranja, etanol etc). O déficit só não foi maior porque as exportações de semimanufaturados (ligas de ferro e aço, ouro trabalhado, açúcar em bruto e óleo de soja) cresceram 10,5%.
Considerando a média diária obtida nas exportações de junho de 2011, as exportações neste mês caíram 11,2% enquanto as importações aumentaram 16,4%. O país importou mais combustíveis e lubrificantes (87,2%), aeronaves e partes (36,6%), siderúrgicos (11,2%), equipamentos mecânicos (6,5%) e plásticos e obras (5,3%).


Governos não chegam a acordo e frutas argentinas apodrecem na fronteira

Produtores do país vizinho contradizem versão brasileira sobre bloqueio, que diz barrar maçãs por problemas sanitários

Uma comissão do governo brasileiro esteve em Buenos Aires na última sexta-feira (8) para uma reunião com o secretario de Comercio Interior da Argentina, Guillermo Moreno. A expectativa era de que fossem solucionados os problemas de importação e exportação entre os dois países – que a Argentina atenuasse as restrições aos produtos brasileiros e o Brasil voltasse atrás com as represálias ao país vizinho. Além de ter terminado sem acordo, o encontro fez surgir informações contraditórias sobre a disputa comercial.
Benedito Rosa, diretor do Ministério de Agricultura, Pesca e Abastecimento (MAPA) brasileiro, afirma que a decisão de barrar a maçã argentina não tem a ver com as polêmicas decisões do governo Kirchner. “Existe um problema fitossanitário. Detectamos a presença de Cydia pomonella, que precisa de inspeção correta, seja qual for o cenário conjuntural do comércio”, diz. A medida que fez a fruta perder a licença automática de importação foi publicada no Diário Oficial da União na sexta-feira, para “reduzir riscos de introdução de praga com potencial de gerar prejuízos econômicos ao Brasil”.
Mas a Câmara Argentina de Fruticultores Integrados (CAFI) argentina afirma que não recebeu nenhuma notificação oficial nesse sentido e que, até então, trabalhava com a versão de que a maçã, a pera e o marmelo tiveram as licenças suspensas pelos embates comerciais.
Há um mês, o Brasil colocou dez produtos perecíveis argentinos sob o sistema de licença prévia de importação: maçã, queijo, azeitona, vinho, farinha de trigo, uva passa, chocolates, azeite, doces e batata pré-cozida. Até agora, nada havia sido dito sobre riscos sanitários, afirmam os agricultores. No caso das maçãs, várias empresas importadoras brasileiras já haviam feito pedidos e os caminhões estavam na estrada. Quando chegaram à fronteira, foram surpreendidos com a notícia de que deveriam ter uma autorização para entrar no país – o que ninguém tinha.
Diversas empresas têm toneladas de maçãs paradas na fronteira há um mês. As perdas chegam a US$ 2 milhões por dia, dizem os produtores. Nos galpões de embalagem, que dependem dos pedidos de compra para que as maçãs saiam da refrigeração e possam ser colocadas nas caixas, há pouca gente trabalhando. Segundo um membro de uma das cooperativas locais, a falta de emprego e as incertezas para os próximos meses geram pânico entre os trabalhadores.
A reportagem do iG foi à região de Alto Valle, na Patagônia argentina, onde são produzidas 100% das maçãs para exportação do país, que tem no Brasil um enorme volume de clientes diretos. Na temporada que antecede a colheita, em março, a região sofreu com o granizo. As geadas danificaram parte da produção e resultaram em queda de 30% nas vendas do primeiro semestre, normalmente destinadas ao hemisfério norte. Era esperada com otimismo a venda da parte armazenada ao Brasil, principal comprador no segundo semestre – 63% das maçãs importadas que os brasileiros consomem são argentinas.
“A restrição nos trouxe problemas, assim como aos nossos clientes no Brasil. Eles vão ter menos tempo para vender o produto, que pode chegar com uma qualidade mais baixa ao consumidor. Há muitas empresas brasileiras que têm as vendas estruturadas contando com as maçãs argentinas”, diz Oscar Martin, presidente da CAFI.
Parte das frutas não vendidas ao Brasil será direcionada ao mercado local, que pode ter uma sobreoferta e queda nos preços. O iG esteve na região dois dias antes da publicação no Diário Oficial, quando as peras ainda não haviam sido barradas. “Seria desastroso se isso chegasse às peras. Estamos com a corda no pescoço”, disse Pablo Kleppe, diretor da empresa fundada pelo avô há quase 80 anos. No dia seguinte à declaração, as peras foram incluídas no bloqueio.
As licenças de importação sempre existiram no caso das maçãs argentinas importadas pelo Brasil, mas eram automáticas e em poucas horas um pedido podia ser liberado. Agora, podem levar até 60 dias. Um mês após o bloqueio, nenhuma autorização havia sido concedida, com exceção de dois caminhões puderam passar devido a recursos que importadores brasileiros conseguiram na justiça. “A Argentina e o Brasil tinham que se complementar e não brigar”, diz Jorge Cervi, diretor da Cervi, uma das marcas de maçã mais vendidas ao Brasil.
Por outro lado, carregamentos de maçãs vindas do Chile, membro indireto do Mercosul, entram no Brasil todos os dias. “Estamos terrivelmente prejudicados e o Chile, absurdamente beneficiado. Éramos sócios e hoje parece que somos inimigos. Enquanto isso, perdemos produtos perecíveis”, completa o presidente da CAFI. “Esse é um dos setores mais atingidos pelas barreiras às importações”, analisa Alejandro Ovando, economista da IES Consultores. Em valores, as perdas já chegam a 24,2% em relação às exportações de 2011.
A Argentina é a maior exportadora de peras do Hemisfério Sul e a quinta maior produtora de maçãs do mundo. São vendidas ao exterior 460 mil toneladas de peras e 230 mil toneladas de maçãs anualmente (100 delas ao Brasil, seu maior comprador), o que gera cerca de US$ 50 milhões ao país. É um dos principais negócios agrícolas argentinos.
A região de Alto Valle, nas províncias de Río Negro e Neuquén, tem 500 mil habitantes e boa parte de sua economia gira em torno da fruticultura, que representa metade das exportações de frutas frescas no país. São 2.500 produtores locais, 300 estabelecimentos de armazenamento e embalagem, 220 frigoríficos e 11 fábricas de suco concentrado. A maioria desses produtores está na terceira geração de famílias de imigrantes italianos e espanhóis, que se organizam em cooperativas e associações para controlar desde a produção até a logística.
Toda essa estrutura gera cerca de 50 mil postos de trabalhos diretos e 15 mil indiretos. Segundo a CAFI, a fruticultura demanda quarenta postos de trabalho a cada milhão de dólar faturado – com o petróleo produzido na região, esse número cai para cinco. Em cada hectare de cultivo de maçãs, um posto de trabalho direto é gerado, cerca de 70 vezes mais do que a soja. “Esse tipo de cultivo é grande gerador de mão de obra. É uma vergonha que embates políticos prejudiquem esses produtores”, diz Cervi. “Estamos quase implorando para que a situação seja resolvida logo”, afirma.
Alessandro Teixeira, secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, diz que na reunião de sexta-feira não se chegou a um acordo, mas que os dois governos estão analisando cada caso. “Essa foi a primeira reunião que tivemos na nova estrutura do governo argentino”, disse, sobre as negociações agora serem feitas diretamente com o polêmico Guillermo Moreno, a quem definiu como sincero, objetivo, direto e claro. “O que queremos é que essa tendência (de queda do fluxo comercial) diminua e a gente fortaleça o comércio regional”, afirma.
As restrições brasileiras começaram quando governo argentino passou a aplicar um sistema de controle que dificulta as compras no exterior, a DJAI, Declaração Jurada Antecipada de Importação. O objetivo era incentivar a produção local argentina. Entre os principais produtos brasileiros barrados estão calçados, com cerca de dois milhões de pares parados na alfândega, enlatados, autopeças e doces.
A tensão comercial chegou ao auge no começo de maio, quando a Argentina uniu à lista de produtos a carne de porco brasileira. A barreira teve seu fim anunciado pelo governo de Cristina Kirchner, com restrições. Mas a entrada está sendo liberada com lentidão. Como consequência, desde o começo do ano as autoridades brasileiras estão dificultando a entrada de alguns produtos importados e também suspenderem licenças automáticas.
Segundo o jornal Clarín, o total de produtos argentinos que precisam de autorizações prévias já representa 70% das exportações do país ao mercado brasileiro. Por outro lado, de acordo com dados da consultoria econômica Abeceb, as exportações brasileiras à Argentina caíram mais de 16% em maio em comparação ao mesmo período 2011. A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial brasileiro, depois da China e dos Estados Unidos. O Brasil é o principal comprador de produtos argentinos. Na imprensa portenha, há quem sugira que os dois países frequentem uma terapia de casal para resolver os problemas da relação.


Corte de juro na China pode beneficiar exportações brasileiras
A surpreendente decisão da China de cortar os juros em 0,25 ponto porcentual para 6,31% ao ano terá um impacto positivo na economia brasileira, estagnada desde o início do segundo semestre de 2011. A avaliação é de economistas que atuam em Nova Iorque. Segundo eles, o estímulo monetário na China permitirá um avanço nas exportações brasileiras, com a melhora dos termos de troca, além de reforçar investimentos estrangeiros diretos (IED) e reanimar as expectativas de empresários.

“Essa ação inesperada vai ajudar o Brasil na venda de seus produtos para aquele país asiático e no ingresso de dólares via IED”, disse Tony Volpon, diretor de pesquisa para mercados emergentes na América Latina da corretora Nomura Securities. “Além disso, vai incrementar a percepção de que este parceiro comercial extremamente importante não vai apresentar um pouso forçado neste ano.”

Os economistas da corretora japonesa Nomura estimam que o Produto Interno Bruto (PIB) da China crescerá 8,4% neste ano, acima do piso de 7,5% para o crescimento econômico estabelecido pelo governo chinês. Para os especialistas, a decisão do Banco Central Chinês (PBoC, na sigla em inglês) atenua o pessimismo que tomou conta dos mercados globais nas últimas semanas devido à paralisia política na zona do euro, que está em recessão.

Segundo Volpon, a “China salvou o mundo” em 2008 e 2009 quando adotou um robusto programa de investimentos próximo a US$ 500 bilhões com o objetivo de sustentar seu patamar de crescimento num momento em que a economia global ingressava na pior recessão desde a Grande Depressão de 1929. “Muito da expansão de 7,5% do PIB registrada pelo Brasil em 2010 foi motivada pela reação vigorosa da China com aquele pacote fiscal”, disse Volpon. Ele ressaltou que a vinculação da economia brasileira em relação à chinesa é tão forte que uma parcela da avaliação negativa de investidores em relação ao País surgida recentemente vinha da avaliação generalizada de que as autoridades em Pequim não agiriam com rapidez para sustentar seu padrão de expansão como fez há três anos.

Na opinião de Alberto Ramos, codiretor de pesquisas para a América Latina da Goldman Sachs, o corte dos juros na China “reduz as chances de revisar para baixo” sua previsão de crescimento de 2,9% para o Brasil neste ano. A sua projeção se tornou otimista em relação a uma série de revisões de estimativas do PIB nacional em 2012, ocorrida nesta semana depois de a economia ter registrado um fraco incremento de 0,2% no primeiro trimestre ante o anterior. A Nomura e a consultoria Tendências esperam que a economia brasileira tenha uma expansão de 1,9% neste ano, enquanto os economistas do Itaú Unibanco projetam alta de 2%. Para as consultorias MCM e LCA, essa taxa será de 2,2%. Na pesquisa Focus do Banco Central, divulgada na segunda-feira, a mediana das previsões para o PIB deste ano caiu de 2,99% para 2,72%.

Para Tony Volpon, o corte de juros na China melhora a sensação de investidores sobre os rumos da economia global neste ano, juntamente com a expectativa de que os bancos na Espanha poderão receber reforço de capital de instituições europeias e a adoção da terceira rodada da política de afrouxamento quantitativo (QE3, na sigla em inglês) pelos EUA. Apesar da decisão do Banco Central Europeu de manter os juros em 1% - o que decepcionou boa parte dos gestores de ativos financeiros pelo mundo - os mercados globais reagiram de forma positiva ao avanço da percepção de que o Federal Reserve vai adotar o QE3, sobretudo após a divulgação do baixo número de postos de trabalho criados em maio nos Estados Unidos, que ajudou a levar a taxa de desemprego para 8,2%.

A decisão do Banco Central Chinês, indiretamente, vem na direção do que pregou a presidente Dilma Rousseff nesta semana, quando disse em evento com o rei Juan Carlos, da Espanha, que a recuperação da economia mundial precisa ser uma “ação coordenada e solidária entre todos os grandes atores da economia mundial”.

Fonte: Jornal do Commercio (RS)
http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/geral/17196-corte-de-juro-na-china-pode-beneficiar-exportacoes-brasileiras





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