LEGISLAÇÃO

terça-feira, 26 de junho de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA - 26/06/2012




Porto chama sociedade para discutir plano de expansão e modernização 

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) está discutindo com a comunidade o projeto de desenvolvimento e ampliação das atividades. Nesta segunda-feira (25), representantes da sociedade civil e de diversas entidades participaram de uma reunião de trabalho a respeito do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado de Paranaguá (PDZPO).

Foi a quarta reunião de trabalho da comissão interna do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Paranaguá. O conselho discute detalhes do planto, apresentado pela Appa no dia 24 de maio ao CAP. “Nossa intenção é abrir estas reuniões para a comunidade, de modo geral, para esclarecer dúvidas e demonstrar o trabalho sério que vem sendo desenvolvido”, disse o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino. Na quarta-feira (27), a comissão fará reunião aberta à imprensa, para esclarecer o plano.

O plano desenvolvido em Paranaguá é o primeiro do País a contemplar estudo ambiental integrado, bem como todas as recomendações técnicas necessárias ao perfeito cumprimento das melhores técnicas e às boas práticas da gestão portuária.

“É importante ressaltar que o PDZPO tem como pano de fundo o plano de zoneamento do município, aprovado pela Câmara de Vereadores e pelo Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense (Colit)”, explicou Dividino. O Colit é vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e faz parte do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama.

AMPLIAÇÃO – O plano em fase de análise é um documento com mais de 900 páginas, que contém diagnóstico, prognóstico e estabelece políticas de crescimento do Porto. A atividade portuária é realizada pela iniciativa privada e cabe ao Porto, com o plano, estabelecer critérios que disciplinem a atividade. O documento aponta novas localidades para onde as atividades portuárias deverão crescer, como Pontal do Paraná, distrito industrial portuário de Paranaguá (Imbocuí).

O novo plano foi desenvolvido pelo Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (LabTrans/UFSC) de acordo com a modelagem estabelecida na portaria 414/2009 da Secretaria de Portos (SEP) e da portaria 2240 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O PDZPO foi feito em consonância com o Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP) e com o Masterplan, que é o plano máster de desenvolvimento de todo o modal portuário brasileiro (e que está sendo feito pela SEP, sendo a LabTrans uma das empresas participantes do processo).

O último Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado de Paranaguá foi elaborado há mais de 10 anos. “Temos certeza que os problemas encontrados nos dias de hoje, tais como congestionamentos, falta de infraestrutura de armazenagem para carga, falta de pátio adequado de caminhões, falta de berços de atracação de navios, falta de programas de monitoramentos e condições muitas vezes inadequadas para os trabalhadores portuários, existem em função da falta de um PDZPO como o que está sendo apresentado agora”, disse Dividino.

ACESSOS – No que se refere aos acessos terrestres, o plano prevê grande volume de investimentos em descarregadores de vagões, o que possibilitará que boa parte do crescimento da movimentação de cargas se dê por ferrovias, minimizando os impactos no tráfego urbano.

O PDZPO estabelece substituição de armazéns antigos com baixa capacidade operacional por novos e grandes armazéns especializados já com toda tecnologia de retenção de produtos e poeira.

Neste mês, pela primeira vez, a Appa dará início ao Plano de Monitoramento das Obras de Dragagens. No segundo semestre, será iniciado o maior programa de monitoramento ambiental da história do Porto de Paranaguá. A Appa está finalizando ainda o escopo dos serviços a serem realizados e imediatamente será realizada a contratação dos serviços através de especialistas da área ambiental.



Navios terão fila por mais de um mês

O Porto de Paranaguá terá de retomar, na entrada do segundo semestre, o ritmo de embarque de soja de maio, que foi recorde, para que o problema das filas de navios não se prolongue além de agosto. É o que mostram os números sobre o volume de grão a ser carregado. Para esta última semana de junho, há previsão de pancadas de chuva, que podem forçar o desligamento dos shiploaders e impedir que a performance do setor de granéis vá além da demanda diária.
Entre os 100 navios que estão esperando para atracar – a fila atingiu essa marca na última sexta-feira –, 15% devem deixar o litoral carregados de soja. Ao se analisar a tarefa programada para cada uma destas embarcações, constata-se que 850 mil toneladas do grão estão vendidas e prontas para serem carregadas, demanda que deve passar de 1 milhão com a chegada regular de novos graneleiros. Em maio, o Paraná exportou 1,26 milhão de toneladas de soja em grão.
Fonte: Canal do Transporte
http://www.conexaomaritima.com.br/index.php?option=noticias&task=detalhe&Itemid=22&id=10012


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