LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 15 de junho de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 15/06/2012




Exportações aos países árabes crescem 9,16%

As exportações brasileiras para os países árabes renderam US$ 1,27 bilhão em maio, um aumento de 9,16% sobre o mesmo mês do ano passado, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As importações somaram US$ 1,12 bilhão, um crescimento de 27%. Na mesma comparação, as vendas externas totais do Brasil avançaram apenas 0,026%, e as compras, 2,93%.
Entre os principais itens comercializados pelo Brasil no mundo árabe o açúcar foi destaque, com um crescimento de 108% nas receitas dos embarques. Avançaram também as exportações de carne bovina e de frango (15%), cereais, como trigo e milho (14%), ouro (92%), outros grãos, como soja e amendoim (341%), além de óleo de soja, café, fumo e gado em pé. Caíram as vendas de minério de ferro (38%), máquinas e equipamentos e de produtos químicos.
“Este movimento era esperado”, disse o CEO da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby. “Estava mais ou menos clara a formação de estoques de alimentos [no mundo árabe]“, acrescentou.
É comum as vendas de alimentos para a região crescerem nos meses que antecedem o Ramadã, período em que os muçulmanos não comem durante o dia, mas quebram o jejum com festa no início da noite. Além disso, nações árabes têm ampliado as compras para formar estoques reguladores e diminuir sua exposição à volatilidade dos preços das commodities agropecuárias.
Na seara das importações, houve aumento das compras de petróleo e derivados (46%), produtos químicos inorgânicos (311%), além de material elétrico, alumínio, vidro e pescados. Os negócios com adubos e fertilizantes recuaram 51%, embora tenha crescido o comércio de alguns insumos para esta área. Caiu também a importação de plásticos.
Alaby afirmou que o grosso das compras de fertilizantes pelo Brasil foi realizado nos meses anteriores. O aumento da importação de petróleo, segundo ele, reflete a situação da economia brasileira, que ainda está em crescimento, embora em ritmo menor do que no início do ano passado.
O executivo acredita que o desempenho do comércio com os árabes manterá a mesma tendência em junho.
No acumulado de janeiro a maio, as exportações brasileiras para a região renderam mais de US$ 5,52 milhões, um aumento de 4% em relação ao mesmo período de 2011. As importações avançaram 34% e chegaram a US$ 4,54 bilhões nos cinco primeiros meses de 2012. Na mesma comparação, as vendas externas totais do Brasil cresceram 3,43%, e as compras, 6,4%.




Exportador ainda segura dólar no exterior

Por FERNANDO NAKAGAWA/ BRASÍLIA, estadao.com.br



O dólar mais caro não é, necessariamente, a garantia de aumento da entrada da moeda nas transações de comércio exterior. Dados do Banco Central revelam que atualmente ocorre exatamente o contrário: mesmo com cotações na casa de R$ 2 há várias semanas, o ingresso pela mão dos exportadores é o mais baixo desde janeiro de 2011.
Levantamento feito pelo Estado mostra que exportadores trouxeram, na média, US$ 733,3 milhões a cada dia das duas primeiras semanas de junho. O valor é 27% menor que o visto em maio (US$ 1,008 bilhão por dia) e o mais baixo em 18 meses.
Em maio, mês em que a moeda chegou ao simbólico nível de R$ 2, a entrada de dólares diminuiu 42% na comparação com abril, época em que o dólar ainda estava em R$ 1,80. Ou seja, em movimento inverso, a cotação subiu e a média diária de entrada de recursos via exportações caiu.
A subida do dólar foi, por alguns meses, uma das maiores obsessões do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Para conseguir o objetivo, o governo passou a adotar medidas para "proteger" o real da chamada "guerra cambial". A estratégia contou com uma ação "pinga gotas". Mantega chegou, inclusive, a prometer novidades "toda semana".
"Exportadores que tinham recursos no exterior à espera de uma cotação melhor trouxeram grandes volumes em abril porque já estavam satisfeitos com dólar perto de R$ 1,80. Como esse estoque de recursos caiu e a urgência em trazer o dinheiro diminuiu, as transferências estão menores mesmo com a cotação em R$ 2", explica o economista da Tendências Consultoria, Bruno Lavieri.
Entre as várias maneiras que exportadores têm para trazer recursos ao Brasil, esse fenômeno é mais notado na linha de crédito conhecida como pagamento Antecipado. Nessa operação, o ingresso em junho está em US$ 90 milhões diários, o pior desde janeiro de 2011. Esse tipo de financiamento, vale lembrar, sofreu restrições pelo Banco Central em março e agora tem prazo limitado a 360 dias. Antes, não havia limite.
Fluxo. Com menos força dos exportadores, o fluxo cambial gerado pelo comércio exterior terminou os oito primeiros dias do mês negativo em US$ 284 milhões. Ou seja, a conta paga por importadores foi maior que a receita obtida por empresas que vendem ao exterior. Então, recursos saíram do Brasil.
Apesar disso, o fluxo de dólares gerado por transferências de investidores voltou a ficar no azul e US$ 1,12 bilhão ingressou nas duas semanas em operações como compra de ações e títulos de renda fixa, empréstimos e investimentos produtivos. O valor acabou compensando a saída no comércio exterior e o Brasil registrou entrada líquida de US$ 843 milhões nos oito primeiros dias de junho.





Camex baixa imposto de importação de três produtos

Governo reduz tributo para importar caminhão guindaste de torre móvel, paraxileno e anticorpos monoclonais RebmAB 100 e RebmAB 200

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) determinou nesta quinta-feira a redução temporária da alíquota do Imposto de Importação de três produtos. Segundo nota divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a medida tem como objetivo evitar o desabastecimento do mercado interno.
Segundo a resolução da Camex, publicada no Diário Oficial da União, o imposto de importação sobre "caminhões guindaste de torre móvel" cai de 35% para 2%, por um período de doze meses, limitados à quota de oito unidades. "Esses veículos são usados para elevar cargas pesadas a grandes alturas, combinando a mobilidade de um guindaste automotivo com as funcionalidades de um guindaste de torre não fabricado no país", esclarece a nota do MDIC.
Além disso, foi reduzido o imposto para a importação de paraxileno (ou p-xileno), de 4% para zero por doze meses, limitado à quota de 160 mil toneladas. O paraxileno é, segundo o MDIC, o mais importante insumo químico derivado da nafta petroquímica, destinado à produção do PTA (ácido tereftálico), que permitirá a fabricação de resina PET.
Foi ainda determinada a redução temporária de 2% para zero, também por um período de doze meses, do imposto de importação sobre "anticorpos monoclonais RebmAB 100 e RebmAB 200". No caso do primeiro, a redução do tributo está limitada à importação da quota de 10.000 ampolas e, no segundo, à 15.000 ampolas. O MDIC esclareceu que, nesses dois casos, os produtos são anticorpos monoclonais humanizados – medicamentos experimentais de última geração para uso em terapias contra o câncer.
(com Agência Estado)




Governo reduz imposto para produção de bens de informática

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou novos pedidos para redução de imposto de máquinas e equipamentos para produção e bens de informática importados (ex-tarifários). Pelo regime, a tributação passa de 16% e 14% para 2% porque os produtos não tem similar nacional. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (13).
As resoluções publicadas no Diário Oficial desta quarta-feira (13) somam, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 298 produtos com imposto reduzido, sendo 291 bens de capital (máquinas e equipamentos para produção), dos quais 104 renovações, além de sete bens de informática (quatro são renovações).
Os investimentos globais e os investimentos relativos às importações dos equipamentos, vinculados aos ex-tarifários publicados hoje são, respectivamente, de US$ 2,2 bilhões e US$ 641,1 milhões, informou o governo federal.
Setores
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, os principais setores contemplados pelas duas Resoluções Camex, em relação ao valor das importações, foram os de autopeças (14,79%), de madeira e móveis (9,83%), bens de capital (9,18%), naval (8,22%) e siderúrgico (6,69%).
13 dezembro de 2013
Redução do imposto é válido até 31 dezembro de 2013, segundo informações fornecidas pelas empresas. As compras devem ser originadas principalmente da Alemanha (23,7%), Estados Unidos (14,5%), Itália (13,9%), França (11,4%) e Finlândia (10,8%).



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