Gecex prorroga prazo para importações de algodão com redução tarifária
Foi publicada nesta sexta-feira (6/5), no Diário Oficial da União (DOU), a Resolução nº 27, da Câmara de Comércio Exterior (Camex) que prorroga por um mês o prazo para importações de algodão (NCM 5201.0020 e 5201.00.90), com alíquota de 0%. O prazo, que terminaria em 31 de maio, foi prorrogado até 30 de junho em função da permanência do quadro de escassez de algodão no mercado nacional, decorrente da quebra da safra do ano passado. A medida foi incluída na Lista de Exceção à TEC (Letec), com isenção de Imposto de Importação (II), pela Resolução Camex nº 70, de 14 de novembro de 2010.
Apesar da extensão do prazo, a redução tarifária continua limitada à cota de 250 mil toneladas de algodão. Podem usufruir da redução tanto indústrias do segmento têxtil quanto empresas comerciais exportadoras, conforme previsto pela Resolução Camex nº 13, de 14 de março de 2011, para facilitar o acesso de micro e pequenas empresas à concessão.
Ex-tarifários
Também foram publicadas no Diário Oficial da União, as Resoluções Camex que concedem redução para 2%, até 30 de junho de 2012, das alíquotas de Imposto de Importação para bens de capital e bens de informática e telecomunicações. Os investimentos globais previstos relacionados aos Ex-tarifários aprovados somam US$ 2,8 bilhões nos setores de geração de energia, de mineração e naval. Os investimentos em importações devem chegar a US$ 281 milhões. Dos 128 novos Ex-tarifários, 124 referem-se a bens de capital e 4 a bens de informática e telecomunicação.
O regime de Ex-tarifário é um mecanismo de estímulo aos investimentos produtivos no país por meio da redução do custo de aquisição no exterior de bens de capital, informática e telecomunicação que não contam com produção nacional. É importante ressaltar que as concessões em questão referem-se apenas a equipamentos com especificações restritas, não contemplando todo o universo de produtos abrangidos pelos respectivos códigos NCM.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Maio começa com superávit de US$ 969 milhões
As exportações brasileiras, na primeira semana de maio (1º a 8), com cinco dias úteis, foram de US$ 5,29 bilhões, com média diária de US$ 1,058 bilhão. O resultado é 25,5% superior à média de US$ 843 milhões registrada em maio de 2010. Neste comparativo, aumentaram as vendas nas três categorias de produtos. Nos semimanufaturados (44,9%), os destaques ficaram por conta de semimanufaturados de ferro e aço, ouro em forma semimanufaturada, óleo de soja em bruto, couros e peles e celulose. Entre os básicos (29,7%), as principais vendas foram de trigo em grão, café em grão, soja em grão, minério de ferro, carne de frango e suína, e farelo de soja. Tubos flexíveis de ferro e aço, hidrocarbonetos, polímeros plásticos, partes de motores para veículos, laminados planos, pneumáticos, veículos de carga e autopeças foram os principais produtos entre os manufaturados (10,1%).
Já na comparação com a média diária de abril deste ano (US$ 1,061 bilhão), houve redução de 0,4%. Diminuíram as vendas de produtos manufaturados (-4,6%) e básicos (-2,5%), no entanto cresceram as exportações de semimanufaturados (18,1%).
Na primeira semana do mês, as importações somaram US$ 4,321 bilhões, com resultado médio diário de US$ 864,2 milhões. Por esse critério, houve aumento de 27,3% em relação a maio do ano passado (média de US$ 678,8 milhões) Cresceram, principalmente, os gastos com cereais e produtos de moagem (77,2%), adubos e fertilizantes (74,7%), plásticos e obras (49,9%), veículos automóveis e partes (32,2%) e equipamentos mecânicos (27,4%).
Na comparação com abril de 2011 (média de US$ 963,7 milhões), houve retração de 10,3% nas aquisições no mercado externo. Os produtos com maiores quedas foram químicos orgânicos e inorgânicos (-41,7%), combustíveis e lubrificantes (-33%), borracha e obras (-21,7%), adubos e fertilizantes (-19,7%) e veículos automóveis e partes (-12,6%).
Com estes dados, a balança comercial brasileira registrou, na primeira semana de maio, superávit de US$ 969 milhões, com média diária de US$ 193,8 milhões. Este valor está 18% acima do registrado em maio de 2010 (média de US$ 164,2 milhões) e é 97,6% superior ao verificado em abril deste ano (US$ 98,1 milhões).
A corrente de comércio (soma das exportações e importações) totalizou US$ 9,611 bilhões, com média diária de US$ 1,922 bilhão. Houve crescimento de 26,3% na comparação com a média de maio de 2010 (US$ 1,521 bilhão) e redução de 5,1% com a de abril deste ano (US$ 2,025 bilhões).
Ano
De janeiro à primeira semana de maio deste ano (86 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 76,695 bilhões (média diária de US$ 891,8 milhões). Na comparação com a média diária do mesmo período de 2010 (US$ 679 milhões), as exportações cresceram 31,3%. As importações foram de US$ 70,697 bilhões, com média diária de US$ 822,1 milhões. O valor está 26,9% acima da média registrada no mesmo período de 2010 (US$ 647,8 milhões).
No acumulado do ano, o saldo positivo da balança comercial já chega a US$ 5,998 bilhões, com média diária de US$ 69,7 milhões. No mesmo período de 2010, o superávit foi de US$ 2,682 bilhões, com média de US$ 31,2 milhões. Pela média, houve aumento de 123,6% no comparativo entre os dois períodos. A corrente de comércio somou US$ 147,392 bilhões, com média diária de US$ 1,713 bilhão. O valor é 29,2% maior que a média aferida no mesmo período no ano passado (US$ 1,326 bilhão).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Exportação de veículos cresce mais de 50%
O Brasil exportou 48,7 mil veículos em abril deste ano, um aumento de 50,7% em relação ao mesmo mês de 2010, quando as vendas externas foram de 32,3 mil unidades.
Houve aumento de 13,9% na comparação com março de 2011, quando as exportações foram de 42,7 mil unidades. No acumulado do ano, o crescimento foi de 9,1%, com a exportação de 168,2 mil veículos de janeiro a abril, contra 154,2 mil unidades no primeiro quadrimestre de 2010. Os dados foram divulgados em São Paulo, pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini.
"Aumentaram as exportações, mas não tanto quanto deviam, se compararmos com 2005, que foi um ano em que exportamos bem", alertou Belini. O presidente da Anfavea atribuiu o crescimento do quadrimestre a uma recuperação das importações em países da América do Sul, como Peru, Colômbia e Argentina. "Os Estados Unidos também estão se recuperando e, com isso, puxam outros mercados. A África do Sul também está voltando a importar do Brasil", apontou. Os números de unidades exportadas incluem veículos leves, caminhões e ônibus.
Outros números destacados por Belini foram os da importação de veículos pelo Brasil. De janeiro a abril deste ano, o país importou 245,9 mil unidades, deixando uma balança deficitária em 77,7 mil unidades. "Temos um déficit de quase o dobro na importação de veículos", destacou. Segundo ele, se o dólar continuar beirando o patamar de R$ 1,50, a tendência é que as importações cresçam ainda mais. "Hoje, o Brasil vive o pleno emprego, mas amanhã podemos precisar destes empregos e eles estarão sendo gerados em outros lugares", alertou.
Em valores, as exportações de veículos em abril renderam US$ 1,32 bilhão, um crescimento de 42,1% em relação a abril de 2010 e de 12,8% em relação a março deste ano. Na comparação dos quadrimestres, os primeiros meses deste ano apresentaram um aumento de 30,3%. As vendas passaram de US$ 3,53 bilhões no ano passado para US$ 4,6 bilhões este ano. Estes valores não incluem as exportações de veículos desmontados.
Em relação à produção de veículos, houve uma redução de 294,5 mil unidades em março deste ano para 280,1 mil unidades em abril, mostrando queda de 4,9%. Já na comparação com abril de 2010, quando a produção foi de 274,8 mil unidades, houve aumento de 1,9%. No acumulado do ano, houve crescimento de 4,1%, tendo sido a produção de janeiro a abril deste ano de 1,11 milhão de veículos, contra 1,06 milhão no mesmo período do ano passado.
Na entrevista coletiva, Belini deu destaque aos números do licenciamento de automóveis novos, que apresentaram crescimento de apenas 3,8% na comparação entre janeiro e abril de 2011 e o primeiro quadrimestre de 2010, passando de 1,01 milhão de unidades para 1,05 milhão. "É uma acentuada redução no índice de crescimento", apontou o presidente da Anfavea.
Quando questionado sobre as medidas que o governo federal está tomando para conter o consumo para combater a alta dos preços, Belini declarou: "O Banco Central está preocupado com a inflação, mas entendemos que o nosso setor também é importante. Representamos 23% do PIB industrial e, se deixarmos de produzir, isso afetaria o país também."
Ele demonstrou ainda preocupação com o ritmo de crescimento do setor automotivo. "O setor está crescendo na média de 5%. Entendemos que, se este ano crescermos 5%, já vai ser uma redução significante em relação ao ano passado, que foi de 12%." Participaram ainda da coletiva os diretores da Anfavea Aurélio Santana, Ademar Cantero e Milton Rego.
ANBA
Empresários brasileiros e venezuelanos discutem formas de aumentar intercâmbio comercial
Empresários brasileiros e venezuelanos reuniram-se em Brasília para discutir formas de aumentar a corrente de comércio entre os dois países. Cerca de cem representantes do agronegócio, construção civil, produtos de higiene pessoal, autopeças, alimentos e bebidas buscaram identificar mercadorias e serviços de interesse de cada país para aumentar que as possibilidades de negócios entre Brasil e Venezuela. O 1º Encontro Econômico, Produtivo e Comercial, realizado na sede da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex-Brasil), precede a visita do presidente da Venezuela, Hugo Chaves, ao Brasil, prevista para o início da próxima semana.
Na abertura do encontro, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, destacou a importância das trocas comerciais coma Venezuela: "Essa é uma relação comercial estratégica para o Brasil, já que os negócios entre os dois países estão aumentando consideravelmente nos últimos anos". Em 2010, a corrente de comércio entre o Brasil e a Venezuela somou US$ 4,6 bilhões, um crescimento de 11% em relação a 2009. O saldo comercial é superavitário para o Brasil em US$ 3 bilhões.
A Venezuela ocupa o 16° lugar em volume de comércio entre os países de destino das exportações brasileiras. Os principais produtos comprados do Brasil pelos venezuelanos são bovinos vivos, carne de gado e de frango, e partes e peças de veículos. Já o Brasil ocupa a 31ª colocação entre os destinos das exportações venezuelanas. Os principais produtos importados pelo Brasil da Venezuela são naftas, coque de petróleo e alumínio em bruto.
Brazil Modal
Cresce peso de emergentes em exportações do Brasil, diz banco
A participação dos emergentes, principalmente da China, nas exportações brasileiras aumentou de 37%, em 2000, para 57% em março de 2011, segundo o banco Credit Suisse. O peso dos países desenvolvidos, em especial, dos Estados Unidos, caiu de 61% para 41% no mesmo período. A concentração dos destinos, por sua vez, diminuiu. “Apesar do crescimento das exportações de commodities puxado pela demanda chinesa, não houve aumento da concentração da pauta de exportação em relação aos destinos na última década”, de acordo com Nelson Teixeira, economista-chefe do banco suíço. A participação dos atuais principais destinos, China, Estado Unidos, Argentina, Holanda e Alemanha nas exportações brasileira aumentou de 2,0% em 2000 para 15,6% no acumulado em 12 meses até março e a China ultrapassou os EUA como principal destino. Dos US$ 213,9 bilhões exportados pelo Brasil nos últimos 12 meses atté março, 33,3 bilhões foram exportações para a China e US$ 20,0 bilhões paos americanos.
Porto de Santos
Foi publicada nesta sexta-feira (6/5), no Diário Oficial da União (DOU), a Resolução nº 27, da Câmara de Comércio Exterior (Camex) que prorroga por um mês o prazo para importações de algodão (NCM 5201.0020 e 5201.00.90), com alíquota de 0%. O prazo, que terminaria em 31 de maio, foi prorrogado até 30 de junho em função da permanência do quadro de escassez de algodão no mercado nacional, decorrente da quebra da safra do ano passado. A medida foi incluída na Lista de Exceção à TEC (Letec), com isenção de Imposto de Importação (II), pela Resolução Camex nº 70, de 14 de novembro de 2010.
Apesar da extensão do prazo, a redução tarifária continua limitada à cota de 250 mil toneladas de algodão. Podem usufruir da redução tanto indústrias do segmento têxtil quanto empresas comerciais exportadoras, conforme previsto pela Resolução Camex nº 13, de 14 de março de 2011, para facilitar o acesso de micro e pequenas empresas à concessão.
Ex-tarifários
Também foram publicadas no Diário Oficial da União, as Resoluções Camex que concedem redução para 2%, até 30 de junho de 2012, das alíquotas de Imposto de Importação para bens de capital e bens de informática e telecomunicações. Os investimentos globais previstos relacionados aos Ex-tarifários aprovados somam US$ 2,8 bilhões nos setores de geração de energia, de mineração e naval. Os investimentos em importações devem chegar a US$ 281 milhões. Dos 128 novos Ex-tarifários, 124 referem-se a bens de capital e 4 a bens de informática e telecomunicação.
O regime de Ex-tarifário é um mecanismo de estímulo aos investimentos produtivos no país por meio da redução do custo de aquisição no exterior de bens de capital, informática e telecomunicação que não contam com produção nacional. É importante ressaltar que as concessões em questão referem-se apenas a equipamentos com especificações restritas, não contemplando todo o universo de produtos abrangidos pelos respectivos códigos NCM.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Maio começa com superávit de US$ 969 milhões
As exportações brasileiras, na primeira semana de maio (1º a 8), com cinco dias úteis, foram de US$ 5,29 bilhões, com média diária de US$ 1,058 bilhão. O resultado é 25,5% superior à média de US$ 843 milhões registrada em maio de 2010. Neste comparativo, aumentaram as vendas nas três categorias de produtos. Nos semimanufaturados (44,9%), os destaques ficaram por conta de semimanufaturados de ferro e aço, ouro em forma semimanufaturada, óleo de soja em bruto, couros e peles e celulose. Entre os básicos (29,7%), as principais vendas foram de trigo em grão, café em grão, soja em grão, minério de ferro, carne de frango e suína, e farelo de soja. Tubos flexíveis de ferro e aço, hidrocarbonetos, polímeros plásticos, partes de motores para veículos, laminados planos, pneumáticos, veículos de carga e autopeças foram os principais produtos entre os manufaturados (10,1%).
Já na comparação com a média diária de abril deste ano (US$ 1,061 bilhão), houve redução de 0,4%. Diminuíram as vendas de produtos manufaturados (-4,6%) e básicos (-2,5%), no entanto cresceram as exportações de semimanufaturados (18,1%).
Na primeira semana do mês, as importações somaram US$ 4,321 bilhões, com resultado médio diário de US$ 864,2 milhões. Por esse critério, houve aumento de 27,3% em relação a maio do ano passado (média de US$ 678,8 milhões) Cresceram, principalmente, os gastos com cereais e produtos de moagem (77,2%), adubos e fertilizantes (74,7%), plásticos e obras (49,9%), veículos automóveis e partes (32,2%) e equipamentos mecânicos (27,4%).
Na comparação com abril de 2011 (média de US$ 963,7 milhões), houve retração de 10,3% nas aquisições no mercado externo. Os produtos com maiores quedas foram químicos orgânicos e inorgânicos (-41,7%), combustíveis e lubrificantes (-33%), borracha e obras (-21,7%), adubos e fertilizantes (-19,7%) e veículos automóveis e partes (-12,6%).
Com estes dados, a balança comercial brasileira registrou, na primeira semana de maio, superávit de US$ 969 milhões, com média diária de US$ 193,8 milhões. Este valor está 18% acima do registrado em maio de 2010 (média de US$ 164,2 milhões) e é 97,6% superior ao verificado em abril deste ano (US$ 98,1 milhões).
A corrente de comércio (soma das exportações e importações) totalizou US$ 9,611 bilhões, com média diária de US$ 1,922 bilhão. Houve crescimento de 26,3% na comparação com a média de maio de 2010 (US$ 1,521 bilhão) e redução de 5,1% com a de abril deste ano (US$ 2,025 bilhões).
Ano
De janeiro à primeira semana de maio deste ano (86 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 76,695 bilhões (média diária de US$ 891,8 milhões). Na comparação com a média diária do mesmo período de 2010 (US$ 679 milhões), as exportações cresceram 31,3%. As importações foram de US$ 70,697 bilhões, com média diária de US$ 822,1 milhões. O valor está 26,9% acima da média registrada no mesmo período de 2010 (US$ 647,8 milhões).
No acumulado do ano, o saldo positivo da balança comercial já chega a US$ 5,998 bilhões, com média diária de US$ 69,7 milhões. No mesmo período de 2010, o superávit foi de US$ 2,682 bilhões, com média de US$ 31,2 milhões. Pela média, houve aumento de 123,6% no comparativo entre os dois períodos. A corrente de comércio somou US$ 147,392 bilhões, com média diária de US$ 1,713 bilhão. O valor é 29,2% maior que a média aferida no mesmo período no ano passado (US$ 1,326 bilhão).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Exportação de veículos cresce mais de 50%
O Brasil exportou 48,7 mil veículos em abril deste ano, um aumento de 50,7% em relação ao mesmo mês de 2010, quando as vendas externas foram de 32,3 mil unidades.
Houve aumento de 13,9% na comparação com março de 2011, quando as exportações foram de 42,7 mil unidades. No acumulado do ano, o crescimento foi de 9,1%, com a exportação de 168,2 mil veículos de janeiro a abril, contra 154,2 mil unidades no primeiro quadrimestre de 2010. Os dados foram divulgados em São Paulo, pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini.
"Aumentaram as exportações, mas não tanto quanto deviam, se compararmos com 2005, que foi um ano em que exportamos bem", alertou Belini. O presidente da Anfavea atribuiu o crescimento do quadrimestre a uma recuperação das importações em países da América do Sul, como Peru, Colômbia e Argentina. "Os Estados Unidos também estão se recuperando e, com isso, puxam outros mercados. A África do Sul também está voltando a importar do Brasil", apontou. Os números de unidades exportadas incluem veículos leves, caminhões e ônibus.
Outros números destacados por Belini foram os da importação de veículos pelo Brasil. De janeiro a abril deste ano, o país importou 245,9 mil unidades, deixando uma balança deficitária em 77,7 mil unidades. "Temos um déficit de quase o dobro na importação de veículos", destacou. Segundo ele, se o dólar continuar beirando o patamar de R$ 1,50, a tendência é que as importações cresçam ainda mais. "Hoje, o Brasil vive o pleno emprego, mas amanhã podemos precisar destes empregos e eles estarão sendo gerados em outros lugares", alertou.
Em valores, as exportações de veículos em abril renderam US$ 1,32 bilhão, um crescimento de 42,1% em relação a abril de 2010 e de 12,8% em relação a março deste ano. Na comparação dos quadrimestres, os primeiros meses deste ano apresentaram um aumento de 30,3%. As vendas passaram de US$ 3,53 bilhões no ano passado para US$ 4,6 bilhões este ano. Estes valores não incluem as exportações de veículos desmontados.
Em relação à produção de veículos, houve uma redução de 294,5 mil unidades em março deste ano para 280,1 mil unidades em abril, mostrando queda de 4,9%. Já na comparação com abril de 2010, quando a produção foi de 274,8 mil unidades, houve aumento de 1,9%. No acumulado do ano, houve crescimento de 4,1%, tendo sido a produção de janeiro a abril deste ano de 1,11 milhão de veículos, contra 1,06 milhão no mesmo período do ano passado.
Na entrevista coletiva, Belini deu destaque aos números do licenciamento de automóveis novos, que apresentaram crescimento de apenas 3,8% na comparação entre janeiro e abril de 2011 e o primeiro quadrimestre de 2010, passando de 1,01 milhão de unidades para 1,05 milhão. "É uma acentuada redução no índice de crescimento", apontou o presidente da Anfavea.
Quando questionado sobre as medidas que o governo federal está tomando para conter o consumo para combater a alta dos preços, Belini declarou: "O Banco Central está preocupado com a inflação, mas entendemos que o nosso setor também é importante. Representamos 23% do PIB industrial e, se deixarmos de produzir, isso afetaria o país também."
Ele demonstrou ainda preocupação com o ritmo de crescimento do setor automotivo. "O setor está crescendo na média de 5%. Entendemos que, se este ano crescermos 5%, já vai ser uma redução significante em relação ao ano passado, que foi de 12%." Participaram ainda da coletiva os diretores da Anfavea Aurélio Santana, Ademar Cantero e Milton Rego.
ANBA
Empresários brasileiros e venezuelanos discutem formas de aumentar intercâmbio comercial
Empresários brasileiros e venezuelanos reuniram-se em Brasília para discutir formas de aumentar a corrente de comércio entre os dois países. Cerca de cem representantes do agronegócio, construção civil, produtos de higiene pessoal, autopeças, alimentos e bebidas buscaram identificar mercadorias e serviços de interesse de cada país para aumentar que as possibilidades de negócios entre Brasil e Venezuela. O 1º Encontro Econômico, Produtivo e Comercial, realizado na sede da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex-Brasil), precede a visita do presidente da Venezuela, Hugo Chaves, ao Brasil, prevista para o início da próxima semana.
Na abertura do encontro, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, destacou a importância das trocas comerciais coma Venezuela: "Essa é uma relação comercial estratégica para o Brasil, já que os negócios entre os dois países estão aumentando consideravelmente nos últimos anos". Em 2010, a corrente de comércio entre o Brasil e a Venezuela somou US$ 4,6 bilhões, um crescimento de 11% em relação a 2009. O saldo comercial é superavitário para o Brasil em US$ 3 bilhões.
A Venezuela ocupa o 16° lugar em volume de comércio entre os países de destino das exportações brasileiras. Os principais produtos comprados do Brasil pelos venezuelanos são bovinos vivos, carne de gado e de frango, e partes e peças de veículos. Já o Brasil ocupa a 31ª colocação entre os destinos das exportações venezuelanas. Os principais produtos importados pelo Brasil da Venezuela são naftas, coque de petróleo e alumínio em bruto.
Brazil Modal
Cresce peso de emergentes em exportações do Brasil, diz banco
A participação dos emergentes, principalmente da China, nas exportações brasileiras aumentou de 37%, em 2000, para 57% em março de 2011, segundo o banco Credit Suisse. O peso dos países desenvolvidos, em especial, dos Estados Unidos, caiu de 61% para 41% no mesmo período. A concentração dos destinos, por sua vez, diminuiu. “Apesar do crescimento das exportações de commodities puxado pela demanda chinesa, não houve aumento da concentração da pauta de exportação em relação aos destinos na última década”, de acordo com Nelson Teixeira, economista-chefe do banco suíço. A participação dos atuais principais destinos, China, Estado Unidos, Argentina, Holanda e Alemanha nas exportações brasileira aumentou de 2,0% em 2000 para 15,6% no acumulado em 12 meses até março e a China ultrapassou os EUA como principal destino. Dos US$ 213,9 bilhões exportados pelo Brasil nos últimos 12 meses atté março, 33,3 bilhões foram exportações para a China e US$ 20,0 bilhões paos americanos.
Porto de Santos
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