LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 9 de março de 2011

ECONOMIA - 09/03/2011

Alta das commodities afetam emergentes e EUA, diz Geithner
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, disse que a alta dos preços das commodities está alimentando a inflação nos países emergentes e causando dificuldades para os consumidores norte-americanos. Em depoimento ao Comitê de Relações Exteriores do Senado, ele afirmou que "a alta dos preços globais das commodities, inclusive de alimentos e petróleo, está causando dificuldades em muitas partes do mundo".

Geithner admitiu que os preços mais altos da gasolina estão prejudicando os consumidores norte-americanos, mas ressalvou que a inflação nos EUA continua "modesta".

O secretário acrescentou que os EUA estão monitorando de perto os acontecimentos no Oriente Médio e no norte da África e que o governo do presidente Barack Obama está preparado para recorrer às reservas estratégicas do país, caso aconteça uma interrupção severa na oferta global de petróleo. "Mas é importante notar que há uma capacidade ociosa considerável na produção mundial de petróleo, e nós e outras economias importantes temos reservas estratégicas importantes. Caso necessário, essas reservas poderão ser mobilizadas para ajudar a mitigar os efeitos de uma interrupção severa e sustentada da oferta", disse Geithner.

Para ele, o impacto da alta dos preços é mais severo nos países em desenvolvimento, onde os consumidores gastam uma porcentagem maior de sua renda em itens básicos como alimentos e combustíveis. O índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 1,6% em janeiro, em comparação com o mesmo período do ano passado. O núcleo do índice, que exclui os preços de alimentos e de energia, teve uma alta de apenas 0,2%. Ao mesmo tempo, o índice de preços de alimentos da ONU subiu em fevereiro para o nível mais alto desde que a organização começou a apurar esse índice.

Geithner disse que os EUA apoiam a proposta de aumentar a transparência e a supervisão nos mercados globais de commodities, mas funcionários do Tesouro já indicaram que Washington é contra os controles de preços sugeridos por outros países.
Segundo Geithner, alguns países emergentes com regimes flexíveis de câmbio estão diante de pressões adicionais, porque outros países estão mantendo suas moedas artificialmente subvalorizadas, levando muitos países em desenvolvimento a ter de lidar com o aumento da entrada de capital. Para Geithner, a China deveria ajudar a aliviar essa carga, permitindo que o iuane se valorizasse.
Diário do Comércio e Indústria



Brasil deve passar Itália e virar a 7ª maior economia
O Brasil provavelmente já se tornou a sétima maior economia do mundo em 2010. De acordo com estimativa de Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, o PIB de R$ 3,675 trilhões em 2010 corresponde a US$ 2,089 trilhões, tomando-se a cotação média do dólar no ano. Com esse valor, o PIB brasileiro ultrapassa o da Itália no ranking do FMI, que é de US$ 2,037 trilhões.
Agostini ressalva de que o ranking do PIB do FMI ainda tem uma estimativa para o crescimento em 2010 da Itália, e não o resultado efetivo do ano. Se a comparação for feita com a estimativa do PIB em 2010, que também é o que ainda consta do ranking, a Itália está na frente - o tamanho da economia brasileiro seria de US$ 2,024 bilhões.
Segundo o economista, o FMI só incluirá no seu ranking os resultados efetivos do crescimento do PIB dos diversos países membro em abril. "Só aí dá para dizer com 100% de certeza de que o Brasil já é a sétima maior economia", diz Agostini.
Ele frisa, no entanto, que a possibilidade de que isso já tenha acontecido é alta. A estimativa do FMI de crescimento do PIB italiano em 2010 é de 1%, enquanto que o resultado efetivo foi de 0,1%. Em outras palavras, é bem possível que o tamanho do PIB da Itália caia quando o resultado efetivo for incluído em abril. Mas pode haver mudanças também no câmbio médio utilizado para converter para dólares,
No caso brasileiro, apesar da estimativa de crescimento do PIB do FMI para 2010 ser exatamente dos 7,5% efetivamente ocorridos, o valor do PIB no ranking é menor do que o calculado por Agostini, o que deve se explicar pelo uso de uma taxa de câmbio médio diferente.
Agostini nota que, ao final de 2011, a chances de que o Brasil esteja à frente da Itália em termos de PIB é grande, já que as expectativas de crescimento brasileiro são maiores que as da Itália. Em termos cambiais, ele espera que tanto o euro quanto o real se valorizem ante o dólar. Pelas previsões de Agostini, o Brasil será a quinta maior economia do mundo em 2018, com PIB de US$ 3,3 trilhões, e atrás de EUA, China, Japão e Alemanha. Em sexto, sétimo e oitavo lugares estariam, respectivamente, Reino Unido, Rússia e Índia.
Ranking. A alta de 7,5% do PIB do Brasil em 2010 coloca o País na terceira posição do ranking dos maiores crescimentos elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que inclui nações com economias relevantes que já tenham divulgado as Contas Nacionais do ano. Em primeiro e segundo lugar, estão China e Índia, com respectivamente 10,3% e 8,6% de crescimento do PIB em 2010.
O quarto e quinto colocados são Coreia do Sul (6,1%) e México (5,5%). Assim, considerando-se a Coreia como emergente, as cinco primeiras posições de crescimento em 2010 estão todas neste grupo. O mundo cresceu 5% no ano passado.
No último trimestre, o Brasil, com crescimento de 0,7% (comparado ao trimestre anterior, na série dessazonalizada), ficou em quarto no ranking dos países relevantes que já divulgaram este resultado. Na frente, estão Noruega (2,4%), México (1,3%) e Estados Unidos (0,8%).
Entre os Brics, o ranking do último trimestre tem de ser feito na comparação com o mesmo período de 2009, já que China e Índia só divulgam assim. Com crescimento de 5%, o Brasil fica abaixo de chineses (9,8%) e indianos (8,2%), empata com a Rússia, e supera a África do Sul (3,8%).

ALTA DE RENDA BATE A DO 'MILAGRE'

O crescimento da renda per capita brasileira em 2010, de 6,5%, é superior à média dos anos 70, a década do "milagre econômico", quando o indicador atingiu 6%. A renda per capita atingiu R$ 19.016 no ano passado. Nos anos 80, a variação da renda per capita despencou para uma queda média de 0,3% ao ano. Nos anos 90, subiu para 1,1%, e, na atual década, para 2,4%.
O Estado de São Paulo

 

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