LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 24 de março de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 24/03/2011


Portos de Tóquio e Yokohama enfrentam risco de radiação
Mais de 40% do tráfego de contêineres do Japão será afetado se o risco de radiação nuclear provocado pela usina de Daiichi, em Fukushima, fechar os portos da Bahia de Tóquio, de acordo com a Alphaliner. Isso porque os portos de Tóquios e Tokohama movimentaram 7,5 milhões teu em 2010, segundo análise da empresa parisiense.

As autoridades japonesas iniciaram testes para averiguar os riscos de radiação na água do mar próxima à usina de Fukushima, 150 milhas ao norte de Tóquio e que foi atingida pelo violento terremoto e pelo tsunami no começo deste mês. Algumas autoridades afirmaram que parte da água do mar usada para resfriar os reatores da usina e suas reservas de combustível acabaram voltando para o oceano.
Dos portos que sofreram grandes danos, apenas sete atuavam no mercado de transporte de cargas (Sendai, Hachinohe, Hitachinaka, Ohahama, Kashima, Ofunato e Ishinomaki) e, juntos, movimentaram 245.900 Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) em 2010, o equivalente a 1,3% do total do tráfego japonês. O maior deles, o de Sendai, movimentou sozinho 155.611 Teus no último ano.
É provável que impacto nos estaleiros será mínimo, de acordo com a Alphaliner. Todas as encomendas de porta-contêineres nas empresas do Japão estão nas instalações localizadas no oeste do país e escaparam do brutal terremoto. Mas 18 embarcações que já estavam agendadas para entrega entre 2011 e 2013 enfrentaram alguns atrasos por conta da interrupção de suprimentos de aço e equipamentos provenientes das áreas afetadas.
Guia Marítimo




UBM Brazil realiza Intermodal South America em São Paulo
A Intermodal South America, mais importante evento das Américas para os setores de transporte, logística e comércio internacional, sediará a sua 17ª edição no Transamérica Expo Center, em São Paulo, de 5 a 7 de abril.

Este ano, além de contar com os fóruns Intermodal Solutions e Intermodal Connection, a feira também realizará a Conferência JOC Infraportos, com palestrantes renomados, temas atuais e cases internacionais e um forte trabalho de disseminação das informações do evento nas mídias sociais, em especial, o microblog Twitter e o Facebook, seguindo uma tendência mundial de compartilhamento e troca de conhecimento entre pessoas de um mesmo grupo de interesse.

Com mais de 550 empresas expositoras de 18 países, entre os quais Alemanha, Argentina, China, Dinamarca, Emirados Árabes, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Inglaterra, Itália, Israel, Japão, Panamá, Portugal, Turquia e Uruguai, a principal feira do comércio exterior acontece este ano com a presença maciça de todos os modais de transportes.
O evento teve sua área de exposição ampliada, passando a ocupar 35 mil metros quadrados, divididos em cinco pavilhões, além da área externa do Transamérica, que será utilizada para a exposição de equipamentos. A expectativa da UBM Brazil, organizadora do evento, é receber por volta de 43 mil profissionais visitantes.

Transamérica Expo Center
Endereço: Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro - São Paulo/SP
Mais informações pelo fone (11) 4689-1935 ou pelo site http://www.intermodal.com.br/
Guia Marítimo



Empresa de contêiner vai operar no Porto do Recife
Mais uma empresa anunciou investimentos para operar contêineres no Porto do Recife. A Gulftainer Group Co. é especializada em serviços de logística. Vem dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e trabalha em vários portos no mundo há 35 anos. O aporte será de R$ 15 milhões, especialmente na aquisição e instalação de máquinas e equipamentos. Para o Porto do Recife o ganho será no aumento de movimentação de cargas e, consequentemente, no recolhimento de mais R$ 3,2 milhões por ano em tarifas portuárias. A previsão é que a operação comece ainda neste primeiro semestre.

Desde o começo do ano, a Gulftainer é a terceira empresa a anunciar aportes na movimentação de contêineres no porto da capital. O primeiro foi o grupo paulista Rodrimar, que irá aplicar R$ 12 milhões para iniciar as operações também neste primeiro semestre. A segunda a estudar investimentos é a pernambucana Agemar. A Gulftainer chega grande. Vai movimentar anualmente 30 mil TEU’s. O incremento nas receitas do porto será de 15% só com as atividades da companhia.
Portos e Navios



Encomendas de porta-contêineres preocupam indústria
Número crescente de pedidos pode não ser atendido.

A encomenda de porta-contêineres tem se tornado um evento praticamente diário. Na última semana, a Seaspan assinou um contrato no valor de mais de US$ 2 bilhões por uma série de embarcações 10.000 Teus (unidade equivalente a um equipamento de 20 pés). Logo depois, surgiu a notícia de que a OOCL estava fechando uma encomenda para dez embarcações de 13.000 Teus.
A Hyundai Heavy Industries, por sua vez, confirmou nesta semana que a Hambug Süd ordenou seis navios de 9.600 Teus, com possibilidade para mais quatro unidades, enquanto a Maersk, em fevereiro, fez sua encomenda de US$ 1,9 bilhão por 10 navios de 18.000 Teus de capacidade, com um acordo para mais 20.

Outros proprietários, como a Zodiac Maritime, o Mediterranean Shipping Co, Hapag-Lloyd, Evergreen, Costamare, Schulte, Ofer Group and Neptune Orient Lines, também fizeram suas encomendas de porta-contêineres de grande porte. Além disso, a NOL disse que planeja encomendar navios da classe dos 13.000 Teus.
Analistas vêm se perguntando se todo este cenário está começando a se tornar uma repetição de 2007, quando a ordem de compra subiu para níveis nunca vistos e que, sem dúvida, contribuiu para o colapso que se seguiu depois, quando a capacidade não deu conta do volume de cargas. Mas, por enquanto, a resposta é negativa. A indústria ainda se debate para reparar sua situação econômica depois do encolhimento do mercado de 60% na época de pico para menos de 27%, segundo dados da Maersk.

Contudo, mais encomendas certamente serão feitas nos próximos meses já que as companhias lutam para se equilibrarem, com contratos de um ano inteiro, totalizando cerca de 1,5 milhões de teu - mais do que o dobro da quantidade registrada em 2010.
Este ainda é um longo caminho para que a indústria chegue à soma de 3,5 milhões de teu de 2007. As encomendas dessas companhias adquirirão ativos a preços bem mais baratos do que os que os pátios cobravam há quatro, cinco anos atrás. Esses navios também serão mais eficientes em matéria de combustível e menos poluentes, além de serem designados para mercados específicos, como os trades da América Latina.
Em uma indústria com um recorde tão volátil, esta renovação das encomendas precisa ser monitorada bem de perto para que os sinais de excesso não façam com que as ofertas e a demanda fiquem, mais uma vez, em descompasso.
Guia Marítimo


Obras poderão tirar atraso de 25 anos em Porto Alegre
Mobilidade e revitalização do Cais Mauá estão entre as prioridades da cidade

Porto Alegre tem pressa. Com quase 240 anos, a cidade mostra sinais visíveis de falência em sua infraestrutura urbana. Para dar conta das necessidades, um pacote de obras está na trilha dos próximos cinco anos. Até porque os projetos poderão pesar em investimentos privados. São projetos que prometem mexer na estrutura e modais viários e pretendem qualificar o tráfego, mudar o perfil de transporte público, reverter a degradação em áreas como o complexo da Tronco e do Cais Mauá e melhorar a capacidade de operação com o resto do mundo, com a ampliação do aeroporto Salgado Filho.
Os investimentos somam R$ 4,5 bilhões. Estão envolvidos nas ações a prefeitura, governos estadual e federal e o setor privado. A coordenadora setorial do pós-graduação da Uniritter, Maria Isabel Marocco Milanez, destaca que as ações serão um “empurrão para a Porto Alegre do futuro”. Arquiteta que acompanha há décadas a evolução urbana, Maria Isabel aponta que há atraso de pelo menos 25 anos na implementação de melhorias na estrutura. “Há falta de planejamento. A última grande obra que tivemos para mobilidade foi a Terceira Perimetral, que já nasceu esgotada.”
Mobilidade e revitalização do Cais Mauá estão entre as prioridades da cidade
Para ela, a demora nas soluções reflete a dificuldade da cidade em tomar decisões. “Nosso DNA tem o ‘gosto’ e ‘não gosto’. Porto Alegre não gosta de mudar”, conclui a acadêmica. Mas novos investimentos em equipamentos de lazer, como a proliferação de shopping centers e novas regiões residenciais, impõem investimentos, reforça. Maria Isabel cobra um grande projeto de mobilidade. O consultor em engenharia de tráfego Mauri Panitz apresenta a dificuldade ante a explosão de veículos. Entre 2004 e fevereiro deste ano, a frota cresceu mais de 30%, somando agora 690 mil unidades, algo como dois veículos por habitante, considerando a fatia de moradores com mais de 18 anos. No Estado, o avanço é maior, de 46%, chegando a 4,7 milhões de unidades.

Para Panitz, além de projetar as obras, é preciso pensar a acessibilidade. “As pessoas com seus carros precisam ter condições de acessar ruas, avenidas, chegar aos seus destinos”, ilustra Panitz. O especialista alerta para a carência de estacionamentos e sugere a construção de áreas subterrâneas. O metrô, que é a grande aposta do prefeito José Fortunati, levará mais tempo. “É obra para dez anos”. As ciclovias, que também estão no plano municipal, também devem estar integradas.

A indefinição sobre a execução da fase 1 do metrô, que está à espera da decisão do governo federal sobre a inclusão no PAC da Mobilidade, não é o único impasse. A liberação da área do porto de Porto Alegre para que o consórcio de investidores espanhóis e brasileiros vencedor da licitação é uma incógnita. A pendência neste último projeto, orçado em R$ 460 milhões e que prevê shopping center, centro de eventos e áreas de lazer e cultura, está no Supremo Tribunal Federal (STF), onde a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) questiona o cumprimento de regras da legislação portuária. O secretário estadual de Infraestrutura, Beto Albuquerque, disse ontem que a solução sairá em breve. O governo estadual, que herdou o imbróglio de Yeda Crusius, deve se reunir com a Antaq até o final deste mês. “Nosso compromisso é que o projeto saia”, reforça o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana.
Jornal do Commercio (RS)/Patrícia Comunello




Terminal público de grãos deve sair em 2013
As apostas no cultivo de grãos crescem no Centro-Norte do Brasil assim como os índices de produtividade, mas a logística demora para avançar. Consi­derado um alívio para os portos do Sul e Sudeste, o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) vem sendo adiado há cinco anos. A nova previsão é de que o projeto seja concluído em 2013.
“Estamos na iminência da aprovação do projeto enviado a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antac). Acredito que isso aconteça até o final deste mês”, disse o diretor de planejamento da Empresa Mara­nhense de Administração Por­tuária (Emap), Daniel Vinent. Ele recebeu a Expedição no Porto de Itaqui, São Luís, onde deve ser instalado o terminal público.

Vinent reconhece que a obra no porto do Itaqui é fundamental ao transporte de grãos pela ferrovia Norte-Sul e que também faltam obras nas estradas do estado. “A ferrovia e as rodovias dependem do Tegram e vice-versa. Não adianta ter ferrovia se o porto não está preparado para atender maior demanda”, complementa.

O consultor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Luiz Antônio Fayet considera o prazo para conclusão do Tegram razoável, “se não houver novos empecilhos daqui para frente”. “O projeto pode passar por novas alterações e isso significa mais tempo”, ressalta.

A perspectiva em relação à construção do terminal está relacionada à ampliação do projeto. “Como houve forte interesse de empresas em ganhar a primeira licitação, que foi suspensa, aumentamos o projeto. Agora, serão quatro armazéns para grãos com capacidade de 125 mil toneladas cada, em um terreno de 100 mil metros quadrados cedido pela Emap”, afirma Vinent. “A nossa meta é movimentar 5 milhões de toneladas anuais no sexto ano de implantação do Tegram.” Hoje o porto recebe 2 milhões de toneladas por ano, principalmente soja.

Com um custo total estimado em mais R$ 240 milhões, que serão investidos por empresas privadas através de licitações públicas, o Tegram quer aprender com os “erros” de Paranaguá e utilizar sistemas modernos para embarque de grãos.

“Queremos ir até Paranaguá para saber como é que não devemos fazer”, brinca o executivo da Emap. Segundo ele, as correias de transporte do Tegram deverão operar a 2,2 mil toneladas por hora. Paranaguá opera a 1,5 mil toneladas por hora. Para o assessor técnico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep) Nilson Hanke, o Tegram desafogaria o Porto de Paranaguá, que além de receber a safra paranaense ainda escoa parte da produção de Mato Grosso, maior produtor brasileiro de soja. Com previsão de ligeiro aumento de produtividade e consequente concentração do escoamento pelo Paraná, Hanke acredita que o congestionamento em Paranaguá se prolongue ainda por mais cinco anos.

“O problema é que o Porto de Paranaguá foi construído em uma outra realidade. Faltou planejamento”, avalia a economista da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Carla Neri, que acompanhou a Expedição Safra na viagem pelo Centro-Norte.

Estradas precárias tornam transporte caro e arriscado

O escoamento da safra no Centro-Norte se dá por estradas em situação de abandono e gradativa destruição, conferiu a Expedição Safra Gazeta do Povo. “Isso aqui está um caos. De que adianta ter ganho de produtividade e aumento de produção se não tem como escoar”, questiona o superintendente do Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) no Maranhão, Antônio Luiz Figueiredo.

O custo com frete chega ao mesmo valor dos insumos, revela Cleovani Marques, gerente da fazenda Santa Isidoro, em Balsas (Maranhão), a 750 quilômetros de São Luís. Ele se refere ao calcário, que custa R$ 40 por tonelada.

O caminhoneiro Wiliam Catani diz que muitos colegas de profissão estão se recusando a transportar cargas em determinados trechos devido às condições das estradas. “Para andar 220 quilômetros carregados, levamos até 18 horas.”

As obras federais contemplam apenas trechos das rodovias. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Balsas (Maranhão), Ivan Mota Barbosa, as empresas multinacionais compradoras de grãos têm ajudado nas obras. “Os produtores contratam empreiteiras locais e as tradings ajudam a pagar. Essa é a saída”, afirma.
Gazeta do Povo




Região será centro logístico do pré-sal
Costa Verde - A exploração do petróleo no pré-sal da Bacia de Santos vai representar a abertura de um novo horizonte econômico para a região, que vai se transformar em importante pólo logístico e de apoio para a indústria petrolífera. Além do projeto que a Technip já iniciou em Angra dos Reis, uma ação conjunta da Petrobras com a CSN e a Gerdau - dona da Cosigua - deve resultar em uma grande ampliação no Porto de Itaguaí, onde a CSN já opera um terminal.

Em recente comunicado à Bolsa de Valores de São Pauço (Bovespa), a CSN confirmou que mantém negociações com a estatal do petróleo e com sua concorrente no setor siderúrgico, mas ressaltou que ainda não existe nenhum acordo oficializado.

De qualquer forma, a CSN já está fazendo investimentos no porto, com o objetivo de ampliar sua capacidade de exportação de minério de ferro. A medida faz parte de um pacote de investimentos que pretende transformar o grupo CSN em player de destaque no mercado mundial de minério de ferro - parte de um plano estratégico que inclui também investimentos em logística, energia, cimento e aços longos.

A Gerdau também pretende usar parte do porto para operações com minério, enquanto a Petrobras pretende atender as suas próprias necessidades logísticas, tanto para apoio às plataformas como o de recebimento de petróleo do pré-sal. O porto de Itaguaí, no caso da Petrobras, será complementar ao de Angra dos Reis.

O acordo prevê que cada empresa tenha sua atuação independente, apesar de a base portuária ser a mesma para as três. O projeto prevê a construção de um píer com berços de atracação para navios a serviço das três empresas. A expectativa é de que os negócios no porto sejam iniciados em 2014, quando a produção de petróleo do pré-sal começará a ganhar maior importância, com a instalação de novas unidades de produção.
Já em Angra dos Reis, a Technip vai montar, no próximos cinco anos, a estrutura de exploração do pré-sal no Terminal Portuário. A Petrobrás - uma das maiores clientes da Technip - será responsável por investir cerca de 200 bilhões de reais nos próximos cinco anos, para montar a logística da exploração do petróleo. A ideia é de que até 2012 sejam investidos 600 milhões de reais para a execução da primeira fase de revitalização do porto de Angra dos Reis. O objetivo dos investimentos é transformar o porto da cidade em um instrumento de desenvolvimento do Pré-sal.

Conteúdo nacional não é gargalo para indústria do petróleo, diz Gabrielli

Rio

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse hoje que a política de conteúdo nacional da indústria do petróleo não representa, neste momento, um "ponto de estrangulamento" para o desenvolvimento do setor. Segundo ele, o conteúdo nacional obtido pela Petrobras é maior do que o exigido por lei.

De acordo com Gabrielli, mesmo nos próximos anos, quando haverá um crescimento do segmento devido ao petróleo do pré-sal, a política não deverá representar um problema, já que os fornecedores brasileiros têm buscado aumentar a capacidade produtiva.

Além disso, Gabrielli, que participou de um encontro no Rio de Janeiro com empresários ingleses interessados nas oportunidades do setor energético brasileiro, espera que mais empresas estrangeiras se instalem no Brasil, para reforçar a política de conteúdo nacional.

"O interesse internacional é enorme. O horizonte que nós temos [para as empresas estrangeiras] não é só atender às demandas da Petrobras ou às demandas brasileiras. Essas empresas estão se instalando também olhando para a expansão internacional dessa demanda, porque as águas profundas são a nova fronteira exploratória do mundo. Portanto, quem estiver preparado para atender às demandas de água profunda, vai atender agora ao Brasil, que representa a maior demanda neste momento, mas, posteriormente, pode atender à África ou ao Mar Negro, por exemplo", disse.

O presidente da Petrobras também disse que o atual preço internacional do petróleo, entre US$ 110 e US$ 115, não constitui, por enquanto, um patamar de estabilidade que possa acarretar em aumento do preço da gasolina. O último aumento do combustível definido pela Petrobras ocorreu em maio de 2009, quando o barril estava cotado entre US$ 65 e US$ 85.

Sobre o interesse demonstrado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em relação ao petróleo do pré-sal, Gabrielli disse que, se os norte-americanos quiserem considerar o petróleo brasileiro um bem estratégico, precisam primeiro travar uma aliança estratégica com o Brasil. Essa aliança poderia se dar por meio de financiamentos de empresas brasileiras por instituições financeiras dos EUA, de incentivos à vinda de empresas americanas para o Brasil ou da facilitação para comercialização do produto brasileiro nos EUA. "Esse é o desafio que os Estados Unidos têm".
DIÁRIO DO VALE




Projeto do Senai vai modernizar e profissionalizar gestão de portos
Um projeto-piloto realizado na Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) vai fazer o diagnóstico da gestão, revisar os custos, profissionalizar as ações e estruturar o planejamento dos portos de Natal, Maceió e terminal salineiro de Areia Branca, todos ligados à Codern.

O trabalho é resultado de uma parceria firmada pela Secretaria de Portos (SEP) com o Senai de Santa Catarina para atender às novas políticas para o setor portuário e ao decreto presidencial N° 6.413, que determina a gestão por resultado das Companhias Docas (administradoras dos portos públicos, vinculadas à Secretaria de Portos).

A parceria tem como foco principal promover a reorganização estratégica de gestão e de processos internos de 18 portos marítimos administrados pela SEP. A expectativa é que dentro dos próximos anos as melhorias já sejam percebidas em pontos como valores de tarifas e melhoria da movimentação das cargas

O coordenador geral de avaliação de desempenho da Secretaria dos Portos, Jorge Ernesto Sanchéz Ruiz, explica que o governo federal entende que existem áreas-chave que devem ser aprimoradas, dentre elas a política de cargos e salários de funcionários e as tarifas praticadas pelos portos.

"O sistema de cobranças tarifárias tem sido reajustado por inércia ao longo do tempo, mas sem vincular os custos de uma atividade ao que se cobra das empresas. Com a revisão dos valores, teremos tarifas baseadas em custos mais razoáveis e eficientes", destaca.
Portal Economia SC



Portos paranaenses apresentam projetos de ampliação ao Governo Federal
Comitiva foi verificar a disponibilidade de apoio do governo aos projetos paranaenses

O Secretário Estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho e o superintendente dos Portos de Paranaguá e Antonina, Airton Vidal Maron, estiveram nesta terça-feira (22) em Brasília participando de uma reunião com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e com o Ministro dos Portos, Leônidas Cristino. O objetivo foi detalhar os projetos de expansão e modernização dos portos paranaenses com a presença do secretário José Richa Filho e verificar a disponibilidade do governo federal em apoiar os projetos paranaenses. O diretor do Porto de Antonina, Paulo Scalco, também participou do encontro.

“O governo federal tem interesse de investir em todo e qualquer porto brasileiro. Estamos acompanhando as dificuldades sofridas em Paranaguá em função das chuvas nas últimas semanas. Queremos estar próximos da administração e apoiar no que for preciso”, afirmou o ministro Leônidas Cristino.

O projeto de cobertura para navios graneleiros foi apresentado em detalhes ao ministro. Cristino afirmou que o Plano Nacional de Logística Portuária, que está sendo desenvolvido pela Universidade de Santa Catarina (UFSC), está estudando a possibilidade de implantação deste sistema nos principais portos graneleiros do Brasil.

O projeto de modernização dos portos paranaenses está orçado em cerca de R$ 1 bilhão e prevê ampliação do Porto de Paranaguá em 60%, aumentando o número de berços de atracação dos atuais 20 para 32 berços, além de possibilitar o aumento na capacidade de movimentação para até 70 milhões de toneladas/ano.


Comunicações – Pela manhã, Richa Filho e Maron estiveram com o ministro Paulo Bernardo para apresentar os projetos de expansão e modernização dos portos paranaenses. Os deputados Ângelo Vanhoni e Eduardo Sciarra (DEM-PR) acompanharam as reuniões com o objetivo de reforçar as reivindicações dos paranaenses junto ao governo federal. Além disso, o superintendente da Copel Telecomunicações, Marcos Pessoa integrou a comitiva para apresentar os projetos da Copel ao ministro Paulo Bernardo.
Bem Parana/AEN




Ampliação da capacidade dos portos reduziria o custo logístico
Com o aumento da capacidade operacional dos portos da região do Arco Norte do País, os produtores rurais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste teriam seu custo logístico amplamente reduzido para levar sua produção de grãos a estes terminais portuários, pois teriam mais alternativas para escoar a safra. A avaliação é do vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Ramos Torres de Melo Filho, que discutiu o tema durante encontro nesta segunda-feira (21/3) com o ministro titular do Mapa, Wagner Rossi.

Segundo Torres de Melo, esta é uma das prioridades da CNA e da Câmara Temática apresentadas ao ministro, com o objetivo de desafogar a demanda de carga que chega aos portos do Sul e Sudeste do País, por onde são exportados 83,5% do volume de soja e milho vendido para outros países. Embora respondam por 52% da produção dos dois grãos, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que teriam o escoamento facilitado com o pleno funcionamento dos portos do Arco Norte, embarcam apenas 16,5% da safra destes produtos para o exterior. Desta forma, reforçou o vice-presidente da CNA, são necessários mais investimentos. “Viemos mostrar ao ministro que nossos problemas estão fora da porteira e ele apoiou a nossa causa, pois sabe da necessidade de se ter uma boa logística”, enfatizou. "Os investimentos nos portos vão estimular a melhoria das estradas e ferrovias", completou.

No encontro, também foram apresentados dados que mostram que os custos logísticos no Brasil são bem superiores a outros países. Levar a safra de grãos da fazenda até o porto no País pode custar, em média, até US$ 84 por tonelada. Nos Estados Unidos, este valor é de US$ 21. “Se tivéssemos os custos equivalentes aos dos Estados Unidos, o produtor rural poderia ganhar de R$ 5 a R$ 6 a mais por saco de soja”, disse o consultor de Logística e Infraestrutura da CNA, Luiz Antônio Fayet, que também participou da reunião.

Ele também lembrou que no município de Sorriso (MT) há casos em que um produtor de soja em 2007 gastava, em média, 52% do valor de comercialização da saca para levar a produção até o porto de Paranaguá (PR).O exemplo citado pelo consultor da CNA reflete a falta de alternativas e a dificuldade para escoar a produção devido a falta de investimentos no corredor da região do Arco Norte, que abrange os portos de Itaqui (MA), Vila do Conde (PA), Santarém (PA), Porto Velho (RO) e Itacoatiara (AM), entre outros.
CNA




Limpeza das vias de acesso ao Porto de Paranaguá é intensificada
Começou a operar na última segunda-feira (21), no Porto de Paranaguá, uma máquina varredeira que vai melhorar o processo de limpeza das vias de acesso ao porto. Governador Beto Richa assina decretos para reconstrução do litoral.
O caminhão, que tem uma capacidade de cisterna de três toneladas, varre as vias e suga a sujeira, tendo ainda a possibilidade de emissão de jatos d’água para evitar a formação de poeira.

A máquina, que trabalhará diariamente e em horários alternados para atender a maior parte das vias nas redondezas do Porto, vem integrar ao já existente sistema de limpeza das vias de acesso mantido pela administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) em parceria com os operadores portuários.

Ela dará suporte ao trabalho já executado por cerca de 180 homens que varrem as vias de acesso ao Porto diariamente. Fora isso, a Appa irá disponibilizar uma pá carregadeira que dará suporte ao sistema de limpeza.
“A administração dos Portos de Paranaguá e Antonina sempre teve uma preocupação muito grande com as limpezas das vias de acesso ao porto. Mas este trabalho vinha sendo feito manualmente e verificar os seus resultados com um fluxo tão grande de caminhões ficava difícil. Agora, esta máquina de alta tecnologia vem incrementar este trabalho e mudar o visual das vias de acesso ao porto”, explicou o diretor técnico da Appa, Paulinho Dalmaz.

A intensificação do trabalho se dá justamente no período de safra, quando aumentam o trânsito de caminhões nas imediações do porto causando mais sujeira nas vias de acesso. Dalmaz explica ainda que a limpeza além de melhorar com o aspecto das ruas que circundam o porto vai evitar entupimento das galerias pluviais, evitando o acúmulo de água nos dias de chuva forte.

“Estamos trabalhando em conjunto com os operadores portuários porque entendemos que todos que movimentam mercadorias pelo porto precisam contribuir para deixar a cidade melhor. E manter as ruas limpas é deixar a cidade de Paranaguá mais bonita e agradável a todos”, afirmou o diretor.

O governador Beto Richa assinou na manhã de hoje (22), dois decretos para dar suporte a recuperação econômica dos municípios (Antonina, Morretes, Guaratuba e Paranaguá) atingidos pelas fortes chuvas no estado.
O primeiro decreto cria o Programa Estadual de Recuperação Econômica do Litoral e dispõe de um recurso de R$ 5 milhões do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE). Esse recurso está disponível para micro e pequenas empresas e empreendedores individuais. Richa também determinou a prorrogação por 90 dias do prazo de recolhimento do ICMS para os estabelecimentos dos quatro municípios e isentou do imposto produtos e serviços doados as vítimas da enchente.
“Primeiro assinei um decreto da Secretaria de Fazenda, isentando do pagamento de ICMS aquelas empresas que doaram produtos para atender o litoral, e também aquelas empresas que transportaram esses produtos. E agora segundo, nós assinamos também a liberação de crédito para os micro e pequenos empresários do litoral do estado. Então o Estado também pensou nesses produtores e tem agora linha de crédito, financiamento, e tudo que for necessário, orientação técnica da Secretaria de Agricultura, da Emater, pra podermos contribuir pra todas as pessoas do litoral que tenham as suas atividades, atividades econômicas restabelecidas e normalizadas”, afirmou o governador.

O prefeito de Morretes, Amilton de Paula, falou que a ajuda do governo é de grande importância para a reconstrução da cidade. “É mais uma atitude rápida do governo, atendendo aos nossos comerciantes, pequenos empresários, aos nossos agricultores, isso vai ajudar muito. Nós precisamos aquecer o município e isso vai fazer com que o comércio de modo geral retome as suas atividades dentro das suas normalidades. E vai fazer com que venha trazer mais emprego para a nossa população”.
Expresso MT/com assessoria e CGN Notíciais



Safra agrícola recorde impõe desafios logísticos ao Uruguai
Porto de Montevidéu briga para crescer no centro da cidade e Nova Palmira, no marco zero do Rio da Prata, cresce 70% sobre 2009

É fevereiro, mês de alta temporada, e um enorme navio de passageiros está ancorado no Porto de Montevidéu, capital do Uruguai. Ao descer, os turistas dão de cara com a cidade velha, um dos principais pontos turísticos da capital. Cafés, restaurantes, ruas de pedestres e prédios antigos e bem preservados estão a uma rua do barco.
Se olharem para o mar (em Montevidéu os habitantes costumam chamar o Rio da Prata de mar), esses mesmos turistas vão notar, ao longe, pelo menos dez navios de carga parados, esperando sua vez de atracar. Tudo se passa no mesmo espaço. A cidade cresceu, o país mudou, veio o boom de exportações e o maior porto do Uruguai se viu sufocado.
Em 2010, o Porto de Montevidéu movimentou 10,7 milhões de toneladas, aumento de 21% sobre o ano anterior. Nas exportações, os principais produtos são madeira e cereais. Apesar do crescimento, a movimentação ainda corresponde a uma pequena fatia do Porto de Santos, em São Paulo, que fechou o ano passado com recorde de 96 milhões de toneladas, alta de 15,4% sobre 2009.
Para tentar driblar a falta de espaço, já que é impensável uma desapropriação do centro histórico da cidade, a Administração Nacional de Portos (ANP) se desdobra para conseguir cumprir uma lista com pelo menos dez projetos de melhorias. Lourdes Manzur, economista da ANP, diz que cinco deles são prioritários e vão custar cerca o equivalente a R$ 330 milhões. A ideia é fazer de Montevidéu um centro de transporte na região do Rio da Prata. Em Santos, o projeto de expansão foi anunciado em 2010 e pretende fazer com que, até 2024, a capacidade de movimentação de carga seja ampliada para 230 milhões de toneladas.
Em Montevidéu, as obras principais são a dragagem do canal de acesso dos barcos e a construção de novos cais, que permitirão a chegada de navios maiores. “Com o desenvolvimento da logística, as embarcações vão ficando maiores e os portos precisam ser mais profundos”, diz. A profundidade inicial do Porto de Montevidéu era de nove metros. “O ideal é chegar a 12 metros. Já dragamos muitas áreas, mas precisamos fazer mais.”
Para executar o trabalho, foi fechado um contrato com a companhia chinesa Shangai Dredging Company. Serão 24 semanas de obras que se dividem em duas etapas, com investimento de cerca de R$ 12 milhões.
A ANP também quer descongestionar o Porto de Montevidéu com a construção de um novo cais público. “Um barco esperando na água significa um custo de R$ 68 mil a R$ 85 mil por dia”, diz Lourdes. Para a obra, a administração conseguiu um financiamento de R$ 136 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Para peixes e madeira
Outro projeto que faz parte da tentativa de liberar espaço é o terminal pesqueiro. “O tipo de embarque da pesca é muito intenso, diferente dos demais. Como o porto ficou pequeno, estamos criando unidades especializadas”, afirma. As obras terão dois módulos, um nacional e outro internacional, por meio de concessão. Para a construção desta segunda parte, a ANP vai abrir uma licitação no fim de abril, ao custo de R$ 85 milhões. A finalização do módulo nacional está prevista para o fim de 2012.

Outro projeto importante para desafogar a entrada em Montevidéu é o chamado “Acesso Norte”, que terá custo de R$ 17 milhões. “Já nos cansamos de ver a fila de caminhões esperando para buscar mercadoria no Porto”, diz Lourdes. “Por isso é prioridade finalizar as obras de acesso por outra região.” Com as obras, os caminhões não precisam chegar ao centro para o carregamento. Uma área mais ao norte do porto foi preenchida com água, o que deixou o mar mais perto de um novo acesso.

O ultimo projeto teve licitação em 2004 e está orçado em R$ 93 milhões. A companhia uruguaia Obrinel Christophersen apresentou oferta para construir o complexo, que inclui um terminal florestal e de granéis no porto.

Nova Palmira, a menina dos olhos das exportações

Enquanto o Porto de Montevidéu se esforça para crescer, Nova Palmira, situado no chamado marco zero do Rio da Prata, é o que mais vem colhendo os bons ventos do boom de exportações do país. Segundo a ANP, o porto movimentou 2,1 milhões de toneladas em 2010, aumento de 70% sobre 2009 e número recorde nos últimos cinco anos. Os principais produtos transportados foram trigo (39% do total) e soja (37%).

O porto tem três terminais, um público, da Associação Nacional de Portos (ANP) e dois privados. Um deles, o Navios Terminals Operations, pertence a Ruben Martínez. Ele afirma que o desenvolvimento de Nova Palmira está intimamente ligado ao do Brasil, sobretudo à produção de Corumbá (MS). “Meu terminal, por exemplo, começou a operar há 50 anos para escoar o manganês da região”, diz.

Segundo Martínez, Nova Palmira tem a vantagem de estar na desembocadura da hidrovia Paraguai Paraná, que compara à movimentação no rio Mississippi, nos Estados Unidos. Para ele, as duas hidrovias são equivalentes tanto em relação à extensão de seus rios, quanto à área de plantações no entorno. Mas a hidrovia Paraná não tem eclusas, possui navegação natural e melhorias não requerem grandes obras de engenharia.

O terminal de Martínez tem uma agenda de investimentos de R$ 42 milhões. A ideia é aumentar a capacidade e também melhorar o manejo de caminhões. “Esses projetos não estão isolados”, acrescenta. “Toda a região de Nova Palmira tem obras em andamento. Também surgem novos terminais privados, como um especializado no embarque de celulose.”
Grande Prêmio/Aline Cury Zampieri, enviada a Montevidéu

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