LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 30 de março de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 30/03/2011

Paraná colhe safra de 14,67 milhões de toneladas de soja
CURITIBA – O Paraná deve colher 14,67 milhões de toneladas de soja, uma safra recorde. Esse total representa um aumento de 730 mil toneladas em relação à expectativa do mês passado, quando se projetava uma safra de 13,94 milhões de toneladas.

De acordo com levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura, a produtividade também é superior às anteriores: a média passou de 3.190 quilos por hectare no ano passado para 3.260 quilos por hectare neste ano. Em relação à safra passada (2009/2010) o crescimento da produção é de 5%. No ano passado foram colhidos 13,92 milhões de toneladas do grão.
De acordo com o diretor do Deral, Otmar Hubner, quando a cultura começou a ser colhida, nos meses de janeiro e fevereiro, havia uma preocupação devido ao excesso de chuvas, mas as condições melhoraram nos últimos dias.
A agrônoma Margorete Demarchi disse que, nos últimos três anos, o Paraná tem mantido a média no volume de exportação do grão, em torno de 45% do que é produzido no estado.
No Porto de Paranaguá, por onde a soja é exportada, a emissão de senhas para caminhões carregados, que chegou a ser suspensa nos dias de chuva, está normalizada. O Carga Online faz o gerenciamento do fluxo logístico dos veículos até o porto, estabelecendo cotas diárias de recebimento de caminhões e vagões para cada terminal/operador, dimensionando os fluxos e diminuindo as filas. As cargas só são liberadas para irem ao porto quando existe local disponível em armazém para receber o produto e navio para receber a carga.
Com o tempo bom, o corredor de exportação do porto paranaense opera em capacidade plena e consegue escoar até 100 mil toneladas por dia. Dos grãos que chegam a Paranaguá, 70% são transportados por caminhão e 27% por trem. Há ainda 3% de graneis líquidos, transportados via oleoduto.
Em época de colheita é comum encontrar nas beiras das rodovias grãos de soja que caem dos caminhões. O pesquisador da Embrapa Soja José de Barros França cita um estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que mostra que o prejuízo para o país, em cada safra, causado pela perda de grãos durante o transporte por caminhões, chega a R$ 2,7 bilhões, o que equivale a 10 milhões de toneladas de grãos perdidos. Segundo o pesquisador, as perdas acontecem devido ao péssimo estado de conservação das estradas, à frota de transporte envelhecida e com péssima conservação, além do excesso de cargas por viagem.
“Em uma safra de 147 milhões de toneladas, cada 1% perdido representa R$ 500 milhões em prejuízos”, disse França à Agência Brasil, lembrando que 60% da movimentação de grãos no Brasil ocorre por meio de rodovias. Segundo o pesquisador, seria importante aumentar os investimentos em ferrovias e hidrovias.
DCI/Agência Brasil


Porto seco em Goiás acumula 12 mil toneladas de carga parada
O Porto Seco Centro-Oeste, que fica em Anápolis (a 62 km de Goiânia) e é o maior do interior do país, está com 12 mil toneladas de cargas acumuladas há duas semanas.

O terminal alfandegado, o terceiro maior do Brasil na sua categoria, responde pela circulação de mercadorias para importação e exportação e integra os sistemas ferroviário, rodoviário e aéreo.

O acúmulo de mercadorias ocorreu devido a uma interrupção na ferrovia Centro-Atlântica, causada por um descarrilamento e pelo excesso de chuvas. A ferrovia voltou a operar hoje.

Ainda assim, o envio e recebimento de mercadorias somente deverá ser completamente normalizado em 15 a 20 dias. "Vai demorar porque temos muita carga que ficou parada", diz o diretor-superintendente do porto seco, Edson Tavares.

Segundo Tavares, a carga acumulada inclui mercadorias como minério de cobre e amianto e vale cerca de US$ 8 milhões. Os produtos têm como destino os portos de Santos (SP) e Vitória (ES), onde devem seguir em navios com destino a países da Europa e África, entre outros.

TRAJETO ADAPTADO
O acúmulo só não foi maior porque a interrupção foi comunicada às empresas, afirma o superintendente. A Sama S.A., que produz amianto, disse que o trajeto das cargas foi readaptado e o material enviado por outros portos. Com a paralisação temporária da ferrovia, o escoamento da safra de grãos de produtores do Centro-Oeste também precisou alterar os planos.
Para cumprir os prazos na entrega da soja, a alternativa foi recorrer ao transporte rodoviário, o que aumenta o custo do transporte em até 30% e representa um volume de 350 a 400 caminhões a mais nas estradas.
Nos últimos dias, a Granol transferiu o transporte diário de 2 mil toneladas de farelo de soja do transporte ferroviário --feito em 40 vagões-- ao rodoviário. A situação foi normalizada hoje.

FERROVIA
Segundo a FCA, empresa que responde pela ferrovia, a primeira interrupção ocorreu após um descarrilamento próximo a Cumarí (a 268 km de Goiânia) em 11 de março.

Um desvio foi construído três dias depois, e a circulação foi retomada com restrições de peso e velocidade. O excesso de chuvas em Goiás, no entanto, logo voltou a ameaçar a segurança nos trilhos e a interromper o trajeto.
A empresa diz que optou por suspender temporariamente a circulação de mercadorias na semana passada como forma de prevenir acidentes.
Folha.com

Frete caro no Brasil faz Nordeste buscar milho na Argentina
Criadores de aves e suínos do Nordeste deram início às negociações para importar milho da Argentina. Com os altos preços do frete no mercado interno, em razão do escoamento da safra de soja, os criadores voltaram a encontrar no país vizinho produto mais barato e em maior quantidade. A última vez em que foram reportadas aquisições expressivas do grão argentino foi na safra 2003/2004, quando a região enfrentou problemas de abastecimento.
Fontes do mercado informam que na Paraíba os negócios já foram concretizados e compreendem um navio de 20 mil a 30 mil toneladas. No Ceará, a expectativa é que a decisão seja tomada na próxima quinta-feira. O presidente da Associação Cearense de Avicultura, João Jorge Reis, informou que até lá o contrato deve ser fechado. O produto chegaria a Fortaleza por R$ 31/saca CIF.

Segundo cálculos da associação, o grão obtido via leilão de Valor de Escoamento do Produto (VEP) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) chegaria a R$ 42/saca na última quinta-feira. De acordo Reis, a dificuldade é reunir recursos para a importação da Argentina, uma vez que é preciso lotar um navio, com, no mínimo, 30 mil toneladas. "O preço final está muito convidativo", afirma. O produto levaria 30 dias para chegar ao Estado.

A decisão coloca em xeque a intervenção da Conab no mercado do grão. Realizados desde janeiro, os leilões de VEP deixaram de atrair progressivamente o interesse dos compradores. Na oferta mais recente, de quinta-feira passada, apenas 1,9 mil toneladas (3,5%) das 53,2 mil toneladas de Mato Grosso colocadas à venda foram negociadas. Contudo, a companhia segue realizando as ofertas. "Trabalhamos com regras que nos são impostas", justifica o analista de mercado da Conab, Thomé Guth.

Os prêmios e os preços são definidos conforme a portaria interministerial 568. Os valores são estabelecidos por uma equação que leva em consideração, entre outros itens, a paridade de importação. Entretanto, com o alto frete pago para escoar o produto internamente, em função do período de escoamento da safra de grãos, o valor não está valendo a pena para os consumidores nordestinos. Guth ainda pondera que, se o custo de logística fosse mais baixo, os compradores do Nordeste buscariam o produto no mercado interno.

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) discorda das importações. "Isto é anticoncorrencial e terá um impacto negativo para o setor. O mercado vai estar abastecido com produto de fora quando a safrinha chegar", avalia Gustavo Prado, assessor técnico da comissão de cereais, fibras e oleaginosas. Para ele, a situação mostra que os preços praticados pela Conab não estão corretos. "A CNA vai intervir e negociar com o governo para que as importações não aconteçam", diz.
Agência Estado (AE)



(Fretes Marítimos) - Petrobras confia nos particulares
A Petrobras apresentou um balanço do Programa Empresas Brasileiras de Navegação (EBN). O programa é parte de um conjunto de iniciativas para reduzir a dependência do mercado externo de fretes marítimos, estimulando a construção naval no Brasil e gerando empregos e trata do afretamento, pelo período de 15 anos, de navios a serem construídos por empresas brasileiras em estaleiros estabelecidos no Brasil. Também é exigido que o registro da embarcação seja feito sob bandeira brasileira durante toda a duração do contrato.
A iniciativa foi criada após estudos sobre as necessidades de transporte marítimo da Petrobras para o período de 2010-2020, em consonância com o Planejamento Estratégico da Companhia. As conclusões do estudo indicaram a necessidade de um novo programa, dessa vez que combinasse a construção de navios em estaleiros nacionais, com sua respectiva oferta para afretamento por empresas brasileiras de navegação, fortalecendo assim a indústria nacional e dando continuidade à renovação da frota controlada da Área de Abastecimento da Petrobras.
Na primeira fase do programa (EBN1), foram contratados 19 navios. O processo foi concluído em maio de 2010 e contou com a participação de cerca de 40 empresas, tendo sido apresentadas mais de 30 propostas comerciais. A previsão de entrega dos navios dessa primeira fase é entre 2012 e 2014. Em 2010, a Petrobras lançou a segunda fase do programa (EBN2), prevendo a contratação de mais 20 navios, nos mesmos moldes da etapa anterior, o que dá o total de 39 navios nesse sistema - privados, mas estimulados por contratos da estatal.
Sinaval


Navio da MOL é rejeitado na China
Um porta-contêiner pertencente à empresa japonesa MOL (Mitsui OSK Lines) teve que dar meia volta no porto chinês de Xiamen, no último domingo, depois que as autoridades de lá detectaram alto nível de radiação à bordo.

O navio Presence viajava dos Estados Unidos e Japão para a China transportando diversos tipo de carga, entre móveis, máquinas e tecidos. A MOL disse que o escritório de inspeção de entrada e saída e de quarentena de Xiamen examinou a embarcação no dia 22 de março e, posteriormente, no dia 26. Segundo a porta-voz da empresa, "Como resultado da nova medição no dia 26 foi observado um nível máximo de 3,5 micro siervet [unidade usada para medir o impacto da radiação sob o corpo humano] por hora de radiação". Uma pessoa de porte normal é exposta a cerca de 1.500 micro sieverts por ano.

A mídia chinesa afirma que níveis elevados de radiação foram encontrados tanto no deck quanto no exterior de alguns contêineres presentes no navio, mas que os níveis nos lugares reservados à tripulação estavam normais.

Durante a rota dos dos Estados Unidos para Tóquio, a embarcação passou 67 nm longe da costa onde está localizada a usina nuclear de Fukushima, a mais danificada pelo terremoto e pelo tsunami do dia 11 de março. Em função da radiação detectada, o navio foi obrigada a partir de Xiamen no domingo e agora ruma Kobe, no Japão, onde deve chegar na quarta-feira.

A MOL ainda afirmou que o incidente não provocou nenhuma declaração oficial e que há relatórios que mostram casos similares envolvendo outros navios da companhia. Separadamente, as autoridades de Hong Kong determinaram um zona de quarentena próximo à região da ilha de Lamma.
Guia Marítimo



Dragagem de aprofundamento começa em Itajaí
Tiveram início, na última sexta-feira, os serviços de dragagem de aprofundamento dos canais de acesso e da bacia de evolução do Complexo Portuário de Itajaí, que passará de 11 para 14 metros. A draga Charles Darwin, com seus 223 metros de comprimento, 40 metros de boca e capacidade para 30,5 mil metros cúbicos, é a maior em operação nas águas do Brasil.
A Jan De Nul, empresa belga responsável pelos serviços, trouxe ao país uma segunda draga, um pouco menor, que fará os trabalhos nas laterais do rio e em outros pontos onde o equipamento grande não consegue acesso. Os serviços devem ser finalizado em 180 dias.
O superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior, destaca que a dragagem permitirá a operação de navios maiores e mais modernos, já que cada centímetro a mais de profundidade possibilita um aumento de 60 toneladas: "Os três metros que serão aumentados representarão a possibilidade de cada embarcação ampliar em 18 mil toneladas suas operações no Complexo, o que representa cerca de 600 contêineres por navio", afirmou.
O investimento da União na obra, em recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), integrando o PND (Programa Nacional de Dragagem), soma R$ 55 milhões.
Guia Marítimo

 

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