LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 21 de março de 2011

PETRÓLEO

EUA autorizam Petrobras a operar plataforma flutuante no Golfo
Unidade deverá ter capacidade de produzir 80 mil barris de petróleo por dia.

O Escritório de Administração, Regulamentação e Supervisão de Energia Oceânica dos EUA (Boemre) aprovou pela primeira vez o uso de um navio para produção, armazenagem e desembarque de petróleo no Golfo do México. O projeto aprovado é da Petrobras.
Segundo comunicado do Boemre, a Petrobras America, subsidiária da empresa brasileira nos EUA, já pode começar a usar uma plataforma flutuante de produção, armazenagem e desembarque (equipamento conhecido pela sigla em inglês FPSO) para produzir petróleo e gás no campo de águas profundas Chinook-Cascade, situado a 265 km da costa da Louisiana. Essa plataforma deverá ter a capacidade de produzir 80 mil barris de petróleo por dia e 16 milhões de pés cúbicos de gás natural por dia.
Diferentemente da maioria das plataformas de produção offshore, que extraem o petróleo ou gás e o enviam para instalações em terra por meio de um duto, as FPSOs transferem o petróleo ou gás extraído para pequenos navios-tanques. Isso permite que a empresa operadora mova sua plataforma de exploração em busca de locais mais proveitosos ou para longe em caso de ameaça de tempestade.
A Petrobras controla 100% do campo de Cascade e 66,67% do campo de Chinook, do qual a francesa Total controla os restantes 33,33%. A FPSO a ser usada nesse projeto pertence à BW Offshore, da Noruega.
Gás Brasil



Pré-sal terá cooperação de Brasil e EUA
Comunicado conjunto de Dilma Rousseff e Barack Obama prevê coordenação para aumentar produção de petróleo. Governo americano quer diversificar fontes de petróleo para fugir da dependência dos países do Oriente Médio.

Brasil e Estados Unidos irão cooperar na exploração do petróleo do pré-sal para aumentar a produção do combustível no mundo.

Segundo a Folha apurou, esta é a mensagem que deve constar no comunicado conjunto da presidente Dilma Rousseff e do presidente americano, Barack Obama, que chega amanhã ao país.

A linguagem do comunicado ainda estava sendo negociada. Mas a ideia era mostrar que o Brasil tem interesse nos investimentos americanos no pré-sal e evidenciar para o mercado que a produção deve aumentar.

Com isso, esperam-se efeitos positivos para influenciar no preço do petróleo.

Por um lado, os EUA querem demonstrar que terão acesso a uma nova fonte de produção de petróleo, em um país amigo e democrático.
Ao mesmo tempo, do lado brasileiro, não havia interesse em se comprometer com algo mais concreto, porque a percepção é de que há muitos países interessados em participar de licitações no pré-sal e mesmo em oferecer novas tecnologias.
Paralelamente, continuam as negociações da Petrobras com o setor privado americano. Não se exclui a possibilidade de um acordo de garantia de fornecimento, semelhante ao fechado com a China, Em 2008, o país asiático emprestou US$ 10 bilhões à Petrobras, com o compromisso de a empresa exportar 200 mil barris diários por um período de dez anos.
EIKE
Também na área de energia, a EBX, do empresário Eike Batista, e a americana GE devem anunciar uma parceria em um projeto de US$ 1 bilhão de turbinas a gás.

Durante a visita, os dois países vão assinar um acordo de cooperação em biocombustível de aviação.

O acordo é um aprofundamento do tratado de biocombustíveis assinado em 2007 pelos presidentes George W. Bush e Luiz Inácio Lula da Silva. No acordo, os dois países se comprometem a estimular o uso de bioquerosene em suas forças aéreas.

O Brasil produz bioquerosene de pinhão manso, que já foi usado em um voo de demonstração da TAM, e bioquerosene de cana-de-açúcar, em uma parceria entre a Amyris, a GE e a Embraer.

A Força Aérea americana vem fazendo testes com bioquerosene de carmelina e algas. A ideia é que o uso militar do combustível ajude a disseminar o uso do bioquerosene nos países.

A importância das discussões sobre energia ganhou relevo ainda maior depois da crise nuclear no Japão.

O assessor da Casa Branca para América Latina, Dan Restrepo, afirmou que em meio "ao debate muito importante hoje sobre a conveniência da energia nuclear, temos uma situação complexa, e o presidente Obama desde o começo tem falado sobre a necessidade de fontes renováveis de energia".

"Uma parte crucial da visita ao Brasil será a discussão sobre energia", disse o representante da Casa Branca.
Gás Brasil

Nenhum comentário: