LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 21 de março de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR - 21/03/2011

Cooperativas exportaram US$ 4,4 bi em 2010
Após um ano de "vacas magras" em 2009, ainda sob o impacto da crise financeira global, as cooperativas brasileiras voltaram com força ao mercado externo faminto de produtos básicos. Em 2010, as cooperativas bateram novo recorde ao exportar US$ 4,4 bilhões. Em 2011, devem crescer 11% no mercado internacional, chegando a US$ 4,9 bilhões em vendas.

"Mesmo com a paridade cambial desfavorável às exportações, saímos da crise e estamos retomando antigos mercados", avalia o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas.
A evolução de 22% nas vendas externas em 2010 recupera, com folga, o forte recuo de 10,5% registrado em 2009. "Neste ano, não devemos crescer o mesmo de 2010. Mas vamos continuar essa retomada", diz o gerente de Mercados da OCB, Evandro Ninaut
Os mercados mais explorados pelas cooperativas foram China e Emirados Árabes. Mas Bélgica, Canadá e Nigéria surpreenderam com a demanda por produtos das sociedades cooperativas. Os principais produtos de exportação, em 2010, foram açúcar e etanol, complexo soja e todas as carnes. Também ajudaram: café, cereais, algodão, frutas, produtos hortícolas, leite e laticínios.
As sociedades do Paraná lideraram as vendas externas ao responder por 37% do total exportado. Cooperativas de São Paulo e Minas Gerais também tiveram papel relevante na significativa expansão no ano passado.
As cooperativas, cuja força está em seus 9 milhões de associados e quase 300 mil empregados, veem os próximos anos como momentos de "expansão de mercado", mas com uma elevação da exigência dos consumidores por mais qualidade e produtos feitos dentro de padrões socioambientais ainda mais rigorosos.
A análise prospectiva da instituição permite vislumbrar uma expansão contínua até 2014. Se tudo correr bem, com clima favorável e preços médios próximos de níveis históricos, a projeção é chegar US$ 5,5 bilhões em 2012; ultrapassar US$ 6 bilhões em 2013; e romper 2014 com exportações totais de US$ 6,8 bilhões.
Na avaliação OCB, haverá um forte aumento de demanda nas próximo anos. Até 2050, estima-se que a população mundial passe de 7 bilhões para 9 bilhões. Assim, será necessário elevar em 50% a produção de grãos e dobrar a oferta de carnes. "Esse cenário nos dá oportunidades para ocupar um espaço ainda maior, aqui e lá fora", afirma Ninaut.
Valor Econômico



Camex discute medida para combater guerra fiscal entre estados
Na primeira reunião de 2011, realizada nesta quinta-feira (17/3), o Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) decidiu encaminhar para estudo do Ministério da Fazenda uma proposta do Conselho Consultivo do Setor Privado da Camex (Conex) para acabar com a guerra fiscal entre estados.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, anunciou a decisão em entrevista coletiva realizada após a reunião. “A idéia é que o Governo Federal consiga agir para impedir esta distorção que prejudica a competitividade da indústria brasileira. Esta é uma preocupação da própria presidenta Dilma Rousseff", reforçou o ministro.

A preocupação do governo se refere aos benefícios concedidos por alguns estados brasileiros que reduzem ou anulam a cobrança do Importo de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre importações. Estes benefícios, embora possam gerar vantagens pontuais para os estados, repercutem negativamente na economia brasileira devido ao aumento das aquisições de bens estrangeiros em detrimento de produtos brasileiros, além de não gerar empregos no setor industrial e reduzir a arrecadação.
Créditos tributários
A Camex também encaminhou para estudo do Ministério da Fazenda outra medida proposta pelo Conselho Consultivo do Setor Privado da Camex (Conex), formado por representantes dos setores produtivo, importador e exportador.

O Conex propõe que seja autorizada a concessão de créditos tributários decorrentes das exportações com débitos das contribuições previdenciárias. O Conex alega que a compensação evitaria o acúmulo de créditos tributários, um problema enfrentado pelas empresas exportadoras, além de evitar desembolsos por parte do Tesouro Nacional.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC

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