LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 28 de março de 2011

PORTOS E LOGISTICA - 28/03/2011

Suape 34 mil trabalhadores cruzam os braços
Movimento ganhou uma proporção ainda maior ontem com a adesão de outros canteiros de obras. Esta é a maior paralisação já vista no complexo

Pelo menos 34 mil operários da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e da PetroquímicaSuape (PQS) paralisaram, ontem, as obras dos dois maiores empreendimentos em construção no Estado, com investimento superior a US$ 15 bilhões. É a maior greve nas três décadas de implantação do Complexo de Suape e um momento histórico no novo mundo do trabalho em Pernambuco, sustentado pelo crescimento vigoroso da economia. Hoje, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) julga a legalidade da greve, mas os operários já mandaram o recado de que “parados estão e parados vão ficar, com ou sem decisão favorável da Justiça” (palavras usadas pelo presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores na Construção Pesada, Wilmar Santos, durante discurso na assembleia de ontem).
Amanhã serão realizadas novas assembleias nos canteiros de obras para informar a decisão judicial e decidir se as atividades serão retomadas. “As empresas apostaram numa queda de braço, pagaram pra ver e estão tendo a resposta dos trabalhadores, com 100% de paralisação nas obras da Rnest e da Petroquímica”, diz Santos. A estratégia durante o dia de ontem foi tentar suspender o julgamento da greve no TRT e trazer as empresas de volta à mesa de negociação para resolver o impasse em dois itens da pauta de reivindicação, que emperraram o processo (veja arte na página ao lado).
A greve, que antes se limitava aos 4.822 trabalhadores do Consórcio Conest – formado pelas companhias Odebrecht e OAS –, se alastrou para as demais 26 empresas que participam da construção da refinaria e para as três plantas do polo petroquímico –totalizando 29. O pleito dos funcionários agora é que a pauta seja unificada, valendo para todos os consórcios. As assembleias de ontem ganharam reforço de lideranças nacionais da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e de Mogi das Cruzes.
“Julgar a greve não vai resolver. As empresas precisam voltar a negociar e modificar esse diálogo com os trabalhadores. A intransigência leva ao que aconteceu na hidrelétrica de Jirau, no Norte do País”, alertou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (o Juruna), temendo a iminência de novos conflitos e os riscos que isso poderá trazer para os funcionários e as empresas.
O vice-presidente da Federação, Adalberto Galvão, lembrou do episódio na PetroquímicaSuape, quando os trabalhadores incendiaram um dos alojamentos da Odebrecht, no Cabo de Santo Agostinho, após declarada a ilegalidade da greve. “De nada adiantou, porque os operários voltaram e agora entraram novamente em greve insatisfeitos com a relação de trabalho”, lembra. O sindicalista afirma que a judicialização da greve não vai acabar com o ímpeto político dos trabalhadores e poderá estabelecer o caos social. “O pagamento de 100% das horas extras aos sábados é praticado nos canteiros de obra da Petrobras Brasil afora. Nós estamos dispostos a negociar. Nos comprometemos a só fazer nova reivindicação em relação a horas extras na data base de 2012. Também sugerimos que o vale alimentação subisse para R$ 160 e condicionamos a pedir apenas uma correção sobre esse valor na campanha salarial”, destaca.
Apesar de ter participado de uma reunião informal no final da tarde de ontem no Ministério Público do Trabalho de Pernambuco (MPT-PE), a advogada do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada em Pernambuco (Sinicon-PE), Margareth Rubem, informou que, devido a um “estrangulamento nas negociações”, a posição das empresas continua sendo de questionar a legalidade da greve no Conest e de outras empresas instaladas na Rnest.
Jornal do Commercio (PE)


Noble investe R$ 45 mi na construção de terminal de transbordo ferroviário
Previsão é de movimentação de 1 milhão de toneladas/ano com destino ao Porto de Santos

A empresa NOBLE irá investir R$ 45 milhões na construção de um terminal ferroviário de açúcar, em Votuporanga. O terminal terá capacidade estática de 75 mil toneladas e deve movimentar no primeiro ano mais de 1 milhão de toneladas de açúcar, com potencial para atingir até 2,5 milhões de toneladas.

A operação intermodal consiste na captação da carga por rodovia nas usinas instaladas em um raio de 50 quilômetros do terminal, de onde será transbordada para os trens da ALL. As composições ferroviárias devem percorrer 670 km entre Votuporanga e o porto Santos, seu destino final. Também está prevista a reforma de 240 vagões graneleiros destinados ao transporte do produto.
Esse investimento faz parte da estratégia do Grupo de criar uma logística de exportação integrada entre as usinas e seu Terminal em Santos, o T 12A, que na Safra 2011 embarcará mais de 2 milhões de toneladas. “A Noble do Brasil sente-se honrada em investir na região, promovendo crescimento econômico e gerando empregos”, revela Marício Mizrahi, presidente Noble do Brasil
A instalação do terminal no município de Votuporanga foi definida pela Noble após estudo detalhado da região, que concentra grande parte de suas usinas, e também às boas condições das estradas de acesso ao terminal, ligado estrategicamente à ferrovia. Para o sucesso desta operação, a Noble contou com apoio da Prefeitura de Votuporanga e da ALL (América Latina Logística).
Agência BOM DIA




Navios evitam porto de Tóquio com receio de radiação CINGAPURA/TÓQUIO - Alguns navios mercantes podem estar evitando o porto de Tóquio devido ao receio de radiação, e o Japão pode enfrentar problemas graves na cadeia de oferta de produtos na medida em que navios forem desviados, disseram nesta quinta-feira autoridades do setor de transportes marítimos.
Qualquer revés logístico pode implicar em grandes atrasos e congestionamentos no transporte marítimo nos terminais japoneses, incluindo o de Tóquio, dificultando os esforços de recuperação do país depois do terremoto de 11 de março.
É possível que alguns navios já estejam evitando Tóquio em função do medo da exposição de tripulantes à radiação vinda da usina nuclear de Fukushima, situada 240 quilômetros ao norte da capital

"Ouvi de agentes locais que alguns navios não estão aportando em Tóquio devido ao medo da radiação. Não sei quantos", disse Tetsuya Hasegawa, gerente operacional da Agência Heisei de Transportes Marítimos, em Tóquio.
Tim Wickmann, executivo-chefe da MCC Transport, uma unidade do grupo dinamarquês petrolífero e de transportes marítimos A.P. Moller-Maersk, disse que algumas linhas mercantes alemãs decidiram não aportar em alguns portos, entre os quais o de Tóquio.
"A última coisa que o Japão precisa agora é que as pessoas o abandonem", disse ele à Reuters.
Os envios de produtos em navios de contêineres para o leste do Japão podem virtualmente parar se as firmas marítimas decidirem que Tóquio, o quarto maior porto do país, for perigoso demais.
"Acho que, nesse caso, as empresas da Ásia vão deixar de enviar cargas para o leste do Japão. Vão conservar suas cargas em vários portos -- Coreia, Taiwan ou outros portos próximos", disse Wickmann.
Quase duas semanas após o desastre, a terceira maior economia mundial enfrenta a ameaça de vazamentos de radiação, e os 13 milhões de habitantes de Tóquio foram orientados a não dar água de torneira a bebês.
Funcionários da Associação de Armadores do Japão e outras firmas de transportes marítimos não puderam confirmar que navios estejam sendo desviados para longe de Tóquio.
A MCC Transport continua com as operações normais de suas quatro linhas de navios de carga para o Japão.
"Enquanto as autoridades considerarem que o porto é seguro, queremos continuar. Mas, se você tem uma tripulação que se recusa a trabalhar no navio, o que fazer?", disse Wickmann.
A maior parte da infraestrutura portuária do Japão escapou ilesa do terremoto, mas 15 portos ficaram gravemente danificados. O ministro dos Transportes disse na quarta-feira que 12 desses portos já podem ser usados em esforços de recuperação e uso geral.
REABERTURA EM TÓQUIO
A cadeia de moda sueca Hennes & Mauritz anunciou na quinta-feira que reabriu seis de suas nove lojas em Tóquio, depois de serem fechadas em função do terremoto e dos receios de radiação. Uma loja continua fechada porque seu telhado foi avariado.
O grupo vai reabrir duas outras lojas na sexta e lançar mais uma loja, elevando seu total no Japão para 11, disse uma porta-voz.
A H&M retomou seus envios de carga para o Japão, depois de ter temporariamente desviado as entregar para mercados vizinhos durante o fechamento de suas lojas em Tóquio.
Reuters/Randy Fabi e Chikako Mogi/Reportagem adicional de Anna Ringstrom em Estocolmo)




Embarcações voltam ao mercado charter com suspensão de serviços
O replanejamento dos serviços das companhias de linha está começando a ter um impacto no mercado de afretamento. A transportadora chilena CSAV acaba de retornar porta-contêineres panamaxes afretados para o mercado, seguindo a suspensão de dois serviços para a costa leste dos Estados Unidos.
A CSAV justificou a parada do serviço pela baixa rentabilidade, dado o significativo declínio nas taxas de frete e o aumento dos preços de bunker.
A Hyundai Merchant Marine fretou Northern Promotion - embarcação construída em 2010 com capacidade para 4.600 Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) - em contrato de dois anos, pelo custo diário de US$ 29 mil, enquanto a OOCL está pagando US$ 28.550 por dia pelo Mare Atlanticum - navio construído em 2000 com capacidade para 3.987 Teus -, pelo mesmo período.
O broker norte-americano Breamar Seascope está cético com relação aos efeitos da alta no número de sublocação: "Se essas sublocações conseguirão administrar taxas charters mais altas ou simplesmente ajudar a aliviar o setor por meio de redistribuição entre as companhias é o que ainda precisamos avaliar", afirmou a companhia por meio de declaração oficial.
A atividade geral do mercado se acalmou bastante na última semana, de acordo com os brokers. A preocupação com a tragedia no Japão e seus efeitos ainda tem provocado algumas nuvens sobre o mercado. Além disso, o desenvolvimento das taxas de afretamento tem preocupado as transportadoras, com as taxas chegando a US$ 1.000 por Teu no trade Ásia-Europa na semana passada.
Guia Marítimo


Complexos portuários japoneses reabrem
Todos os 15 portos retornaram operações.

Todos os portos japoneses afetados pelos desastres no Nordeste do país no dia 11 de março reabriram, de acordo com o governo do país.
O Porto de Oarai (foto) em Ibaraki retornou às operações nesta quinta-feira, tornando-se o último dos 15 maiores complexos portuários da costa pacífica deTohoku e Kanto a se tornarem operacionais novamente. Os portos de Ofunato, em Iwate, e Ishiomake, em Miyagi, reabriram na terça e na quarta, respectivamente.
Os portos de Hachinohe, Sendai, Ishinomaki e Onahama também retornaram às operações normais. Estes são considerados portos médios, especializados principalmente no transporte de contêineres, embora alguns também manipulassem combustíveis e produtos a granel.
Os portos de Tóquio e de todas as localidades ao sul da capital estão operando normalmente depois de interromperem brevemente suas operações após os abalos sísmicos. No resto do país, no entanto, funcionários estão avaliando os danos à estrutura portuária, segundo fontes setoriais.
A paralisação dos portos deve causar prejuízos de US$ 3,4 bilhões por dia devido ao cancelamento de embarques. No ano passado, o comércio marítimo do Japão, terceira maior economia mundial, totalizou US$ 1,5 trilhão.
O prejuízo para a infraestrutua dos transportes, a falta de combustíveis e o medo de um desastre nuclear grave envolvendo usinas dificultaram os esforços de recuperação nas áreas mais afetadas. A estimativa do impacto dos desastres naturais para a economia do país, segundo o governo japonês, é de US$ 200 a US$ 300 bilhões.
Guia Marítimo

 

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