Presidente uruguaio diz que elaboração da moeda do Mercosul deve ser trabalhada
O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou nesta segunda-feira, depois de participar de encontro com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que a implementação de uma moeda para o comércio no Mercosul e especialmente entre o Brasil e o Uruguai é uma agenda que precisa ser trabalhada para depois elaborar maneiras de fazer acordos que permitam esse intercâmbio entre as moedas locais.
“Essa é uma parte de muitos problemas que temos que resolver daqui em diante. Tenho confiança que de alguma forma podemos alcançar as soluções. Em algum dia faremos um acordo monetário ou pelo menos algumas linhas que nos permitam sincronizar essa questão. É uma coisa difícil mas absolutamente necessária do ponto de vista estratégico”.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ressaltou que este é um momento de grande oportunidade econômica para o Brasil que está se refletindo em intercâmbios comerciais mais intensos e diversificados. “O Uruguai cresceu 8,5% em 2010, o Brasil 7,5%, este ano talvez o crescimento seja um pouco mais abaixo, mas as duas economias continuarão crescendo a taxas elevadas, com inclusão social. O que nós gostaríamos de ver é não só impulsionar o comércio em setores onde já ocorre, mas impulsionar em novas direções”.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, sugeriu a criação de um fórum permanente para incrementar a relação entre os dois países e também para melhorar a negociação com a China e outros países da Ásia. Ele indicou ainda a possibilidade de a Fiesp dar consultoria para a formação de profissionais uruguaios por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
O Estado de Minas
UE e Mercosul começam a desenhar futuro acordo de associação
A UE (União Europeia) e os países do Mercosul realizarão a partir deste domingo em Bruxelas uma nova rodada de negociações para conseguir um acordo de associação, apesar de ainda não estar em jogo ofertas comerciais de acesso dos produtos aos diferentes mercados.
A parte normativa do futuro tratado comercial incluído no amplo acordo de associação, ou seja, nas regras que se aplicarão a capítulos como as barreiras técnicas ao comércio, a concorrência e a origem dos produtos, centralizarão o debate, indicaram à Agência Efe fontes europeias.
Durante a sessão de trabalho que acontecerá de segunda a sexta-feira, "não se discutirá nenhuma oferta de acesso aos mercados por enquanto", precisaram as mesmas fontes.
Concretamente, afirmaram que não serão abordadas as concessões para produtos específicos, como a carne.
O Mercosul, reivindica concessões para aumentar o acesso ao mercado europeu dos envios de produtos agrícolas e de carne.
O comitê de organizações agrárias e cooperativas europeias publicou na semana passada um relatório, realizado em vários países da UE, que assegura que a liberação de importações sul-americanas provocaria um "colapso" no setor bovino europeu, a volatilidade dos preços e perdas de 25 bilhões de euros.
A Eurocâmara se uniu na semana passada em Estrasburgo às críticas ao aprovar um relatório no qual considera que as negociações podem implicar concessões agrícolas muito prejudiciais para os produtores europeus.
O Parlamento Europeu pediu, além disso, a elaboração de um estudo prévio sobre o impacto antes de concluir as negociações, e lamentou que a Comissão Europeia tenha decidido retomá-las em maio de 2010 após permanecerem estagnadas por vários anos.
Já os países do bloco sul-americano se preocupam, por sua parte, com os subsídios agrícolas na Europa, mas a Comissão Europeia já manifestou que se esforçou para limitá-los e que, os que estão em vigor, constituem uma pequena porção permitida pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
O comissário europeu de Comércio, Karel De Gucht, admitiu em uma recente visita ao Paraguai que as negociações poderiam se prolongar devido aos interesses opostos de ambas as partes, especialmente em setores como o agrícola.
Após a rodada desta semana, os chefes negociadores europeus e sul-americanos fixarão a próxima reunião para a semana de 2 a 6 de maio em Assunção, coincidindo com a Presidência do Paraguai do Mercosul (composto também por Brasil, Argentina e Uruguai).
EFE
O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou nesta segunda-feira, depois de participar de encontro com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que a implementação de uma moeda para o comércio no Mercosul e especialmente entre o Brasil e o Uruguai é uma agenda que precisa ser trabalhada para depois elaborar maneiras de fazer acordos que permitam esse intercâmbio entre as moedas locais.
“Essa é uma parte de muitos problemas que temos que resolver daqui em diante. Tenho confiança que de alguma forma podemos alcançar as soluções. Em algum dia faremos um acordo monetário ou pelo menos algumas linhas que nos permitam sincronizar essa questão. É uma coisa difícil mas absolutamente necessária do ponto de vista estratégico”.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ressaltou que este é um momento de grande oportunidade econômica para o Brasil que está se refletindo em intercâmbios comerciais mais intensos e diversificados. “O Uruguai cresceu 8,5% em 2010, o Brasil 7,5%, este ano talvez o crescimento seja um pouco mais abaixo, mas as duas economias continuarão crescendo a taxas elevadas, com inclusão social. O que nós gostaríamos de ver é não só impulsionar o comércio em setores onde já ocorre, mas impulsionar em novas direções”.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, sugeriu a criação de um fórum permanente para incrementar a relação entre os dois países e também para melhorar a negociação com a China e outros países da Ásia. Ele indicou ainda a possibilidade de a Fiesp dar consultoria para a formação de profissionais uruguaios por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
O Estado de Minas
UE e Mercosul começam a desenhar futuro acordo de associação
A UE (União Europeia) e os países do Mercosul realizarão a partir deste domingo em Bruxelas uma nova rodada de negociações para conseguir um acordo de associação, apesar de ainda não estar em jogo ofertas comerciais de acesso dos produtos aos diferentes mercados.
A parte normativa do futuro tratado comercial incluído no amplo acordo de associação, ou seja, nas regras que se aplicarão a capítulos como as barreiras técnicas ao comércio, a concorrência e a origem dos produtos, centralizarão o debate, indicaram à Agência Efe fontes europeias.
Durante a sessão de trabalho que acontecerá de segunda a sexta-feira, "não se discutirá nenhuma oferta de acesso aos mercados por enquanto", precisaram as mesmas fontes.
Concretamente, afirmaram que não serão abordadas as concessões para produtos específicos, como a carne.
O Mercosul, reivindica concessões para aumentar o acesso ao mercado europeu dos envios de produtos agrícolas e de carne.
O comitê de organizações agrárias e cooperativas europeias publicou na semana passada um relatório, realizado em vários países da UE, que assegura que a liberação de importações sul-americanas provocaria um "colapso" no setor bovino europeu, a volatilidade dos preços e perdas de 25 bilhões de euros.
A Eurocâmara se uniu na semana passada em Estrasburgo às críticas ao aprovar um relatório no qual considera que as negociações podem implicar concessões agrícolas muito prejudiciais para os produtores europeus.
O Parlamento Europeu pediu, além disso, a elaboração de um estudo prévio sobre o impacto antes de concluir as negociações, e lamentou que a Comissão Europeia tenha decidido retomá-las em maio de 2010 após permanecerem estagnadas por vários anos.
Já os países do bloco sul-americano se preocupam, por sua parte, com os subsídios agrícolas na Europa, mas a Comissão Europeia já manifestou que se esforçou para limitá-los e que, os que estão em vigor, constituem uma pequena porção permitida pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
O comissário europeu de Comércio, Karel De Gucht, admitiu em uma recente visita ao Paraguai que as negociações poderiam se prolongar devido aos interesses opostos de ambas as partes, especialmente em setores como o agrícola.
Após a rodada desta semana, os chefes negociadores europeus e sul-americanos fixarão a próxima reunião para a semana de 2 a 6 de maio em Assunção, coincidindo com a Presidência do Paraguai do Mercosul (composto também por Brasil, Argentina e Uruguai).
EFE
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