Transporte da safra do Centro-Oeste até o porto custa quatro vezes mais que na Argentina
Os custos logísticos são o principal problema da agricultura brasileira em comparação com outros grandes produtores do continente. Segundo o economista Luiz Antônio Fayet, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os produtores são eficientes, mas há uma discrepância “da porteira para fora”.
Fayet disse que, segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), a média de gastos com logística no Brasil, principalmente no transporte da produção até o porto, foi de US$ 84 por tonelada de soja em 2009. Nos Estados Unidos, o custo médio foi de US$ 21 e, na Argentina, de US$ 23.
“Se tivéssemos os custos dos Estados Unidos, os produtores poderiam ganhar cerca de R$ 6 a mais por saca”, afirmou Fayet. Esse valor representa aproximadamente 15% do preço da saca em Mato Grosso, um dos estados produtores mais afetados pelos problemas logísticos do país. Em Rondonópolis, um dos municípios matogrossenses com maior produção, a saca de 60 quilos está sendo vendida por R$ 42.
Para solucionar o problema, segundo o presidente da Câmara de Infraestrutura e Logística do Agronegócio, José Torres de Melo, é preciso resolver o “colapso dos portos brasileiros, que não têm condições de exportar a safra”. Ele disse que a prioridade devem ser os portos das regiões Norte e Nordeste. “Se conseguirmos exportar por lá, vamos desafogar o Sul e o Sudeste”, afirmou. O problema é que a situação desses portos é ruim: “É chocante que no Porto de Belém a capacidade de exportação seja zero e que Itaqui [em São Luís, Maranhão] esteja desde 1992 da mesma forma".
Escoando pelos portos do Norte do país, os produtores de Mato Grosso, por exemplo, estado com a maior produção nacional de grãos, poderiam reduzir pela metade a necessidade de transporte terrestre. Atualmente, a produção viaja cerca 2 mil quilômetros antes de ser embarcada nos navios graneleiros. Segundo Fayet, as regiões Sul e Sudeste produzem menos soja e milho do que consomem. Mesmo assim, os portos dessas regiões escoam mais de 80% da produção nacional.
Agência Brasil
Os custos logísticos são o principal problema da agricultura brasileira em comparação com outros grandes produtores do continente. Segundo o economista Luiz Antônio Fayet, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os produtores são eficientes, mas há uma discrepância “da porteira para fora”.
Fayet disse que, segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), a média de gastos com logística no Brasil, principalmente no transporte da produção até o porto, foi de US$ 84 por tonelada de soja em 2009. Nos Estados Unidos, o custo médio foi de US$ 21 e, na Argentina, de US$ 23.
“Se tivéssemos os custos dos Estados Unidos, os produtores poderiam ganhar cerca de R$ 6 a mais por saca”, afirmou Fayet. Esse valor representa aproximadamente 15% do preço da saca em Mato Grosso, um dos estados produtores mais afetados pelos problemas logísticos do país. Em Rondonópolis, um dos municípios matogrossenses com maior produção, a saca de 60 quilos está sendo vendida por R$ 42.
Para solucionar o problema, segundo o presidente da Câmara de Infraestrutura e Logística do Agronegócio, José Torres de Melo, é preciso resolver o “colapso dos portos brasileiros, que não têm condições de exportar a safra”. Ele disse que a prioridade devem ser os portos das regiões Norte e Nordeste. “Se conseguirmos exportar por lá, vamos desafogar o Sul e o Sudeste”, afirmou. O problema é que a situação desses portos é ruim: “É chocante que no Porto de Belém a capacidade de exportação seja zero e que Itaqui [em São Luís, Maranhão] esteja desde 1992 da mesma forma".
Escoando pelos portos do Norte do país, os produtores de Mato Grosso, por exemplo, estado com a maior produção nacional de grãos, poderiam reduzir pela metade a necessidade de transporte terrestre. Atualmente, a produção viaja cerca 2 mil quilômetros antes de ser embarcada nos navios graneleiros. Segundo Fayet, as regiões Sul e Sudeste produzem menos soja e milho do que consomem. Mesmo assim, os portos dessas regiões escoam mais de 80% da produção nacional.
Agência Brasil
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