Empresas latino-americanas são as mais otimistas do mundo
Agência EstadoSÃO PAULO - As empresas latino-americanas são as mais otimistas do mundo em relação ao comportamento da economia em 2011, segundo indica uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pela companhia internacional de contabilidade Grant Thornton.
De acordo com a pesquisa, os empresários latino-americanos mostram um índice líquido de otimismo de 75%, em uma escala entre -100% (pessimismo total) e 100% (otimismo total). As empresas chilenas são as mais otimistas com a economia em 2011, com um índice líquido de 95%. O Brasil, que aparece em 5º entre os 39 países pesquisados, é o segundo latino-americano com o maior índice de otimismo (79%).
As empresas da região da Ásia e Pacífico (excluindo o Japão), que no ano passado se mostravam as mais otimistas na pesquisa anual da Grant Thorton, neste ano aparecem em segundo lugar, com um índice de 50%.
A queda se explica pela redução do otimismo em países como a China (de 60% para 42%), a Austrália (de 79% para 37%) e a Nova Zelândia (de 66% para 35%).
Quando incluído o Japão, que tem o maior pessimismo entre os países pesquisados (-71%), o índice da região da Ásia e Pacífico cai para 5%, atrás da América do Norte (26%) e da Europa (22%).
Se considerados os países do grupo BRIC em conjunto (Brasil, Rússia, Índia e China), o índice de otimismo entre as empresas caiu de 60% para 54% no último ano, em contraste com o aumento de 2% para 22% entre os países da zona do euro.
Para o presidente executivo da Grant Thornton International, Ed Nusbaum, o foco nas economias emergentes têm sido concentrado nos últimos anos no BRIC, mas a pesquisa mostra que a América Latina em geral também está em um bom caminho.
"Se a atual confiança das empresas se traduzir em crescimento generalizado e sustentado, a próxima década poderá ver a América Latina atingir seu potencial. Se a história econômica da última década foi sobre os países do BRIC, esses resultados sugerem que a próxima década será da América Latina", afirmou.
Segundo ele, o sucesso da economia brasileira teve um grande impacto sobre a região, com a disseminação do otimismo entre os vizinhos.
"Também é impossível ignorar os efeitos dominó na região desde que o Brasil ganhou o direito de sediar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. Esses eventos proverão um verdadeiro impulso econômico para toda a América Latina", afirma.
DCI
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