Crédito para compra de máquina dispara 71%
Flávia Milhassi
SÃO PAULO - O momento favorável da economia brasileira fez com que a demanda das empresas por empréstimos para compra de bens, principalmente máquinas e equipamentos, disparasse no ano passado. Segundo levantamento divulgado pelo Banco Central em dezembro, essa linha deu um salto de janeiro a novembro, tendência que, segundo os analistas, se manteve também em dezembro.
O crédito para aquisição de bens por empresas, no mês de novembro, teve crescimento de 37,4%, com montante emprestado que chegou a R$ 4,593 bilhões, de acordo com os dados do Banco Central.
Em relação a novembro de 2009, o crescimento chegou a 71,3%.
A elevação expressiva do crédito para as empresas comprarem máquinas e equipamentos mostra também uma ênfase dos bancos aos empréstimos de prazo mais longo.
Ainda segundo o levantamento do BC, o aumento da carteira de capital de giro de 2,6%.
Para José Carlos Polidoro, professor da Escola de Negócios e Direito da Universidade Anhembi Morumbi, o aumento da procura por crédito pelas empresas foi para suprir um "déficit" de crescimento acumulado em 2009 com o impacto causado pela crise mundial que eclodiu em outubro de 2008..
"Não podemos esquecer que em 2010 e 2009 vivemos anos atípicos. Em 2009 tivemos um ritmo fraco de crescimento devido a crise e em 2010, podemos dizer que, não houve crescimento e sim recuperação dos índices negativos de 2009", diz, e completa ao dizer que o que ajudou a impulsionar os resultados do BC na aquisição de bens foi o aumento representativo nas importações de máquinas pelo setor industrial.
Outro indicador que mostra essa corrida ao crédito pelas empresas foi a pesquisa da Serasa Experian, que na última segunda-feira apontou 7,6% de crescimento da procura de crédito nas empresas brasileiras, impulsionado pelas micro e pequenas empresas, que elevaram para 8,5% a demanda por crédito.
Adriano Gomes, Professor do Curso de Administração da ESPM, enfatiza esse bom momento da economia nacional, que resultou em uma procura histórica por crédito.
"O ano de 2010 foi marcado por uma procura absurda pelo crédito. Para impulsionar o crescimento foi incentivado o consumo. Tudo para superar a crise de 2009", afirmou.
Ainda segundo o economista, isso resultou em um crescimento desordenado na demanda das empresas que precisaram investir para suprir as necessidades do mercado.
"O crescimento do crédito aliado a baixas taxas de desemprego fez com que a capacidade de resposta da produção nacional chegasse ao limite, o que preocupa", de acordo com o professor da ESPM.
As medidas de restrição ao crédito impostas pelo Banco Central no mês de dezembro não vão impactar diretamente as empresas, segundo afirmam os dois especialistas entrevistados pelo DCI sobre o assunto.
Para Adriano Gomes, as medidas não são tão eficazes como o BC acredita ser. "Nosso mercado financeiro é expressivo e vai procurar outras formas de conseguir crédito. A nova equipe deveria fazer primeiramente uma agenda para conseguir conter o crédito e diminuir a inflação", explica.
Já José Carlos Polidoro acredita que as medidas foram corretas, mas demoraram a ser tomadas devido ao período eleitoral e as consequências para as empresas será sentido só mais a frente.
"As medidas foram corretas pois temos ultrapassado a nossa capacidade de crescimento e isso representa um desequilíbrio na economia", enfatiza.
O momento favorável da economia brasileira fez com que a demanda das empresas por empréstimos para compra de bens, principalmente máquinas e equipamentos, disparasse no ano passado. Segundo levantamento divulgado pelo Banco Central em dezembro, essa linha deu um salto de janeiro a novembro, tendência que, segundo analistas, se manteve também em dezembro. O crédito para aquisição de bens por empresas, no mês de novembro de 2010, teve crescimento de 37,4%, com montante emprestado que chegou a R$ 4,593 bilhões, de acordo com os dados do Banco Central. Em relação a novembro de 2009, o crescimento chegou a 71,3%.
A elevação expressiva do crédito para as empresas comprarem máquinas e equipamentos mostra também uma ênfase dos bancos aos empréstimos de prazo mais longo. Ainda segundo o levantamento do BC, o aumento da carteira de capital de giro foi de 2,6%.
Para José Carlos Polidoro, professor da Escola de Negócios e Direito da Universidade Anhembi Morumbi, o aumento da procura das empresas por crédito foi para suprir um "déficit" de crescimento acumulado em 2009 com o impacto causado pela crise mundial que eclodiu em outubro de 2008. "Não podemos esquecer que em 2010 e 2009 vivemos anos atípicos. Em 2009 tivemos um ritmo fraco de crescimento devido à crise, e em 2010 podemos dizer que houve recuperação dos índices negativos de 2009", diz. De acordo com ele, o aumento do volume de importação de máquinas e equipamentos pela indústria brasileira foi decisivo para o crescimento da linha de crédito
DCI
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