Advent adquire 50% do TCP
Investimentos incrementarão capacidade em 70%.
A Advent International anunciou a aquisição de 50% do capital social do TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá), por um valor ainda não divulgado. Estima-se que o investimento da companhia global de private equity - ainda sujeito à aprovação de orgãos reguladores - eleve em até 70% a capacidade nas instalações do terminal, considerado o terceiro maior terminal portuário para cargas conteinerizadas em operação no País.
Entre as melhorias previstas, está a aquisição de novos equipamentos, como portêineres post-panamax e empilhadeiras, e a expansão da área portuária com a construção de um terceiro píer de atracação com extensão de 315 metros, que permitirá a operação de três embarcações simultaneamente. Além disso, o TCP também pretende atuar em segmentos adjacentes de logística, a fim de oferecer soluções logísticas completas na cadeia de transporte a seus clientes.
A movimentação atual do terminal é de aproximadamente 675 mil Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) ao ano, e passaria para 1,2 milhão de Teus ao ano com os investimentos da Advent. As obras de ampliação do cais deverão gerar aproximadamente 200 empregos diretos e 100 indiretos durante sua execução, além de 90 empregos diretos e 500 indiretos permanentes depois de concluída.
"Atualmente somos um dos maiores operadores aeroportuários da região, administrando aeroportos no México e República Dominicana. Estamos certos de que poderemos gerar valor para o TCP, seus clientes e parceiros e confiantes de que obteremos sólido crescimento nos próximos anos", afirmou o Managing Director da Advent International no Brasil, Luiz Antonio Alves.
O diretor-geral do TCP, David Simon, reforçou a escolha do grupo para incrementar as atividades do terminal de Paranaguá. "Depois de analisarmos diversas opções, concluímos que a associação com a Advent International é sem dúvida aquela que nos permitirá acelerar o processo de crescimento e geração de valor no TCP, que se traduzirá em melhores serviços para nossos clientes" conclui o executivo.
Guia Marítimo
Porto de Los Angeles registra aumento de 5% nas exportações em contêineres
O Porto de Los Angeles, na costa oeste dos Estados Unidos, fechou o último ano com recordes na movimentação de contêineres.
As exportações chegaram a aproximadamente 1,84 milhão de TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés), superando o recorde registrado em 2008, 1,782 milhão de TEUs.
O mês passado ultrapassou em 5% o número de contêineres exportados em dezembro de 2009. O total de exportações feitas em contêineres também superou as expectativas iniciais do Porto de Los Angeles, aumentando 12,8% ao longo do ano.
As importações superaram em 5,6% as do ano passado e tiveram seu ápice em agosto.
A Tribuna
Uma indústria naval renasce no Mercosul
A exploração do petróleo brasileiro do pré-sal terá fortes reflexos na industrialização do Uruguai e da Argentina que, além de complementarem a indústria naval brasileira, que não terá condições de atender, sozinha, a demanda de navios de suporte e apoio, deverão, também, participar do fornecimento de peças e equipamentos que a indústria do petróleo e do gás e a própria construção naval precisarão para realizar seu desenvolvimento. A informação é do escritório Emerenciano, Baggio e Associados, cuja área de atendimento ao desenvolvimento de infraestrutura possui um segmento dedicado especificamente à indústria naval e já assumiu a representação de uruguaios e argentinos para formatar projetos no setor e, inclusive, captar investidores, nacionais e estrangeiros, para a construção de estaleiros e outras indústrias ligadas ao setor naval, automotivo, do petróleo e do gás. O escritório já representa o Cluster Naval de Montevidéu e a Associação Bonaerense da Indústria Naval, de Buenos Aires, e começa a elaborar projetos de estaleiros em Montevidéu e Buenos Aires.
As informações são do advogado Felipe Ferreira Silva, responsável pelo setor naval do escritório, o 6º maior do País em número de advogados (292) e funcionários (470), que já trabalham em busca de investimentos e soluções para as oportunidades industriais que serão criadas pela exploração do pré-sal, muitas das quais passam pelo Mercosul. Segundo Felipe, a exploração do pré-sal vai exigir, pelo menos, 229 navios de apoio, 49 plataformas marítimas e 28 sondas de perfuração, sem contar diferentes tipos de equipamentos e serviços, e a indústria naval brasileira, por mais que cresça, não terá condições de atender tal demanda. Como no Brasil faltam até áreas para novos estaleiros – um grupo britânico não achou espaço aqui e vai para o Uruguai e novos portos, os países vizinhos serão a solução. O governo uruguaio criou o Cluster de Montevidéu, uma área de 90 hectares no porto da capital, onde será implantado um estalero. Já há três investidores interessados, disse Felipe, inclusive fundos árabes e asiáticos, que dispõem, pelo menos, de R$ 1 bilhão para investimento. A ABIN, de Buenos Aires, também autorizou o escritório a buscar investidores.
Está começando uma verdadeira articulação do desenvolvimento do Mercosul num setor específico, o da indústria naval. Segundo Felipe Ferreira Silva, o atual andamento é muito positivo e favorável, mas a concretização dependerá de muitos aspectos, inclusive jurídicos, pois Brasil, Uruguai e Argentina terão que formular um documento semelhante ao acordo automotivo que já existe entre os países para que as indústrias façam parcerias e trocas. Uma das primeiras mudanças será nas normas de “conteúdo local que deixam aos estrangeiros só 20% de participação no produto final, passando-as para conteúdo regional, com aumento da percentagem de participação do Uruguai e da Argentina.
Conexao Maritima
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