LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

PORTOS E LOGISTICA - 20/01/2011

Frota global terá expansão de 8% nos próximos anos

A capacidade celular da frota de porta-contêineres global deve sofrer uma expansão anual de 8,8% pelos próximos dois anos, com 1,26 milhão de Teus (medida equivalente a um recipiente de 20 pés) a serem adicionados em 2011 e 1,33 milhão de Teus em 2012, de acordo com informações da consultoria marítima Alphaliner.

"Embora os incrementos previstos não superem os números registrados em 2006-2008 - quando uma média de 1,37 milhão de Teus foi incorporada à frota global - o nível da capacidade permanece como uma das principais preocupações da indústria", indica relatório recente da companhia.
Segundo a análise, boa parte da nova capacidade adicionada em 2010 foi absorvida pela demanda crescente causada pela recuperação econômica global. O volume de movimentação nos cinco maiores portos de cargas conteinerizadas do mundo cresceu 18% nos primeiros três trimestres de 2010, porém a média de incremento nestes complexos caiu para 8% no quarto trimestre, e a tendência decrescente tende a persistir neste ano.
"O arrefecimento da demanda no quarto trimestre já começou a afetar o carregamento das companhias de transporte marítimo", considera a Alphaliner. Estima-se que os níveis de utilização nas rotas do Extremo Oriente destinadas a Europa e EUA caíram para 80% em dezembro - o percentual mais baixo obtido desde maio de 2009. A atenção agora deve se voltar para os níveis de utilização nos próximos dois meses, que irão determinar a direção das taxas de frete após o período de Ano Novo na Ásia.
Guia Marítimo


Linhas asiáticas reduzem capacidade
A New World Alliance declarou que irá reduzir temporariamente a capacidade dos serviços em rotas transpacíficas para acompanhar o fechamento temporário das fábricas durante o Ano Novo Lunar na Ásia. As três companhias marítimas que compõem a entidade - APL, Hyundai Mercant Marine e MOL (Mitsui O.S.K. Lines) - disseram ainda que a medida pode durar seis meses ou mais, se necessário.
"Avaliaremos a demanda e a capacidade novamente antes do início da alta temporada no setor marítimo", declarou o presidente da APL, Eng Aik Meng. "Iremos reintroduzir a tonelagem dependendo das condições apresentadas no mercado." Programas de retirada são rotineiros para as linhas integrantes do New World Alliance e o trade transpacífico em geral, uma vez que as exportações diminuem consideravelmente durante o Ano Novo Lunar.
O fechamento temporário das indústrias acaba por comprometer a produção de bens finalizados, um dos principais impulsionadores do comércio. Os membros da entidade marítima consideram que as interrupções deste ano podem se estender por mais tempo do que o usual, talvez chegando a três ou quatro semanas.
As companhias afirmaram que a estratégia será aplicada através da omissão de escalas dos serviços SAX, PSW, PCX e PCE. Outros links poderão ser reajustados para garantir uma cobertura portuária completa, e os clientes serão notificados antecipadamente sobre as alterações a serem realizadas.
Guia Marítimo


Porto de Suape investirá R$ 3 bilhões até 2014
Recém-empossado na vice-presidência do Porto de Suape, o fazendário Frederico Amâncio chega ao cargo com a certeza de que 2011 será um ano-chave para o complexo. A agenda do porto para os próximos 11 meses prevê a conclusão do plano diretor, a definição de uma estrutura societária, pesados investimentos em infraestrutura e a inclusão definitiva de temas polêmicos na pauta, como a questão ambiental e a disputa fundiária.

“Depois da realização de um forte trabalho de atração de investimentos, agora precisamos consolidá-los e preparar a infraestrutura do complexo para esse novo momento”, defende, fazendo referência a novos empreendimentos como a montadora da Fiat e a Companhia Siderúrgica Suape. Só em infraestrutura, a estimativa é investir R$ 3 bilhões entre 2011 e 2014. Amâncio destaca a necessidade de expandir a implantação de empreendimentos não só para os sete municípios do Território Estratégico de Suape, mas também para as cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR). “O momento é de olhar para o futuro, para os próximos 20 anos”, reforça.
Para garantir os recursos necessários à infraestrutura, o complexo vai acelerar as discussões sobre a transformação de Suape em uma sociedade de economia mista e, no futuro, avaliar a possibilidade de abertura do capital. Outra estratégia estudada é buscar financiamento junto aos bancos, aproveitando a boa capacidade de endividamento do Estado. Em 2011 também deve começar a chamada dos novos funcionários de Suape, que fizeram concurso no ano passado. O cronograma ainda será definido.
A nova diretoria de Suape também está em formação. Até agora só foi anunciada a saída do antigo diretor administrativo-financeiro Francisco Claudino para a entrada de Antônio Barbosa. Mas já são comentadas como certas as saídas de Ricardo Padilha (Engenharia e Meio Ambiente), Paulo Castanha (Planejamento) e Inaldo Campelo (Gestão fundiária).
Portos e Navios

Programa de ampliação deve aumentar em 60% a capacidade de movimentação
A administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) está desenvolvendo um projeto de modernização e ampliação do complexo, com objetivo de torná-lo mais competitivo.

O programa está em fase de contratação e elaboração dos projetos básicos. Estão previstas alterações nos berços de atracação, nos acessos terrestres ao porto e no canal de navegação. Ao todo, serão nove grandes obras que somarão R$ 1 bilhão. Parte do serviço será feita com recursos próprios da Appa.
Segundo o superintendente do complexo portuário, Airton Vidal Maron, as obras aumentarão a capacidade de movimentação em 60%, passando dos atuais 38 milhões de toneladas/ano para 60 milhões de toneladas/ano, e devem ser entregues em quatro anos.
O cais acostável também deve crescer 60% com a criação de 12 novos berços. O Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá será reestruturado, com reformas em quatro armazéns de granéis obsoletos que darão lugar a dois novos com capacidade estática de 195 mil toneladas e rendimento operacional de 2 mil toneladas por hora.
O cais de produtos inflamáveis também será ampliado por meio de um píer de 300 metros de comprimento que abrigará dois berços de atracação e será ligado ao atual cais por uma ponte de acesso de 250 metros.
O projeto de expansão também prevê a construção de um berço complementar na parte leste do cais, para a movimentação de contêineres. Esta complementação será de 120 metros e contará com uma retroárea de 60 mil metros quadrados. Serão construídos 300 metros de cais para atracação compartilhada de navios de veículos e passageiros.
A revitalização dos acessos ao Porto de Paranaguá será feita através da implantação de duas vias marginais à BR 277, com o objetivo de organizar o fluxo de tráfego portuário e urbano. O pátio de triagem de caminhões também será ampliado, podendo abrigar mais mil caminhões.
O canal de acesso e a bacia de evolução do porto passarão por derrocagens para a retirada de formações rochosas presentes no local. Com a obra será possível ampliar a profundidade do canal de navegação para 16 metros naquele trecho.
Portal Naval

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