LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 28/01/2011

Armadores atualizam rota entre Asia e América do Sul
Joint entre China Shipping, CMA CGM e CSAV terá navios com maior capacidade.

China Shipping, CMA CGM e CSAV anunciaram mudanças no serviço Andex/ACSA, aumentando o tamanho e o número de navios que operam no joint que escala portos entre a Ásia, México, América Central e costa oeste da América do Sul.

Os 10 navios atuais, que contam com capacidade para 4.200 Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), serão substituídos por 11 embarcações de 6.500. As unidades de maior porte serão escaladas para o serviço a partir do início de maio.

Devido à demanda do mercado, o serviço reformulado será dividido em dois circuitos separados: o Loop 1 da Ásia para o México, Peru e Chile será operada com os 11 novos navios de 6.500 Teus. O Loop 2 da Ásia para o México, América Central, Colômbia e Equador será operada com os atuais 10 navios de 4.200 Teus.

O serviço revisado fornecerá novas chamadas para Yokohama e Keelung para atender a crescente demanda por produtos refrigerados do México e da América do Sul para o continente asiático. O Loop 1 vai reduzir os tempos de trânsito entre o Chile e Hong Kong por 7 dias e Loop 2 irá reduzir o tempo de trânsito entre o México e Xangai por 9 dias.
Guia Marítimo



Demora em operação atrasa chegada do E Ship1 a Santos
O cargueiro E Ship 1, considerado revolucionário por ser movido a energia eólica, deverá atracar no Porto de Santos apenas nesta quarta-feira. Sua chegada estava prevista para esta segunda-feira, mas, segundo a assessoria da Enercon Shipping GMBH, empresa responsável pela embarcação, a programação foi alterada devido à demora da operação no Porto do Rio Grande (RS), onde a embarcação estava antes de seguir para o cais santista.
De acordo com o diretor da Reliance, agência do E Ship 1, Edmar Monteiro, o cargueiro deve chegar a Santos por volta das 4 horas para embarcar 56 pás eólicas. O horário e o local de atracação serão decididos apenas nesta manhã, em reunião com a Codesp. A previsão é que a embarcação permaneça em Santos por 18 horas.
Ao deixar a região, o navio seguirá para o Porto de Emden, na Alemanha. Foi de onde partiu em agosto do ano passado, quando começou a atual viagem, sua inaugural. Nela, fez escalas em Pecém, no Ceará, além de Rio Grande e, agora, Santos. No exterior, esteve no Porto de Leixões, Portugal.
Em todas as escalas no Brasil, o navio movimentou somente componentes para turbinas eólicas, que são produzidas pela subsidiária da Enercon, a Wobben Windpower. A empresa possui unidades em Sorocaba (SP) e Pecém.
Movido parcialmente pelos ventos, o E Ship 1 consegue reduzir em até 40% seu consumo de combustível e, por consequência, a emissão de gases poluentes (como o CO2), quando comparado a cargueiros tradicionais. A propulsão diesel elétrica é a sua fonte principal de energia.
Seu segredo para aproveitar a natureza está nos quatro rotores cilíndricos, de 27 metros de altura por quatro de diâmetro, localizados no convés. São eles que captam a força dos ventos, direcionando-a para a propulsão da embarcação. Essa estrutura diferenciada do navio não altera as operações de carga e descarga. Desde a década de 20, uma embarcação não utilizava esse tipo de tecnologia.
Com 12,8 mil toneladas, 130 metros de comprimento e 22,5 metros de boca (largura), o E Ship 1 possui uma rampa traseira, podendo operar como uma embarcação de carga rodante (operações ro-ro).
A Tribuna



Ex-diretor diz que falcatruas no porto são antigas
Campos: “Denunciei fraudes, comportamentos fraudulentos, tudo visando o lucro. Até propina da cantina cobravam”.

Exonerado da Diretoria Técnica do porto de Paranaguá pelo ex-governador Roberto Requião (PMDB) após denunciar irregularidades no terminal marítimo, o engenheiro Leopoldo Campos disse ontem que os esquemas desvendados pela Operação Dallas já ocorriam antes mesmo de Daniel Lúcio de Oliveira Souza assumir a superintendência do Porto, em 2008.

Campos disse que muitos dos crimes cometidos foram denunciados por ele a Requião, à Polícia Federal e ao Ministério Público (MP) em 2007, durante a gestão de Eduardo Requião.

“De tudo isso, a única coisa diferente é a compra da draga, que ocorreu depois que eu já saí. Mas o resto, já acontecia tudo antes e foram denunciados por mim à Polícia Federal e ao Ministério Público”, disse Campos que aponta Eduardo com líder do esquema. “Denunciei fraudes em licitações, cobrança de propina, comportamentos inadequados, fraudulentos, tudo visando o lucro. Até propina da cantina eles cobravam”, disse. “E tem gente que continua lá que era cérebro desse esquema”, alertou.

Leopoldo Campos disse que no dossiê que entregou a Requião e, posteriormente ao MP alertava para o desvio de cargas, fraudes nas licitações, irregularidades nos procedimentos de dragagem, empresas construindo em áreas públicas após pagar propina, obras realizadas com equipamentos inadequados, aditivos contratuais fraudulentos, entre outras irregularidades.

“Nenhum engenheiro assinava nenhuma licitação, não era consultado sobre nada. A equipe técnica não participava de nenhum desses procedimentos, que são fundamentais para o porto”, disse.

Leopoldo Campos disse que nunca foi convidado para participar do esquema. “O que eles queriam era que eu assinasse pareceres técnicos referendando a falcatrua deles, mas nunca assinei”, disse. “O superintendente me chamou para reunião eu disse que não ia participar de reunião de quadrilha”, emendou.

Apesar de não estar no porto na época da tentativa da compra de uma draga chinesa, que levou a PF a pedir a prisão de Eduardo e do ex-secretário Luiz Mussi pela cobrança de US$ 5 milhões em propina, Lepoldo Campos disse que o processo de dragagem do Canal da Galheta, que o governo nunca conseguiu concluir, era sempre pretexto para esquemas fraudulentos. “Todas aquelas licitações eram viciadas”, contou.

O engenheiro disse estar satisfeito com os desdobramentos da Operação Dallas, mesmo quase quatro anos depois de sua denúncia. “Não tem preço. Estou muito satisfeito de a sociedade estar descobrindo quem são essas pessoas. De ver que está acontecendo Justiça. Eu fui para Paranaguá para arrumar o porto, mas isso não interessava a eles, pois, quanto mais bagunçado, mais fácil para a corrupção”.

Ele disse que mesmo que não tenha participado do esquema, o ex-governador Roberto Requião sabia das irregularidades, já que foi comunicado pessoalmente pelo próprio Leopoldo Campos, “mas ele preferiu me exonerar”.
http://www.parana-online.com.br/editoria/politica/news/507624/?noticia=EX+DIRETOR+DIZ+QUE+FALCATRUAS+NO+PORTO+SAO+ANTIGAS?reference_id=e2304ef1e30af8bc574c1d241c1d777d07327118


Nenhum comentário: