Xangai ocupa liderança mundial
O Porto de Xangai (China) superou Cingapura como o complexo com maior movimentação de contêineres em âmbito global, graças ao crescimento econômico chinês e pelo volume de negócios gerado pela World Expo, sediada no país em 2010, de acordo com informações do governo local.
Durante o ano de 2010, Xangai movimentou 29,5 milhões de teus (medida equivalente a um recipiente de 20 pés), perfazendo um volume 25% superior aos 25 milhões de Teus escoados em 2009.
A movimentação no complexo superou em aproximadamente 650 mil Teus o montante transitado em Cingapura no mesmo exercício, de 28,4 milhões de Teus. de acordo com a Autoridade Marítima de Cingapura, tal valor teve alta de 9,9% sobre 2009.
Desde 2005, o Porto de Cingapura liderava como o complexo portuário com maior movimentação de contêineres do planeta, superando na época o complexo de Hong Kong. Em 2001, Xangai transitava pouco menos que a metade dos volumes de Cingapura no período.
Guia Marítimo
Vila do Conde pode ter fluxo triplicado
A Companhia Docas do Pará e a Marinha do Brasil, através do Serviço de Sinalização Náutica do Norte (SSN-4), desenvolvem estudos conjuntos em torno de um projeto que poderá triplicar a capacidade de movimentação de cargas do porto de Vila do Conde, em Barcarena. Se vierem a se confirmar os prognósticos mais favoráveis, o porto paraense poderá se transformar até mesmo em alternativa ao complexo portuário de São Luís para o transporte de minérios produzidos no Pará. Inclusive o ferro de Carajás.
De acordo com a diretora de gestão portuária da CDP, Socorro Pirâmides, o porto de Vila do Conde trabalha atualmente com limitação de calado fixado em 12,1 metros, o que permite a operação de navios com capacidade para cerca de 60 mil toneladas. Se a limitação de calado for elevada para 14 metros, a capacidade de carga subirá para 75 mil toneladas. E se, numa perspectiva mais otimista, porém não irreal, o calado subir para 18 metros, o porto passará a permitir a operação de navios com capacidade de até 175 mil toneladas.
Todas essas variáveis estão sendo contempladas no bojo de um estudo em curso e cuja etapa inicial se realizou entre os dias 22 de novembro e 16 de dezembro de 2010. Nesse período, o navio hidroceanográfico “Garnier Sampaio”, da Marinha, sob o comando do capitão de corveta Antonio Santos Siqueira, procedeu um levantamento hidrográfico do Canal do Quiriri, na foz do rio Pará, desde a sua desembocadura no Atlântico até a altura da Ilha do Mosqueiro.
No segundo semestre deste ano, o estudoserá complementado com o levantamento no trecho que vai do Mosqueiro até o porto de Vila do Conde. A última atualização batimétrica do rio Pará data de 2002. O trabalho está sendo refeito agora, segundo autoridades da Marinha e da CDP, porque há vários indicadores que já permitem afirmar com razoável margem de segurança a possibilidade de aprofundamento do canal.
Segundo o encarregado do SSN-4, capitão de fragata Télio Ferreira da Silva Júnior, esse levantamento faz parte do termo de cooperação firmado entre a Marinha, por intermédio do SSN-4, e a Companhia Docas do Pará. O estudo, segundo ele, visa atender às demandas emergentes do setor aquaviário por informações atualizadas da batimetria do rio Pará.
Na fase de planejamento, conforme informou o comandante Télio, foram instalados cinco marégrafos em pontos estratégicos – Mosqueiro, Colares, Guarás, Maguari e Soure –, todos nas proximidades do Canal do Quiriri, de modo a se obter o máximo de informações de maré na região do levantamento hidrográfico. Marégrafos são equipamentos que registram as variações de maré.
O comandante Télio e a diretora da CDP, Socorro Pirâmides, fazem a mesma avaliação sobre a possibilidade de aumento do calado no Canal do Quiriri e ao longo do rio Pará, possibilitando a entrada e saída de navios com maior capacidade de carga em Vila do Conde. O resultado, segundo eles, será o crescente desenvolvimento dos portos da região e o consequente aumento da competitividade da economia paraense. Neste novo cenário, o porto de Vila do Conde passaria a receber ou embarcar, inclusive, cargas que hoje são movimentadas nos portos do Maranhão, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Portos e Navios
Investir no setor hidroportuário
O ex-secretário de Infraestrutura e Logística do Governo do Rio Grande do Sul, Daniel Andrade, avaliou, na época da sua gestão, que o estado gaúcho tinha potencial para transportar 15% de sua carga via modal hidroviário até 2017. Na avaliação dele, o estado tinha tudo para investir no setor hidroportuário.
Dois pontos favoráveis ao modal que pode e deve ser implantado em todos os estados nacionais: é mais barato e tiraria das estradas muitos caminhões que hoje superlotam e tornam perigosas as nossas rodovias.
Está mais do que na hora de se discutir seriamente o modal hidroviário para participar do escoamento de cargas no Brasil.
Andrade foi substituído na Secretaria de Infraestrutura e Logística por Beto Albuquerque (PSB), indicado para a gestão Tarso Genro e eleito segundo deputado federal mais votado no Rio Grande do Sul.
PortoGente
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