LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA - 10/02/2012




Aprovada audiência com ministro dos Transportes para debater risco de apagão logístico 
A situação da malha ferroviária e o risco de apagão logístico no Brasil serão abordados em audiência pública na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), conforme solicitação do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), em requerimento aprovado na reunião desta quinta-feira (9). O senador sugere que sejam convidados, entre os outros, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e ao diretor-geral da Agência Nacional de Transportes terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo.

Também serão convidados para a audiência, que ainda não tem data marcada, os presidentes da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e das principais entidades que congregam transportadores ferroviários e usuários.

Ferraço informou que, desde o ano 2000, a quantidade de toneladas que circulam no país aumentou em 184%, congestionando rodovias, ferrovias e hidrovias. O número de rodovias asfaltadas, no entanto, aumentou em apenas 18%, enquanto as linhas de trem cresceram somente 500 quilômetros.

Para destacar a real situação, Ferraço cita no requerimento trecho de entrevista diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, em que este afirma que o país vem operando no "limite da gambiarra" e a alerta para o risco de um apagão logístico.

Na mesma reunião foi aprovado outro requerimento de Ferraço solicitando uma audiência pública sobre a estratégia da concessão de 77 terminais portuários brasileiros a operadores privados. Esses terminais já são geridos pelo setor privado, mas as concessões vencem até 2013.


O ministro dos Transportes será também convidado para esta audiência, juntamente com o ministro da Secretaria de Portos, José Leônidas de Menezes Cristino, e o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Antonio Brito Fialho.


Um terceiro requerimento aprovado, de autoria do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), solicita a realização de um ciclo de audiências sobre as licitações dos sistemas internacionais, interestaduais e intermunicipais de passageiros, no período de 8 a 17 de março, com a participação de autoridades e representantes de confederações dos diferentes segmentos do setor de transportes.


Equipamentos bivolt


Por pedido do relator, senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), saiu de pauta projeto que obriga os fabricantes nacionais de eletro-eletrônicos de uso domésticos a adotar padrão (127 e 220 volts) nos equipamentos. A medida atendeu solicitação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que deseja examinar a proposta. O relator, que é favorável ao projeto, diz que a medida vai facilitar a vida do cidadão que se muda para uma cidade com padrão de tensão diferente daquele adotado no lugar da residência anterior.




A Eldorado Brasil Celulose e Papel planeja construir um terminal no porto de Santos exclusivo para exportação. A instalação embarcará toda a celulose produzida na fábrica que a empresa está erguendo no município de Três Lagoas (MS). Quando pronta, a unidade fabril terá capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas por ano. A previsão é que esteja operacional até o fim de novembro.

O projeto de um terminal em Santos integra um plano de investimento de R$ 6,2 bilhões da Eldorado para produzir e escoar sua produção. A infraestrutura logística para transpor os 800 km entre a fábrica e o cais contará ainda com mais três terminais e responderá por aproximadamente 8% do total de investimento previsto.

O primeiro terminal ficará na origem: um porto fluvial próprio nas proximidades da fábrica, às margens do rio Paraná, com oferta para movimentar 4 milhões de toneladas anuais. O processo de licenciamento do porto está no fim. No meio do trajeto serão erguidas duas instalações multimodais: um terminal rodoferroviário em Aparecida do Taboado (MS) e outro ferrofluvial em Pederneiras (SP).

A celulose será transportada até o porto de Santos por trens. "Não vamos ter modal rodoviário, isso será um tremendo ganho para o porto", afirma o gerente executivo de logística da companhia, Alvaro Ivan Bunster. Os vagões que serão utilizados terão capacidade para levar 88 toneladas de fibra. Atualmente, o maior do mercado carrega 72 toneladas da carga.

Há um ano, a Eldorado solicitou à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) a abertura de licitação de uma área na margem direita (Santos) do porto para construir o terminal. O local exato não está definido. O Valor apurou que a Codesp gostou do projeto e estuda algumas das poucas regiões ainda disponíveis para arrendamento na margem direita do canal de navegação. "Existem algumas possibilidades", afirma o presidente da Codesp, José Roberto Serra, citando quatro armazéns diferentes: o 9, 10, 11 e o 32.

Hoje o conselho de acionistas da Codesp se reúne e um dos itens da pauta é a votação do plano diretor do porto, instrumento que define a natureza da carga a ser movimentada em cada trecho do complexo. A expectativa é que daí saia a decisão do melhor local para o projeto da Eldorado.

"Avaliamos as duas margens [Santos e Guarujá], mas no caso da celulose a direita está mais preparada porque já existem terminais que movimentam e exportam celulose. A ideia é ter concentração desse tipo de carga para facilitar o carregamento dos navios e a chegada dos trens", diz Bunster. A VCP, Fibria e NST operam áreas no porto para exportação de celulose.

Apesar de fazer sigilo sobre o local requisitado, o executivo afirma que o tamanho das possíveis áreas varia entre 18 mil metros quadrados e 29 mil metros quadrados.

A decisão de escoar a produção por Santos é resultado de um estudo que aferiu a melhor relação custo-cadeia, já que a fábrica ficará na divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo. "E também porque há, em Santos, certa preferência de armadores que transportam a celulose, pois existem outras empresas que escoam por lá", diz Bunster.

Como a fábrica começa a produzir em novembro, a Eldorado alugou área privada fora do porto sob concessão da Codesp para atender a demanda enquanto não consegue o arrendamento. Trata-se de uma área contígua ao porto, próxima a berços de atracação e com desvio ferroviário. "Assim conseguimos construir o projeto portuário de maneira mais tranquila", afirma o executivo. O local conseguirá suprir 100% do volume, que no primeiro ano deverá bater em 1,3 milhão de toneladas. Mesmo se vencer o leilão na margem direita, a Eldorado estuda manter o aluguel da área privada, que está preparada para movimentar carga em contêiner. A maior parte da celulose, porém, será embarcada solta, nos chamados navios "breakbulk".

Como a Eldorado movimentará sobretudo carga própria, poderia optar pela construção de um terminal privativo - modalidade que dispensa licitação, dependendo apenas da autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Mas o terminal privativo precisa ser feito do zero, inclusive a infraestrutura de acostagem, com o respectivo licenciamento ambiental. Daí a opção por participar de uma licitação de uma área pública, explica Bunster. "Tendo 5 milhões ou 6 milhões de toneladas na mão, não descartamos essa possibilidade no futuro."

Questionado qual a estratégia se a Eldorado perder a licitação, o executivo afirma: "Temos uma segunda alternativa caso isso venha a acontecer, mas não podemos falar. É muito confidencial".

Valor / Fernanda Pires




A Companhia vai destinar cerca de 80% para ativos rodantes e apostar no transporte de commodities em contêineres.
O presidente da Brado Logística, José Luis Demeterco e o diretor financeiro, Alan Fuchs, confirmaram durante o InfraBrasil Expo & Summit, realizado em São Paulo, nos dias 31/1, 1/2 e 2/2, a aquisição de três locomotivas e investimentos em torno de 80% em vagões para este ano. Os executivos apresentaram para empresários e autoridades presentes no evento, as projeções da Companhia e discutiram sobre o mercado logístico ferroviário. 
No dia 1/2, José Luis ministrou a palestra “O Futuro das Ferrovias: O Potencial do Mercado de Contêineres no Brasil”, destacando a importância do modal ferroviário. “A ferrovia é mais barata, segura e sustentável, sem limites de crescimento. Nosso desafio é educar o cliente para migrar sua carga para os trilhos”. O presidente da Brado também aproveitou a oportunidade para anunciar a compra de mais três locomotivas, que ao todo somarão 30 locomotivas atuando pela empresa, e o início das operações para o transporte de soja em contêineres, um projeto inovador que muda os paradigmas do transporte de commodities, oferecendo custo/benefício com até 15% de economia para o embarcador. 
O diretor financeiro da Companhia, Alan Fuchs, apresentou o tema “O Novo Vagão Ferroviário da Brado Logística: O AmaxLong e a Otimização no Transporte de Contêineres”. O executivo explicou como funcionam os 145 vagões Spine Car de 80’, modelo criado especialmente para a empresa, que possibilitam o transporte de dois contêineres de 40’ e quatro ou três de 20’. “Este ano, vamos aplicar cerca de 80% do orçamento na compra de novos ativos. Nosso desafio é garantir aos nossos clientes nível de serviço”, informou Fuchs. Atualmente a Brado Logística opera com 1327 vagões em cinco corredores, atendendo os portos do Sudeste e Sul do País, mercado interno e Me rcosul. 

SOBRE A BRADO LOGÍSTICA: 
A Brado atua no mercado de contêineres no Brasil e Mercosul, utilizando o diferencial do transporte ferroviário para escoamento das cargas, que atendem o grande, médio e pequeno embarcador, com logística e infraestrutura integrada. A Companhia oferece capacidade, competitividade nos custos e qualidade de serviço, além de operações de transporte intermodal rodoferroviário, armazenagem de cargas reefer e dry, distribuição, frota própria, terminais de contêineres, Redex, Vigiagro e habilitações para os mercados internacionais.
A Brado opera em 20 Terminais Intermodais Rodoferroviários, 5 Armazéns Frigorificados e 4 Secos, localizados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Mercosul (Zárate, Buenos Aires e Palmira), além de possuir um EADI em Bauru.
Portal Nacional de Seguros



Porto de Niterói passa por revitalização para atender pré-sal e Comperj


O Porto de Niterói se prepara para atender as demandas do pré-sal e, em futuro próximo, do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Para isso, sua área total será revitalizada, com obras de infraestrutura e mais instalações, para que o empreendimento seja 
referência nacional para a indústria naval e offshore.

Os prédios já existentes foram recuperados e equipados com alta tecnologia. O projeto do antigo prédio industrial do Moinho transformou-se em um prédio comercial para até 440 conjuntos de sala. No local, um grande condomínio está sendo instalado com empresas offshore e toda a cadeia de suplementos e serviços correlatos.

Situado na Baía de Guanabara, o porto é fundamental para o escoamento de toda a produção do Rio, e tem localização estratégica para atender demandas nas Bacias de Campos (RJ), Santos (SP) e Vitória (ES). Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o Porto de Niterói ocupa a nona posição em todo o Brasil, com elevado valor agregado na média dos produtos movimentados, na base de 670 US$/t.

Para atender, em especial, a demanda do pré-sal, as obras de ampliação também chegaram ao terreno ocupado pela Escola Superior de Polícia Militar (ESPM) e Grupamento Aéreo Marítimo (GAM).  Em fevereiro do ano passado, a Companhia Docas, que é responsável pela área, formalizou o pedido de devolução do terreno de cerca de 25 mil metros quadrados em poder da Polícia Militar, para realizar obras do projeto de ampliação da Nitshore, uma das empresas arrendatárias do porto.





Dachser e Lufthansa Cargo firmam parceria

Com o objectivo de optimizar o transporte aéreo de mercadorias, a Lufthansa Cargo integra um lote de 11 transportadoras com acesso ao programa de parceria global, entre as quais a Dachser

Dachser e Lufthansa Cargo firmam parceriaO Grupo Dachser, um dos maiores grupos privados do mundo na área da logística e transporte de mercadorias, presente em Portugal através da Dachser Portugal, é, a partir de agora, “global partner” da Lufthansa Cargo. O restrito programa de parceria global da companhia aérea, que inclui apenas 11 empresas transitárias, vai permitir à Dachser optimizar os serviços prestados de e para o território nacional, com recurso ao transporte aéreo.
A integração da Dachser no grupo é um reconhecimento do sucesso do trabalho desenvolvido, em conjunto, ao longo dos últimos anos. O estabelecimento da parceria prenuncia uma colaboração ainda mais próxima entre as duas organizações. Além da Dachser, fazem parte do programa de “global partners” da Lufthansa Cargo nomes como a DHL Global Forwarding, a UPS ou a UTi.
Jorge Andrade, country manager do segmento aéreo e marítimo da Dachser Portugal, e Rui Morna, director da filial de Lisboa, receberam o diploma das mãos dos responsáveis da Lufthansa Portugal, nas agências do Porto e Lisboa, respectivamente.
Dachser e Lufthansa Cargo firmam parceriaA Lufthansa atribuiu também ao grupo Dachser, pelo segundo ano consecutivo, o primeiro prémio “Lufthansa Cargo Quality Award”. Com este galardão, que resulta da avaliação dos padrões de qualidade, pontualidade e condições de entrega das mercadorias, a companhia aérea germânica volta a confirmar a qualidade da prestação do grupo Dachser face à concorrência.
Jürgen Huber, director-geral do Air & Sea Logistics (ASL) na Alemanha, referiu, com satisfação, que “é raro uma empresa de logística receber o prémio em dois anos seguidos”. Jorge Andrade considera que este prémio “volta a atestar a qualidade da oferta de transporte aéreo com que as organizações com presença no território português podem contar”.
http://www.lusomotores.com/content/view/12304/

Nenhum comentário: