Anfavea: Argentina sente impacto de medidas internas
De acordo com Belini, o déficit setorial com o México é sazonal. "O acordo é bom e importante para nosso País. Tivemos períodos bons para o Brasil, e agora estamos em um período ruim, mas, na média, o acordo tem sido bom para o Brasil", afirmou. "O rompimento seria o pior caminho possível."
Belini também defendeu que o acordo com o México seja ampliado para outros setores, além do automotivo. Para ele, essa seria uma forma de manter o acordo e facilitar sua renovação. "Temos 14 meses para estabelecer mudanças no acordo", disse. "O Brasil tem poucos acordos bilaterais, apenas com México e Mercosul. Já o México tem 90 acordos desse tipo. É uma grande oportunidade para o Brasil ampliar esses acordos para setores em que é competitivo."
Agência Estado
GOVERNO NEGA ROMPER ACORDO COM
MÉXICO E DIZ RENEGOCIAR
O governo
brasileiro negou que irá romper um acordo automotivo com o México, mas afirmou
que poderá usar a cláusula de saída do entendimento, caso as negociações para
rever os termos fracassem.
"Nós colocamos como
alternativa a utilização da cláusula de saída do acordo. Não é ruptura", disse o
ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando
Pimentel.
O acordo permite
fluxo de automóveis, peças e partes de veículos sem incidência ou com redução de
tarifas.
O Brasil quer
renegociar alguns termos, como o aumento do conteúdo regional e ampliação do
escopo do acordo, para incluir caminhões, ônibus e utilitários, e "melhorar o
saldo", disse o ministro.
O presidente
mexicano, Felipe Calderón, telefonou para Dilma e ambos acertaram em reabrir a
renegociação dos termos do acordo, segundo Pimentel, que demonstrou otimismo nas
negociações. "Há enorme interesse do México em manter o acordo", disse ele.
México enviará na próxima semana uma missão ao Brasil para revisar os termos de
um acordo de comércio bilateral livre de impostos em automóveis. A missão,
formada por funcionários e representantes da indústria automotiva local, seria
liderada pela chanceler mexicana, Patricia Espinosa.
O México é a
terceira principal origem de veículos importados no Brasil, que tenta
reequilibrar o comércio entre os dois países.
Diário do Comércio e Indústria |
Saiba como funcionam os acordos comerciais do Brasil
06/02/2012 - Rafael Mandelli / Fonte: iCarros
A novela que envolve os acordos de importação entre o Brasil e o México ainda não recebeu um desfecho. Na semana passada, na tentativa de tornar a balança comercial equilibrada em relação às exportações de veículos para o México, o governo anunciou que iria rever os critérios de importação dos modelos que vinham deste país. Até que o momento, no entanto, nenhuma resolução entre as duas partes foi tomada.
Atualmente, o Brasil tem acordo de isenção de taxa de importação firmado com os países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai - sendo que o último não possui fabricantes de automóveis) e com o México; a lei exime o pagamento do imposto de importação, de 35% sobre o valor do veículo, que possuam ao menos 60% de conteúdo local, para ambas as partes. Em relação ao tratado firmado com a Argentina, em vigor desde 1994, no último ano, o Brasil registrou superávit na balança comercial do setor automotivo de US$ 3,4 bilhões. No que diz respeito ao México, no entanto, o resultado não tem sido favorável.
Em 2011, o Brasil registrou um déficit de US$ 700 milhões na balança comercial do setor a partir da parceria mexicana. Foram enviados 1,5 milhão de carros para o México e importadas 475 mil unidades durante os 11 anos de parceria comercial. Atualmente, 15 modelos são importados para o Brasil isentos da taxação sobre produtos importados. O cenário negativo se repete desde 2009.
Na manhã de hoje (6), durante a divulgação de dados da indústria automotiva registrados em janeiro, o presidente da Anfavea (Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores), Cledorvino Belini, considerou a importância da manutenção do acordo, já que uma possível reformulação das cláusulas poderia favorecer outros setores da indústria automotiva brasileira. De acordo com Belini, o rompimento seria a pior alternativa possível.
O governo brasileiro está em fase de negociação com o México para tentar manter a balança equilibrada. Além disso, para fortalecer a economia, o País precisa aumentar o nível de produção e de competição em relação ao outros mercados, como China e Índia. O governo brasileiro deve propor ao México a inclusão inclusão de outros setores da indústria automotiva no acordo.
Restrição hermana - no dia 1° deste mês, a Argentina impôs novas regras de importação para o mercado brasileiro. O país restringiu importação de produtos de consumo (incluindo carros), levando à demora na liberação dos veículos que ficam retidos nos portos e à falta de peças de origem argentina. A restrição é somada ao processo de licenças não-automáticas, imposto pelos dois países desde o ano passado.
Confira a lista dos modelos importados do México atualmente, com os valores de entrada atuais, que podem sofrer reajuste caso haja mudança no acordo entre os dois países:
- Chevrolet Captiva: R$ 94.038
- Dodge Journey: R$ 97.500
- Fiat 500: R$ 39.990
- Fiat Freemont: R$ 81.900
- Ford New Fiesta hatch: R$ 48.950
- Ford New Fiesta sedã: R$ 50.950
- Ford Fusion: R$ 83.660
- Honda CR-V: R$ 75.900
- Nissan March: R$ 27.790
- Nissan Versa: R$ 36 mil
- Nissan Sentra: R$ 52.990
- Nissan Tiida: R$ 50.990
- Nissan Tiida Sedan: R$ 44.500
- Volkswagen Jetta: R$ 65.755
- Volkswagen Jetta Variant: R$ 85.990
http://www.icarros.com.br/noticias/mercado/saiba-como-funcionam-os-acordos-comerciais-do-brasil/11359.html
Atualmente, o Brasil tem acordo de isenção de taxa de importação firmado com os países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai - sendo que o último não possui fabricantes de automóveis) e com o México; a lei exime o pagamento do imposto de importação, de 35% sobre o valor do veículo, que possuam ao menos 60% de conteúdo local, para ambas as partes. Em relação ao tratado firmado com a Argentina, em vigor desde 1994, no último ano, o Brasil registrou superávit na balança comercial do setor automotivo de US$ 3,4 bilhões. No que diz respeito ao México, no entanto, o resultado não tem sido favorável.
Em 2011, o Brasil registrou um déficit de US$ 700 milhões na balança comercial do setor a partir da parceria mexicana. Foram enviados 1,5 milhão de carros para o México e importadas 475 mil unidades durante os 11 anos de parceria comercial. Atualmente, 15 modelos são importados para o Brasil isentos da taxação sobre produtos importados. O cenário negativo se repete desde 2009.
Na manhã de hoje (6), durante a divulgação de dados da indústria automotiva registrados em janeiro, o presidente da Anfavea (Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores), Cledorvino Belini, considerou a importância da manutenção do acordo, já que uma possível reformulação das cláusulas poderia favorecer outros setores da indústria automotiva brasileira. De acordo com Belini, o rompimento seria a pior alternativa possível.
O governo brasileiro está em fase de negociação com o México para tentar manter a balança equilibrada. Além disso, para fortalecer a economia, o País precisa aumentar o nível de produção e de competição em relação ao outros mercados, como China e Índia. O governo brasileiro deve propor ao México a inclusão inclusão de outros setores da indústria automotiva no acordo.
Restrição hermana - no dia 1° deste mês, a Argentina impôs novas regras de importação para o mercado brasileiro. O país restringiu importação de produtos de consumo (incluindo carros), levando à demora na liberação dos veículos que ficam retidos nos portos e à falta de peças de origem argentina. A restrição é somada ao processo de licenças não-automáticas, imposto pelos dois países desde o ano passado.
Confira a lista dos modelos importados do México atualmente, com os valores de entrada atuais, que podem sofrer reajuste caso haja mudança no acordo entre os dois países:
- Chevrolet Captiva: R$ 94.038
- Dodge Journey: R$ 97.500
- Fiat 500: R$ 39.990
- Fiat Freemont: R$ 81.900
- Ford New Fiesta hatch: R$ 48.950
- Ford New Fiesta sedã: R$ 50.950
- Ford Fusion: R$ 83.660
- Honda CR-V: R$ 75.900
- Nissan March: R$ 27.790
- Nissan Versa: R$ 36 mil
- Nissan Sentra: R$ 52.990
- Nissan Tiida: R$ 50.990
- Nissan Tiida Sedan: R$ 44.500
- Volkswagen Jetta: R$ 65.755
- Volkswagen Jetta Variant: R$ 85.990
Anfavea defende manutenção de acordo automotivo com México
O tratado tem beneficiado os mexicanos, visto que as importações de veículos do México tiveram aumento de 40% e o país é o terceiro
Na opinião do presidente da Anfavea, o “desequilíbrio na balança comercial”, que tem preocupado o governo, não afeta a indústria automotiva brasileira. “Esse desequilíbrio não interfere. Existem importações e exportações.
Quando têm acordos bilaterais tem que ver que há dois lados. De um lado, temos superávit com a Argentina e, por outro lado, déficit com o México. São períodos cíclicos”, argumentou.
Belini não quis adiantar quais mudanças estão sendo discutidas pelo governo. Segundo ele, uma nova reunião com o setor produtivo será marcada assim que as alterações forem definidas.
(Agência Brasil)
http://ultimoinstante.com.br/setores-da-economia/setor-industria-automotiva-transportes/63372-anfavea-defende-manutencao-acordo-automotivo-com-mexico.html#ixzz1le6dfma3
México pode ganhar negócios da China - literalmente
Por JUSTIN LAHART e TOM ORLIK
Comprar produtos "made in China" já não é mais um negócio tão bom. Uma consequência disso: as empresas que transportam mercadorias fabricadas no México estão tendo mais movimento.
Há muito a China é o destino para empresas que buscam cortar custos. Uma enorme população de trabalhadores ainda não aproveitados, juntamente com uma liderança empenhada em expandir a infraestrutura industrial do país, tornou a China o melhor lugar do mundo para fabricar produtos de maneira barata. Mas nada dura para sempre.
O contingente de trabalhadores chineses está diminuindo. A política chinesa do filho único e a preferência cultural pelos meninos levaram a uma redução na população de jovens, e especialmente das mulheres, que formam a maior parte da mão de obra nas fábricas de vestuário e de eletrônicos. A Organização das Nações Unidas prevê que o número de mulheres com 15 a 24 anos na China vai cair de 106 milhões em 2010 para 92 milhões em 2015. Acrescente-se a maior prosperidade da população, e o resultado é que os custos trabalhistas estão subindo mais do que poderia ser compensado pelo aumento da produtividade nas indústrias chinesas.
Além disso o custo dos terrenos comerciais disparou, enquanto os preços da energia, controladas pelo governo, estão se aproximando dos preços de mercado. Nos últimos cinco anos o yuan subiu 30% em termos ponderados pelo comércio exterior, e continuará a subir gradativamente. Não admira que o preço das importações vindas da China, inalterado há muitos anos, venha aumentando desde o final de 2010.
Problemas com a cadeia de suprimentos também têm levado as empresas a repensar a terceirização. Quando a demanda caiu drasticamente após a crise financeira de 2008, muitas viram seus estoques presos em navios vindo lentamente da China. A volatilidade dos preços de combustíveis tornou os custos de transporte mais incertos. O tsunami do ano passado no Japão e as inundações na Tailândia mostraram bem a fragilidade das longas cadeias de fornecimento.
A mudança na dinâmica dos custos incentivou as opiniões esperançosas de que os fabricantes americanos vão transformar o "out-sourcing" em "in-sourcing", passando a recorrer a fornecedores locais, e é verdade que algumas empresas estão trazendo suas operações de volta para os Estados Unidos. Numa teleconferência de divulgação de resultados na quinta-feira, a Carlisle Cos. disse que estava intensificando sua produção de pneus no Estado americano do Tennessee porque, segundo o diretor-presidente David Roberts, "podemos, na verdade, fabricar tão barato, ou mais barato aqui nos EUA do que na China".
Mas para muitas empresas, uma iniciativa melhor seria reforçar a produção no México. Deixando de lado as preocupações com segurança, os salários são substancialmente mais baixos do que nos EUA. As estatísticas comerciais recentes sugerem que as empresas já estão fazendo isso. Os trens e caminhões transportaram 8,7% a mais, em peso, do México para os EUA nos primeiros 11 meses do ano passado do que um ano antes.
O México e suas empresas foram gravemente prejudicados nos últimos dez anos pela perda de exportações para a China. A mudança no panorama do comércio exterior pode trazer um alívio para os problemas econômicos e sociais mexicanos, que têm desencorajado alguns investidores de colocar dinheiro no país.
Regulamento tributário automotivo sai em fevereiro, diz Pimentel
Por Mônica Tavares (monicao@bsb.oglobo.com.br) | Agência O Globo
BRASÍLIA - O regulamento de tratamento tributário do regimento automotivo será publicado este mês. A garantia é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior , Fernando Pimentel, que se reuniu nesta segunda-feira com o embaixador do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo. Segundo Pimentel, este "tema interessa também a Organização Mundial do Comércio".
- Não vai até dezembro não ( a publicação do novo regulamento tributário). Vamos fazer isso logo, ao longo do mês a gente deve soltar isto - disse Pimentel.
Ele explicou que até dezembro deste ano a regra para o setor é do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) mais alto para os veículos importados. Mas, depois será preciso de um novo regramento para substituí-la.
O governo pretende atrair investimentos para o país, afirmou o ministro. Ele justificou que as medidas serão tomadas "para garantir que as empresas que querem produzir no Brasil venham".
- Para que importar, se podemos produzir aqui? - perguntou o ministro.
http://br.noticias.yahoo.com/regulamento-tribut%C3%A1rio-automotivo-sai-fevereiro-diz-pimentel-184416520.html
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