LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 08/02/2012





Consumo de produtos importados atinge maior nível em 9 anos
MARINA NOVAES
Direto de São Paulo
O coeficiente de importação, indicador que representa o consumo de produtos importados no Brasil, bateu recorde em 2011 e atingiu o maior índice em nove anos: 23,1%. Desde o início do indicador, em 2003, quando o coeficiente ficou em 12,5%, houve crescimento ano a ano, com exceção de 2009, quando caiu 1,8 ponto percentual. De acordo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que divulgou o levantamento nesta terça-feira, na prática, isso significa que quase um quarto de tudo o que foi comprado no País no ano passado veio de fora.
Ao todo, entre 2010 e 2011, esse índice cresceu 1,3 ponto percentual. Em contrapartida, o coeficiente de exportação, ou a receita total da indústria nacional, apresentou uma ligeira melhora, aumentando de 18,9%, em 2010, para 19,5% no ano passado.
Para o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, a redução da taxa de juros no ano passado (atualmente, em 10%), contribuiu para essa melhora, porém, a indústria brasileira está longe de ser competitiva, assim como a taxa de juros está longe do percentual ideal.
"Não há uma explicação lógica para a taxa de juros no Brasil. (...) Prevaleceu o lobby do setor financeiro junto ao Banco Central (BC). No fundo, é uma disputa entre a indústria e o setor financeiro", criticou Giannetti.
De acordo com a Fiesp, a produção industrial brasileira no 4° trimestre de 2011 também não surpreendeu, confirmando a previsão de estagnação do setor. Em comparação com o mesmo período de 2010, o índice de produção industrial cresceu 1,6% (com ajuste sazonal). Já ao longo do ano, o crescimento foi de apenas 0,3% - percentual abaixo do aumento da demanda interna (consumo aparente), que fechou o ano com crescimento de 1,2%.
"O crescimento do consumo do Brasil não está beneficiando a indústria brasileira. Ele está sendo capturado quase que integralmente pelos produtos importados. Ao invés de criar emprego e renda no Brasil, cria emprego e renda lá fora", disse. A Fiesp estima que, em cinco anos, deixaram de ser criados cerca de 4 milhões de empregos no Brasil.
"Isso não cria aquele ciclo virtuoso em que, você aumento o consumo, aumenta a produção, aumenta o emprego, aumenta a renda, essa renda aumenta novo consumo e assim por diante. No nosso caso, essa renda vai lá pra fora para pagar esses produtos importados, e pouco fica aqui dentro em relação a renda e a empregos", avaliou Giannetti.




Exportação brasileira para os países árabes fica estável

As exportações do Brasil para os países árabes ficaram estáveis no primeiro mês deste ano sobre o mesmo período do ano passado, em US$ 1,083 bilhão. Em janeiro de 2011 elas estavam em US$ 1,087 bilhão. “Foi praticamente uma manutenção”, afirma o CEO da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby.
O CEO lembra que os primeiros meses do ano, como janeiro e fevereiro, são de volume menor de vendas para a região, já que é o período em que os importadores de lá desovam os seus estoques. Segundo Alaby, o inverno no Hemisfério Norte, onde estão os países árabes, dificulta o transporte para lá e por isso os embarques são antecipados.
Segundo dados compilados pela Câmara Árabe, com base nos número do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, houve aumento de 4,97% das vendas para os países do Golfo (Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Kuwait e Omã), crescimento de 3,1% nas exportações para as nações do Levante (Iraque, Jordânia, Líbano e Síria) e queda de 7,33% para o Norte da África (Argélia, Djibuti, Egito, Comores, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Somália, Sudão e Tunísia).
O país que mais importou do Brasil, entre os árabes, foi Arábia Saudita, com US$ 224,7 milhões e queda de 3,6% nas compras sobre o mesmo mês de 2011, seguido de Egito, com US$ 202 milhões e aumento de 22%; Emirados, com US$ 193 milhões e alta de 93%; Argélia com US$ 75 milhões e recuo de 43,4%; e Marrocos, que fez compras de US$ 71,6 milhões, 13% menores do que em janeiro de 2011. Houve aumento nas vendas de açúcar, alumínio, carnes e arroz, mas queda em outros produtos como minérios, óleo de soja e milho.
Já as importações brasileiras do mundo árabe avançaram bastante, 131%, para US$ 759 milhões. O maior fornecedor foi a Arábia Saudita, com US$ 367 milhões e avanço de 73 vezes. O segundo maior fornecedor foi Argélia. Os envios do país, porém, recuaram 24%. Houve aumento nas compras de petróleo e querosene de aviação, entre outros produtos do gênero. O saldo da balança ficou favorável ao Brasil, em janeiro, em US$ 324,8 milhões, e a corrente comercial somou US$ 1,8 bilhão.


Previsão de estabilidade no mercado de máquinas

A indústria de máquinas agrícolas prevê estabilidade na produção, vendas internas e exportações em 2012. Milton Rego, diretor da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), acredita que o desempenho semelhante a 2011 precisa ser comemorado. "Vemos alguma flutuação no mercado, com a seca no Sul do país, mas o Nordeste e o Centro-Oeste apresentam uma performance muito boa", explica.

Em janeiro, as vendas internas no atacado registraram alta de 16% em relação a dezembro, para 4,687 mil máquinas. Contra janeiro de 2011, a valorização é de 16,6%. As exportações somaram 1.315 unidades, queda de 18,3% ante dezembro e aumento de 5,7% ante janeiro de 2011. Em valores, foram embarcados US$ 331,129 milhões, 37,1% a mais que em janeiro de 2011.
O resultado de janeiro não corresponde ao aumento da demanda, segundo a Anfavea, que o credita a um acerto de estoque de concessionárias. As vendas no atacado são das fábricas para as concessionárias. Dependendo do mês, existe um maior ou um menor envio de unidades.
A entidade também prevê queda das exportações para a Argentina diante da imposição de medidas para dificultar a entrada dos produtos, como a necessidade de apresentação dos planos de importação, anunciadas em janeiro deste ano e com vigência a partir de 1º de fevereiro, além do problema das licenças automáticas.
"Em janeiro já houve impacto, mas em fevereiro vamos ter uma significativa diminuição do mercado para o país vizinho", argumenta Milton Rego. No ano passado, segundo ele, quando já havia o estabelecimento de licenças automáticas para a entrada do produto do Brasil, os embarques para a Argentina não recuaram em relação a 2010, pois no ano anterior houve problema de crédito para a agricultura argentina, o que atrapalhou os embarques.
Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, acredita que as dificuldades com a Argentina é um período transitório, de ajustes. "Essas questões só podem ser resolvidas em nível de governo", resume.
A Anfavea ainda não tem os números fechados dos embarques para a Argentina em 2011, mas segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil vendeu aos argentinos US$ 205 milhões de máquinas agrícolas, basicamente tratores e colheitadeiras.
O que pode mudar o resultado em 2012, na avaliação de Rego, é a retomada do programa Mais Alimentos. "Nos anos de 2009 e 2010 tivemos uma performance extraordinária com o programa. Naquele período, quando iniciou o Mais Alimentos, no fim de 2008, a previsão era vender 6 mil tratores, e acabamos vendendo 20 mil unidades em 2010 ", afirma. O programa permite ao agricultor familiar investir em modernização e aquisição de máquinas e equipamentos com limite de crédito de R$ 130 mil, que podem ser pagos em até dez anos, com até três anos de carência e juro de 2% ao ano.
Marco Antonio Viana Leite, coordenador do Programa Mais Alimentos, disse que na última semana foi realizada uma reunião para discutir o tema. Entre os assuntos debatidos, a proposta para que os Estados deem uma contrapartida e pagar os juros, incentivando a utilização do programa, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Houve uma saturação do programa nas regiões Sul e Sudeste, mais estruturadas no contexto da agricultura familiar. Ao longo dos últimos três anos, foram aplicados mais de R$ 7 bilhões, segundo Leite. O Mais Alimentos passou por reestruturações e o número de aplicações caiu. A meta agora é aumentar o uso do mecanismo.
Existe também a cooperação internacional, como o Mais Alimentos África e Mais Alimentos Cuba. O BNDES deve liberar mais de R$ 800 milhões para empresas brasileiras de máquinas agrícolas exportarem à África e Cuba, dentro do acordo com o continente e o país. A intenção é ampliar esses acordos e formar o "Mais Alimentos Internacional".
Valor Econômico


São Paulo - O primeiro embarque de carne de porco brasileira da Coopercentral Aurora, do Estado de Santa Catarina, para a China terá lugar dias 8 e 9 de Fevereiro no porto de Itajaí, disse o presidente da Aurora Alimentos, Mário Lanznaster.

De acordo com a imprensa brasileira, o presidente da cooperativa disse ainda que o primeiro embarque é constituído por 120 toneladas de carne de porco que seguirão em cinco contentores para os portos de Xangai e Yantian.

A China, que só recebia carne brasileira proveniente das importações via Hong Kong, a partir de 2009 passou a comprar produtos de frango directamente do Brasil e em Abril de 2011 assinou com o governo do Brasil o acordo para a exportação directa de carne de porco brasileira.

Para responder às exigências colocadas pela China, a Coopecentral Aurora criou uma estrutura especial que permite, por exemplo, seguir o percurso de cada um dos animais desde o local de nascimento até à data e local do abate.

Mário Lanznaster referiu que os animais seleccionados são conduzidos à unidade industrial de Chapecó, onde, desde 9 de Janeiro, a cada 15 dias, é realizado o chamado “abate segregado”, de cerca de 4.600 suínos, que geram 200 toneladas de produtos integralmente destinados ao mercado chinês.

Macauhub


Exportações de Minas passam de US$ 2 bilhões em janeiro
As exportações de Minas Gerais somaram US$ 2,3 bilhões no mês
As exportações de Minas Gerais somaram US$ 2,3 bilhões em janeiro. Segundo dados preliminares divulgados pela Central Exportaminas, órgão da Sede (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico), com base nos números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, trata-se de um discreto crescimento sobre o mesmo mês do ano passado, quando as vendas externas do estado totalizaram US$ 2,7 bilhões.
Balanço - No primeiro mês de 2012, as importações de Minas chegaram US$ 1,03 bilhão, valor 17,1% superior ao de janeiro de 2011. Com esses resultados, o saldo comercial do estado no mês passado alcançou US$ 1,28 bilhão, uma redução de 30,4%.
Já nos últimos 12 meses (fevereiro de 2011 a janeiro de 2012), as exportações mineiras somaram US$ 40,98 bilhões, com aumento de 26,2% sobre fevereiro/2010 a janeiro/2011; enquanto as importações subiram 28,6% na mesma comparação - para US$ 13,2 bilhões. O saldo comercial do estado no acumulado foi de U$ 27,8 bilhões, com crescimento de 7,6% em relação ao período anterior.


França confirma déficit comercial recorde em 2011

CLARISSA MANGUEIRA - Agencia Estado

PARIS - O Ministério do Comércio Exterior da França confirmou que o país registrou um déficit comercial recorde no ano passado, destacando a perda de competitividade da produção nacional e suscitando um desafio adicional para o presidente Nicolas Sarkozy três meses antes das eleições. Segundo o ministério, o déficit comercial francês totalizou 69,6 bilhões de euros em 2011, significantemente pior que o déficit de 51,5 bilhões de euros registrado no ano anterior.

No ano passado, as exportações subiram 8,6%, para 428,8 bilhões de euros, conduzidas pelas vendas de produtos alimentícios e bens ligados à indústria de luxo, incluindo bolsas, perfumes e cosméticos, reportou o ministério. As importações avançaram 11,7%, para 498,4 bilhões de euros, puxadas pelo aumento do custos da energia.

O déficit comercial recuou para 4,99 bilhões de euros em dezembro, de um déficit de 5,36 bilhões de euros no mesmo período do ano anterior. Os economistas tinha previsto um déficit de 5,40 bilhões de euros em dezembro. Em dezembro, as exportações subiram para 36,46 bilhões de euros, de 34,02 bilhões de euros em dezembro de 2010, enquanto as importações aumentaram para 41,45 bilhões de euros, de 39,38 bilhões de euros. As informações são da Dow Jones.
O Estado de São Paulo



Japão não descarta outras intervenções no câmbio—ministro

REUTERS

TÓQUIO,  O Japão deu prosseguimento a sua venda recorde de ienes numa intervenção no ano passado com operações encobertas, e o primeiro-ministro afirmou que o país está pronto para intervir novamente a fim de conter movimentos especulativos, repetindo seu forte alerta aos mercado contra a valorização excessiva do iene.

O iene subiu para perto do recorde de alta ante o dólar atingido em outubro, última vez em que o Japão interveio, aumentando as preocupações entre formuladores de política econômica de que os novos ganhos do iene podem descarrilar a frágil recuperação econômica do país, depois dos danos causados pelo terremoto e tsunami do ano passado.

O ministro das Finanças, Jun Azumi, disse nesta terça-feira que o Japão não vai descartar qualquer medida para combater movimentos especulativos, repetindo seu alerta verbal de ação, na esperança de que o país manterá, pelo menos, os operadores cautelosos de testar a valorização do iene por enquanto.

"Se movimentos especulativos se tornarem evidentes e os movimentos de mercado desviarem dos fundamentos da economia, e especuladores distorcerem os mercados em interesse próprio, eu tomarei qualquer medida necessária para proteger o interesse nacional do Japão", disse Azumi.

"Como eu disse antes (na última intervenção do Japão), eu não vou descartar qualquer medida", afirmou a jornalistas.

Dados divulgados pelo Ministério das Finanças no mesmo dia confirmaram estimativas prévias de que Tóquio gastou aproximadamente 1 trilhão de ienes (13 bilhões de dólares) no começo de novembro em incursões não declaradas no mercado de câmbio.

A ação encoberta foi conduzida por quatro dias, após a pesada intervenção unilateral de 8 trilhões de ienes em 31 de outubro, para ter certeza de que seu impacto não se enfraqueceria rapidamente.

Os dados mostraram ainda que Tóquio comprou apenas dólares, e não euros.

"Azumi destacou o fato de que a posição do ministério continua inalterada sobre intervenção, o que significa que ele agirá quando necessário, a despeito das críticas da Europa e dos Estados Unidos sobre a última intervenção isolada do Japão", afirmou o estrategista-chefe de câmbio do banco Barclays em Tóquio, Masafumi Yamamoto, e uma ex-autoridade do banco central.

"Se a alta do iene a tais níveis se tornar muito rápida, irá incitar as autoridades a intervir na medida em que as empresas não podem se manter com rápidas variações cambiais", disse.

(Reportagem de Tetsushi Kajimoto e Kaori Kaneko; Reportagem adicional de Hideyuki Sano e Leika Kihara)
O Estado de São Paulo



América Latina deve liderar recuperação econômica mundial

DA EFE, EM HONG KONG

A América Latina está em um de seus melhores momentos para liderar a recuperação econômica mundial se mantiver o ritmo de crescimento dos últimos anos, previram os analistas financeiros que assistem ao 2º Fórum de Investidores da América Latina e Ásia-Pacífico nesta terça e quarta-feira em Hong Kong.

A diversificação econômica e o rápido crescimento da classe média na América Latina impulsionaram o desenvolvimento sem depender das economias externas, destacaram os analistas do fórum. Entre os participantes estão diretores de companhias investidoras latino-americanas e asiáticas em busca de novos negócios.

O Brasil, seguido do Chile e da Colômbia, lidera o desenvolvimento econômico, que deve acelerar a partir do segundo semestre de 2012, declararam os analistas.

Conforme afirmou à Agência Efe o diretor-executivo de mercados emergentes da CIBC World Markets, John Welch, a América Latina está perfeitamente posicionada para os próximos dez anos por suas políticas macroeconômicas boas e um considerável crescimento da classe média.

DEMANDA INTERNA

Estamos em uma parte do ciclo onde a demanda interna é mais importante do que a externa, o que permite ser mais independente de fluxos externos, explicou Welch.

A diversificação das indústrias permitiu a América Latina sobreviver melhor à crise econômica e tomar vantagem no arrefecimento econômico global para aumentar as exportações, explicaram os presentes à conferência no primeiro dia do fórum latino-asiático.

Para o assessor de alianças estratégicas do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Bernardo Guillamón, o crescimento vem acompanhado de desafios, que passam por uma melhoria das infraestruturas, do sistema educacional e a potencialização dos investimentos em matéria de inovação.

América Latina investe 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em infraestruturas frente à média de 25% na região asiática.

CHINA COMO PARCEIRO COMERCIAL

Guillamón explicou a Efe que a entrada da China como parceiro comercial na América Latina permitiu diversificar o investimento até então concentrado com a Europa e os EUA, e potenciar acordos comerciais beneficentes. China é o principal parceiro comercial do Brasil, Peru e Chile.

O veloz avanço da classe média na China beneficiou ainda a indústria latino-americana, com acordos comerciais que permitiram crescimento do comércio, antes concentrado em pequenos grupos da população.

Guillamón citou o exemplo da quantidade de vinho chileno e argentino que chega ao continente asiático e a demanda de uva para implantação de vinícolas na China.

A expansão da América Latina está concentrada nas cidades com mais de 1 milhão de habitantes, de onde provêm 55% do PIB, com expectativas de alcançar até 85%.

Folha de São Paulo


A presidente Dilma Rousseff prepara quatro medidas provisórias que vão estabelecer Regimes Tributários Especiais (RTE) para facilitar a importação de máquinas para produção, no Brasil, de equipamentos de alto conteúdo tecnológico nas áreas de semicondutores, TV digital, telecomunicações e computadores pessoais. O objetivo do governo ao cobrar menos imposto na aquisição de máquinas é fazer com que a indústria consiga fabricar produtos melhores e mais avançados gastando menor número de horas, o que aumenta a competitividade. A desoneração vai focar mercadorias que não estão disponíveis no mercado brasileiro, justamente para dotar a indústria local dessas tecnologias. "Muitas vezes o setor industrial reclama do câmbio, de tributos, mas tem um dever de casa que precisa ser feito. Estamos perdendo produtividade há 10 anos", avalia Mauro Borges Lemos, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), e um dos formuladores da política industrial do Governo, lançada em agosto do ano passado. As medidas fazem parte de um processo de ampliação e revisão dessa política. Apesar do otimismo do Governo, ainda há dúvidas sobre a eficácia do pacote.Algumas ações comemoradas inicialmente, como a desoneração da folha de pagamento, acabaram provocando insatisfação em setores que foram contemplados. A demora na regulamentação do programa que prevê a devolução às empresas de 3% do valor exportado em manufaturados também foi alvo de críticas. 
INCENTIVO 
Com os novos RTEs, o Governo espera incentivar um salto tecnológico, que não foi alcançado quando foram dados os primeiros incentivos ao setores de semicondutores e TV digital, em 2007. Essa também é a ideia que está por trás do novo regime automotivo, ainda em gestação. Com as novas regras, o Governo aposta na fabricação de automóveis com maior conteúdo tecnológico no País. O Governo também quer deslanchar medidas que não saíram do papel. Uma delas envolve os bancos públicos. O núcleo mais próximo à presidente tenta "harmonizar" as políticas de financiamento dessas instituições. O objetivo é fazer com que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil, por exemplo, atuem como coadjuvantes da política industrial brasileira. As medidas provisórias passaram pelo chamado "espancamento" de idéias" à nona casa decimal"  pela equipe de gestores da Casa Civil. O objetivo é checar possíveis defeitos e antecipar problemas na execução dos programas.
Agência Estado





SÃO PAULO - As exportações brasileiras de carne de frango somaram 328,8 mil toneladas e renderam US$ 634,6 milhões em janeiro, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef). Em relação ao mesmo mês do ano passado, o volume de vendas aumentou 11,3%, enquanto a receita subiu 7,9%.
Em comunicado, o presidente da Ubabef, Francisco Turra, chama a atenção para a queda do preço médio dos embarques na comparação com janeiro de 2011 e também para o fato de que, em relação a dezembro, houve quedas de 6,1% no volume exportado e de 14,7% na receita obtida pelos exportadores.
Para o dirigente, os elevados preços dos insumos, a instabilidade do câmbio e a crise em países desenvolvidos continuam sendo os principais obstáculos para a manutenção do ritmo das exportações em 2012.
Valor / Fernando Lopes


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