LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 29/02/2012



Cooperativas têm recorde de exportações

Guilherme Neves 

As cooperativas brasileiras tiveram o melhor desempenho para o mês de janeiro em 2012, registrado na série histórica, iniciada em 2006.
Foram US$ 352,9 milhões movimentados – 21% à frente do mesmo mês em 2011.
Os produtos do agronegócio foram os mais vendidos, com o café representando 20,3% do total (US$ 71,7 milhões) e o farelo de soja, 17% (US$ 60,1 milhões).
Em seguida aparecem os produtos industrializados do segmento: açúcar refinado, pedaços e miudezas comestíveis de frango e etanol.
O avanço pode sinalizar boas notícias para a TI.
Segundo consultores da PwC, com o crescimento, as cooperativas terão que investir em tecnologia – renovando sistemas e infraestrutura – a fim de atender à demanda.
De acordo com o 10º Estudo da Gestão de TI no Brasil, realizado pela consultoria, o agronegócio é o setor com a menor faixa de investimento em tecnologia no país, chegando a 0,5% do faturamento.
Os principais destinos das exportações das cooperativas foram os Estados Unidos, a Alemanha e o Reino Unido. Os países que apresentaram os maiores crescimentos em relação ao ano passado foram México, Iêmen e Colômbia.
As cooperativas do Paraná foram as que mais exportaram, com US$ 116,6 milhões (33% do total).
Minas Gerais aparece na segunda posição, com US$ 82,4 milhões; seguida de São Paulo, com US$ 63,6 milhões; Santa Catarina, com US$ 29,8 milhões; e Rio Grande do Sul, com US$ 26,5 milhões.
Com importações de US$ 23 milhões, a balança do cooperativismo fechou em US$ 329,9 milhões.
De acordo com levantamento do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as cooperativas exportam atualmente a 93 países, 11 a mais que em janeiro de 2011.




Cresce participação das trading companies nas exportações brasileiras

Cresce participação das trading companies nas exportações brasileiras
Brasília (27 de fevereiro) - As exportações brasileiras via trading companies (empresas comerciais exportadoras amparadas pelo Decreto-Lei nº 1.248/72) registraram, ao longo dos últimos seis anos, no mês de janeiro, taxas positivas de crescimento - com exceção de janeiro de 2010 e janeiro de 2012. No período, as trading companies aumentaram suas vendas externas em 105,2% (de US$ 810 milhões em 2006 para US$ 1,662 bilhão em 2012). No mesmo intervalo, as exportações brasileiras globais aumentaram 73,8%, implicando ganho de participação das trading companies de 8,7% para 10,3% do total das vendas externas brasileiras e revelando sua importância como instrumento de negociações de produtos brasileiros no exterior.
 
Em relação às importações realizadas no mês de janeiro, entre os anos de 2006 e 2012, as compras externas das trading companies também cresceram, com taxas superiores ao observado nas exportações. Ao compararmos os dois períodos, as importações tiveram um crescimento de 321,7%  (de US$ 120 milhões para US$ 506 milhões), o que fez elevar sua participação de 1,9% para 2,9% do total importado pelo Brasil.
Historicamente, a balança comercial das trading companies apresenta superávits crescentes. Em janeiro de 2012 houve saldo positivo de US$ 1,157 bilhão. O aumento das transações com o exterior também fez a corrente de comércio das trading companies aumentar 133,1% - de US$ 930 milhões em 2006 para US$ 2,168 bilhão em 2010.
Trading companies
A venda ao exterior por intermédio de empresas comerciais exportadoras são classificadas como exportações indiretas e são equiparadas às exportações diretas no aspecto fiscal. Elas apresentam vantagens, principalmente, para o micro, pequeno e médio produtor nacional que não dispõe de uma estrutura própria dedicada às operações de comércio exterior.  
Neste ano, o MDIC passou a divulgar a balança comercial das trading companies para servir como indicador para o setor e também para auxiliar na formulação de políticas públicas na área
Assessoria de Comunicação Social do MDIC





Exportar sim, mas com critério

Antes de começar a pensar em exportação é preciso avaliar as variáveis envolvidas no processo

Por Joel Stewart

Há algum tempo é cada vez mais forte a percepção do aumento do poder de compra dos brasileiros, refletindo o bom momento por que passa o país. Este fato, aliado a outros fatores, estimula os brasileiros a fazer compras no exterior enquanto aproveitam o período de férias e de lazer.

Nós, moradores da Flórida, temos notado o afluxo de brasileiros nos shopping centers, onde é comum escutarmos pessoas falando português. Até mesmo os lojistas, beneficiados por este acréscimo nos negócios, já se preocupam em falar português ou pelo menos "portunhol" para melhor atender aos clientes ávidos por bons produtos e por bons preços.

Muitos brasileiros que moram na Flórida, observando este movimento, sentem-se incentivados a pensar em como aproveitar o momento e, com criatividade, imaginam como exportar algum produto para a terra natal. Neste ponto é que devemos atentar para as regras de importação do país. É importante procurar informar-se sobre a legislação aplicável bem como procurar auxílio de quem realmente entende da questão e de empresas legalmente estabelecidas que possam apoiar o potencial empreendedor.

Fomos informados sobre iniciativas que buscam desenvolver negócios nas áreas de saúde e de tecnologia, o que certamente envolve certa complexidade na operação. Além dos procedimentos específicos de aprovações dos produtos segundo normas locais, obtenção de licenças e demais arranjos do processo legal de importação, há que se levar em conta a organização na ponta de venda. Muitas vezes aspectos relativos a recebimento de mercadorias, desembaraço alfandegário, taxas, impostos, estocagem e entregas são relegados a um segundo plano e, se não cuidados de forma competente, podem acarretar prejuízos. Uma operação em escala piloto envolvendo volume e valor limitado serve como aprendizado e ajuda na identificação das dificuldades e oportunidades inerentes a qualquer negócio.

É importante observar que muitos, no afã de iniciar um novo negócio, acabam até mesmo perdendo tempo e dinheiro. Ainda que o espírito inovador e empreendedor sejam louváveis, nunca é demais alertar para a importância de proceder de forma correta e evitar problemas futuros.





Venda de carne suína à Argentina é freada

Quase um mês após a Argentina impor a necessidade de autorização prévia para todas as importações, as exportações brasileiras de carne suína para o país, que representa 9% do mercado, estão praticamente paradas.

Para o governo brasileiro, essa é hoje a maior preocupação na relação com o vizinho.

Dados do Ministério do Desenvolvimento apontam que as vendas de carne de porco aos argentinos em fevereiro, até a quinta passada (dia 23), foram de 30 toneladas por dia, em média, uma redução de 77,5% na comparação com o mesmo período de 2011.

"Exportações para lá estão quase congeladas. Tradicionalmente, vendemos 4.000 toneladas", diz Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína).

Camargo Neto crê que o número tenha saído do zero porque algumas exportações de janeiro podem só ter sido contabilizadas agora. Em relação ao primeiro mês do ano, as exportações de carne de porco caíram ainda mais: 83,7%.

Na semana passada, representantes do setor estiveram na Secretaria de Comércio Exterior para pedir providências em relação ao tema.

"A venda de carne suína é a nossa principal preocupação agora em relação à Argentina", afirma Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do ministério. "Nas exportações em geral, não houve redução de vendas."

Em 2011, o Brasil exportou US$ 1,4 bilhão em carne suína a outros países. A Argentina respondeu por US$ 129,3 milhões desse total.



Até argentino reclama das novas normas para importarSYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES
"Não há área que não esteja sendo prejudicada", diz Miguel Ponce, porta-voz da Câmara de Importadores da República Argentina, sobre o primeiro mês de vigência da nova lei de importações, que exige um pedido antecipado e justificado para a entrada de produtos estrangeiros.

Nas últimas semanas, acumularam-se reclamações de indústrias que necessitam de componentes importados para a produção, setores do comércio de luxo, gastronômico e até farmacêutico.

As novas travas à importação do governo Cristina Kirchner estão causando atrasos na chegada de medicamentos importantes para alguns hospitais e farmácias.

O Sindicato de Bioquímicos e Farmacêuticos afirmou que faltam remédios usados nos tratamentos de câncer e HIV e apresentou uma lista de 60 medicamentos que estão com a chegada atrasada.

Nos primeiros dias de vigência da lei, a Afip (Receita Federal) e a Secretaria de Comércio Interior aprovaram cerca de 80% dos pedidos.

"Estão tentando equilibrar a balança comercial", diz o economista Mauricio Cláveri, da consultora Abeceb.

Hoje, mais de 80% das importações argentinas são de componentes industriais; 11% são de bens de consumo.

Segundo Cláveri, este último setor é o que mais deve sentir a vigência da nova lei. O comércio de artigos de luxo registrou reclamações.

Donos de restaurante já apontam a falta do tradicional wasabi, feito a partir de uma espécie de nabo não produzido na Argentina, e temem que o salmão fique parado na fronteira, uma vez que estraga rapidamente.

Para Cláveri, em relação ao comércio bilateral com o Brasil, a questão é mais política.

"O governo argentino quer fazer com que o Brasil se comova e passe a colaborar, comprando mais", diz.
Folha de São Paulo





Mercosul ainda é principal mercado para manufaturados brasileiros, lembram especialistas



Apesar das frequentes críticas feitas no Brasil ao processo de integração regional, deve-se ao Mercosul o maior superávit em produtos industriais registrado atualmente pelo país. O alerta foi feito nesta segunda-feira (27) por participantes de audiência pública sobre as relações do Brasil com países vizinhos promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
O comércio entre os países do Mercosul tem crescido “significativamente”, segundo informou o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Thomaz Zanotto. Ele ressaltou que o volume total superou em 2011 os US$ 100 bilhões.
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- Praticamente 30% das exportações brasileiras de manufaturados destinam-se ao Mercosul. É o único espaço do mundo para onde nossas exportações (de manufaturados) ainda crescem. Com a Argentina temos um saldo de US$ 6,7 bilhões em manufaturados. Do ponto de vista comercial, o Mercosul para o Brasil é quase imprescindível – afirmou Zanotto, para quem o Brasil deveria buscar um entendimento com a Argentina que envolva a participação de estaleiros daquele país na construção de plataformas para a Petrobras.
Em seguida, o presidente da Federação de Câmaras de Comércio da América do Sul, Darc Costa, disse que a integração da América do Sul tem “caráter estratégico” para o Brasil. Ele defendeu a aprovação, pelo Senado, de um projeto de lei que estimula a integração dos parques produtivos sul-americanos (PLS 726/2011).
Por sua vez, o embaixador José Botafogo Gonçalves, vice-presidente emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), afirmou que a América do Sul será o “grande desafio” da diplomacia brasileira no século 21.
- Vamos ter relações muito mais densas. Hoje estamos começando a ter relação diferente com países andinos, sobretudo pela possibilidade de ligações entre os oceanos Atlântico e Pacífico – previu Botafogo.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) pediu a rápida aprovação, pelo Congresso do Paraguai, do protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul – já aprovado pelos Legislativos de Argentina, Brasil e Uruguai. Por sua vez, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pediu maior empenho da indústria brasileira em inovação, como caminho para ampliação da competitividade do país.
O presidente da comissão, senador Fernando Collor (PTB-AL), lembrou que, sem a participação “decisiva” do Estado brasileiro ao longo das últimas décadas, o país não teria alcançado o nível de desenvolvimento verificado hoje.
Marcos Magalhães / Agência Senado





Exportações de frango movimentam US$ 634,6 milhões em janeiro

As exportações brasileiras de carne de frango em janeiro somaram 328,8 mil toneladas, movimentando US$ 634,6 milhões, apontam dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef). No período, o volume de vendas aumentou 11,3%, enquanto a receita acumulada avançou 7,9% em relação ao mesmo mês de 2011. No entanto, Francisco Turra, presidente da Ubabef, revela que, na comparação com dezembro do ano passado, o total embarcado e o faturamento gerado caíram 6,1% e 14,7%, respectivamente.
Turra explica que o preço médio do frango, que cedeu 10% em janeiro (para R$ 1,90) frente a dezembro de 2011, ajuda a entender o fenômeno. “A tendência é de que, em todos os anos, o volume e o preço médio da ave em janeiro caia frente a dezembro, mês marcado pelo aumento no consumo e de estoque das carnes de chester e de peru por conta do Natal. Em fevereiro, começa a recuperação e, a partir de março, os valores já passam a se equiparar aos R$ 2,10 habituais”, afirma.
Para 2012, a previsão da Ubabef é que o volume exportado cresça apenas 2,6% – em 2011 a alta foi de 3,2%. “Não optamos por divulgar números fantásticos de aumento para este ano, pois a crise internacional ainda está forte e não há sinais claros de retomada de crescimento econômico na Zona do Euro”, afirma Turra. O executivo acredita que, além da crise nos países desenvolvidos, os elevados preços dos insumos e a instabilidade do câmbio serão os principais entraves para as exportações do setor este ano.
“Recentemente, foram levantadas muitas barreiras contra a avicultura do Brasil. Ano passado, a Rússia embargou diversos frigoríficos. No início do mês, a África do Sul criou sobretaxas de 62,9% e 46,6% para as exportações brasileiras de frango inteiro e de cortes desossados, respectivamente”, diz Turra. De acordo com o executivo, as tarifas antidumping sul-africanas poderão gerar prejuízo de até US$ 70 milhões anualmente. Em 2011, a África do Sul foi o quinto mercado comprador do Brasil, com um total de 195 mil toneladas embarcadas, alta de 7,7% em relação a 2010.
O presidente da Ubabef diz que, mesmo com a queda no preço das commodities, não se deve esperar aumento de margem de lucro das exportações das empresas do setor. “O cenário ainda não é favorável. A projeção indicava uma safra abundante de milho, o que não deve acontecer. Com isso, os preços dos insumos devem continuar elevados”, finaliza.





Brasil sugere a México cota flexível de importação de carros

O governo brasileiro apresentou nesta terça-feira a representantes mexicanos suas propostas de revisão no acordo automotivo que mantém com o México desde 2002. Entre as mudanças sugeridas pelo Brasil está a adoção de cotas de importações flexíveis, que não seriam calculadas anualmente, segundo disse à Reuters uma fonte brasileira que participa das negociações.
Essa fonte, que falou sob condição de anonimato, afirmou ainda que outras possibilidades como a exigência de maior conteúdo de autopeças mexicanas nos automóveis exportados para o Brasil, hoje fixadas em 30%, e a inclusão de veículos pesados no acordo também foram debatidas.
A discussão sobre o aumento da exigência de conteúdo mexicano nos carros exportados para o Brasil via acordo levou em conta um tempo de implementação, segundo essa fonte. Ou seja, não seria uma medida adotada imediatamente, apesar de o governo brasileiro ter dito aos mexicanos que nos últimos meses houve um surto de importações incentivadas pelas atuais regras do acordo.
O acordo entre os dois países já teve um dispositivo de cotas de importações, que vigorou até 2007, mas depois essa exigência foi abandonada. O Brasil reclama que só no ano passado o acordo rendeu um déficit comercial com o México de aproximadamente US$ 1,7 bilhão.
Essa fonte disse ainda que, apesar das negociações terem começado bem, não está descartado que o Brasil desista do acordo que têm com os mexicanos. "Tudo é possível, porque estamos empenhados em salvaguardar empregos (no Brasil)", explicou.
A única possibilidade descartada é a adoção de salvaguardas por parte do Brasil.
Mais cedo, uma fonte do governo mexicano disse que tinha dúvidas sobre a disposição do governo brasileiro de manter o acordo. A expectativa do governo brasileiro é que essa rodada de negociações seja definitiva para manter ou romper o acordo.
A reunião, que estava prevista para ser concluída na quarta-feira, pode inclusive ser encerrada nesta terça, dependendo do andamento das conversas.
Depois de participar da primeira rodada de negociações, ministros dos dois países deixaram o Palácio do Itamaraty onde continuou uma reunião de nível técnico que poderá definir o resultado das negociações.
Segundo o Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, a reunião em nível ministerial deve ser retomada por volta das 17h30.
Pelo lado brasileiro participam os ministros Fernando Pimentel (Indústria, Comércio e Desenvolvimento Exterior) e Antonio Patriota (Relações Exteriores). Pelo México integram a comitiva a chanceler Patrícia Espinosa e o secretário de Economia, Bruno Ferrari






Secretário mexicano negociará no Brasil acordo automotivo

MÉXICO, México, (AFP) -O secretário de Economia do México, Bruno Ferrari, viaja ao Brasil para salvar o acordo firmado em 2002 sobre o livre comércio de automóveis entre os dois países, revelou nesta segunda-feira uma fonte oficial.
Ferrari conversará nesta terça-feira, em Brasília, com o ministro brasileiro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para superar o impasse nas negociações.
Uma primeira etapa de conversações terminou sem resultados no dia 9 de fevereiro passado.
Brasil e México firmaram em 2002 um acordo que permite a importação de carros, peças e outros componentes de veículos com tarifas reduzidas, mas as autoridades brasileiras anunciaram há um mês a revisão do tratado.
Ferrari advertiu no início de fevereiro que o impasse pode colocar em risco as negociações entre as duas maiores economias da América Latina visando um tratado de livre comércio.
O secretário mexicano recordou na semana passada que durante anos seu país teve uma balança comercial desfavorável com o Brasil, com um saldo negativo que somou 21 bilhões de dólares em dez anos.
No ano passado, o México obteve um superávit de 126 milhões de dólares com o Brasil, graças à venda de automóveis.
Ferrari se reuniu na semana passada, no Japão, com dirigentes das montadoras Nissan e Mazda, que anunciaram investimentos bilionários no México visando os Estados Unidos e o crescente mercado da América Latina.
O México produziu em 2011 o número recorde de 2,56 milhões de veículos, dos quais 2,1 milhões foram exportados.
hov/lr




Moveleiros querem retomar vigor no exterior

Com boas expectativas para as exportações de 2012, o presidente da Movergs, Ivo Cansan, está confiante com a superação do setor, diante da crise que atingiu a indústria moveleira em 2011. A previsão é que haja um crescimento de até 35% até o final deste ano.

Uma das áreas mais atingidas pela crise financeira internacional, a indústria moveleira gaúcha segue em busca de recuperação. Em 2011, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o setor levantou US$ 203,5 milhões em negócios internacionais, queda de 3,5% frente a 2010.
 Na comparação com 2008, quando o segmento teve faturamento recorde de US$ 289,2 milhões no exterior, o resultado evidencia uma retração de 29,7%. Os números obtidos em janeiro de 2012, no entanto, dão um alento para reverter os prejuízos acumulados recentemente. No período, as exportações geraram US$ 12,8 milhões, acréscimo de 11,7% diante do primeiro mês de 2011.
O presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Rio Grande do Sul (Movergs), Ivo Cansan, classifica o desempenho obtido no mês passado como surpreendente e projeta dias melhores pela frente. “Chegamos ao final de 2011 piores do que em 2009, quando fomos bastante afetados pela crise. Imaginamos que, em 2012, a gente dê a partida para uma recuperação, mas não sabemos em quanto tempo vamos atingir o patamar de antes da crise”, diz o dirigente da entidade, que espera uma expansão de 10% no faturamento com exportações em 2012.
Explorar novos nichos de atuação e buscar acordos com países antes deixados em segundo plano são as táticas utilizadas por algumas empresas para driblar o mercado retraído. Com foco na África, América do Sul, América Central e Caribe, a Bertolini teve uma expansão de 56% nas exportações entre 2010 e 2011. Há seis anos, a empresa de Bento Gonçalves passou a adotar uma nova postura para captar clientes estrangeiros. Emissários começaram a visitar distintas nações divulgando os produtos, um centro de distribuição foi construído na Guatemala em 2009 e se instalou um corpo de atuação com 27 pessoas na Colômbia. Não à toa, essas duas localidades se tornaram grandes compradoras da marca.
“Trabalhamos muito com serviços, treinamento nas lojas e pontos de venda em alguns países. Vemos que isso ajudou bastante a ter essa elevação no faturamento”, aponta Alex Bertolini, gerente de exportações da Bertolini. América do Sul, África e América Central são, nessa ordem, os principais consumidores das cozinhas de aço, item que responde por mais de 90% do volume comercializado. “Esses mercados são nossas prioridades. Hoje não temos interesse nos Estados Unidos e na Europa”, revela.
Mesmo assim, o desempenho da Bertolini em terras estrangeiras é uma exceção da regra. De um modo geral, os fabricantes têm amargado resultados pouco satisfatórios. Em 2011, a Treboll, de Flores da Cunha, vendeu US$ 6,8 milhões aos gringos, 20% a menos que nos 12 meses anteriores. O dólar desvalorizado, tido como o principal vilão do setor, fez com que a empresa repensasse sua estratégia. Antes apenas exportadora, a fábrica passou a explorar o mercado interno há um ano. Desde então, 10% dos negócios tiveram estados brasileiros como destino. O plano para as próximas temporadas é tornar a venda no Brasil a principal fonte de renda. Em 2012, a projeção é captar 40% do faturamento global no País. Para 2013, a meta é ampliar essa participação para 60%.
“Temos uma filosofia voltada para mercado externo. É difícil mudar isso, mas vamos tentar. Vamos trabalhar com um limite de exportação e atacar mesmo o mercado interno, que tem uma perspectiva de crescimento maior”, justifica o dono da Treboll, Vilson Toigo. O dirigente, porém, destaca que os primeiros meses de 2012 têm sido bons junto aos clientes internacionais. Até o fim deste mês, a companhia deve captar US$ 1,3 milhão com negócios de móveis em pínus no Reino Unido, França, Alemanha e Canadá.
“Estamos tranquilos, pois temos uma programação fechada até o final de abril e pré-agendada até junho. O problema é se o dólar baixar mais”, diz Toigo. Diante desse cenário, a expectativa é ter um crescimento de 35% nas exportações ao final de 2012, chegando, pelo menos, aos US$ 10 milhões. Com o intuito de conseguir novos negócios fora do País, a Treboll investe no corpo a corpo nas feiras ao redor do mundo. Nesse sentido, o plano consiste em oferecer aos lojistas estrangeiros um produto de maior qualidade e, consequentemente, com maior valor agregado.
Fonte: Jornal do Comércio




Setor de máquinas e implementos agrícolas faturou cerca de R$ 10 bilhões em 2011, aponta Abimaq


Crescimento de 34%. Resultados positivos no ano e perspectivas favoráveis animam o setor.
O faturamento do setor de máquinas e implementos agrícolas apresentou um crescimento de 34% em 2011 na comparação com o ano anterior, o montante passou de R$ 7,4 bilhões para R$ 10 bilhões. É o que mostra o balanço do Departamento de Economia e Estatística da Abimaq.
O documento apresenta também uma elevação de 21% nas exportações de maquinários e equipamentos para a agricultura na comparação com o ano anterior. O número de empregos também aumentou, de 47,6 mil vagas para 54,8. Já o nível de capacidade instalada subiu 13%.
Esses resultados refletem o bom desempenho do setor agropecuário no Brasil em 2011. E as projeções para este ano são de manutenção desses níveis. De acordo com Celso Casale, presidente da CSMIA, Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas, da ABIMAQ, o setor deve ter uma elevação nas vendas em torno de 10 a 15% este ano. “Os preços de commodities continuam proporcionando bons ganhos ao produtor e com isso ele se sente estimulado a continuar investindo , pois pesquisas oficiais indicam que o uso de equipamentos é um dos fatores que mais contribuem para o aumento da produtividade rural”, analisa o dirigente. Isso tudo, lembra Celso Casale, se mantidas as atuais linhas de crédito e disponibilidade de recursos para a compra de máquinas e implementos agrícolas.
Brasil – 2010-11.:Máquinas e Implementos para Agricultura, Faturamento, Emprego, Comércio Exterior, Nível de Utilização da Capacidade e Pedidos em Carteira:
Notas: 1) Faturamento, pedidos em carteira, nível de utilização da capacidade instalada e emprego estimados a partir de pesquisa por amostragem. 2) Comércio Exterior a partir de dados da SECEX. 3) Dados de Comércio Exterior retificados. 4) Dados preliminares.



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