LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 01/02/2012











Exportadores de suco de laranja e governo discutem entrave dos EUA
Danilo Macedo 

O presidente da Associação Nacional de Exportadores de Sucos Cítricos (Citrus-BR), Christian Lohbauer, reuniu-se hoje com representantes de ministérios para pedir que o governo assuma o papel de interlocutor, junto às autoridades americanas, na solução do problema gerado desde que a Agência Americana de Drogas e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) anunciou que uma empresa americana detectou baixas quantidades do fungicida carbendazim no suco de laranja comprado do Brasil.
Lohbauer disse que os Ministérios da Agricultura, de Relações Exteriores e de Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior, já têm um grupo que examina o assunto desde que ele veio à tona e que, nas próximas semanas, representantes de cada pasta se reunirão com autoridades americanas de diferentes áreas para tratar o caso. “Vai ser um esforço muito mais político do que técnico, porque a posição técnica já foi toda conversada”.
Embora o carbendazim seja aceito nos outros mercados, está proibido nos Estados Unidos desde 2009 e a detecção do produto no suco brasileiro foi considerado pelos americanos como uma violação das regras, explicou Lohbauer. Após se reunir no Ministério da Agricultura com o secretário executivo, José Carlos Vaz, e o de Relações Internacionais, Célio Porto, ele disse acreditar numa solução a curto prazo.
“A ninguém interessa que o suco brasileiro não entre nos Estados Unidos. É uma questão eminentemente técnica e legal. Não há o interesse, por exemplo, de proteger o mercado interno ou o produtor americano, porque o suco brasileiro é necessário na cadeia produtiva americana, não há outro fornecedor mundial com a proporção do suco brasileiro que forneça para os EUA”, disse Porto.
Lohbauer garantiu que desde a primeira semana de janeiro a indústria brasileira suspendeu o uso do carbendazim em suas lavouras e que um trabalho de divulgação deve ser feito com os demais produtores. O projeto apresentado pela indústria é de uma carência de 18 meses para que 100% do produto brasileiro chegue ao mercado americano sem nenhum resíduo do fungicida proibido lá.
Em relação ao que já foi enviado aos Estados Unidos, que pode ultrapassar 30 mil toneladas do produto, a lei americana prevê duas alternativas: incineração ou reexportação para outros mercados. Lohbauer disse que nenhum exportador deve optar pela incineração. Apesar de aceitar a retirada do fungicida das lavouras brasileiras, o presidente da Citrus-BR disse que não houve falha do produtor nacional.
“O produto está dentro da lei brasileira, todos os outros mercados aceitam. O citricultor não fez nada de errado, a indústria não fez nada de errado. O fato é que a maneira como nós fazemos a medição e o monitoramento da substância não foi suficiente pra evitar que um índice mínimo fosse detectado nos Estados Unidos. A agência americana já oficializou que isso não traz problema para a saúde, então todo suco brasileiro está apto para consumo humano, mas a gente enfrenta uma questão legal”, disse Lohbauer.
O carbendazim é uma das três substâncias usadas em rotação nas lavouras brasileiras de laranja para combater os fungos que a atacam. A solução é a substituição por outro, ainda a ser escolhido, e que, segundo Lohbauer, ainda não existe em quantidade suficiente no mercado brasileiro.
Segundo a Citrus-BR, o Brasil exporta cerca de 1,2 milhão de toneladas equivalentes de suco de laranja por ano a um valor de US$ 2 bilhões. Cerca de 70% disso vai para a União Europeia e 13% para os Estados Unidos. No entanto, 55% das importações americanas de suco de laranja têm origem brasileira. Lá, o suco brasileiro é misturado a sucos de outras procedências, de dentro do país e do México, para dar mais cor e gosto ao produtocomercializado.




Cafeicultura exporta o maior volume em dólares da história em 2011
Foram quase seis milhões de sacas enviadas para o exterior no ano passado. A receita gerada foi a maior já movimentada.
Vitória (ES)-O Espírito Santo fechou 2011 com um total de 5.782.992 sacas de café exportadas, o segundo maior volume da história da exportação de café no Espírito Santo, perdendo apenas para o ano de 2002. Outro recorde foi o valor movimentado, que superou as expectativas e atingiu U$S 1.062.572.263,70. Os dados são do relatório divulgado pelo Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), que segue anexo.
Foram exportadas 1.122.229 sacas a mais do que em 2010. O destaque é para o café conilon que, em 2011, enviou para o exterior 2.538.023 sacas da espécie, volume 153% superior ao exportado no ano anterior. Já de arábica, foram 2.958.988 sacas. Na lista dos países compradores do grão, os Estados Unidos aparecem em primeiro lugar. Eles foram responsáveis pela importação de 22,72% do café que embarcou pelo Espírito Santo. Alemanha e México ocupam a segunda e terceira posições, respectivamente.
A safra de 2011 também foi a maior da história do Estado, com recorde mais uma vez para o café conilon. Dos 11,5 milhões de sacas colhidas no ano passado, 8,5 milhões foram da espécie, uma boa notícia para iniciar 2012, ano do centenário da chegada dos primeiros grãos de conilon no Espírito Santo, trazidas pelo então governador Jerônimo Monteiro.
“Outro dado importante é que cresceu consideravelmente a qualidade do nosso café, tanto do arábica quanto do conilon. As chuvas ajudaram e o trabalho desenvolvido pelo Incaper e pelo Cetcaf foram fundamentais para a mudança dos cafeicultores em relação à necessidade de se produzir cafés capixabas com qualidade. Isso mudou o olhar do Brasil e do mundo sobre o nosso produto. Eles já nos tratam com mais respeito”, afirma o presidente do CCCV, Luiz Polese.






Receita com exportações de aves do Paraná crescem 20,8% em 2011
As exportações de carne de frango do Paraná registraram novo patamar histórico no acumulado em 2011, somando US$ 2,04 bilhões, valor 20,86% superior ao alcançado em 2010 (de US$ 1,69 bilhão), de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O motivo deste crescimento se dá, entre outros fatores, em função da elevação de 16,81% no preço médio do produto entre 2010 e 2011, em que a tonelada foi comercializada por US$ 1.692,54 e US$ 1.977,17, respectivamente. O câmbio favorável também contribuiu para que os números fechassem com saldo positivo. Atualmente, a carne de frango paranaense é comercializada para mais de 130 países em todo o mundo.

No volume, os embarques paranaenses totalizaram 1,03 milhão de toneladas, com acréscimo da ordem de 3,47% em relação ao ano anterior. O resultado é superior à média nacional, que foi de 2,01% de crescimento, e também dos outros estados produtores como Santa Catarina (2,28%) e Rio Grande do Sul (-4,71%).

“O Paraná tem hoje a avicultura mais avançada do país. Temos aqui tecnologias de ponta, cooperativas bem instituídas e novas empresas chegando, que devem acrescentar ainda mais oportunidades de avanços para o setor. Nosso objetivo é chegar, em breve, à liderança na exportação de carne de frango do país”, afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins.

Abate recorde

Maior produtor brasileiro de carne de frango, o Paraná também abateu um número recorde do produto em 2011, segundo dados do Sindiavipar. De janeiro a dezembro do ano passado, a produção fechou em 1,39 bilhão de cabeças, um crescimento de 5% em relação a 2010, quando foram abatidas 1,32 bilhão de cabeças. O peso acumulado das carcaças de frangos no último ano totalizou 3,07 milhões de toneladas, desempenho que alcança novo patamar histórico na série anual.

De acordo com os dados da União Brasileira da Avicultura (Ubabef), no acumulado do ano, foram produzidos no país 13,05 milhões de toneladas de frango, resultado que contribuiu para agregar ao Brasil o 3º lugar no ranking mundial de produção do item. As indústrias paranaenses foram responsáveis por 23,52% da produção nacional.

Do total produzido no Paraná, historicamente, um terço é destinado às exportações, enquanto o restante é absorvido pelo mercado interno. Em 2011, não foi diferente. Enquanto 1,03 milhão de toneladas foram embarcadas, 2,03 milhões de toneladas permaneceram no Brasil.

“O mercado interno continua aquecido. Em 2011, o consumo per capita de carne de frango atingiu 47,4 quilos, contra 44 quilos em 2010. E a tendência é que ele se fortaleça cada vez mais com a elevação do salário mínimo, o que deve colocar mais frango na mesa das classes menos favorecidas”, completa Martins.






Exportações sergipanas têm o segundo melhor ano da história 

Além do crescimento expressivo das exportações no primeiro semestre de 2011, destaca-se ainda a grande expansão nas vendas para os países do Mercosul, Europa Oriental e África
No ano de 2011, Sergipe obteve o segundo melhor resultado no número de exportações realizadas de toda sua série histórica. A análise dos dados referentes ao comércio exterior sergipano do ano passado confirma a retomada do crescimento das exportações estaduais que - sobretudo por causa da crise econômica internacional do final de 2008 - havia sofrido uma forte queda com reflexos, principalmente, sobre os resultados dos dois anos anteriores. Com um montante exportado de US$ 122,399 milhões em 2011, Sergipe retoma as exportações a valores superiores aos 100 milhões de dólares, patamares que somente haviam sido obtidos nos anos de 2007 e 2008, quando se exportou, respectivamente, US$ 144,760 milhões e US$ 111,677 milhões.
“Ainda temos muito a realizar, como a instalação da nossa Zona de Processamento de Exportações (ZPE). Mas o empresariado sergipano mostra-se cada vez mais antenado com o mercado internacional, o que já garantiu os bons dados de 2011. Já 2012, por conta dos desdobramentos da crise internacional, é um ano em que teremos que trabalhar muito para manter as nossas exportações aquecidas. Mas estamos no caminho certo e Sergipe dá sinais de que encontrou o caminho para se tornar um estado cada vez mais reconhecido pela sua produção em todo o mundo”, avaliou o gestor da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Zeca da Silva.
De acordo com análise do economista do Departamento Técnico da Sedetec, Danilo Munduruca, analisando-se os resultados de 2011 em relação a 2010, verifica-se um crescimento no valor exportado de 59,8% e no valor importado de 67,9%. “Isso implica numa maior inserção no comércio internacional, dado que sua corrente de comércio passou de US$ 256,383 milhões para US$ 424,183 milhões”, disse Danilo, embora ressaltando que o saldo da balança comercial registrou um resultado negativo expressivo, mantendo o quadro histórico de déficits comerciais, com exceção para o ano de 2007.
Divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os dados de Comércio Exterior de 2011 confirmam o bom desempenho das exportações de Sergipe neste ano, quando as vendas ao exterior registraram crescimento de 59,8% em relação ao ano de 2010. Na análise mensal, observa-se que em todos os meses de 2011, a exceção de maio e dezembro, o volume exportado sempre foi maior que o do ano anterior. De acordo com Munduruca, analisando-se a pauta, verifica-se que os produtos de destaque nas exportações de Sergipe são o suco de laranja, os calçados e o açúcar. “O suco de laranja, tradicional item da pauta, é o principal responsável pelo expressivo resultado obtido em 2011, respondendo por 51,7% da pauta deste ano”, destaca Danilo, ao divulgar que o produto registrou exportações de US$ 63,270 milhões, sendo o montante exportado 84,8% superior ao de 2010, sendo que a quantidade exportada cresceu 46,5%, passando de 20,9 para 30,6 mil toneladas.
A partir dos dados analisados, constata-se que o bom resultado do suco de laranja é fruto, além do significativo crescimento do volume exportado, da boa cotação internacional da commoditie, que passou de 1.636,82 US$/toneladas, em 2010, para 2.065,43 US$/toneladas, em 2011. Destacam-se como principais compradores do suco de laranja sergipano a Holanda (US$ 40,443 milhões), Turquia (US$ 3,375 milhões) e Bélgica (US$ 3,223 milhões). “O segundo principal item exportado em 2011 foram os calçados que respondem por 12,5% das vendas externas neste ano, com um montante exportado de US$ 15,281 milhões, seguido do açúcar de cana e outros açúcares, que juntos somam US$ 21,293 milhões, respondendo por 17,4% das exportações estaduais no ano de 2011”, analisa o economista ao destacar que o mercado consumidor dos calçados é constituído, sobretudo, por países da América do Sul, a exemplo do Peru, Colômbia e Bolívia. Já os açúcares são adquiridos pela Rússia, Marrocos e Canadá, no caso do açúcar de cana, e pela Colômbia e Benin, no caso dos outros açúcares.
Além do crescimento expressivo das exportações no primeiro semestre de 2011, destaca-se ainda a grande expansão nas vendas para os países do Mercosul, Europa Oriental e África. Quanto às principais empresas exportadoras, os destaques são, respectivamente, para a Tropfruit Sucos (US$ 44,560 milhões); Maratá Sucos (US$ 23,646 milhões); Vulcabrás Azaléia (US$ 17,202 milhões); Usina Caeté (US$ 12,906 milhões); e Usina São José Pinheiro (US$ 8,387 milhões). “Destas cinco empresas, à exceção da Usina Caeté, todas as demais empresas recebem algum tipo de benefício do governo estadual, seja locacional ou fiscal, demonstrando que a política industrial do governo, focando na atração de novas empresas ao Estado, tem impactado também no aumento das exportações de Sergipe”, ressalta Danilo Munduruca, ao acrescentar que o destaque nas importações vai para cinco principais produtos: coque de petróleo (US$ 45,774 milhões), trigo (US$ 45,134 milhões), diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 29,126 milhões), sulfato de amônio (US$ 20,723 milhões) e outros aparelhos para filtrar ou depurar líquidos (US$ 10,341 milhões).
De acordo com ele, um fato relevante nas importações estaduais é que esta é composta, quase que em sua totalidade, por bens intermediários e bens de capital. “O coque de petróleo é o insumo energético das fábricas de cimento, o trigo abastece as indústrias fabricantes de pães e massas, o diidrogeno e o sulfato de amônio são insumos para as misturadoras de fertilizantes do estado, já os aparelhos para filtrar ou depurar líquidos constituem bens de capital para indústria local”, enfatizou.
Ascom ASN





Ações do Plano Nacional da Cultura Exportadora começam a ser implementadas em abril


Brasília  – Representantes de 14 entidades nacionais relacionadas ao comércio exterior se reuniram ontem no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para trabalhar na consolidação de mapas estratégicos e planos de ação para 22 estados, previsto no Plano Nacional da Cultura Exportadora 2012-2015.
A elaboração do plano foi uma iniciativa do ministro Fernando Pimentel, apresentada em encontro com os secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, em abril de 2011.
No ano passado, foram definidos objetivos, eixos de atuação, estratégia e metodologia do plano. Foi ainda colocada à disposição dos governos estaduais uma matriz consolidada de 99 ações e projetos, oferecidos por essas entidades, que começam a ser implementados em abril deste ano. 

A reunião de ontem foi presidida pela secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Lacerda Prazeres, que avaliou que “o plano é um exercício inédito no Brasil para que os estados aumentem as suas exportações”. Ela destacou ainda que um dos principais objetivos é melhorar a distribuição dos estados na pauta exportadora brasileira. Atualmente, metade dos estados tem uma participação inferior a 1% no volume total exportado pelo país.
Durante a reunião, as 14 instituições tomaram conhecimento dos últimos ajustes nas propostas dos estados e foram informadas sobre as últimas pendências. Em março, uma nova reunião será realizada, desta vez  entre os representantes das entidades nacionais e dos estados.
Os estados com propostas consolidadas no Plano Nacional da Cultura Exportadora são: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.  
As 14 entidades nacionais envolvidas no Plano Nacional da Cultura Exportadora são: 
- Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex Brasil),
- Banco da Amazônia (Basa),
- Banco do Brasil, 
- Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
- Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), 
- Caixa Econômica Federal, 
- Confederação Nacional da Indústria (CNI), 
- Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), 
- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA),
- Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), 
- Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), 
- Serviço Brasileiro de Apoio das Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 
- Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), 
- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)
- Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC




GE investe no Brasil e quer ser base de exportação para AL
A divisão de energia da multinacional norte-americana General Electric (GE) poderá crescer entre 10% e 20% em 2012. Essa é a previsão do presidente e CEO dessa área da empresa para a América Latina, Marcelo Soares.

Esses indicadores, explicou o executivo referem-se ao cenário mais conservador e agressivo. Caso sejam confirmados os pedidos recebidos pela empresa podem alcançar valores entre US$ 5,94 bilhões e US$ 6,48 bilhões.

"Os principais negócios que deverão gerar esses resultados são os contratos em energia eólica, no fornecimento de equipamentos para petróleo e gás, além da comercialização de turbinas de geração de eletricidade em termoelétricas a gás natural", explicou o executivo.

Nesse conjunto de negócios, disse Soares, o Brasil deverá continuar como o maior mercado da empresa na região. Do resultado obtido no ano passado, US$ 5,4 bilhões em pedidos, 40% foram originados no País.

Entre os contratos firmados no ano passado, relatou o executivo, estão US$ 800 milhões para projetos eólicos e de turbinas a gás. Esses projetos, quando em operação, poderão gerar 1,4 gigawatts (GW).

Esses pedidos, explicou o representante da GE Energy, são o suficiente para que as fábricas da empresa fiquem ocupadas por no máximo dois anos. Para atender a demanda futura, a companhia colocou em andamento um plano de investimentos que soma US$ 85 milhões e que deverá ser aplicado totalmente em 2012.

Entre os aportes estão US$ 30 milhões que serão utilizados para ampliar a capacidade produtiva da fábrica de Jandira (SP), outros US$ 30 milhões na unidade de Macaé (RJ), ambas para atender ao mercado de petróleo e gás natural.

Além disso, a companhia também está em busca de um local para a instalação de sua fábrica dedicada à fabricação de aerogeradores na Bahia, um investimento de R$ 45 milhões.

Ao final do ano, a perspectiva dos executivos da empresa é de que a GE Energy utilize sua estrutura no Brasil até mesmo para exportar a outros países da América Latina. Mesmo com a importância do País, a meta é de aumentar a descentralização dos pedidos.

A empresa quer entrar em mercados ainda pouco explorados na região, como a Colômbia e Peru em óleo e gás além do Chile no setor de mineração. Além disso, deverá atuar de forma mais pontual em outros países como Bolívia, América Central e Argentina.

Apesar do fracasso das térmicas a gás natural no ultimo leilão de energia, realizado em dezembro pela Aneel, a GE acredita que nos próximos cinco anos a fonte deverá retornar ao mercado.

Além disso, outro mercado que a empresa ainda aposta como um nicho para crescer é o sucroalcooleiro, onde a legislação que impede o despejo da vinhaça, subproduto originado do processo de produção do etanol, pode ser usado como combustível para gerar energia a partir dos gases que emite.

A empresa já iniciou uma parceria para testar a efetividade desta solução, mas preferiu ainda não revelar mais detalhes até que o projeto esteja em funcionamento, evento que deverá ocorrer em abril, com o início da safra de cana deste ano.
 Gás Brasil

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