- CLASSIFICAÇÃO DE MÁQUINAS E APARELHOS PARA A INDÚSTRIA DE MOAGEM
- LINHO, SEUS TIPOS E CLASSIFICAÇÃO NO SISTEMA HARMONIZADO E NO MERCOSUL
- CLASSIFICAÇÃO DOS MICROSCÓPIOS NO SISTEMA HARMONIZADO
A moagem de qualquer sólido, seja um minério, seja de
um produto químico ou farmacêutico, seja ainda de um cereal, é uma operação
unitária de baixa eficiência energética, ou seja, o equipamento gastará muita
energia e parte dela será transformada em calor (a regra aqui é: todo moinho
esquenta).
Além disso, no caso de cereais, a operação de moagem
apresenta riscos (o que poderá surpreender muita gente), haja vista que os pós
formados podem ocasionar violentas explosões; nos endereços abaixo há artigos
interessantes sobre isso:
O Sistema Harmonizado (SH) reuniu na posição 8437 as
máquinas e aparelhos para limpeza, seleção ou peneiração dos grãos antes da
moagem e as máquinas e aparelhos para a indústria de moagem.
As máquinas e aparelhos para indústria de moagem foram
distribuídas, no SH, em três grupos, isto é:
A) Aparelhos
para misturar ou preparar os grãos antes da moagem, tais como:
1) Os aparelhos medidores e alimentadores de
trigo, que garantem a dosagem exata das misturas de grãos; e
2) As máquinas
de selecionar grãos, de cilindros, providos de pontas que giram contra
cilindros de borracha, as quais espetam os grãos mais moles que assim são
eliminados.
B) As máquinas
e aparelhos para esmagar grãos. Este grupo compreende:
1) Os moinhos
de mós de pedra;
2) Os moinhos
de cilindros, compostos por diversos jogos de cilindros metálicos
canelados, às vezes refrigerados internamente; conforme o número de cilindros, a
regulagem e a velocidade relativa, os grãos transformam-se em grumos, sêmolas ou
farinhas;
3) Os conversores, espécies de moinhos de
cilindros de superfície mais lisa, especialmente concebidos para transformar os
grumos e sêmolas em farinhas;
4) Os desagregadores e aceleradores de
moagem, que se destinam a desagregar as crostas de produtos esmagados que
se formam nos cilindros dos moinhos ou conversores;
5) Os alimentadores, aparelhos que se
destinam a fornecer um fluxo regular de produtos aos cilindros de esmagamento.
C) As máquinas
e aparelhos para seleção de farinhas ou farelos. Este grupo engloba as
máquinas utilizadas para separação das farinhas, grumos, sêmolas e sêmeas
obtidos durante a moagem. A separação destes elementos requer uma série de
operações bastante complexas efetuadas pelos seguintes aparelhos, que em geral,
trabalham em série:
1) As máquinas
de peneirar, que separam farinhas e grumos, cujos tipos principais são as
peneiras centrífugas,
constituídas de tambores poligonais ou cilíndricos, cujas paredes são
guarnecidas de gazes de malhas diferentes, e providas internamente de batedores
de palhetas, e as peneiras oscilantes
ou plansifters,
constituídas de uma série de caixas suspensas, animadas de movimentos
oscilatórios independentes, que possuem, interiormente, um compartimento
especial e várias telas de peneiras superpostas;
2) As máquinas
de joeirar que classificam os grumos e retiram as películas por meio de
peneiras vibratórias que são atravessadas por correntes de ar;
3) As máquinas
de limpar sêmeas;
4) Os misturadores de farinhas, sêmeas,
etc., bem como os aparelhos para enriquecer os cereais com
vitaminas.
Todos esses grupos são alojados na subposição 8437.80,
que foi desdobrada no Mercosul em dois itens, isto é (as regras de classificação
aqui são óbvias: 1ª e 6ª Regra Geral para Interpretação do Sistema Harmonizado e
a Regra Geral Complementar nº 1 do Mercosul):
8437.80 - Outras máquinas e
aparelhos
8437.80.10 Para trituração ou moagem de
grãos
8437.80.90 Outros
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O linho
é uma planta de que existem numerosas espécies, entre as quais a mais conhecida
é o Linum usitatissimum.
As
fibras de linho encontram-se no líber do caule ou elas são aglomeradas em feixes
por uma matéria péctica. Para a sua utilização na indústria têxtil, convém
separá-las umas das outras e do resto da planta, particularmente da cana, que é
a parte interior lenhosa.
A
posição 5301 compreende o linho em bruto, macerado, espadelado, penteado ou
tratado de qualquer modo, mas não fiado, isto é:
5301
Linho em bruto ou trabalhado, mas não fiado; estopas e desperdícios de linho
(incluindo os desperdícios de fios e os fiapos).
5301.10.00 - Linho em bruto ou
macerado
5301.2 -
Linho quebrado, espadelado, penteado ou trabalhado de outra forma, mas não
fiado
5301.21
-- Quebrado ou espadelado
5301.21.10
Quebrado
5301.21.20
Espadelado
5301.29
-- Outro
5301.29.10
Penteado
5301.29.90
Outro
5301.30.00 - Estopas e desperdícios de
linho
Como
pode ser constatado o Mercosul desdobrou as subposições 5301.21 e
5301.29.
Esses
diversos tipos de linho são explicados da maneira que se segue:
Linho em bruto
(palha de linho).
É o linho tal como é arrancado, debulhado ou não.
Linho
macerado.
A maceração destina-se a eliminar, mais ou menos completamente, a matéria
péctica que aglomera as fibras entre si, por fermentação (ação de bactérias ou
fungos) ou quimicamente. Esta operação efetua-se, normalmente, por qualquer dos
seguintes processos:
1)
Expondo a planta à ação do orvalho e da umidade;
2)
Mergulhando a planta na água corrente de riachos ou de rios ou na água estagnada
de valas;
3)
Mergulhando-a em água quente, conduzida em tanques ou em canalizações; 4)
Submetendo-a à ação de vapor de água ou de agentes químicos ou microbianos.
O linho
macerado é depois secado ao ar livre ou por meio de máquinas. As fibras
apresentam-se, depois desta operação, suficientemente soltas umas das outras,
bem como da cana, e podem separar-se por trituração ou espadelagem.
Linho
espadelado.
A espadelagem é facilitada por um prévio esmagamento, destinado a reduzir a cana
em pedaços. A espadelagem que se efetua manual ou mecanicamente, consiste em
eliminar a cana por batedura, de modo a obter as fibras de linho, também
designadas por filaça ou linho espadelado. Durante esta operação, também se
recolhem a estopa e os desperdícios.
Linho
algodoado.
A “algodoação” provém do tratamento do linho em bruto com uma solução fervente
de soda cáustica; depois ele é impregnado de carbonato de sódio e mergulhado em
uma solução aquosa diluída de um ácido. Obtêm-se assim fibras muito divididas
que, depois, em geral, se branqueiam. Este processo substitui a maceração e a
espadelagem.
Linho
penteado.
A penteação tem por fim dividir a filaça e paralelizar as fibras, por
eliminação, não só das matérias estranhas que estas ainda contêm, mas também das
fibras curtas e partidas (estopa de penteação). Quando sai das penteadeiras, o
linho apresenta-se geralmente em cordões. Os cordões passam em seguida na
máquina de estirar, donde saem com a forma de fitas contínuas. Por estiragens
sucessivas e passagens nos bancos de fusos, estas fitas transformam-se em
mechas. Deve notar-se que as mechas podem ter, depois de passarem no banco de
fusos, diâmetro relativamente próximo ao dos fios simples da posição 5306 e
apresentar ligeira torção. Contudo, por não terem sofrido a operação da fiação,
não são ainda fios e, como as fitas atrás referidas, cabem nesta posição.
Estopa e
desperdícios, de linho (incluídos os desperdícios de fios e os
fiapos).
As estopas propriamente ditas provêm geralmente da penteação de fibras de linho
e consistem principalmente em fibras curtas, com nós, quebradas ou emaranhadas.
Na prática, entretanto, atribui-se ao termo “estopa” uma acepção mais ampla, que
engloba outros desperdícios de fibras de linho de qualidades diversas,
suscetíveis de serem empregados em fiação e, em particular, os desperdícios da
espadelagem e os desperdícios provenientes das operações preparatórias da
penteação. Os desperdícios da fiação, da bobinagem ou da tecelagem do linho
(queda de fios, por exemplo) e os fiapos de linho (obtidos pelo desfiamento de
trapos, de cordas, etc.) estão igualmente incluídos na posição 5301; são também
habitualmente destinados à fiação. Dado o comprimento geralmente reduzido das
fibras que os constituem, as estopas e outros desperdícios próprios para fiação
sofrem apenas a operação de cardação (que os transforma em fitas), antes de
serem estirados em mechas. As fitas e mechas de estopa, que não tenham ainda
sido submetidas à operação de fiação, que as transforma em fios de estopa de
linho, estão compreendidas na posição 5301.
Cesar Olivier Dalston, www.daclam.com.br. Fontes: NCM e NESH com adaptações.
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O advento dos microscópios
abriu um novo mundo para a sociedade humana e para a cura das suas mazelas. Os
microscópios abriram possibilidades maravilhosas para os biólogos e médicos,
dentre outros.
O Sistema Harmonizado
dividiu o gênero dos microscópios em três subgêneros, denominados de:
microscópios óticos, microscópios eletrônicos e microscópios protônicos, e os
classificou das seguintes maneiras:
A - MICROSCÓPIOS
ÓPTICOS
Ao contrário das lupas da
posição 9013, que permitem somente observar o objeto diretamente e cuja
ampliação é fraca, os microscópios ópticos funcionam observando uma imagem
previamente ampliada do referido objeto.
Os microscópios ópticos
compõem-se, em geral, essencialmente:
I) De uma objetiva
constituída fundamentalmente por um sistema óptico que dá uma imagem ampliada do
objeto e de uma ocular que exerce a função de lupa, através da qual se observa a
imagem ampliada. A parte óptica comporta também, geralmente, um sistema de
iluminação do objeto pela parte inferior, constituído por um espelho iluminado
pela luz solar ou por uma fonte luminosa separada do microscópio ou neste
incorporada, e também por um jogo de lentes condensadoras destinado a fazer
incidir sobre o objeto o feixe luminoso fornecido pelo espelho.
II) De uma platina
porta-objetos, de um ou dois tubos porta-oculares (conforme se trate de
microscópios monoculares ou binoculares), de um dispositivo porta-objetivas, na
maioria das vezes giratório (revólver porta-objetivas). Todo o conjunto é fixado
sobre uma armação que se compõe essencialmente de uma base sobre a qual assenta
uma coluna ou suporte angular e diversos acessórios de ajuste ou deslocamento.
Apresentados com ou sem as
suas partes ópticas (objetivas, oculares, espelhos, etc.), a posição 9011
compreende tanto os microscópios comuns (para amadores, para o ensino, etc.)
como os microscópios para a técnica industrial ou para laboratórios, quer se
trate de microscópios denominados “universais”, de microscópios polarizantes,
metalográficos, estereoscópicos, de microscópios com dispositivo de contraste de
fase, ou de microscópios de interferência, de microscópios de reflexão,
microscópios com dispositivo de desenhar, de microscópios especiais para exame
de pedras de aparelhos de relojoaria, de microscópios de platina aquecedora ou
refrigerante, etc.
B - MICROSCÓPIOS
ELETRÔNICOS
Distinguem-se dos
microscópios ópticos por utilizarem, em lugar de raios luminosos, feixes de
elétrons.
O microscópio eletrônico do
tipo clássico apresenta-se na forma de um conjunto homogêneo contido em uma
armação comum e é constituído essencialmente por:
1) Um dispositivo de emissão
e de aceleração dos elétrons, denominado canhão de elétrons;
2) Um sistema que desempenha
a função óptica do microscópio comum e contém um sistema de “lentes”
eletrostáticas (placas carregadas eletricamente) ou eletromagnéticas (bobinas
percorridas por corrente) que desempenham respectivamente as funções de
condensadores, de objetiva e de projetor; na maioria das vezes, associa-se-lhes
uma “lente” suplementar denominada “de campo”, intermediária entre a objetiva e
o projetor, e destinada a fazer variar o aumento de um intervalo maior,
conservando ao mesmo tempo a extensão do campo observado;
3) O cartucho porta-objetos;
4) Um grupo de bombas de
vácuo que se destinam a fazer vácuo no recinto em que se movem os elétrons;
estas bombas formam, às vezes, um equipamento distinto do aparelho, mas a este
ligado;
5) Os órgãos que permitem
observar visualmente numa tela fluorescente e fotografar a imagem;
6) As estantes e painéis de
serviço que contêm os elementos de controle e regulação do feixe de elétrons.
O presente grupo compreende
igualmente os microscópios eletrônicos de varredura em que um feixe muito fino
de elétrons se movimenta sobre pontos sucessivos da amostra a examinar.
Obtém-se a informação
medindo-se os elétrons transmitidos, os elétrons secundários ou os raios ópticos
emitidos, por exemplo. O resultado pode apresentar-se na tela de um monitor
eventualmente incorporado ao microscópio.
O microscópio eletrônico
possui numerosas aplicações, tanto no campo da ciência pura (pesquisas
biológicas, anatomia, constituição da matéria, etc.) como no da técnica
industrial (análise de fumaças, poeiras, fibras têxteis, colóides, etc.; exame
da estrutura dos metais, do papel, etc.).
É a posição 9012 o nicho
onde se classificam os microscópios eletrônicos.
C - MICROSCÓPIOS
PROTÔNICOS
Nestes são empregados
prótons em lugar dos elétrons, cujas ondas associadas são cerca de 40 vezes mais
curtas que a destes últimos e, por isso, apresentam um poder separador mais
elevado, que permite obter ampliações ainda maiores.
O microscópio protônico não
difere sensivelmente, nas grandes linhas da sua estrutura e do seu
funcionamento, do microscópio eletrônico; o canhão de elétrons é substituído por
um canhão de prótons e a fonte utilizada é o
hidrogênio.
Microscópios protônicos
também são classificados na posição 9012.
Cesar
Olivier Dalston, www.daclam.com.br. Fontes: NCM e NESH com
adaptações.
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