Grupo lança terminal portuário no Espírito
Santo
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Um grupo de investidores ligados aos ramos de
engenharia e logística está desenvolvendo um projeto que prevê a
construção no sul do Espírito Santo de um terminal marítimo de apoio a
atividades de exploração e produção de petróleo.
Já apresentado ao governo capixaba e com o processo de licenciamento
ambiental em curso, o empreendimento será um ponto de conexão da cadeia
de fornecedores de materiais e prestadores de serviços com as operações
offshore nas bacias de Campos e do Espírito Santo - as mais próximas do
terminal, a ser instalado no município de Itapemirim.
O terminal ficará a 130 km da Grande Vitória e a 250 km da região de
Macaé, no Estado do Rio, o maior polo do setor no país.
O início das obras está previsto para julho de 2013. Após isso, serão de
18 a 24 meses para o início das operações e um aporte de recursos de
aproximadamente R$ 450 milhões.
Para a operação do terminal, foi constituída uma sociedade de propósito
específico, a Itaoca Offshore, que abriga investidores financeiros, além
de empresas de construção e operação logística. A direção da Itaoca não
divulga os nomes dos sócios, mas adianta que a construtora mineira Diedro
lidera a ala dos investidores ligados à área de engenharia.
Além de 12 berços de atracação, o terminal terá inicialmente pelo menos
300 mil metros quadrados de área para armazenagem de materiais, insumos e
equipamentos. Isso inclui a capacidade para estocar mais de 3 milhões de
litros de diesel usado por frotas de navios, sondas e plataformas.
Fora o aporte dos atuais investidores e, possivelmente, futuros sócios, a
empresa vai buscar, entre as alternativas de financiamento, recursos do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou de
agências internacionais de fomento à infraestrutura.
"As fontes de financiamento já foram identificadas e o projeto está
sendo apresentado a elas", afirma Leonardo Horta, diretor da Itaoca
e conselheiro da Diedro.
As projeções da companhia apontam para um faturamento bruto de R$ 250
milhões, a partir de 2017, com os serviços que serão prestados no
terminal.
Além da demanda adicional gerada pela exploração de petróleo na camada do
pré-sal, estimula o investimento a insuficiência de terminais para
atender às necessidades por serviços logísticos da indústria petroleira.
Segundo a Itaoca, o número de berços de atracação disponíveis para as
bacias de Campos e do Espírito Santo - atualmente são 20 - não dará conta
para uma demanda que deverá dobrar até 2020. "Existe uma demanda
reprimida quase que óbvia", avalia Horta.
Fora isso, a empresa ainda aposta que a localização estratégica permitirá
vantagens competitivas ao terminal. A Itaoca diz que está geograficamente
melhor posicionada do que a concorrência para atender 75% dos blocos
licitados nas duas bacias.
A proliferação de campanhas exploratórias - seja em águas rasas, seja no
pré-sal - fomenta novos investimentos de operadores logísticos na região.
Além da Itaoca, a americana Edison Chouest Offshore já anunciou o plano
de instalar em Itapemirim um terminal para as operações petroleiras
offshore.
De acordo com a direção da Itaoca, empresas da Noruega e da Holanda já
demonstraram interesse em entrar na sociedade.
Horta diz que o empreendimento nasce sem qualquer incentivo fiscal, mas o
governo capixaba manifestou o compromisso de investir na infraestrutura
de apoio - como melhora de acessos - ao redor do terminal.
O empreendimento prevê a criação de mil postos de trabalho durante a fase
de implantação. A partir de 2014, serão 500 empregados diretos na
operação.
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Portos e Navios
ALL investirá até R$ 30 mi na
malha ferroviária da região de Araraquara
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São Paulo - A América Latina Logística
(ALL), companhia do setor ferroviário que opera no Estado de São
Paulo, anunciou que fará um aporte de R$ 30 milhões em 2012 para a
revitalização de linhas, máquinas e equipamentos na região paulista
de Araraquara, devido ao potencial logístico do município. -
Segundo Rafael Kottel, gerente da unidade local da empresa, e Evandro
Abreu de Souza, responsável pela segurança e meio ambiente da mesma,
hoje a ALL responde por 300 empregos diretos na cidade e promete
gerar ainda mais em 2012. "Não sabemos quantos postos surgirão,
mas projetamos um crescimento de 12% a 20% neste ano. Na primeira
quinzena de janeiro, 56 pessoas já foram contratadas", disse
Kottel.
Os representantes da ALL apostam que, para o Brasil tornar-se o maior
exportador mundial de grãos, a produção precisa ser escoada, em
especial via ferrovias. Araraquara terá um papel cada vez mais
fundamental neste processo, em razão de sua localização privilegiada.
"Hoje, toda a produção de açúcar de São Paulo, por exemplo,
depende da linha férrea de Araraquara para chegar ao porto de
Santos", observam os executivos. O secretário de Desenvolvimento
Econômico de Araraquara, José Roberto Cardozo, diz que o potencial
logístico da cidade tem sido o principal motor de sua expansão:
"Nossa localização é excelente, bem no meio do Estado".
Palestras
Por falar na América Latina Logística, o presidente da Brado
Logística (empresa de contêineres criada pela ALL), José Luis
Demeterco, e o diretor financeiro da organização, Alan Fuchs, estarão
no encontro InfraBrasil Expo&Summit 2012, que começou ontem e vai
até amanhã no WTC Convention Center, em São Paulo. Demeterco estará
hoje no evento, para apresentar a palestra "O Futuro das
Ferrovias: O Potencial do Mercado de Contêineres no Brasil", na
qual abordará a competitividade e o potencial do mercado de cargas
por ferrovias. Amanhã, Fuchs vai expor o estudo de caso "O Novo
Vagão Ferroviário da Brado Logística: O AmaxLong e a Otimização no
Transporte de Contêineres".
A Brado atua no mercado de contêineres brasileiro e no Mercosul,
oferecendo operações de transporte intermodal rodoferroviário,
armazenagem de cargas reefer e dry, distribuição, frota própria,
terminais de contêineres, redex, vigiagro e habilitações para os
mercados internacionais.
A Brado opera em vinte terminais intermodais rodoferroviários, cinco
armazéns frigorificados e quatro secos, localizados no Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Mercosul (nas
cidades argentinas de Zárate, Palmira e na capital, Buenos Aires),
além de possuir uma estação aduaneira interior (Eadi) em Bauru (SP).
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