Importação impulsiona déficit de US$ 146,8 mi no CE
Apesar da balança comercial negativa, as importações são de maquinário e matéria-prima para a construção civil, o que traz desenvolvimento para o Estado, conforme analisam especialistas ouvidos por O POVO
O número, a princípio, assusta: US$ 146,8 milhões é o déficit na balança comercial do Ceará em janeiro deste ano. Em 2011, o déficit foi de US$ 10,9 milhões. Mesmo longe do desejável superávit, analistas avaliam que o dado não preocupa.
Os resultados fazem parte do informativo Enfoque Econômico, divulgado pelo Instituto Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
As exportações no Estado chegaram a US$ 116,9 milhões no mês, frente aos US$ 263,7 milhões de importação. O montante recebido nas alfândegas é 120% superior ao número de 2011, enquanto que as remessas ao exterior subiram 7,4%.
Compõem o quite de importados produtos metalúrgicos, com 26,8% de participação. São, em sua maioria, laminados de ferro, utilizados como matéria-prima pela construção civil.
Em seguida, com 23% de participação, máquinas, aparelho e material elétrico. O destaque desse grupo são equipamentos que formam o aerogerador das torres de energia eólica, aponta Débora Gaspar Feitosa, economista e analista de Políticas Públicas do Ipece.
“O resultado não é preocupante. São produtos de base, não são produtos finais”, comenta Débora. Ela informa que o órgão está finalizando um trabalho sobre a mudança no perfil de importação do Estado.
Em terceiro lugar na participação das importações está o trigo (14,8%), seguido do setor têxtil (6,9%).
O diretor de Estudos Econômicos do Ipece, Adriano Sarquis, fortalece a ideia de que o desempenho é positivo, mesmo com déficit da balança comercial em janeiro.
“Os investimentos feitos pelo governo e por grandes empresas têm demandado equipamentos, apesar de também estamos tento assédio de produtos externos, principalmente indústria de bens populares, têxtil, calçado. Mas o superávit é meta de qualquer economia. Você agrega mais renda à economia”, ressalta Sarquis.
Maior abertura
A economia cearense está mais aberta aos mercados mundiais. Isso pode ser identificado pela corrente de comércio, que em janeiro de 2012 foi 66% maior que o igual mês de 2011, aponta o estudo.
“Quanto mais integrada for uma economia, mais próspera é ela. Isso é medido pela corrente de comércio. Tem mais condições de melhorar a economia”, analisa Adriano Sarquis.
A corrente de comércio exterior do Ceará vem crescendo em dez anos, com variação positiva de 351,5%.
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
2012 deve ser promissor às exportações do Ceará. O dólar está mais valorizado que em 2011, o que favorece a venda de castanha de caju e de frutas frescas, por exemplo. Importações também tendem a crescer, mesmo com dólar desfavorável, o que indica valer a pena investir no Estado.
Saiba mais
Os Estados Unidos continuam sendo o principal destino das vendas externas cearenses, com 22,2% de participação, no valor de US$ 25,9 milhões - seguido de Argentina e Holanda. No entanto, o destaque é para o crescimento de 200,2% das exportações para Argentina no mês, em relação ao mês de janeiro de 2011.
Para os Estados Unidos seguiram principalmente calçados, castanha de caju e ceras vegetais. Para Argentina, os principais produtos exportados foram calçados e tecidos de algodão.
A principal forma de transporte das exportações do Ceará foi a via marítima, respondendo por 93% do total vendido. O Porto do Pecém segue como a principal via de escoamento, registrando participação de 65,0%, seguido pelo Porto de Fortaleza (Mucuripe), com participação de 19,8%.
A China foi quem mais vendeu ao Ceará em janeiro (US$ 77,4 milhões). Vieram, principalmente, laminado de ferro, que correspondeu mais de 50% das importações daquele país. O Ceará importou da Itália principalmente Eletrogênio de energia eólica e veículos para vias férreas
Brasil pode sair prejudicado de acordo
Negociações com técnicos mexicanos
sobre as importações de automóveis têm sido contrárias às exigências
brasileiras
Da Agência Brasil noticias@band.com.br
O clima sobre a renegociação do acordo bilateral de importação de automóveis com o México parece longe de um fim favorável ao Brasil. Nesta quinta-feira, representantes dos governos brasileiro e mexicano continuam reunidos para uma nova rodada de discussões visando a alterações nas condições atuais da parceria.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Antonio
Patriota, a conversa desta quinta-feira é apenas o estágio inicial para uma
renegociação e nenhuma proposta foi definida até o momento. “Os encontros estão
ocorrendo em nível técnico. Por enquanto ainda estamos examinando essa questão.
Ainda não há um resultado, e nem é esse o objetivo desse exercício no estágio
em que se encontra agora”, disse aos jornalistas.
O tom da conversa tem sido contrário às exigências do
governo brasileiro. Segundo um técnico do governo federal, o encontro desta
quarta feira entre representantes dos ministérios das Relações Exteriores e de
Comércio Exterior, “não teve avanço”.
Em comunicado oficial publicado no site da Secretaria de
Economia do México, o governo mexicano afirma que não pretende rever o acordo
automotivo com o Mercosul. O texto diz que “devido à importância bilateral do
ACE 55, o governo mexicano não buscará renegociá-lo”, referindo-se ao Acordo de
Complementação Econômica 55, assinado em 2003.
Na nota, o governo do México alega que o acordo permitiu
que o comércio de automóveis entre os dois países tenha subido de US$ 1,1
bilhão para US$ 2,5 bilhões, no ano passado. Além disso, houve desenvolvimento
da indústria regional de autopeças. No entanto, em 2011, a parceria comercial
resultou em um déficit comercial para o Brasil superior a US$ 1 bilhão.
A reuniões de integrantes dos dois governos têm ocorrido
desde terça-feira, quando negociadores do México chegaram ao Brasil. Na última
sexta-feira, o presidente do México, Felipe Calderón, telefonou à presidente
Dilma Rousseff, após ameaça do Brasil de romper o acordo. Na conversa, Calderón
afirmou ter “enorme interesse” na manutenção do acordo automotivo e concordou
com a revisão do tratado.
Na ocasião, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse que a parceria comercial está
“desequilibrada” para o lado brasileiro e que tem beneficiado somente os
mexicanos.
Em vigor desde 2002, o acordo bilateral permite a
importação de veículos, peças e partes de automóveis do México com redução de
impostos e institui um percentual mínimo de nacionalização dos veículos vindos
do país. A parceria isenta veículos da taxa de importação de até 35%, cobrada
sobre carros de fora do México e do Mercosul.
Para driblar o desequilíbrio, o governo brasileiro cogitou
utilizar a cláusula de saída do acordo, o que significaria a quebra da
parceria. No entanto, para evitar a ruptura, o Brasil quer alterações nas
condições, tais como maior participação do conteúdo regional na produção dos
veículos, além da inclusão de caminhões, ônibus e utilitários no benefício de
alíquota reduzida.
Foco agrícola trava exportações
DESDE 80, VENDAS DA CHINA CRESCERAM 681% MAIS QUE AS DO BRASIL
"Estamos vivendo uma volta ao passado.
Estabilizamos nossa posição no ranking das exportações mundiais, porém com
perda qualitativa: reprimarização." O comentário é do vice-presidente da
Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, sobre
o estudo Exportações Brasileiras: passado, presente e futuro, produzido pela
própria AEB.
Em 1980, o valor das exportações de Brasil, China,
Coréia do Sul e México eram praticamente iguais. Passados 30 anos, destes
quatro países, o Brasil foi o que teve o menor crescimento das vendas externas,
com as da China representando, em 2010, mais 681% que as brasileiras; as
coreanas mais 130% e as mexicanas mais 47%.
Isto ocorreu mesmo com a explosão das cotações e
quantidades das commodities na década passada, que alavancaram as exportações
brasileiras. "Dos dez maiores exportadores mundiais, nove são exportadores
de manufaturados. Estes produtos deixam os países mais independentes, enquanto
os exportadores de commodities estão à mercê do cenário externo", compara
Castro.
O estudo da AEB mostra que, após se tornar o 10º
maior exportador em 1950, o Brasil não conseguiu acompanhar a evolução dos
demais países. E, a partir de 1970, se estabilizou em posições pouco acima da
20ª: "As crises têm o poder de mudar tudo no Brasil e projetar o saldo
comercial passou a ser um exercício de futurologia devido à
reprimarização", frisou Castro, acrescentando temer aumento da dependência
da China, entre outros países.
"O melhor exemplo é o da Índia, antes fechada
e cujo comércio exterior tem crescido muito. Enquanto a China é o futuro do
presente, a Índia é futuro do futuro", comparou Castro.
De acordo com o diretor da AEB, não passa de
"retórica" o discurso do governo que promete apoiar as exportações de
manufaturados.
As restrições argentinas
O governo argentino quer mesmo atingir a “ferro e fogo” a meta de US$ 10
bilhões de superávit no comércio exterior neste ano. O balanço da primeira
semana de vigência do controle individual das importações, mediante Declaração
Jurada, registra a aprovação de apenas 28,5% dos 16.500 pedidos de importação,
segundo a Câmara de Importados (Cira), citada pelo jornal Clarin. Outros 15,7%
estão em observação e 55,7% em tramitação. Na verdade, trata-se de um programa
de substituição de importações, já realizado também pelo Brasil há algum tempo.
Mas, sem o timing necessário, segundo o professor Bernardo Kosacoff, porque as
restrições de importação são imediatas e a oferta de produtos locais demorada.
Importações da China
A Redemac, que reúne lojas de materiais de construção, acaba de receber a quinta importação para seus associados. São 27 mil unidades de tijolos de vidro e um contêiner de pastilhas de vidro. Ainda neste mês, chegarão mais 30 contêineres de porcelanato e no início de março, outros 15. Tudo da China. Neste ano, a linha de importados incluirá ainda lixeiras de inox, metais e outros acessórios para banheiro.
O mercado do calor
Quem está adorando esta onda de calor são as lojas de eletrodomésticos. Na Colombo, a procura por ventiladores cresceu 50% desde 25 de janeiro sobre igual período de 2011. Já a venda dos aparelhos de ar-condicionado modelo split, hoje preferência de 80% dos compradores, registrou alta de 30%, segundo o diretor de Compras e Logística, Gladimir Somacal.
Embaixada de Roma
Fundação Proamb e Fiema Brasil 2012, de Bento Gonçalves, realizam dia 28 deste mês na embaixada do Brasil em Roma um encontro de entidades e empresários italianos para apresentação do mercado gaúcho e da feira. É dentro da proposta de incentivar a formação e desenvolvimento de um polo de sustentabilidade a partir da região da Serra gaúcha.
IPTU para Xangri-Lá
Os dois condomínios lançados pela G11 Engenharia na praia de Atlântida, o ONE Atlântida Houses, neste ano, para 160 casas em área de oito hectares, e o Villagio Atlântida em 2011, com 149 lotes para construção de casas, deverão gerar R$ 1 milhão de IPTU por ano ao município de Xangri-Lá.
O aeroporto é só parte do problema
A concessão de aeroportos não é remédio para todos os males da aviação comercial brasileira, mas apenas parte deles, naturalmente importante, um passo para frente. Porém, o sistema é bem mais complexo e envolve também o espaço aéreo, que, em alguns aeroportos, como o de Guarulhos, vive em algumas horas do dia grande congestionamento, e as companhias de aviação, segundo o engenheiro José Balat, ex-conselheiro da Anac. Mas este congestionamento não é exclusividade de aeroportos brasileiros, há outros maiores, mas resolvidos a contento com planejamento e tecnologia, ainda defasada no Brasil.
Importações da China
A Redemac, que reúne lojas de materiais de construção, acaba de receber a quinta importação para seus associados. São 27 mil unidades de tijolos de vidro e um contêiner de pastilhas de vidro. Ainda neste mês, chegarão mais 30 contêineres de porcelanato e no início de março, outros 15. Tudo da China. Neste ano, a linha de importados incluirá ainda lixeiras de inox, metais e outros acessórios para banheiro.
O mercado do calor
Quem está adorando esta onda de calor são as lojas de eletrodomésticos. Na Colombo, a procura por ventiladores cresceu 50% desde 25 de janeiro sobre igual período de 2011. Já a venda dos aparelhos de ar-condicionado modelo split, hoje preferência de 80% dos compradores, registrou alta de 30%, segundo o diretor de Compras e Logística, Gladimir Somacal.
Embaixada de Roma
Fundação Proamb e Fiema Brasil 2012, de Bento Gonçalves, realizam dia 28 deste mês na embaixada do Brasil em Roma um encontro de entidades e empresários italianos para apresentação do mercado gaúcho e da feira. É dentro da proposta de incentivar a formação e desenvolvimento de um polo de sustentabilidade a partir da região da Serra gaúcha.
IPTU para Xangri-Lá
Os dois condomínios lançados pela G11 Engenharia na praia de Atlântida, o ONE Atlântida Houses, neste ano, para 160 casas em área de oito hectares, e o Villagio Atlântida em 2011, com 149 lotes para construção de casas, deverão gerar R$ 1 milhão de IPTU por ano ao município de Xangri-Lá.
O aeroporto é só parte do problema
A concessão de aeroportos não é remédio para todos os males da aviação comercial brasileira, mas apenas parte deles, naturalmente importante, um passo para frente. Porém, o sistema é bem mais complexo e envolve também o espaço aéreo, que, em alguns aeroportos, como o de Guarulhos, vive em algumas horas do dia grande congestionamento, e as companhias de aviação, segundo o engenheiro José Balat, ex-conselheiro da Anac. Mas este congestionamento não é exclusividade de aeroportos brasileiros, há outros maiores, mas resolvidos a contento com planejamento e tecnologia, ainda defasada no Brasil.
Entrada de dólares bate recorde
BRASÍLIA
O Brasil registrou neste início de ano o segundo
maior saldo de entrada de dólares para meses de janeiro da série iniciada em
1982 pelo Banco Central. De acordo com a instituição ingressaram no País US$
7,3 bilhões, após três meses seguidos de fuga de recursos para o exterior.
Surpreenderam também os dados de fevereiro. Em
apenas três dias, entraram US$ 3,8 bilhões, a maior parte do dinheiro na última
sexta-feira, dia em que o BC anunciou o primeiro leilão de compra de moeda
estrangeira desde setembro do ano passado.
Ontem, 16 minutos antes de divulgar os dados sobre
ingresso de recursos na semana passada, e com a moeda novamente em queda, o BC
anunciou o terceiro leilão de compra em menos de uma semana. Mesmo assim, o
dólar fechou cotado a R$ 1,720, queda de 0,23% no dia e de 7,97% no ano.
A entrada líquida de recursos acumulada no ano
também é a segunda maior das estatísticas oficiais, atrás apenas dos US$ 15,2
bilhões verificados no mesmo período de 2011.
A entrada de dólar está sendo puxada por
investimentos estrangeiros na Bolsa de Valores e pela entrada de recursos
captados no exterior por empresas brasileiras, que aproveitam a melhora no
humor dos mercados internacionais. Cerca de 95% do dinheiro que veio ao País
neste ano se refere a operações financeiras, que incluem ainda investimentos no
setor produtivo, por exemplo.
Os outros 5% são recursos do comércio exterior.
Apesar de as importações terem superados as exportações em janeiro, houve
entrada de recursos na área comercial, devido ao aumento nas operações de
crédito ao exportador.
Segundo analistas, com o mercado futuro travado por
conta das restrições tributárias impostas pelo governo, as cotações têm
acompanhado o fluxo de dólares para o Brasil. E a perspectiva é que a entrada
de dinheiro continue forte.
O economista-chefe da BGC Liquidez, Alfredo
Barbutti, diz que o governo terá mais dificuldade este ano para interromper
esse movimento, pois a maior parte das restrições anunciadas em 2011 ainda está
em vigor. A exceção é a isenção sobre investimento estrangeiro em renda
variável anunciada no final do ano passado, que pode ser revogada.
"Não vejo alternativa. As captações estão
vindo em prazos de cinco a dez anos, o investimento em renda fixa não está
forte e acho impossível que se tribute o investimento direto", afirmou.
Segundo Barbutti, sem margem para conter a entrada,
resta ao governo comprar dólares. Na sexta-feira e ontem, o BC comprou moeda
para entrega nos dias 20 e 21 de março, de olho no dinheiro que ainda vai
entrar no País.
México não aceita rever acordo
bilateral
Após mais uma renião entre representantes do dois governos, a decisão final amigável está longe de ser alcançada
Carsale - Surgiu na imprensa um comunicado
oficial divulgado ontem (8) pelo Governo do México afirmando que o país não
aceita negociar as regras do acordo bilateral que possui com o Brasil. A
informação pegou todos de surpresa, já que a pedido da presidente Dilma
Rousseff há uma delegação de políticos mexicanos no país para tratar de alterar
algumas questões do documento.
Segundo a nota oficial, o Acordo de Complementação Econômica (ACE) 55, assinado em 2003, fez o comércio de automóveis subir de pouco mais de US$ 1,1 bilhão para US$ 2,5 bilhões em 2011, além de desenvolver a indústria regional de autopeças. "Devido à importância bilateral do ACE 55, o governo mexicano não buscará renegociá-lo", diz o documento.
Em contato com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mesmo com o posicionamento contrário dos mexicanos, o Brasil insiste em um diálogo. "O governo mantém a disposição de renegociar o acordo (automotivo)", informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Próximas etapas
Após reuniões preparatórias entre técnicos dos governos do Brasil e do México, na noite de ontem (8), ocorreu um encontro para discutir a renegociação do acordo bilateral entre os representantes dos ministérios das Relações Exteriores e da área de comércio exterior dos dois países. A ideia é que nessa quinta-feira (9) as reuniões acabem e um resultado final seja divulgado.
Do lado brasileiro participam o subsecretário-geral da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Antônio Simões, e a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. Os representantes mexicanos são o subsecretário de Comércio Exterior, Francisco Rosenzweig, e o subsecretário de Relações Exteriores, Rogélio Granguillhome.
O teor da pauta não foi detalhado, mas sabe-se que o objetivo brasileiro é equilibrar a balança comercial, que atualmente pende para o México. Segundo um técnico do MRE, o diálogo visa a encontrar “alternativas não só conjunturais, mas também estruturais”. Entre os itens da renegociação para evitar a ruptura do acordo comercial, o Brasil vai pedir maior participação de conteúdo regional na produção dos veículos, além da inclusão de caminhões, ônibus e utilitários no benefício de alíquota reduzida.
Histórico
Firmado em 2002, o acordo automotivo permite a importação de veículos, peças e partes de automóveis do México com redução da alíquota de impostos e institui um percentual mínimo de nacionalização dos veículos vindos do país. A parceria isenta veículos da taxa de importação de até 35%, cobrada sobre carros de fora do México e do Mercosul.
Na última sexta-feira (3), o presidente do México, Felipe Calderón, telefonou à presidenta Dilma Rousseff e demonstrou “enorme interesse” na manutenção do acordo automotivo e concordou com a revisão da parceria bilateral. Na ocasião, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou que a parceria comercial está “desequilibrada” para o lado brasileiro e tem beneficiado somente os mexicanos.
Segundo a nota oficial, o Acordo de Complementação Econômica (ACE) 55, assinado em 2003, fez o comércio de automóveis subir de pouco mais de US$ 1,1 bilhão para US$ 2,5 bilhões em 2011, além de desenvolver a indústria regional de autopeças. "Devido à importância bilateral do ACE 55, o governo mexicano não buscará renegociá-lo", diz o documento.
Em contato com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mesmo com o posicionamento contrário dos mexicanos, o Brasil insiste em um diálogo. "O governo mantém a disposição de renegociar o acordo (automotivo)", informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Próximas etapas
Após reuniões preparatórias entre técnicos dos governos do Brasil e do México, na noite de ontem (8), ocorreu um encontro para discutir a renegociação do acordo bilateral entre os representantes dos ministérios das Relações Exteriores e da área de comércio exterior dos dois países. A ideia é que nessa quinta-feira (9) as reuniões acabem e um resultado final seja divulgado.
Do lado brasileiro participam o subsecretário-geral da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Antônio Simões, e a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. Os representantes mexicanos são o subsecretário de Comércio Exterior, Francisco Rosenzweig, e o subsecretário de Relações Exteriores, Rogélio Granguillhome.
O teor da pauta não foi detalhado, mas sabe-se que o objetivo brasileiro é equilibrar a balança comercial, que atualmente pende para o México. Segundo um técnico do MRE, o diálogo visa a encontrar “alternativas não só conjunturais, mas também estruturais”. Entre os itens da renegociação para evitar a ruptura do acordo comercial, o Brasil vai pedir maior participação de conteúdo regional na produção dos veículos, além da inclusão de caminhões, ônibus e utilitários no benefício de alíquota reduzida.
Histórico
Firmado em 2002, o acordo automotivo permite a importação de veículos, peças e partes de automóveis do México com redução da alíquota de impostos e institui um percentual mínimo de nacionalização dos veículos vindos do país. A parceria isenta veículos da taxa de importação de até 35%, cobrada sobre carros de fora do México e do Mercosul.
Na última sexta-feira (3), o presidente do México, Felipe Calderón, telefonou à presidenta Dilma Rousseff e demonstrou “enorme interesse” na manutenção do acordo automotivo e concordou com a revisão da parceria bilateral. Na ocasião, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou que a parceria comercial está “desequilibrada” para o lado brasileiro e tem beneficiado somente os mexicanos.
EUA anunciam pacto com 5 países europeus para combater evasão fiscal
Os
Estados Unidos fecharam um acordo conjunto com as autoridades de França,
Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido para combater a evasão fiscal
internacional, informou nesta quarta-feira o Departamento do Tesouro em
comunicado.
O pacto inscreve-se dentro do Ato de Cumprimento de Obrigações Fiscais em Contas Estrangeiras (FATCA, na sigla em inglês), aprovado pelo Congresso dos EUA em 2010.
Esta normativa impõe aos bancos estrangeiros a obrigação de fornecer, através dos Governos nacionais, informação ao Tesouro e à receita federal americana (IRS) sobre contas em nome de cidadãos dos EUA.
'Quando os contribuintes no estrangeiro evitam pagar o que devem, outros americanos têm que suportar uma carga desproporcional', afirmou Emily McMahon, secretária assistente do Tesouro em política fiscal, na nota de imprensa.
O Tesouro dos EUA declarou que o acordo acontece após meses de 'intensas discussões' com os cinco países europeus e representa 'um importante passo para superar os impedimentos legais' de algumas entidades financeiras para cumprir as regulações.
'Estas novas regulações permitem aplicar a FATCA de uma maneira mais focalizada e eficaz', acrescentou Emily McMahon.
As autoridades americanas consideram este pacto como 'um modelo de enfoque intergovernamental' para futuras ampliações da lei com outros países.
A FATCA deve começar a vigorar a partir de janeiro de 2013.
O pacto inscreve-se dentro do Ato de Cumprimento de Obrigações Fiscais em Contas Estrangeiras (FATCA, na sigla em inglês), aprovado pelo Congresso dos EUA em 2010.
Esta normativa impõe aos bancos estrangeiros a obrigação de fornecer, através dos Governos nacionais, informação ao Tesouro e à receita federal americana (IRS) sobre contas em nome de cidadãos dos EUA.
'Quando os contribuintes no estrangeiro evitam pagar o que devem, outros americanos têm que suportar uma carga desproporcional', afirmou Emily McMahon, secretária assistente do Tesouro em política fiscal, na nota de imprensa.
O Tesouro dos EUA declarou que o acordo acontece após meses de 'intensas discussões' com os cinco países europeus e representa 'um importante passo para superar os impedimentos legais' de algumas entidades financeiras para cumprir as regulações.
'Estas novas regulações permitem aplicar a FATCA de uma maneira mais focalizada e eficaz', acrescentou Emily McMahon.
As autoridades americanas consideram este pacto como 'um modelo de enfoque intergovernamental' para futuras ampliações da lei com outros países.
A FATCA deve começar a vigorar a partir de janeiro de 2013.
G1
Associação Paulista de Estudos Tributários
O Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa) divulgou nesta quarta-feira, o resultado da Balança
Comercial do Agronegócio. Os números, apurados em janeiro de 2012, mostram que
o principal parceiro comercial brasileiro permanece sendo a China, com a cifra
de US$ 388,8 milhões em exportações do agronegócio e 8% de participação no
total exportado pelo setor no primeiro mês deste ano. Esses números
representaram um crescimento das vendas em relação ao mês de janeiro de 2011 da
ordem de 51,6% para o país asiático, além de um aumento da participação chinesa
nas exportações agrícolas brasileiras de três pontos percentuais.
O segundo principal país a importar os produtos do agronegócio do Brasil foram os Estados Unidos, com um valor de US$ 388,2 milhões e participação de 8%, seguidos pelos Países Baixos (US$ 320,6 milhões) e Alemanha (US$ 242,4 milhões). A mais importante variação em janeiro 2012/2011 foi de Hong Kong, com um aumento de 58,1% (de US$ 125,8 milhões para US$ 198,9 milhões), seguida pela dos Emirados Árabes Unidos (crescimento de 55,1%). Já dentre as principais perdas de participação, destaca-se a Rússia, que passou de um market share de 5,9% para 2,4%, seguida pelos Países Baixos, que possuíam uma participação de 8,3% e passaram a 6,6% em janeiro de 2012.
Resultado do mês
As exportações brasileiras do agronegócio finalizaram o primeiro mês de 2012 com o montante de US$ 4,88 bilhões, 5,3% abaixo dos valores registrados em janeiro de 2011, US$ 5,15 bilhões. No âmbito das importações, houve decréscimo de 4,5% quando comparado com os números de igual período do ano passado, atingindo-se a marca de US$ 1,19 bilhão. Dessa maneira, registrou-se na balança comercial do agronegócio um superávit de US$ 3,69 bilhões, US$ 215 milhões abaixo do saldo encontrado em janeiro do ano anterior. Além disso, houve queda na participação do agronegócio nas exportações brasileiras totais, passando de 33,9% em 2011 para 30,2% nesse primeiro mês de 2012.
Os principais setores exportadores do agronegócio nacional nesse mês foram: carnes (US$ 1,14 bilhão); produtos florestais (US$ 702 milhões); complexo soja (US$ 685 milhões); café (US$ 605 milhões); e complexo sucroalcooleiro (US$ 372 milhões). O principal responsável pelo recuo das exportações nesse período foi o complexo sucroalcooleiro, com uma queda de 52,7% em relação a janeiro de 2011 ou US$ 413 milhões a menor. Além desse setor, cereais, farinhas e preparações também apresentaram queda nas exportações, com a cifra de US$ 337 milhões ou decréscimo de US$ 45 milhões (-11,8%). Já dentre os setores que apresentaram crescimento, destacaram-se carnes, com um incremento de US$ 100 milhões sobre os valores do ano anterior e complexo soja, com uma expansão de US$ 86 milhões.
Importações
As importações de produtos agrícolas também apresentaram queda no mês (-4,5%), com o montante de US$ 1,19 bilhão. O trigo foi o grande responsável por esse recuo, pois com importações de US$ 36 milhões e decréscimo de 77,0% sobre 2011, deixou de ser o principal item da pauta importadora. Os produtos com maior valor de importação foram papel e celulose, com US$ 166 milhões, seguido por borracha natural (US$ 66 milhões). Empatado na segunda colocação vem o óleo de dendê ou de palma, com US$ 66 milhões e o maior crescimento dentre os principais produtos (207,0%), causado pelo incremento da quantidade adquirida (+224,0%).
Monitor Mercantil
O segundo principal país a importar os produtos do agronegócio do Brasil foram os Estados Unidos, com um valor de US$ 388,2 milhões e participação de 8%, seguidos pelos Países Baixos (US$ 320,6 milhões) e Alemanha (US$ 242,4 milhões). A mais importante variação em janeiro 2012/2011 foi de Hong Kong, com um aumento de 58,1% (de US$ 125,8 milhões para US$ 198,9 milhões), seguida pela dos Emirados Árabes Unidos (crescimento de 55,1%). Já dentre as principais perdas de participação, destaca-se a Rússia, que passou de um market share de 5,9% para 2,4%, seguida pelos Países Baixos, que possuíam uma participação de 8,3% e passaram a 6,6% em janeiro de 2012.
Resultado do mês
As exportações brasileiras do agronegócio finalizaram o primeiro mês de 2012 com o montante de US$ 4,88 bilhões, 5,3% abaixo dos valores registrados em janeiro de 2011, US$ 5,15 bilhões. No âmbito das importações, houve decréscimo de 4,5% quando comparado com os números de igual período do ano passado, atingindo-se a marca de US$ 1,19 bilhão. Dessa maneira, registrou-se na balança comercial do agronegócio um superávit de US$ 3,69 bilhões, US$ 215 milhões abaixo do saldo encontrado em janeiro do ano anterior. Além disso, houve queda na participação do agronegócio nas exportações brasileiras totais, passando de 33,9% em 2011 para 30,2% nesse primeiro mês de 2012.
Os principais setores exportadores do agronegócio nacional nesse mês foram: carnes (US$ 1,14 bilhão); produtos florestais (US$ 702 milhões); complexo soja (US$ 685 milhões); café (US$ 605 milhões); e complexo sucroalcooleiro (US$ 372 milhões). O principal responsável pelo recuo das exportações nesse período foi o complexo sucroalcooleiro, com uma queda de 52,7% em relação a janeiro de 2011 ou US$ 413 milhões a menor. Além desse setor, cereais, farinhas e preparações também apresentaram queda nas exportações, com a cifra de US$ 337 milhões ou decréscimo de US$ 45 milhões (-11,8%). Já dentre os setores que apresentaram crescimento, destacaram-se carnes, com um incremento de US$ 100 milhões sobre os valores do ano anterior e complexo soja, com uma expansão de US$ 86 milhões.
Importações
As importações de produtos agrícolas também apresentaram queda no mês (-4,5%), com o montante de US$ 1,19 bilhão. O trigo foi o grande responsável por esse recuo, pois com importações de US$ 36 milhões e decréscimo de 77,0% sobre 2011, deixou de ser o principal item da pauta importadora. Os produtos com maior valor de importação foram papel e celulose, com US$ 166 milhões, seguido por borracha natural (US$ 66 milhões). Empatado na segunda colocação vem o óleo de dendê ou de palma, com US$ 66 milhões e o maior crescimento dentre os principais produtos (207,0%), causado pelo incremento da quantidade adquirida (+224,0%).
Monitor Mercantil
O Índice Firjan de Produção Exportada (IFPE), que mede a proporção de exportações sobre o total da produção da Indústria de Transformação, apontou que o Estado do Rio de Janeiro atingiu patamar de 14,6% em 2011. Em comparação com os quatro estados analisados pelo indicador (São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais), o Rio foi o que apresentou maior aumento de sua parcela na produção industrial brasileira destinada ao exterior, com 5,7 pontos percentuais a mais do que o registrado em 2010 (8,9%). Na indústria fluminense, no ano passado, enquanto a produção avançou 2,9%, as exportações cresceram 69,3%.
O IFPE é calculado a partir dos volumes na produção da Indústria da Transformação e nas vendas para o exterior, sem considerar variações de preços e comércio de produtos básicos, como minério de ferro, soja e petróleo. O principal objetivo do indicador é destacar a inserção da Indústria de Transformação no cenário internacional.
A indústria de Metalurgia atingiu recorde no IFPE-RJ em 2011, com quase 25% da produção estadual absorvida pelo mercado internacional. As exportações no setor cresceram de forma significativa: 476%, impulsionadas pelas vendas de semimanufaturados de ferro e aço, provenientes do novo complexo siderúrgico instalado na capital fluminense, fator crucial para o crescimento do desempenho estadual e brasileiro do indicador.
A indústria Química também incrementou suas exportações, estimulada pela venda de plásticos, contabilizando 22,1% de sua produção destinada ao mercado internacional. Registraram recuo no IFPE-RJ os segmentos de Refino de petróleo e Higiene pessoal, Perfumaria e Cosméticos, justificado pela retração das exportações de gasolina e produtos de cabelo, respectivamente.
IFPE
O IFPE-Brasil também registrou alta em 2011. O índice atingiu 22%, revertendo o quadro de queda do ano anterior, quando desceu a 21,6%, menor nível desde 2002.
Impulsionado pelo novo complexo siderúrgico fluminense, o setor de Metalurgia foi um dos principais responsáveis pelo avanço do índice, com 33,8% de sua produção absorvida pelo mercado internacional.
Destaque também para o crescimento em Máquinas e equipamentos (21,1%) e Veículos automotores (17,4%), estimulado pelo incremento nas vendas de tratores e automóveis. Chamou atenção ainda o desempenho da indústria de Artefatos de couros, com 69,1% de sua produção voltada ao mercado externo, além do avanço da indústria Química. O setor atingiu em 2011 seu maior IFPE desde 1996, com 17,6% de sua produção vendida para fora do país.
O crescimento revela que o setor industrial brasileiro buscou oportunidades no exterior em um ano de arrefecimento da economia nacional, em que o desempenho do Produto Interno Bruto brasileiro não acompanhou a média mundial. Enquanto o PIB do Brasil avançou 2,9%, o de outros países cresceu, em média, 3,8% no ano passado, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional.
http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/geral/14071-indice-de-exportacao-do-rio-sobe-146
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