LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 10 de março de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR - 10/03/2011

Canadá e Índia são novas pontes do comércio do país
O Brasil está abrindo duas novas frentes em seu relacionamento comercial: Canadá e Índia. Nos dois países, os investimentos brasileiros crescem em ritmo acelerado, ao mesmo tempo que há atração crescente de capitais desses dois mercados para o País.

O Brasil descobriu recentemente o Canadá como fonte de investimentos e a porta de entrada são os setores de mineração e energia. "Os canadenses começaram a investir no País em resposta ao movimento brasileiro. Os empresários brasileiros responderam à altura e começaram a busca por setores promissores no Canadá, que hoje são o de mineração e o de agronegócios.

A Bolsa de Toronto (exclusiva para mineração e energia) é o principal mercado de captação de recursos para empresas de mineração e energia.
O aumento na participação das empresas canadenses no Brasil deu-se por pequenas e médias empresas, que participam de grandes cadeias produtivas no Brasil como a da Vale e da Petrobras, e por possuírem tecnologia diferenciada e específica.
A Índia está se tornando uma plataforma para negócios de empresas brasileiras de variados portes. É o caso da Fanen, líder nacional de equipamentos médicos para neonatologia, que encontrou naquele país todas as características para aumentar ainda mais a sua presença global. "A Índia foi escolhida como nossa primeira base internacional pela similaridade com o Brasil nas necessidades em saúde e pela localização geográfica próxima da Ásia e do Oriente Médio", explica Marlene Schimidt, diretora executiva da Fanen. A empresa planeja construir uma fábrica naquele país até 2012. Atualmente, já conta com um escritório em Nova Délhi e finaliza uma linha de montagem para equipamentos enviados do Brasil.
Marcopolo e Weg são outros dois exemplos de companhias que montaram operações fabris na Índia. A Marcopolo tem joint venture com a Tata Motors, que produz 5.216 unidades. Já a Weg fez aporte de US$ 60 milhões em uma unidade que vai operar a plena carga até o final de 2013.
Diário do Comércio e Indústria



Governo cria Grupo China para estratégias de longo prazo
A relação econômica com o mercado chinês, maior parceiro comercial do país, motivou o governo brasileiro a criar o Grupo China, reunindo técnicos do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A informação é do secretário executivo do MDIC, Alessandro Teixeira.

É a primeira vez, segundo ele, que o governo cria um grupo interministerial com a função de estudar a relação comercial com um determinado país. "Isso foi comandado pelo ministro Fernando Pimentel MDIC e pelo ministro Antônio Patriota MRE, por ordem direta da presidenta Dilma Rousseff, para que se tenha um trabalho específico de buscar cooperação com a China", afirmou

Teixeira destacou que o mercado chinês representa um desafio em termos de parceria e na busca de nichos para exportação."Estamos consolidando a formação do Grupo China dentro do governo, para termos uma estratégia especial, definida e de longo prazo. O Brasil se prepara, nos próximos anos, para ser uma das cinco maiores economias do mundo."
Para ele, a situação chinesa demanda estratégias inovadoras de inserção comercial. "A China hoje é um fator diferente. Porque ela produz qualquer produto com a metade do custo da média mundial. Então isso é um problema para o Brasil e também para os outros países. Haverá setores que vão perder competitividade e podem ter problemas. É o caso de brinquedos, têxtil e vestuário. Só vamos conseguir ganhar mercado se nos especializarmos em nichos."
O secretário participou do Projeto Carnaval da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex), que transformou um camarote no Sambódromo do Rio em um verdadeiro ambiente de negócios, trazendo 150 empresários de diversos países para conversarem, de forma informal e descontraída, com empresários brasileiros do comércio exterior.

A corrente de comércio Brasil-China fechou 2010 em US$ 56,3 bilhões, um crescimento de US$ 20 bilhões sobre o resultado alcançado em 2009. No ano passado, o Brasil foi superavitário em US$ 5,1 bilhões, mas cerca de 68% das exportações brasileiras estão concentradas em minério de ferro e soja. Já os chineses exportam para o Brasil principalmente produtos de alta tecnologia, sendo 30% eletroeletrônicos, especialmente componentes de informática e telefonia.
Agência Brasil

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