LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR - 05/01/2011

MDIC anuncia meta de US$ 228 bilhões para exportações em 2011
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) anunciou a meta das exportações para 2011 de US$ 228 bilhões. A previsão está 13% acima do valor alcançado em 2010 (US$ 201,916 bilhões), recorde histórico do país. Este crescimento também é superior a estimativa de 9,2% para o crescimento das vendas no mercado externo feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Isto será possível em razão do crescimento econômico dos países em desenvolvimento. Levamos também em consideração a manutenção dos preços das commodities e do mesmo nível cambial”, avaliou o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral, em entrevista coletiva para divulgar os dados da balança comercial de 2010.
Na comparação com 2009, as vendas externas brasileiras cresceram (31,4%) acima da previsão das exportações mundiais para 2010 (19,1%). Além da exportação, a importação (US$ 181,638 bilhões) e a corrente de corrente (US$ 383,554 bilhões) de 2010 também alcançaram os maiores valores na série histórica. O superávit comercial encerrou o ano com US$ 20,278 bilhões.

Exportações e importações
Em 2010, as exportações de produtos básicos somaram US$ 90,005 bilhões, as de semimanufaturados, US$ 28,207 bilhões, e as de manufaturados totalizaram US$ 79,563 bilhões. Em relação à 2009, as três categorias de produtos registraram crescimento: básicos (44,7%), semimanufaturados (37,1%) e manufaturados (17,7%)

Com relação à exportação de produtos básicos, houve crescimento de minério de ferro (117,4%), petróleo em bruto (75,8%), milho em grãos (69,2%), minério de cobre (53,4%), café em grão (37,2%), carne bovina (27,2%), carne de frango (19,7%) e carne suína (9,7%).
Dentro dos semimanufaturados, os maiores aumentos ocorreram nas vendas de couros e peles (49,5%), semimanufaturados de ferro e aço (48,8%), açúcar em bruto (43,4%), celulose (43,0%), ferro-ligas (42,2%), ouro em forma semimanufaturada (27%) e óleo de soja em bruto (13,8%).
No grupo dos manufaturados, dentre os principais produtos exportados, destacaram-se veículos de carga (74,5%), motores de veículos e partes (69%), açúcar refinado (43,3%), autopeças (41%), automóveis de passageiros (35,6%), óxidos e hidróxidos de alumínio (33%), bombas e compressores (31,2%), óleos combustíveis (28%), pneumáticos (20,5%), polímeros plásticos (15,7%), laminados planos (10,8%) e calçados e partes (8,8%).
Os principais países de destino das exportações, no acumulado de janeiro a dezembro a 2010, foram: China (US$ 30,8 bilhões), Estados Unidos (US$ 19,5 bilhões), Argentina (US$ 18,5 bilhões), Países Baixos (US$ 10,2 bilhões) e Alemanha (US$ 8,2 bilhões).
Já em relação às importações, houve crescimento de todas as categorias de uso, na comparação com 2009: combustíveis e lubrificantes (50,7%), bens de consumo (45,4%), matérias-primas e intermediários (39,8%) e bens de capital (37,5%).

Os principais vendedores para o mercado brasileiro em 2010 foram: Estados Unidos (US$ 27,2 bilhões), China (US$ 25,6 bilhões), Argentina (US$ 14,4 bilhões), Alemanha (US$ 12,6 bilhões) e Coréia do Sul (US$ 8,4 bilhões).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC




Temor de desabastecimento provoca alta do cobre

Os preços do cobre continuaram subindo ontem, prolongando um rali que começou a um mês e levando o metal a um recorde de US$ 4,45 a libra, com base em especulações de que o fornecimento global possa ficar abaixo da demanda, à medida que a recuperação da economia global é retomada.

Em 2010, o cobre teve alta de 33% à medida que a economia se recuperava da mais profunda recessão desde a Segunda Guerra Mundial, liderada em parte pela demanda vinda da China, a maior consumidora do metal no mundo. Analistas do Barclays Capitale Standard Bank Group projetaram uma defasagem, já que as mineradoras não conseguem manter o ritmo da demanda.

O metal "é um barômetro do vigor da economia", disse Matthew Zeman, um corretor no LaSalle Futures Group em Chicago. "As pessoas estão captando a mensagem de que a recuperação global está ganhando ímpeto. A oferta não conseguirá manter o ritmo da demanda. A China retornará ao mercado em busca de mais cobre."

No Comex em Nova York, o contrato futuro do cobre para entrega em março aumentou US$ 1,05, ou 0,2%, para se acomodar em cerca de US$ 4,46 . Antes, o preço chegou a subir até 5,1 centavos de dólar, a um recorde de US$ 4,48. Em dezembro, o metal deu um salto, subindo 16%, na maior alta desde março de 2009. A Bolsa de Metais de Londres e a Bolsa de Futuros de Xangai estiveram fechadas ontem devido aos feriados.
O International Copper Study Group havia projetado um déficit global do cobre de 435 mil toneladas métricas neste ano
As interrupções da oferta no Chile, o maior produtor, estão ajudando a dar sustentação aos preços. Um acidente ocorrido no dia 29 de dezembro na refinaria Chuquicamata, da Codelco, refreou a produção, enquanto a mina Collahuasi, da Anglo Americane da Xstrata, talvez não consiga abastecer todos os clientes, depois que um acidente fechou um porto em 18 de dezembro.
Um terremoto de magnitude 7,1 ocorreu próximo de Temuco no sul do Chile domingo, segundo o U.S. Geological Survey. O tremor, de intensidade média, cortou linhas telefônicas e de eletricidade, informou o serviço de emergência do governo, Onemi, em seu site na internet. Não houve nenhum registro imediato de danos à infraestrutura ou de feridos.
Os preços internacionais do petróleo também fecharam em alta, com expectativas de que a economia dos EUA continuará se recuperando e a demanda pela commodity seguirá crescente.
Em Nova York, o contrato do WTI para fevereiro terminou cotado a US$ 91,55 o barril, alta de 0,17%. O vencimento de março subiu 0,21%, para US$ 92,43. Em Londres, o Brent de fevereiro fechou a US$ 94,84, elevação de 0,09%. O contrato de março subiu 0,13%, cotado a US$ 94,80.
Os investidores estiveram atentos às notícias positivas dos EUA, o que amenizou as pressões da valorização do dólar frente às principais moedas do globo sob as cotações do petróleo.
O indicador de atividade manufatureira dos EUA do Institute for Supply Management (ISM) registrou aceleração em dezembro, marcando 57 no último mês do ano passado, após ficar em 56,6 em novembro. Os indicadores de produção, carteira de pedidos e estoques também avançaram. Na China, o Índice dos Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) para o setor não-manufatureiro. O indicador subiu 3,3 pontos no mês passado ante novembro, para 56,5%. (Com Valor Online)
Valor Econômico/Bloomberg



Banco para exportações sai no 1º semestre, diz novo ministro

Um banco para financiar exclusivamente as exportações e o setor produtivo voltado para o comércio exterior será criado no primeiro semestre deste ano. A promessa é do novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

Amigo pessoal da presidente Dilma Rousseff, ele disse ainda que devem ser feitas desonerações tributárias para os que mais perdem com a desvalorização do dólar, para compensar os "setores mais sensíveis" à guerra cambial.

O banco estatal será chamado de BNDES-Exim, controlado pelo banco de fomento nos moldes dos chamados "Eximbanks", que financiam o comércio exterior.

Essa forma de operação já é feita por diversos bancos no Brasil, mas será concentrada em uma única instituição.

A ideia de abrir um Eximbank no Brasil vinha sendo estudada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos dois anos. Porém não houve consenso sobre as regras.

BUROCRACIA

O Ministério da Fazenda tinha a intenção de criar também uma superestatal do seguro, que ofereceria as garantias sobre as operações do BNDES-Exim.

Essa seguradora estatal acabaria gerando maior burocracia nas operações do Exim, afirmavam os críticos da ideia.

Ontem, Pimentel afirmou que a estatal do seguro não será mais criada. E o BNDES-Exim terá um fundo garantidor para cobrir as operações em caso de calote das empresas. O novo ministro disse que esse fundo terá regras mais simples, recursos próprios e deverá ser gerido pelo próprio BNDES.

"A ideia não está abandonada [do BNDES-Exim]. Ficou parada no período eleitoral. Mas, no primeiro semestre deste ano, [o banco] vai estar operando a pleno vapor", disse Pimentel.

Em seu discurso de posse, Pimentel citou os efeitos perversos da "guerra cambial", criticou o nível dos juros e a carga tributária elevada.

De acordo com o novo ministro, Dilma dará prioridade ao câmbio e aos mecanismos de defesa comercial, temas que ela deverá discutir com o governo chinês, em visita que fará ao país asiático. Hoje, a China é o principal alvo das ações antidumping brasileiras.

Pimentel admitiu, porém, que o câmbio é flutuante e por isso o governo deve buscar mecanismos alternativos para reduzir os prejuízos dos empresários exportadores, como as desonerações de impostos.

PATOS DE BORRACHA

Para explicar a situação das empresas na guerra cambial, o novo ministro usou uma analogia infantil: são patinhos de borracha que surfam na mesma onda. Alguns estão em cima da onda, outros estão embaixo. Segundo ele, o governo pode dar motores para que todos subam.

Em uma posse prestigiada tanto por políticos quanto por empresários, Pimentel afirmou que vai manter as políticas anteriores.

"Esse governo é de continuidade. Não se espera nenhum anúncio de grandes medidas, de impacto. Teremos a segunda fase da PDP [Política Industrial], mas não é nada imediato", disse.
Folha de São Paulo

A cara do Mercosul
Para quem esperava uma inflexão radical pró-Estados Unidos na política externa do governo Dilma Rousseff, pode esquecer. O abraço afetuoso de Dilma na secretária de Estado Hillary Clinton na posse e a nomeação do chanceler Antonio Patriota, ex-embaixador em Washington e fã de Radiohead e Cole Porter, são sinais positivos de novos ventos no Itamaraty. Mas não é nenhum minuano.

A política Sul-Sul voltada para as chamadas “potências emergentes”, tendo como pano de fundo o impacto da integração sul-americana, mantém o respaldo com Dilma. Uma prova está na permanência de Marco Aurélio Garcia como grilo falante para assuntos internacionais e a nomeação de Samuel Pinheiro Guimarães para um cargo no Mercosul. O principal ideólogo do itamaraty na Era Lula será uma espécie de porta-voz do bloco, uma costura feita pela própria Dilma para acomodar o diplomata em um emprego. Em princípio, falará em nome de todos, o que por si só é um risco, por conta de sua polêmica verborragia.
Quem chancelou a indicação foi ninguém menos que Hugo Chávez, da Venezuela, que pleiteia ingresso no bloco. Pouco afeito a respeitar instituições democráticas, Chávez encontrou em Garcia e Guimarães o apoio necessário do Brasil para suas diatribes. O venezuelano é amigo de ambos e leitor voraz das obras de Guimarães, entre elas Adeus Periferia e Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes. Resta saber se Chávez vai aceitar o papel de coadjuvante no combalido bloco, na medida em que suas ideias estão personificadas em Guimarães.
Antiamericano até a raiz do cabelo, o diplomata teve sua fúria exposta ainda mais com a inconfidência de Nelson Jobim ao então embaixador americano no Brasil, Christopher Sobel, divulgada pelo Wikileaks. O Mercosul em 2011 já tem uma nova cara. E não é nada simpática.
Zero Hora


Mercosul e Coreia estudam criar bloco comercial
O Mercosul e a Coreia do Sul estudam a possibilidade de criar uma área de livre comércio entre ambos, afirmou ontem o novo chanceler, Antonio Patriota. O anúncio ocorreu após reunião entre a presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da Coreia do Sul, Kim Hwang-sik, em Brasília. Este seria o mais recente de uma série de negociações comerciais bilaterais que o Mercosul está buscando, em meio à retomada de crescimento do bloco após quase uma década de conflitos internos.
Brasil Econômico

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