Exportações de US$ 201,916 bilhões em 2010 batem recorde histórico
As exportações brasileiras fecharam o ano com recorde histórico em 2010 de US$ 201,916 bilhões (média diária de US$ 804,48 milhões). O número supera as exportações de 2008, com US$ 197,999 bilhões, até então o maior da série histórica. As importações também foram recorde com US$ 181,638 bilhões (média diária de US$ 723,7 milhões), nos 251 dias úteis do ano. O maior resultado das compras externas havia sido igualmente em 2008, com US$ 172,984 bilhões.
Em 2010, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 383,554 bilhões (média diária de US$ 1,528 bilhão). O superávit (diferença entre exportações e importações) alcançou US$ 20,278 bilhões (média diária de US$ 80,8 milhões).
Na comparação com as exportações de US$ 152,995 bilhões (média diária de US$ 612 milhões) do mesmo período de 2009, houve crescimento de 31,4%, pelo critério da média diária. Nas importações, também pela média, houve aumento de 41,6% sobre os US$ 127,720 bilhões (média diária de US$ 510,9 milhões) de 2009.
A corrente de comércio teve crescimento de 36,1%, em relação ao mesmo período de 2009, que registrou US$ 280,715 bilhões (média diária de US$ 1,122 bilhão). Na comparação com a média diária, o saldo em 2010 é 20,1% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, que teve superávit de US$ 25,275 bilhões (média diária de US$ 101,1 milhões).
Mês
No acumulado mensal, as exportações somaram US$ 20,919 bilhões, com média diária de US$ 909,5 milhões. O resultado é 38,3% superior à média de US$ 657,4 milhões registrada em dezembro de 2009 e 2,8% acima na comparação com a média de novembro de 2010 (US$ 884,4 milhões).
As importações em dezembro alcançaram US$ 15,551 bilhões, com média diária de US$ 676,1 milhões. Por esse critério, houve crescimento de 21% em relação ao mês de dezembro do ano passado (média de US$ 558,8 milhões) e queda de 22,2% na comparação com novembro último (média de US$ 868,8 milhões).
O saldo no mês chegou a US$ 5,368 bilhões, com média diária de US$ 233,4 milhões. O resultado é 136,6% superior à média de dezembro de 2009 (US$ 98,6 milhões) e está 1400,9% acima da média de novembro passado (US$ 15,6 milhões).
Semana
Nos cinco dias úteis da quinta e última semana de dezembro (27 a 31), a balança comercial registrou superávit de US$ 1,418 bilhão (média diária de US$ 283,6 milhões). No período, as exportações foram de US$ 3,917 bilhões (média diária de US$ 783,4 milhões). Na semana, as importações foram de US$ 2,499 bilhões, com média diária de US$ 499,8 milhões. A corrente de comércio somou US$ 6,416 bilhões e registrou média diária de US$ 1,283 bilhão.
Coletiva
Às 17h (03/01/2011), o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, concede entrevista coletiva no auditório do MDIC para comentar os dados da balança comercial mensal.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Açúcar representa 39% das exportações
Do total da pauta de exportação de Pernambuco, o açúcar corresponde a 39%. Em 2010, o volume de produção do açúcar foi de 1,6 milhão de toneladas, dos quais 800 mil foram exportadas. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, o principal destino deste derivado da cana em 2010 foi a Rússia, que comprou 44%. Em seguida, vem os Estados Unidos (17%), Espanha e Portugal (19%), Venezuela (6%), Canadá (5%) e Bulgária (4%).
“Das 800 mil toneladas, 400 mil foram de açúcar refinado e ensacado e a outra metade do tipo VHP (Very High Polarization), ou a granel. Apesar do valor da commoditie açúcar ter um bom preço em relação às demais nas bolsas internacionais, o setor não está podendo aproveitar em função da sobrevalorização do Real versus Dólar. Estamos tendo boa chance sobre o balanço mundial do açúcar em relação à demanda, mas isso fez com que o valor da commoditie subisse, o que nos prejudica, porque exportamos em Dólar”, declarou Cunha.
Ainda segundo o presidente do Sindaçúcar, “quando convertemos o Dólar para Real não é o suficiente para suprir os custos na exportação. Temos que focar nas despesas de produção que não estão sendo neutralizadas em relação à baixa competitividade do Dólar em comparação ao Real”, reforçou. Para escoar maior volume do produto e, assim, aquecer o mercado nacional, está previsto o lançamento, em Suape, a licitação para o arrendamento do novo terminal açucareiro complementar ao do Porto do Recife. Já existe, inclusive, uma trade inglesa interessada em concorrer, a ED & F MAN. O terminal exportará o açúcar refinado, o que ainda não é feito pelo Porto do Recife.
“O emprendimento custará, em média, US$ 50 milhões, e vai escoar o produto para a cadeia produtiva. A comercialização dos volumes, via Suape, será para o Norte da África e Oriente Médio. Trata-se de uma operação mais moderna. O açúcar vai abastecer o navio fábrica Bibo, que receberá o produto à granel para ser empacotado no seu destino”, disse.
Para Renato Cunha, nesse momento, as exportações do açúcar e do álcool são mais convidativas porque a demanda é maior. “O açúcar tem mais protecionismo, mas, por conta da queda na produção da Índia, nos últimos três anos, conseguimos exportar um volume maior para vários países. Quando isso ocorre, faz com que o mercado mundial se valorize e a comercialização fique mais rápida. Já o etanol tem muitas barreiras como, por exemplo, as altas tarifas e outras dificuldades”, concluiu.
Folha de Pernambuco(PE)
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