LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

INDÚSTRIA - 02/12/2010

Atividade industrial fecha novembro em alta na zona do euro

A atividade industrial da zona do euro - que reúne os 16 países que utilizam o euro como moeda - se acelerou para o nível mais forte em quatro meses em novembro. O índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) industrial da região subiu de 54,6 em outubro para 55,3 em novembro, segundo dados finais da empresa de pesquisas Markit. O indicador é uma medida de atividade do setor baseada em pesquisa com 3 mil empresas.

Embora positivo, o resultado ficou abaixo das estimativas dos economistas, que previam que o número ficasse em 55,5, inalterado em relação à leitura preliminar da Markit. O PMI industrial forte na zona do euro foi alimentado pela Alemanha e pela França. Na Alemanha, o indicador subiu de 56,6 em outubro para 58,1 em novembro, enquanto na França houve alta de 55,2 para 57,9. As estimativas dos economistas eram de 58,9 para a Alemanha e de 57,5 para a França.

No entanto, a pesquisa também mostrou que a atividade industrial na Itália se desacelerou para o nível mais fraco em nove meses em novembro, de 53,0 em outubro para 52,0 em novembro, diante da previsão de 52,5. Entre os países mais debilitados da zona do euro, a atividade do setor industrial da Espanha ficou estagnada e na Grécia houve contração. Na Irlanda, a atividade industrial atingiu o pico em quatro meses.
Agência Estado



Autopeças sofrem pressão nos EUA para reduzir preço
Montadoras da América do Norte retomaram a prática controvertida de exigir reduções nos preços dos fornecedores de autopeças, numa medida para tentar melhorar as margens de lucro num mercado altamente competitivo.

A Johnson Controls, uma grande fabricante de assentos, equipamentos de interior e sistemas eletrônicos, disse que "estamos sentindo uma maior pressão por reduções de preços, como seria de se esperar depois de uma recessão e um retorno à lucratividade das montadoras e da base de fornecimento".

A administração da Johnson disse este mês a analistas que seus clientes estão pedindo cortes nos preços de até 56% nas negociações de contratos anuais, contra os 2% a 3%. As montadoras relaxaram suas exigências durante a desaceleração de 2008-2009, quando a queda das vendas de automóveis colocou muitos fornecedores, incluindo alguns dos maiores do setor, sob uma grave pressão financeira.

A Original Equipment Suppliers Association (OESA) de Michigan, estima que 62 companhias do setor automobilístico pediram concordata em 2009. Muitas outras foram liquidadas. Diante do risco de uma interrupção das entregas, as montadoras foram forçadas a correr em auxílio dos fornecedores em um grau mais acentuado que o normal.
Mas reestruturações e a melhoria da demanda colocaram a indústria das autopeças em uma situação mais saudável. "O cenário mudou e eu acho que eles voltarão a fazer negócios da maneira usual", disse ontem Neil De Koker, presidente da associação dos fornecedores de autopeças. A Johnson Controls disse a analistas que as negociações recentes vêm ocorrendo numa atmosfera mais amigável do que antes da crise, com economias sendo esperadas com a melhoria de eficiências, em vez de margens menores.
A Toyota e a Honda tradicionalmente esperam que os fornecedores repassem economias de custo de até 2% ao ano, segundo John Henke, presidente da consultoria Planning Perspectives de Michigan, especializada em relações com fornecedores.
A Ford, que segundo fontes estaria entre as mais agressivas na busca de concessões, não quis comentar contratos específicos ontem. A General Motors (GM) desmentiu que esteja tentando reduzir os preços dos fornecedores. Henke disse que a Ford e a GM "estão fazendo todos os esforços para desenvolver relações de maior confiança com os fornecedores".
Mesmo assim, um quinto das pessoas que responderam a uma pesquisa feita pela Planning Perspectives este ano disseram que as três grandes montadoras de Detroit - GM, Ford e Chrysler - forçaram cortes nos preços com ameaças de transferir seus negócios para outros fornecedores.

As montadoras asiáticas também vêm recorrendo cada vez mais a essas táticas. Quatorze por cento dos fornecedores da Honda disseram, na pesquisa, sentir-se ameaçados, número quase duas vezes maior que o detectado no ano passado. "Se eles estiverem fazendo isso, acho que seria algo muito imprudente a esta altura", disse Henke. "Eles precisam se preocupar com a estabilidade financeira de seus fornecedores."
Valor Econômico

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