Setor de carga prevê aumento de 50% na produção em 2011
Fortemente dependentes das encomendas de algumas poucas empresas ligadas ao setor de commodities, as indústrias do ramo de equipamento ferroviário - preponderantemente, Randone Amsted-Maxion- tiveram um ano excepcionalmente ruim em 2009, com uma queda de 80% em relação ao ano anterior. Em uma espécie de movimento montanha-russa, a produção triplicou em 2010, e deve subir ainda mais em 2011, em boa parte auxiliado por contratos de longo prazo assinados por grandes compradores do ramo, como Valee MRS.
Segundo Ricardo Chuahy, presidente da Amsted-Maxion, a recuperação após 2009 veio rápido, auxiliado pela linha de crédito lançada pelo BNDES, o chamado programa de sustentação do investimento (PSI). O programa começou com taxas de 4,5% ao ano - praticamente iguais à inflação -, ampliadas para 5,5% no início deste ano.
Com isso, diz Chuahy, apareceram novas encomendas e uma novidade: contratos de longo prazo. Além de assegurarem parte das vendas de 2.140 vagões na Maxion em 2010, os contratos podem, sozinhos, garantir vendas de 3.202 em 2011. O contrato com a Vale prevê mais 2.058 vagões em 2011, e há uma opção com a MRS que, confirmado, asseguraria mais 1.144 vagões. Somadas, as encomendas já feitas trariam vendas 50% maiores no ano que vem.
Outro detalhe, segundo Chuay, é que parte das novas encomendas são de novos vagões com capacidade para 150 toneladas, feitos especificamente para trafegar na ferrovia de Carajás, da Vale. Antes, os carros eram de 130 toneladas.
Norberto Fabris, diretor executivo da Randon, diz que na divisão de implementos ferroviários certamente um dos fatores que fez a diferença em 2009 e 2010 foi a taxa de juros subsidiada do BNDES. "Para os compradores que estavam na dúvida, a taxa de juros adiantou as compras", diz Fabris.
A Randon tem como "target" dominar 30% do mercado, de resto tomado pela Amsted-Maxion e pela Usiminas Mecânica, também com alguns contratos fechados ao longo do ano. Na Randon, diz Norberto Fabris, os principais clientes são, além das grandes MRS e Vale, a ALL logística, Rumo Logística, Bungee FCA, uma subsidiária da Vale.
O mercado em 2009, diz o executivo, foi de menos de 1,3 mil vagões, deve chegar a 3,5 mil este ano - ampliando em três vezes a demanda. A Randon vendeu pouco menos de mil vagões em 2010, e deve passar a cerca de 1,2 mil no ano que vem, na sua expectativa. Para 2011, prevê um mercado total de 4 mil vagões.
A associação do setor, a Abifer, trabalha com uma previsão mais otimista, de 5 mil vagões. A entidade prevê ainda um bom aumento na venda de locomotivas, graças a um projeto de expansão da unidade de produção da GE em Contagem
Valor Econômico
Porto de Itajaí entra em nova fase de expansão
Com as obras de recuperação concluídas em novembro, o porto de Itajaí, no litoral catarinense, vai entrar em fase de expansão. Ontem, a Secretaria Especial dos Portos (SEP) assinou o contrato de serviço para a dragagem do canal de aproximação com a empresa belga Jan De Nul do Brasil pelo valor de R$ 54,9 milhões. Segundo Fabrizio Pierdomenico, secretário de planejamento e desenvolvimento portuário da SEP, a empresa tem 30 dias para apresentar o projeto da obra. A previsão é de que o trabalho de dragagem se inicie em fevereiro e a execução dure nove meses.
Com o investimento, o canal de Itajaí terá ampliada a sua profundidade dos atuais 11 metros para 14 metros. Segundo Pierdomenico, quando concluída, a obra vai representar um incremento de 30% na capacidade de operação do porto. O investimento marca uma importante fase de recuperação do complexo portuário de Itajaí, que foi afetado pelas fortes chuvas que atingiram Santa Catarina em 2008, o que o levou a deixar de operar.
Com os três metros da ampliação, Itajaí passará a receber embarcações maiores - cerca de 18 mil toneladas a mais por navio, o que representa cerca de 600 contêineres. O complexo do porto encerrou novembro com a movimentação acumulada de 9,03 milhões de toneladas e 867,21 mil TEU's (que equivale a um contêiner de 20 pés). O crescimento representou um aumento de 64% em TEU's e 70% em tonelagem em relação a 2009.
Na licitação, também participaram as empresas Camargo Corrêa, Consórcio Triunfo, Consórcio DTA, Engenharia EIT, Dragabras, Bandeirantes Dragagem e Construção e Van Oord Serviços de Operações Marítimas. Segundo o secretário, a Jen De Nul também foi a responsável pela execução da dragagem no porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, e Aratu e Salvador de Araçatuba, na Bahia.
A obra faz parte das ações incluídas no Programa Nacional de Dragagem (PND), com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além da obras de Itajaí, a SEP também assinou ontem contrato para a derrocagem no porto de Santos. A Ster Engenharia foi a vencedora da licitação e deve iniciar em fevereiro a retirada das pedras de Tefée e Itapema, localizadas no canal de navegação de Santos. O valor da obra de R$ 25, 6 milhões. A previsão é de que o trabalho se estenda por 18 meses.
Segundo Pierdomenico, o derrocamento parcial das duas rochas, da cota de 12 para 16 metros, integra o projeto de aprofundamento do canal de navegação para 15 metros e seu alargamento para 220 metros. Será derrocado um volume total de 33,36 mil m3 de pedras. O investimento também vai representar um aumento de 30% na capacidade de movimentação do porto de Santos.
Valor Econômico
Fiscais encontram irregularidades em plataforma
DO RIO - O Ministério do Trabalho voltou a autuar a Petrobras por más condições em plataformas. Desta vez, fiscais da superintendência do Rio lavraram nove autos de infração após fiscalização na P-32, na bacia de Campos. Em agosto, a P-33 chegou a ter atividades suspensas pela ANP, que alegou haver riscos à segurança operacional da plataforma.
Na P-32 foram encontradas, entre outras irregularidades, escadas de acesso em estado de corrosão e instalações elétricas em condições de risco.
A estatal informou que está tomando providências para resolver os problemas encontrados e que alguns deles já foram solucionados.
Folha de São Paulo
Ecorodovias conclui compra da Eadi e Armazéns Columbia por R$ 264,1 mi
SÃO PAULO – A Ecorodovias informou que sua controlada Elog concluiu ontem a compra de 100% da Eadi Sul Terminal de Cargas Ltda. e Armazéns Gerais Columbia SA. O preço de aquisição caiu de R$ 270,0 milhões para R$ 264,1 milhões após realização de diligência financeira.
A Elog já pagou R$ 50,0 milhões no ato da assinatura do contrato de compra e venda, em maio. Do saldo de R$ 214,1 milhões, R$ 19,2 milhões ficarão retidos para contingências de responsabilidade dos vendedores, e os R$ 194,9 milhões restantes foram liquidados hoje.
Com a conclusão da aquisição, a Elog consolidará os resultados das empresas adquiridas no período de maio a dezembro de 2010 em seu balanço de 31 de dezembro de 2010.
As operações logísticas da Columbia e EADI Sul são atualmente realizadas em 11 localidades em uma área total de aproximadamente 1,1 milhão de metros quadrados, nos quais estão incluídos 210,6 mil metros quadrados de armazéns, com movimentação de cargas em centros de distribuição e recintos alfandegados.
Valor Econômico/Téo Takar
Paranaguá tenta manter embarques
Enquanto o Porto de Santos prevê 5,2% de aumento na movimentação de cargas, incluindo commodities agrícolas, o Porto de Paranaguá vai tentar sustentar os números em 2011. A administração do porto paranaense informa que depende de licenciamento ambiental para as obras portuárias e as dragagens que permitiriam expansão das atividades.
O ano foi movimentado em Paranaguá. Conforme os números oficiais, as exportações de açúcar a granel aumentaram 24,22%, para 3,85 milhões de toneladas, de janeiro até a semana passada. Em relação à soja, houve aumento de 12,28% nas exportações em grão (5,35 milhões de toneladas) e 8,96% nas de farelo (4,98 milhões de toneladas). O Porto de Paranaguá exportou 66,22% mais milho neste ano, atingindo 3 milhões de toneladas até a terceira semana de dezembro. Boa parte do cereal exportado vem do Centro-Oeste.
Entre as obras previstas, a serem incluídas no PAC 2 do governo federal, está a reestruturação do corredor de exportação de granéis. A intenção é fazer com que a capacidade de embarque de soja, farelos, açúcar e milho passe das atuais 9 mil toneladas por hora para até 16 mil t/hora. Os investimentos previstos são de R$ 175 milhões. A administração dos portos programa também a construção de novo corredor de exportações de granéis a oeste, que exige investimento de R$ 185 milhões. Além disso, considera necessários um novo berço e um novo pátio no Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). A partir das obras no cais é que deve ser iniciado o aprofundamento do canal de embarque a 14 metros para que navios maiores possam atracar com segurança.
Para ampliar seus embarques – que devem crescer para 47 milhões de toneladas em 2011, considerando açúcar, soja, milho e trigo entre outros granéis –, o Porto de Santos espera investimentos do governo federal que somam R$ 493 milhões. A previsão é que duas obras importantes sejam entregues em 2011: o aprofundamento do canal de navegação para 15 metros, com alargamento para 220 metros, e a conclusão de uma via perimetral à margem direita (lado de Santos). A via à esquerda deve ficar para 2012.
Os problemas estruturais nos dois portos são considerados como um dos principais gargalos do agronegócio. Segundo avaliação da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), os gargalos logísticos tornam os grãos brasileiros menos competitivos no mercado internacional.
Correio do Povo/Só Notícias
Governador Orlando Pessuti reinaugura armazém do Porto Seco
O governador do Paraná Orlando Pessuti esteve hoje (28) em Cascavel. Durante visita a cidade Pessuti vistoriou e inaugurou obras, acompanhado por autoridades do município e região.
O último compromisso foi inaugurar as novas instalações do armazém do Porto Seco.
O local usado para desembaraço aduaneiro foi totalmente destruído em um incêndio que aconteceu em setembro do ano passado.
Para a reconstrução dos dois mil metros quadrados de estrutura foram investidos R$ 365 mil, recursos da Codapar (Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná).
O governador do estado destacou a importância da reativação do espaço. “Foi um compromisso que nós assumimos e que a Codapar mais o Governo do Estado do Paraná, Ferroeste em parceria com os nossos irmãos paraguaios num tempo recorde conseguimos reconstruir e colocar em funcionamento. Cascavel volta a ter a Estação Aduaneiro do Interior funcionando aqui na cidade, a bem de toda essa região e também dos nossos irmãos paraguaios”, afirma.
Depois de mais de um ano as atividades serão retomadas em janeiro, após uma vistoria prevista ser feita pela Receita Federal.
Para o gerente do Porto Seco depois de muitos prejuízos, enfim as atividades serão retomadas. “Para a região Oeste esse retorno do Porto Seco é muito importante para os empresários da região, que precisam fazer as exportações e tem que procurar outros portos. Isso dificulta para eles, vão pagar frete mais caro do que aqui no Porto Seco, as despesas são mais baratas em Cascavel e tudo isso é prejuízo para o exportador”, destaca Alceu Moura Filho.
CGN/Cristiane Souza
Appa apresenta projeto de terminal em Paranaguá
O anteprojeto do Terminal de Passageiros e Veículos do Porto de Paranaguá foi apresentado ontem, pela Administração dos Portos do Paraná (Appa), no litoral do Estado.
O terminal fazia parte de uma antiga demanda da comunidade parnanguara e dos municípios vizinhos, que vislumbram há décadas uma série de desdobramentos positivos com esse tipo de estrutura.
Para se ter uma noção do impacto para a região, cada navio carrega entre mil e dois mil passageiros. Se cada um gastar R$ 200 por dia, são injetados na economia local R$ 200 mil.
Dentro desse contexto, a Copa no Brasil não só aparece como um meio de catalisar a captação dos recursos, mas também serve de divulgação internacional do novo terminal e das atrações turísticas do Paraná.
“Se o projeto evoluir conforme esperamos, até 2012 estará em atividade o berço e todo o terminal”, destaca o superintendente dos Portos do Paraná, Mario Lobo Filho.
O superintendente explica que o grande diferencial desse projeto em relação aos demais é a característica multiuso. “Um dos pontos em que mais esbarrava a ideia de um Terminal de Passageiros no Porto de Paranaguá era o tempo ocioso, uma vez que o turismo de cruzeiros no Brasil ainda fica concentrado entre os meses de novembro e março.Com a possibilidade de movimentar veículos no restante do período, por meio de navios do tipo Pure Car Carrier (PCC), foi viabilizada a existência desse tipo de terminal”, explica o superintendente.
“A apresentação desse projeto é muito significativa. É uma obra que se constituirá em um centro irradiador de turismo para toda a região”, destacou o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (Aciap), Yahia Hamud.
Outro aspecto importante do projeto é a redução nos valores do investimento. “Conseguimos reduzir para R$ 60 milhões entre a construção do berço de atracação múltipla e a área de recepção de turistas, até então o custo era estimado em R$ 100 milhões”, compara o superintendente.
Projeto
O projeto básico prevê a construção de um berço de atracação múltipla, capaz de receber os navios de turismo e navios do tipo PCC, que transportam carros pelo sistema de rolamento.
A ampliação será feita em um ângulo de 45.´ a leste do cais hoje existente, em seguida ao terceiro berço do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), que será construído e concluído em 2011.
A instalação para recepção dos turistas deve contar com estacionamento para ônibus, carros e motos, sala de embarque e desembarque, restaurante, mirante, lojas, ambulatório e espaços reservados para Alfândega, Policia Federal e Receita Federal. O projeto prevê um prédio moderno de três andares, com capacidade para abrigar até 2 mil pessoas.
O Estado do Paraná/Magaléa Mazziotti
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