Porto se aproxima da meta para 2010
Até novembro de 2010 foram movimentadas através do Porto do Pecém (CE) 2,8 milhões de toneladas de mercadorias, o que assegura o cumprimento da meta estimada pelo presidente da Cearáportos, Erasmo Pitombeira, para o corrente ano, que é de três milhões de toneladas.
Esse resultado representa um acréscimo de 73% em relação ao mesmo período de 2009, quando foram movimentadas 1,7milhões de toneladas. No transporte de longo curso foram movimentadas 2,2 milhões toneladas, enquanto no de cabotagem, que é o transporte entre portos brasileiros, esse total foi de 635 mil toneladas. Somente no mês de novembro foram movimentadas 427 mil toneladas de mercadorias pelo Pecém, sendo 318 mil de longo curso e 108 mil de cabotagem.Mais uma vez o destaque nas exportações ficou por conta dos minérios, com um incremento de mais de três mil por cento em relação a janeiro/novembro do ano passado, totalizando 73 mil toneladas exportadas. A exportação de alumínio registrou elevação significativa, com 27 mil toneladas, enquanto os combustíveis minerais contribuíram com 22 mil toneladas e uma variação positiva de 439%.
A exportação de frutas, apesar de registrar a movimentação de 223 mil toneladas, registrou uma leve queda de 1% em relação ao mesmo período de 2009.No quesito importação a maior movimentação foi de cimento, com 63 mil toneladas mo período janeiro/novembro do ano passado. Os combustíveis minerais foram responsáveis pela movimentação de 523 mil toneladas, enquanto ferro fundido, ferro e aço registraram a importação de 739 mil toneladas.
A Tribuna
Agências pedem à Receita Federal redução da permanência de conteinêres nos porto
A Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar) entregou à Receita Federal um pedido para redução dos prazos de permanência de contêineres nos terminais portuários e nas estações aduaneiras do interior (eadis) e, também, do processo de perdimento das mercadorias. A entidade ainda propôs a ampliação das áreas para armazenagem de cargas apreendidas e abandonadas nos portos.
Em âmbito regional, o pedido da Fenamar vai ao encontro do plano do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos, de mapear junto aos terminais, por meio da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), as mercadorias abandonadas e em processo de perdimento no Porto de Santos. O colegiado local quer saber a quantidade e os dados das cargas "esquecidas" no complexo, que colaboram com a lotação das instalações operacionais.
Segundo José Roque, vicepresidente da Fenamar e presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), o segmento marítimo solicitou que o tempo máximo de permanência de cargas de importação nos terminais molhados (aqueles com berços de atracação de navios) seja reduzido de 90 para 30 dias. No caso das eadis, de 120 para 60 dias.
"Esse nosso pedido vai mostrar que a Receita poderá desobstruir as áreas dos portos, que estão com muitos contêineres retidos, com uma simples medida administrativa", previu Roque. As estimativas do setor é que 6 mil contêineres estejam parados nos portos do País, seja por abandono ou problemas no desembaraço aduaneiro, que provocam o perdimento, para posterior leilão.
A federação das agências de navegação também solicitou que os processos licitatórios, necessários para as cargas irem a leilão, passem a ocorrer em, no máximo, 60 dias. Atualmente, este tipo de processo leva um ano para ser concluído.
As propostas da Fenamar foram apresentadas ao subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita, Fausto Vieira Coutinho, no mês passado. A entidade também pediu a agilização das licitações para a contratação de terminais que atuam exclusivamente no armazenamento de cargas em processo de perdimento. "A Receita deveria credenciar mais áreas, porque assim as cargas iriam para elas, saindo dos terminais molhados e dando espaço para um ritmo mais intenso das operações".
Atualmente, em Santos, apenas a Dínamo está credenciada para atender essas cargas para a Receita. Porém, quando a instalação lota, os contêineres são desovados (esvaziados) e os produtos, guardados nos terminais, ocupando o espaço de novos cofres. "Quando tiver mais áreas credenciadas, tira a pressão para que as cargas fiquem nos terminais molhados e nas eadis", defendeu Roque.
A Tribuna
Em 2011, Porto de Santos passará os mesmos problemas
Um novo ano está próximo de começar, mas parte das notícias ruins de 2010 deverá se repetir. Filas de caminhões nas estradas da Baixada Santista e de navios na Barra de Santos serão recorrentes, causando prejuízos sobre prejuízos. E a culpa é do açúcar, que continuará sendo um dos principais produtos embarcados pelo Porto de Santos. Se a safra deste ano foi recorde, a de 2011 poderá chegar ao mesmo patamar.
A raiz do problema foi a gangorra do preço do açúcar, que subiu e desceu ao sabor do interesse do mercado internacional ao longo do ano. Em fevereiro, o produto foi negociado em um patamar considerado alto à época US$ 0,30 a librapeso. Apostando em uma queda para os meses seguintes, que depois realmente se confirmou, os interessados seguraram as compras e passaram a consumir seus estoques, deixando-os quase zerados. Ao mesmo tempo, a falta de interesse baixou o preço, que caiu pela metade em maio atingiu US$ 0,15.
A soma destes dois fatores baixo preço e necessidade de reposição de estoques causou uma procura desenfreada pela commodity. Em paralelo, quebras de safra causadas por condições climáticas incomuns pelo mundo fizeram com que países como Índia e Tailândia, antes exportadores, começassem a importar açúcar.
Essa mudança de paradigma mexeu com a logística mundial de distribuição do produto. Grandes negociadores saíram de cena, deixando o Brasil como protagonista no abastecimento do planeta. E o Porto de Santos, por estar na ponta das indústrias de moagem de canade-açúcar estabelecidas no interior de São Paulo, incumbiuse de suprir uma fatia maior dessa demanda. Exportou 14,6 milhões de toneladas de açúcar de janeiro a outubro, 25% a mais que no mesmo período do ano passado. Até o fim do ano, o Brasil terá embarcado 26 milhões de toneladas da commodity, e cerca de 80% terão saído pelo cais santista.
Este resultado mostra que o Porto respondeu bem à demanda que lhe foi imposta, apesar do déficit de infraestrutura frente a tamanho aumento de um ano para o outro. Isto ocorreu, porém, com grandes prejuízos às traders, que amargaram meses de espera nas longas filas de navios na Barra de Santos e tiveram que arcar com altos custos de demurrage (taxa de sobrestadia de um navio em um porto).
Se a fila na Barra chegou a assustadores 130 navios em setembro, os congestionamentos no Sistema Anchieta-Imigrantes não deixaram por menos. Quem dependia desse caminho amargou horas de espera nos retornos de feriados, em especial. Santistas e cubatenses, principalmente, pagaram um preço caro por viverem próximo ao maior porto do País.
Especialistas ouvidos por A Tribuna dizem que a pressão da carga sobre o cais santista vai continuar. Segundo a Uniãoda Indústria de Cana-deaçúcar (Unica), em 2010, o déficit na oferta de açúcar no mundo foi da ordem de 12 milhões de toneladas. Para Sérgio Prado, representante do órgão em Ribeirão Preto, espera-se que a falta se estenda até 2012. "Nas próximas duas safras, o Brasil será um dos poucos que terá um excedente significativo a exportar", sentenciou.
Quem deverá recorrer com mais apetite ao açúcar brasileiro são os chineses. E a fome do gigante asiático pode ser medida por peso. Foram 11 milhões de toneladas de açúcar consumidas neste ano e eles já avisaram ao mercado que, para o ano que vem, seu consumo subirá para 14 milhões. "A tendência é que esses 3 milhões de toneladas a mais que eles pretendem comprar sairá do Brasil, sairá do Porto de Santos", disse o diretor da consultoria Kingsman do Brasil, Luiz Carlos dos Santos Júnior. "Haverá, sim, filas na Barra e no Porto. Não houve grandes investimentos em infraestrutura para que isso não ocorresse no ano que vem, e a demanda será, mais uma vez, grande".
Codesp admite risco de mais filas
A Codesp, estatal que administra o Porto de Santos, admitiu que podem ocorrer congestionamentos de caminhões e filas de navios no ano que vem, novamente, se o cenário e a demanda por açúcar continuarem iguais a 2010. E traça planos para tentar evitar a repetição do nó na chegada da carga aos terminais.
A empresa culpou a falta de planejamento para envio das cargas ao Porto, ressaltando a importância de um maior controle para evitar que caminhões entupam os acessos à Baixada Santista.
A estatal contratou a empresa Free Decision Solução de Negócios e Consultoria Ltda. para desenvolver um sistema de gerenciamento da chegada de caminhões ao Porto. Conforme o contrato firmado entre a firma e a estatal, publicado no Diário Oficial da União, o serviço custará R$ 16 mil.
A Docas informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o projeto será implantado no ano que vem.
A Tribuna
Maersk anuncia novo serviço no México
A Maersk Line anunciou o retorno da companhia aos portos mexicanos de Altamira e Veracruz a partir de 2011 com o lançamento de um novo link para a Europa, de acordo com o executivo-chefe Eivind Kolding, durante visita recente ao país.
Segundo o executivo, o serviço terá freqüência semanal e empregará embarcações de 2.500 Teus (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) conectando o México ao continente europeu, com uma movimentação estimada em 125 mil Teus anuais devido ao aumento da demanda esperado para o trade.
"Observamos um bom desenvolvimento dos negócios no Méximo, bem como uma elevação no consumo. Alguns analistas prevêem um incremento no fluxo comercial entre Europa e México de até 15% para 2011", disse Kolding, que também teceu críticas ao sistema alfandegârio mexicano, destacando a necessidade de modernização dos processos como o transbordo de mercadorias, que chega a durar três dias ou mais para ser concluído.
No entanto, o CEO da Maersk considerou que os complexos portuários do México operam em níveis de eficiência aceitáveis em âmbito internacional, sendo que os problemas logísticos ocorrem na movimentação dos contêineres pelo interior do país, resultando em congestionamentos e atrasos.
Atualmente, a companhia transporta cerca de 80 mil recipientes através dos complexos mexicanos de Ensenada, Manzanillo, Progreso e Lázaro Cárdenas - este último, considerado o principal porto do país pela companhia, devido ao dinamismo nas rotas asiáticas.
Guia Marítimo
Paranaguá eleva embarques de automotivos
O Porto de Paranaguá apresentou elevação nas atividades de importação e exportação de veículos. O total de automóveis, ônibus, tratores e máquinas agrícolas escoado entre janeiro e novembro foi superior em 35% ao intervalo correspondente de 2009 - de 120.773 unidades para 162.923 unidades.
Somente entre as exportações, o complexo embarcou para o mercado externo mais de 82 mil veículos, um incremento de 42% no período, em relação ao ano anterior. Em relação a outros segmentos de carga, foram movimentados 614.379 Teus (unidade equivalente a um recipiente de 20 pés) até novembro, configurando um aumento de 7% sobre o exercício anterior. Do montante, 308.621 Teus correspondem a importações e 305.758 Teus a exportações.
Atualmente, Paranaguá dispõe de duas janelas adicionais de atracação, que oferecem dia e hora fixos para os serviços regulares semanais dos porta-contêineres. O cais comercial e ampliação do cais oeste do complexo também serão ampliados e remodelados em um investimento superior a R$ 95 milhões.
Guia Marítimo
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