LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

COMÉRCIO EXTERIOR - 02/12/2010

Novembro registra exportações de US$ 17,688 bilhões
Nos 20 dias úteis de novembro de 2010, as exportações brasileiras alcançaram US$ 17,688 bilhões (média diária de US$ 884,4 milhões) e as importações somaram US$ 17,376 bilhões (média diária de US$ 868,8 milhões). A corrente de comércio no mês foi de US$ 35,064 bilhões (média diária de US$ 1,753 bilhão) e houve superávit de US$ 312 milhões (média diária de US$ 15,6 milhões).

Em relação a novembro do ano passado, na comparação pela média diária, as exportações aumentaram 39,8% e as importações, 44,3%, enquanto o saldo comercial diminuiu 48,9%. Na comparação com outubro deste ano, as exportações caíram 3,8%, as importações cresceram 5,1% e o saldo comercial teve queda de 83,2%.
A quinta semana do mês, com dois dias úteis (29 e 30), registrou exportações de US$ 1,368 bilhão (média diária de US$ 684 milhões) e importações de US$ 1,767 bilhão (média diária de US$ 883,5 milhões). Houve déficit de US$ 399 milhões (média diária de menos US$ 199,5 milhões). A corrente de comércio do período alcançou US$ 3,135 bilhões (média diária de US$ 1,567 bilhão.

Nos cinco dias úteis (22 a 28) da quarta semana de novembro, houve superávit de US$ 49 milhões, com média diária de US$ 9,8 milhões. A corrente de comércio somou US$ 8,375 bilhões (média diária de US$ 1,675 bilhão), em consequencia de exportações de US$ 4,212 bilhões (média diária de US$ 842,4 milhões) e importações de US$ 4,163 bilhões (média diária de US$ 832,6 milhões).

Acumulado do ano
No acumulado do ano (228 dias úteis), o saldo comercial foi positivo em US$ 14,933 bilhões (média diária de US$ 65,5 milhões). Na comparação pela média diária, o valor é 35,4% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, que teve superávit de US$ 23,106 bilhões (média diária de US$ 101,3 milhões).

Já as exportações e importações aumentaram, na mesma comparação. De janeiro a novembro de 2010, foram exportados US$ 180,997 bilhões (média diária de US$ 793,8 milhões), frente aos US$ 138,532 bilhões (média diária de US$ 607,6 milhões) do mesmo período de 2009, com crescimento de 30,7%. Nas importações, houve aumento de 43,9% na comparação com a média diária do mesmo período do ano passado, passando de US$ 115,426 bilhões (média diária de US$ 506,3 milhões) para US$ 166,064 bilhões (média diária de US$ 728,4 milhões), este ano.

A corrente de comércio cresceu 36,7%, passando de US$ 253,958 bilhões (média diária de US$ 1,113 bilhão), em 2009, para US$ 347,061 bilhões (média diária de US$ 1,522 bilhão), em 2010.

Coletiva
Às 15h30, haverá entrevista coletiva para comentar o resultado do período, que será concedida pelo diretor do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, Roberto Dantas.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC



UE suspende taxa sobre açúcar do Brasil

A União Europeia (UE) decidiu suspender temporariamente a tarifa de importação sobre uma cota de 334 mil toneladas de açúcar procedentes do Brasil. A medida viabilizará vendas de ? 200 milhões de produtores brasileiros para o mercado europeu, levando-se em conta a cotação atual.
José Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, braço executivo da UE, assinou a suspensão da alíquota de ? 98 por tonelada para vigorar de 1º de dezembro até 31 de agosto do ano que vem, atendendo refinadores europeus que reclamavam da falta de açúcar para continuar suas atividades.
O Brasil só consegue entrar no protegido mercado europeu por meio da cota ganha como compensação por causa da entrada da Bulgária e Romênia no bloco europeu em 2007. A entrada de ambos fez o Brasil perder aqueles mercados, que tinham alíquotas então bem mais baixas.
No entanto, os produtores brasileiros, sobretudo do Nordeste, não estavam utilizando a cota porque, com a tarifa mesmo baixa em relação à alíquota cheia, o preço pago pela UE não compensava. Agora, a expectativa é de retomada das vendas. "A medida é positiva para estimular a comercialização do açúcar brasileiro na UE", afirmou o embaixador brasileiro na UE, Ricardo Neiva Tavares.

A delegação brasileira na UE vinha solicitando que Bruxelas eliminasse a tarifa sobre a cota do chamado "açúcar CXL" na linguagem europeia, referindo-se ao plano de compensação. E foi atendida graças também à situação difícil no mercado internacional.
Na publicação da diretiva no jornal oficial da UE, Bruxelas diz que os preços do açúcar de cana no mercado mundial estão elevados desde o início da campanha de comercialização 2010/11, e que as indicações de Nova York apontam para a persistência de alta.
A UE prevê em 2010/11 um déficit de 200 mil toneladas para cobrir o consumo. Combinado com déficit já registrado de 600 mil toneladas na temporada passada, a importação seria insuficiente, o que poderia afetar o abastecimento do açúcar e causar mais alta de preços nos 27 países do bloco europeu.
Refinadores europeus, a começar pelos portugueses, fizeram pressões em Bruxelas para eliminar a tarifa de importação sobre a cota brasileira, já que estavam sem açúcar para trabalhar.
A expectativa é que a suspensão da tarifa seja renovada depois de agosto de 2011. O grupo Czarnikow publicou ontem, em Londres, segundo a agência Bloomberg, projeção de que pelo terceiro ano consecutivo a oferta não cobrirá a demanda global, por causa de problemas meteorológicos que afetaram a oferta dos maiores produtores.
Espera-se déficit de 2,8 milhões de toneladas para o período que vai até setembro de 2011. A Czarnikow estima que a produção global de cana-de-açúcar cairá 2,4%, para 134,5 milhões de toneladas.
Para a produção de cana no Centro Sul do Brasil, espera-se uma alta de 23 milhões de toneladas. Assim, os produtores da região poderão de alguma maneira elevar sua fatia já grande no mercado global.
Enquanto os europeus procuram garantir seu abastecimento, a China também terá produção 'pobre' de açúcar e deverá aumentar a importação. O país é o segundo maior importador mundial.
Nesse cenário, um plano da UE de aumentar sua cota de exportação em 350 mil toneladas, para totalizar 1 milhão de toneladas, está caindo por terra. Tanto pelo aperto no estoque interno, como pela forte demanda da indústria química e do setor de etanol.
Lars Hoelgaard, vice-diretor geral de Agricultura da UE, informou em Bruxelas que uma decisão final sobre autorização para exportações adicionais "não tem urgência", já que no momento o que o bloco quer é viabilizar as importações. A Organização Mundial do Comércio (OMC) autoriza os europeus a exportarem só até 1,370 milhão de toneladas, depois que Bruxelas perdeu disputa com o Brasil.
Valor Econômico

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