quinta-feira, 4 de novembro de 2010
PORTOS E LOGISTICA - 04/11/2010
Redução de custos no transporte marítimo
Considerando que a estrutura portuária nacional há anos deixa a desejar, com portos carentes de dragagem e de berços adicionais, os congestionamentos, sobretudo na alta da safra da soja, são inevitáveis. Consequência: deixamos de ter uma receita extra de despatch e arcamos com enormes contas de demurrage. Para a correta elaboração ou revisão desses cálculos é preciso certa experiência em navegação, bem como conhecimento sobre os contratos de afretamento aplicáveis ao trade em questão, pois o que ocorre frequentemente é que importadores e exportadores brasileiros pagam contas cujos valores corretos nem sempre são aqueles efetivamente pagos por eles ou deixam de auferir despatch no valor que lhes seria corretamente devido.
É importante ressaltar que a demurrage consiste na forma de apurar o prejuízo no caso de demora no cumprimento da prancha contratual, para o qual o fretador requererá indenização. Nesse sentido, a demurrage é uma multa que o afretador paga ao fretador se o navio permanece com ele por mais tempo do que acordado. Quando ocorre um afretamento de navio, esta é sempre uma das cláusulas estabelecidas no contrato de afretamento. O oposto é o despatch, ou seja, é um prêmio pago pelo armador, ao embarcador, pela eficiência na operação do navio. Nesse sentido, se o afretador consegue operar em menos tempo do que o laytime rate estabelece, isto é, a quantidade a ser embarcada/descarragada ao dia, receberá um prêmio, cujo valor normalmente é de metade da taxa de demurrage/dia.
Jornal do Commercio (RS)
Escassez de contêineres não deve se repetir em 2011
A escassez de recipientes que comprometeu a cadeia de abastecimento global neste ano não deverá se repetir em 2011, de acordo com o executivo-chefe da TAL International - companhia especializada no leasing de recipientes - , Brian Sondey.
Ao apresentar os resultados da companhia para o terceiro trimestre, o executivo declarou que, uma vez que os fabricantes de contêineres na China elevaram o nível de produção, os pedidos para novas unidades têm maiores chances de serem atendidos no próximo ano, em comparação a 2010.
"A escassez extrema observada no início do ano já tem sido minimizada, e em 2011 não teremos o mesmo nível de limitações na produção. Em 2010, as linhas de transporte marítimo e companhias de arrendamento de contêineres não conseguiram novas unidades, o que rapidamente culminou em um aumento nos preços, mas no próximo ano acreditamos que as fábricas de recipientes atenderão a demanda por encomendas", disse o representante.
Sondey estimou que a capacidade anual de manufatura para novos contêineres ficaria em torno de 3 milhões de Teus (unidade equivalente a um recipiente de 20 pés), mas acrescentou que o fornecimento no supply chain permaneceria "apertado".
Ao todo, a TAL investiu aproximadamente US$ 875 milhões em sua frota este ano, incluindo a aquisição de mais de 300 mil Teus em contêineres e 25 mil Teus em unidades reefer, sendo que mais de 90% dos recipientes em construção já estão reservados para locação.
O lucro líquido da companhia no trimestre foi de US$ 11,8 milhões, ante US$ 3,2 milhões no mesmo período em 2009, e US$ 4,7 milhões no Segundo trimestre de 2010. O total de receitas acumulou 95,8 milhões, comparado a US$ 82,9 milhões no terceiro trimestre do ano anterior. As receitas de leasing subiram 13,5% em relação ao ciclo anterior de três meses, e a utilização da frota manteve-se em 98,6%.
Guia Marítimo
Para atender à demanda de final de ano, a GM ultrapassou a capacidade de armazenamento do pátio automotivo do Porto Novo, de Rio Grande (RS)
Na última sexta-feira, mais de seis mil carros estavam armazenados no Porto Novo. Até setembro, a quantidade de veículos importados pela General Motors era de seis a sete mil por mês; no mês passado este volume passou para nove mil. A empresa espera receber amanhã mais 1,4 mil veículos dos seguintes modelos: Agile, vindos de suas fábricas na Argentina; Malibu, fabricados nos Estados Unidos; e os Captiva, produzidos no México.
Na esteira de crescimento da demanda por veículos automotores no País, o segmento de carros de luxo também elevou suas vendas em 148,9% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. O volume não deve parar de crescer, segundo a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), e a expectativa é de atingir 100 mil unidades, ante 42 mil de 2009.
Mesmo com a crescente demanda, porém, a Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea) explica que o Brasil tem vocação para fabricar carros populares, pois falta no País estrutura fabril e escala para produção local de carros da categoria premium.
Escala
De acordo com o diretor Comercial da Audi Brasil, Leandro Radomile, a falta de um parque de fornecedores para uma produção em larga escala de carros de luxo no Brasil é o que impossibilita planos de fabricação local.
"Acreditamos que dentro de cinco anos o Brasil já fará parte dos mercados mais importantes para a companhia, pois o País tem velocidade de crescimento muito superior à de outros países", conta Radomile. No entanto, segundo ele, as vendas locais representam ainda apenas 0,5% do total da empresa. "Mas há muito espaço a ser explorado no mercado."
As vendas da Audi no Brasil totalizaram mais de duas mil unidades de janeiro a setembro. A projeção é de 63% de incremento nas vendas deste ano, ante 2009. "Acreditamos no grande potencial do Brasil, que pode superar a China e deve crescer 60%. Há um ano tínhamos 12 modelos no País; hoje são 26", diz Radomile. Ele acredita que a concentração da demanda por este tipo de veículo também já passa por mudanças. "Além do eixo sul-sudeste, temos observado interesse por nossos produtos nos estados da fronteira agrícola, como em Cuiabá [MT]", conta Radomile.
Entre julho e agosto, o número de carros importados emplacados subiu 19,9%. Segundo a Abeiva, que reúne 30 marcas, entre elas, Audi, Ferrari e Jaguar, apesar de haver demanda e de o faturamento do setor quase se equiparar ao de carros convencionais, a produção brasileira industrial é inviável devido à ainda pequena escala de pedidos.
Ferrari
Um exemplo deste cenário é a italiana Ferrari, que tem no Brasil seu quinto melhor mercado. "Temos demanda no Brasil. Os carros da Ferrari têm quantidade restrita de produção, o que nos leva a deixar de atender alguns clientes", diz o diretor Comercial da Ferrari, Cláudio Boriero.
Neste ano, a fabricante italiana produzirá em média seis mil veículos, com preço a partir de R$ 1,7 milhão.
"A nossa projeção é de acelerar nosso crescimento este ano. Devemos fechar o ano com 45 unidades vendidas, perante 21 em 2009", explica Boriero. E para 2011 expectativa é a venda de 50 carros.De acordo como executivo, a única possibilidade de haver produção de carros do segmento premium no Brasil seria as fábricas no exterior fecharem.
Na América Latina, o Brasil já é o primeiro mercado da Ferrari. Há dois meses a empresa lançou a Ferrari 599 - o "nome" do veículo corresponde à quantidade de produção do veículo. Sem equipamentos adicionais, o 599 custará R$ 2,5 milhões, podendo chegar a R$ 3,3 milhões. O novo modelo já conta com duas unidades vendidas no Brasil.
O aquecimento do mercado de veículos de luxo fez com que o Grupo Via Itália, importador da Ferrari no Brasil, começasse a comercializar há um ano também o esportivo Lamborghini, que já tem 17 modelos vendidos no País.
A meta da fabricante é chegar a 20 carros. O preço dos modelos da marca é: R$ 1,4 milhão pelo Gallardo cupê, R$ 1,6 milhão pelo Gallardo Spyder e R$ 1,7 milhão pelo Gallardo Superleggera.
Para atender a demanda de fim de ano, a General Motors (GM) ultrapassou a capacidade de armazenamento do pátio automotivo do Porto Novo, em Rio Grande (RS). No porto rio-grandense, a quantidade de automóveis importados já excedeu o limite de 4,2 mil unidades: na última sexta-feira, mais de seis mil carros estavam armazenados no Porto Novo. Até setembro, a quantidade de veículos importados pela General Motors era de seis a sete mil unidades por mês; já no mês passado este volume passou para nove mil. A empresa espera receber amanhã mais 1,4 mil veículos dos seguintes modelos: Agile, vindos de suas fábricas na Argentina; Malibu, fabricados nos Estados Unidos, e Captiva, produzidos no México.
Na esteira de crescimento da demanda por veículos no Brasil, o segmento de carros de luxo também elevou suas vendas em 148,9% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O volume não deve parar de crescer: segundo a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), e a expectativa é de atingir 100 mil unidades, ante 42 mil de 2009. Mesmo, porém, com a crescente demanda, a Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea) explica que o Brasil tem vocação para fabricar carros populares, pois falta no País estrutura fabril e escala para que se proceda à produção local de carros da categoria premium.
A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) informou na segunda-feira que o número de emplacamentos do setor automotivo caíram 3,07%, totalizando 463.645 unidades em outubro.
DCI
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