Exportação de calçados a sauditas cresce 86%
A Arábia Saudita aumentou em 86% o valor das suas importações de calçados do Brasil de janeiro a setembro deste ano, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados). O mercado saudita gastou US$ 10,06 milhões com compras de calçados brasileiros no período. Nos mesmos meses do ano passado, as importações estavam em US$ 5,4 milhões.
"Acreditamos que este crescimento seja resultado de um trabalho contínuo feito pelas empresas brasileiras em fornecer calçados com maior agilidade e qualidade. Podemos observar isto pela visitação expressiva destes compradores nos estandes brasileiros nas feiras internacionais, principalmente na Alemanha", afirma o diretor executivo da Abicalçados, Heitor Klein, referindo à feira GDS, mostra na qual as empresas brasileiras costumam participar e que é bastante freqüentada por importadores árabes.
"Como aquela região tem clima quente, fica ainda mais fácil atendê-la, visto que a especialidade do Brasil é justamente a temporada de verão", diz Klein. O executivo afirma ainda que o país está exportando calçados com maior valor agregado para os sauditas. "O preço médio do calçado exportado para a Arábia Saudita foi de US$ 9,71. No mesmo período do ano passado, o preço médio havia sido de US$ 7,65", destaca.
Tanto que o crescimento das exportações em receita foi bem maior do que o aumento em volume. Entre janeiro e setembro, a indústria brasileira de calçados exportou 1,036 milhão de pares para o mercado saudita contra 707 mil pares em iguais meses de 2009. Ou seja, o avanço foi de 46,5%. A Arábia Saudita foi o 22º maior importador de calçado do Brasil até setembro, segundo ranking da Abicalçados.
No total, o Brasil exportou, entre janeiro e setembro, 109 milhões de pares de calçados, o que rendeu ao país uma receita de US$ 1,13 bilhão. Houve crescimento de 11,5% em receita e de 16,4% em volume. O principal destino dos calçados brasileiros no exterior foi Estados Unidos, seguido de Reino Unido, Argentina, Itália e França.
Agência Anba
Indústria vai propor barreiras a importados
O aumento de tarifas seria uma ação emergencial e temporária, enquanto o governo não ataca os antigos tormentos do setor produtivo: carga tributária elevada, juros altos e câmbio desfavorável às exportações – todos reflexos de um Estado gastador. A demanda dos industriais será uma das dores de cabeça do presidente eleito neste domingo.
O setor de eletroeletrônicos quer que o governo eleve a tarifa de importação de alguns produtos dos atuais 12% para 35%. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, essa é a tarifa consolidada do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Fabricantes de equipamentos para geração e transmissão de eletricidade seriam protegidos pela proposta. O pedido foi apresentado ao candidato José Serra (PSDB). “Ele achou razoável”, diz Barbato. A candidata Dilma Rousseff (PT) não aceitou convite para visitar a entidade, por isso, a proposta não foi entregue. A ideia também foi discutida com a equipe econômica do governo Lula há dois meses. Até agora, não houve resposta.
Outro setor afetado pela concorrência de importados, o de máquinas, divulgou esta semana um boletim reivindicando, entre outras providências, direitos antidumping. Trata-se da elevação de tarifas de importação para barrar a concorrência desleal.
Os fabricantes de lâmpadas e luminárias, reunidos na Associação Brasileira da Indústria de Iluminação(Abilux), querem do governo medidas para fortalecer o setor. O objetivo é preservar os fabricantes de luminárias e controladores e atrair fábricas de lâmpadas fluorescentes compactas (hoje importadas) e de LEDs.
Zona Franca. Dificultar a importação é também proposta dos fabricantes de eletroeletrônicos da Zona Franca de Manaus. “O governo poderia elevar o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) cobrado na importação”, diz o presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus (Sinaees), Wilson Périco.
Impor barreiras a importados na forma de tarifas não é a opção preferida do governo. O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, diz que é preciso evitar uma guerra cambial, para não descambar numa guerra comercial. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, conversou com o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, sobre a adoção de uma política coordenada para lidar com o problema do câmbio.
“A escalada protecionista, a gente sabe onde vai dar: a recessão dos anos 1930 foi resultado disso”, alerta o economista Flávio Castelo Branco, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade pretende entregar ao futuro presidente um conjunto de propostas para lidar com a crise na indústria. O aumento de proteção tarifária não está entre elas.
O Estado de São Paulo
Exportar não é tudo
Sim, é isso mesmo. Não adianta apenas aumentar as exportações de commodities. Não há nada de errado nisso, o que está errado é exportar mais produtos primários e menos industrializados, e até mesmo importá-los, em detrimento da indústria nacional.
Petróleo e minério estão na natureza. É investir em pesquisa para descobrir e depois explorar, com baixíssimo custo de mão de obra. Alimentos são plantados, colhidos, transportados, armazenados ou exportados e pronto. É o que os economistas chamam de “pouco valor agregado”. Plantar soja ou milho não é como fabricar um carro. Pouca gente produzindo muito.
Crescendo? Sim. É este o caso do Brasil. Costuma-se dizer que, afinal, não estamos tão mal assim. Nossas exportações estão crescendo mais que a média mundial. Só não se diz que quase tudo são commodities. Mais grave, commodities concentradas em minério de ferro e alimentos.
Não é novidade? Sei que isso tudo não é novidade, mas é uma “novidade velha”. Velha sim, porque há anos sabemos que o Brasil está perdendo espaço no mercado mundial de produtos industriais, mas parece que o governo se contenta em equilibrar a balança comercial com a venda de produtos básicos, principalmente agora que os preços estão altos. Cito apenas um caso. Entre janeiro e setembro, só as exportações de minério de ferro representaram 13,2% do total. E continuam crescendo, acompanhadas pelo petróleo, para atender à voracidade chinesa. Enquanto isso, continuamos importando, cada vez mais, produtos industrializados.
Desindustrialização. Esse e não é só um fenômeno brasileiro, é de toda a América Latina que está desindustrializando as exportações, concentradas em meia dúzia de produtos primários. Jamil Chade, correspondente do Estado em Genebra, revela recente estudo da Organização Mundial do Comércio, mostrando uma distorção que é o caminho aberto para o atraso.
Em 2000, cerca de 37% das exportações latino-americanas eram de bens industrializados. Hoje, são apenas 27%. A China abocanhou tudo. Há dez anos, o país representava apenas 5% do mercado mundial desses produtos. No ano passado, 13%. Nada menos que US$ 1,1 trilhão, informa a OMC. Supera os Estados Unidos.
Entre 2000 e 2009, o valor das exportações mundiais de industrializados aumentou 8% por ano; na América Latina, apenas 6%. Foram substituídas pela venda de commodities agrícolas e minérios, que cresceram 11% no período, por causa da demanda chinesa. Hoje representam 30% das exportações latino-americanas. Ou seja, a China está desalojando o Brasil e os países latino-americanos do mercado industrial e importando deles matéria-prima que industrializa e vende a preços competitivos.
Brasil se marginaliza. Jamil Chade teve acesso a estudo da Universidade de Boston no qual se constata que oito em cada dez produtos industrializados brasileiros enfrentam a concorrência direta da China. Em 2009, cerca de 84% das exportações brasileiras de bens industrializados já foram de alguma forma afetadas pela concorrência chinesa. Na prática, isso significa que 28% de todas as vendas ao exterior hoje são ameaçadas pela competitividade chinesa.
Há 25 anos, o Brasil tinha participação no mercado de bens manufaturados que ultrapassava em grande medida a presença chinesa. Segundo o levantamento, em 1985, o Brasil representava 1,1% do mercado mundial desse setor. Isso o situava no 16.º lugar. Naquele ano, a China estava na 26.ª posição, representando apenas 0,4% das exportações mundiais de produtos industrializados.
No ano passado, o Brasil despencou para o 24.º lugar, com 0,7% das compras mundiais desses produtos. É este o cenário, é esta a novidade velha de distorções que se repetem, à espera de uma ação unificada, numa eterna esperança que se adia.
O Estado de São Paulo
Um comentário:
importação de maquinas e equipamentos da china temos que tomar cuidado pois se assim continuar o Brasil vai falir , nós brasileiros estamos ficando cada vez mais pobre, enquanto a china festeja grandes lucros ,o Brasil vai falir se continuar as exportações da china ,vamos todos falir logo vai virar uma avalanche ,muitas gentes desempregadas e muitas firmas falidas, os funcionários do Brasil vão ter que trabalhar dia e noite, este vai ser o único jeito de fazer para que o Brasil possa concorrer com a china, os empregados vão ter que trabalhar 24hs por dia vamos ser escravos, vamos receber apenas meio salário mínimo
sem direito a nada ferias fgts aposentadoria etc, os primeiros a pagarem por isso vai ser aqueles que estão apoiando a china, eles vão ser os primeiro a falir para quem eles vão vender o produtos trazidos da china se as empresas todas vão falir?
resumindo o que os empresário vão fazer quando a suas empresas falirem?
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