Santa Catarina retoma liderança de exportação de frango no Brasil
FLORIANÓPOLIS - Santa Catarina deixou o Paraná para trás e reassumiu a liderança entre maiores exportadores de frango no país. A agroindústria catarinense embarcou 520,1 mil toneladas no primeiro semestre, alta de 9,2% em relação ao mesmo período de 2010, contra 499,2 mil toneladas dos paranaenses.
Os dados foram divulgados ontem pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef). Desde 2009, os dois estados têm se revezado no topo do ranking de exportações, mas os paranaenses consolidaram a liderança na produção de carne de frango.
Na avaliação do diretor executivo da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Ricardo Gouvêa, o Brasil e SC estão recuperando o mercado internacional perdido após a crise global de 2008.
"Perdemos muito espaço. A recuperação dos mercados por Santa Catarina começou em 2010 e, principalmente, este ano", considera Gouvêa.
Para o vice-presidente de secretaria da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), Enori Barbieri, a condição sanitária de SC, que diferencia o Estado de todos os demais do país, foi a grande responsável pela reconquista da liderança nas exportações este ano.
Puxado pelo bom desempenho de catarinenses e paranaenses, os números brasileiros subiram em todos os segmentos. No primeiro semestre deste ano, o país exportou 1,93 milhão de toneladas de carne de frango, alta de 6,8% em relação ao mesmo período de 2010. Mesmo com o dólar desfavorável, a receita da comercialização avançou 28,5%, totalizando quase US$ 4 bilhões.
Os números do setor reforçam a previsão feita pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), no mês passado, de que o Brasil terminará 2011 como o maior exportador de carne de frango do mundo, destronando os EUA.
Segundo a entidade, a indústria brasileira responderá por um terço do comércio global.
NetMarinha
Etanol brasileiro tem vitória por competitividade nos EUA
Senadores dos partidos Democrata e Republicano nos Estados Unidos selaram ontem um acordo para tentar acabar com a tarifa de importação sobre o etanol brasileiro e com os subsídios da indústria norte-americana de etanol de milho no fim deste mês. Se a iniciativa vingar, as medidas que beneficiam o etanol brasileiro entrariam em vigor cinco meses antes do prazo previsto.
Desde 1980, os Estados Unidos concedem um subsídio de US$ 0,45 por galão de etanol de milho misturado à gasolina e impõem uma tarifa de US$ 0,54 por galão de etanol importado.
A tarifa de importação sobre o etanol brasileiro e os subsídios ao etanol de milho norte-americano vem sendo renovados sucessivamente todos os anos. O ambiente político nunca foi tão propício, porém, ao fim dos subsídios agrícolas. O governo norte-americano precisa cortar gastos com urgência.
A iniciativa ocorre três semanas depois de uma votação de outra emenda no Senado ter aprovado o fim do programa de apoio ao etanol de milho.
O Tempo - MG
Exportação brasileira de café bate recorde
O Brasil encerrou em junho o melhor ano-safra da história no que diz respeito às exportações de café. De acordo com dados divulgados ontem pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o Brasil embarcou 34,92 milhões de sacas da commodity, volume 17% maior do que o apurado no ano-safra anterior. Já a receita cambial saltou 65% e alcançou US$ 7,39 bilhões, depois de ter crescido apenas 8,6% ao longo das três safras anteriores.
Considerando o primeiro semestre de 2011, os embarques de café verde cresceram 16%, para 14,72 milhões de sacas. Os resultados foram impulsionados pela alta dos preços internacionais do café, que praticamente dobraram desde setembro do ano passado, mesmo com uma safra recorde no Brasil. Em nota, o diretor-geral do Cecafé, Guilherme Braga, afirmou que safras abundantes "já não significam pressão sobre os preços" e que o país "encontrou mercado para sua produção maior".
A expectativa é de que os embarques diminuam na nova safra, que começou no dia 1º de julho e se estende até junho de 2012. Por causa da bienalidade do café, o Brasil deverá colher uma safra 9,5% menor, de acordo com as estimativas oficiais. Mesmo assim, o Cecafé espera uma receita "ligeiramente maior", sustentada pelos preços elevados. O aumento do demanda global em velocidade superior à da oferta e o enxugamento dos estoques nos últimos anos mantêm um cenário de aperto no mercado de café. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial do produto.
Valor Econômico
Brasil e França firmam parcerias para promover inovação e exportações
Paris, França (7 de julho) – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou hoje, em Paris, durante palestra do “The 2nd Brazil Business Summit”, organizada pela Economist Conferences, grupo da revista britânica The Economist, que "a França pode ajudar muito o Brasil com a sua indústria altamente inovadora por meio da transferência de tecnologia em setores estratégicos”.
Pimentel disse ainda que “nosso país precisa muito do dinamismo da economia francesa e este é o momento para integrarmos, definitivamente, os nossos esforços para o salto da inovação que queremos dar com o lançamento da nova política industrial”.
Em viagem oficial à França, Pimentel se encontrou com o ministro de Economia, François Baroin, e com o assessor especial da Presidência francesa, Jean-David Levitte. Nas audiências, o ministro destacou que o país que mais recebe investimentos franceses no mundo hoje é o Brasil e lembrou ainda que, entre as quarenta maiores empresas francesas, 38 estão firmemente estabelecidas no Brasil.
O ministro, que chefia a delegação brasileira que participou hoje da III Reunião do Comitê Técnico de Promoção Comercial e de Investimentos Brasil-França, firmou memorando de entendimento que tem o objetivo de desenvolver projetos de inovação. A intenção é aumentar o intercâmbio de informações e de boas práticas entre os órgãos de governo, centros de pesquisa e desenvolvimento, universidades, associações e federações empresariais, e empresas públicas e privadas dos dois países.
O acordo prevê ainda a promoção conjunta de investimentos, a criação de novos serviços e aplicação de práticas e processos de inovação nos setores produtivos e de serviços, privado e governamental. Pretende-se também ampliar o apoio à publicação de editais conjuntos entre os órgãos governamentais dos dois países.
A cooperação em iniciativas de integração produtiva entre comunidades empresariais, universidades, pólos de competitividade (França), Arranjos Produtivos Locais (Brasil), parques tecnológicos e empresas incubadoras é outro ponto mencionado no memorando.
Garantias para Exportações
Na agenda de trabalho entre as autoridades francesas e brasileiras, constou ainda a assinatura de um memorando de entendimento entre Seguradora Brasileira de Credito à Exportação S.A. (SBCE) e a Companhia Francesa de Seguros para o Comércio Exterior (Coface, na sigla em francês). A SBCE é a empresa contratada pelo Ministério da Fazenda (MF) para realizar os serviços relacionados ao Seguro de Crédito à Exportação (SCE), financiando pelo Fundo Garantidor de Exportações.
O acordo trata sobre formas de facilitar o apoio às exportações de Brasil e França para terceiros países em que uma empresa exportadora francesa poderá subcontratar parte de suas exportações de uma empresa brasileira e vice-versa. Por meio do memorando firmado, SBCE e Coface estabeleceram negociações na cooperação institucional para prestar garantias a estas combinações contratuais entre as empresas dos dois países.
A Coface também firmou memorando de entendimento com a Petrobrás que permitirá a concessão de garantias de crédito para operações que totalizem US$ 500 milhões entre exportadores franceses e a empresa brasileira. Com isso, estas operações da Petrobrás, captadas no mercado financeiro privado, serão classificadas como de menor risco devido às garantias apresentadas.
Relações Comerciais
O comércio bilateral entre Brasil e França apresentou crescimento no primeiro semestre de 2011. No período, o Brasil vendeu US$ 2 bilhões para a França e importou US$ 2,5 bilhões deste mercado. O aumento na corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de 14,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
Ainda assim, o potencial para crescimento no intercâmbio comercial é considerável, tendo em vista que as exportações brasileiras para o mundo aumentaram 32,6% neste primeiro semestre, enquanto que, para a França, houve uma expansão menor, de 18,5%. Neste sentido, o Brasil realizará uma agenda de 25 atividades de promoção comercial na França em 2011 e 2012, com foco nos setores de moda e vestuário, café gourmet, construção e arquitetura, frutas, vinhos, autopeças e decoração.
Em relação aos investimentos, em 2010, a França posicionou-se como quinto país que mais investiu no Brasil, com aportes de capitais nas áreas de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Cabe dizer ainda que, atualmente, o Brasil apresenta oportunidades de investimentos concretas em infraestrutura devido ao fato de que o país irá sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 na cidade do Rio de Janeiro.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
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