LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 14 de julho de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 14/07/2011

Portuários já falam em greve no cais
Com a rejeição da proposta da Codesp de reajuste de 9,643%, os portuários já acenam com a deflagração de operação padrão ou mesmo uma greve geral. Tudo vai depender do posicionamento da empresa, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Portuária (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos. Para ele, a empresa não deveria estar tratando, ao mesmo tempo,da campanha sindical e do realinhamento salarial. "Pelas propostas apresentadas, todos perdem, uns mais do que os outros". A assembléia que rejeitou a proposta foi bastante tensa. Cirino responsabiliza a Codesp pela discórdia entre os trabalhadores. Ele disse que foi dado um prazo de 30 dias para a empresa melhorar a oferta. No dia 10 de agosto será realizada nova assembléia, seguindo os trâmites da lei de greve.
CODESP
Segundo a Codesp, além da oferta de 9,643% (com IPCA ajustado), a empresa propõe o realinhamento da curva salarial,elaborado com base em estudo que levou em conta a remuneração das diversas categorias profissionais. O que se procurou foi corrigir distorções existentes há mais de18 anos,através de um ajuste na tabela do atual Plano de Cargos e Salários da ordem de 51% sobre o salário-base. A iniciativa, segundo a empresa, "integra o projeto de reestruturação da Autoridade Portuária e reflete a preocupação da empresa em adequar os salários-base de seus empregados ao que hoje se pratica no mercado".
A Tribuna



Anvisa vai ampliar equipe de agentes no Porto de Santos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçará emergencialmente sua equipe no Porto de Santos. Mais fiscais serão escalados para trabalhar especificamente nos pedidos de renovação da autorização de funcionamento de terminais da região. O aval precisa ser renovado anualmente.

A informação foi transmitida ao secretário-executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), Matheus Miller, nesta terça-feira, durante a reunião da Câmara Setorial de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados (CSPAF), da Gerência Geral de Portos, Aeroportos e Fronteiras (GGPAF) da Anvisa, em Brasília.

“Conseguimos uma promessa de envio dessa força-tarefa. Hoje existem 1.100 servidores para todos os portos do País e a demanda (de movimentação de cargas) é crescente”, disse Miller para A Tribuna na tarde desta terça-feira, por telefone, após a reunião.
A Tribuna




Maiores transportadoras aumentam participação de mercado
Maersk é a líder, com 15,4% de market share na capacidade global.

De acordo com a analista do segmento marítimo Alphaliner, as 20 maiores transportadoras aumentaram a sua participação combinada no market share global, alcançando 84% de participação.
Ainda assim, segundo a companhia, a indústria permanece competitiva, apesar da dominância cada vez maior das maiores companhias, já que nenhuma transportadora controla mais do que 20% do mercado sozinha.
O market share das maiores transportadoras registrou uma pequena queda em 2009 e 2010, já que a crise econômica da época resultou em uma redução temporária da capacidade. No entanto, nos últimos 12 meses a tendência mudou, com as 20 maiores transportadoras aumentando conjuntamente sua capacidade em 12%, ultrapassando o ritmo de crescimento da indústria em 9%.
Ainda segundo a Alphaliner, as três maiores transportadoras são a Maersk (15,4%), a MSC (12,9%) e a CMA CGM (8,3%). Quem ocupa a vigésima posição é a United Arab Shipping Company com 1,5% de participação do mercado.
Guia Marítimo




CSAV anuncia suspensão de um terceiro serviço
A transportadora chilena CSAV anunciou recentemente que dará fim ao serviço NACSA México-costa oeste dos Estados Unidos, terceiro serviço a ser suspenso nas últimas semanas.
A rotação que compreende Manzanillo, Long Beach, Oakland, Seattle, Vancouver, Oakland, Long Beach e de volta para Manzanillo,e que tem conexões com o Caribe e América do Sul, terminará com a ultima navegação saindo de Long Beach no dia 4 de agosto.

A companhia justificou a suspensão alegando "ambiente econômico desfavorável e que tem afetado o trade entre a costa oeste da América do Norte e a costa oeste da América do Sul, Caribe e América Central" e disse que vem negociando com a MSC e com a CMA CGM uma junção de serviços em uma série de trades na Ásia, na América do Sul, na África e na Europa.
Guia Marítimo



New World Alliance suspenderá PSW
A New World Alliance, composta pela APL, pela MOL (Mitsui OSK Lines) e pela Hyundai Merchant Marine anunciou esta semana que irá suspender o serviço PSW Transpacífico, que cobre as rotas que partem de Taiwan, do sul da China e da Coréia com destino a Los Angeles e Oakland (EUA).

O último navio a cumprir o itinerário zarpará no dia 14 de julho de Pusan. O serviço operava com cinco navios com capacidades que variam entre 4.600 Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) e 4.700 Teus. A aliança continuará realizando serviços entre os locais cobertos pelo PSW por meio de outras rotas.
Guia Marítimo



Movimentação de cargas no Porto de Cabedelo cresce 29% no 1º semestre
A Companhia Docas da PB, administradora do Porto de Cabedelo, tem registrado crescimento constante na movimentação de cargas e, nos últimos três meses, houve crescimento em relação ao mesmo período de 2010. Segundo a gerência de operações, o grande salto foi no mês de maio, quando foram movimentadas mais de 185 mil toneladas, representando 92% de aumento comparado a maio do ano passado. Em abril, o crescimento foi de 20,56% e em junho foi de 16,07%.

Somados, os seis primeiros meses do ano acumulam movimentação de 852 mil toneladas, 250 mil (29%) a mais que em 2010. Há mais de 50 anos o porto não registrava tamanho volume de carga movimentada.

O diretor-presidente da Cia Docas, Wilbur Holmes Jácome, atribui esse recorde histórico à demanda do segmento de construção civil, que incrementa a produção de cimento e toda cadeia logística envolvida pelo setor; e ao fato do porto de Cabedelo se beneficiar pelo porto de Suape (PE) estar trabalhando com uma demanda 18% acima de sua capacidade. “Esse excedente escoa para nós e precisamos estar preparados para sermos um porto ‘alimentador’, ou seja, de suporte, tanto ao de Suape, quanto ao de Natal”, explica Wilbur, justificando a necessidade de investimento na infraestrutura do porto paraibano.

A diretoria do Cia Docas tomou providências para que o armazém IV do porto esteja apto a receber alimentos e produtos de saúde de acordo com as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); e em abril reinaugurou o posto da Receita Federal que há décadas funcionava no porto em condições precárias. Está sendo finalizado um estudo sobre os processos internos do porto para subsidiar a elaboração de normas e procedimentos que vão agilizar e diminuir os custos operacionais. A nova gestão do porto está trabalhando por uma política comercial consistente, uma rota de cabotagem para a PB e na prospecção de novas cargas.

O porto de Cabedelo é a principal ferramenta de apoio à indústria e comércio do Estado e atualmente tem um calado de 9 metros, estando em processo de dragagem para se chegar aos 11m. Além da dragagem é necessário investir na infraestrutura do porto para que este se adeque às novas demandas do comércio exterior. O presidente da Cia Docas, Wilbur Jácome, entregou à Secretaria de Portos da Presidência da República os projetos de construção do cais comercial e do terminal de múltiplo uso, de contêiners e de passageiros, e está pleiteando verba do PAC ll.

Para manter o crescimento, o porto precisa de investimentos nos projetos estruturantes que vão permitir o aumento na movimentação de contêiners de 2 mil para até 50 mil contêiners por ano, e a duplicação da movimentação de cargas.
Wilbur ressalta que a Paraíba está sem investimentos estruturantes na área portuária há mais de 30 anos. “Precisamos reerguer a economia do Estado e o porto é a maior ferramenta para isso. Afinal, as ferrovias que cortam o Estado começam ao lado dos nossos armazéns e a BR-230, que também cruza toda Paraíba, tem o km 0 (zero) em frente aos nossos portões. Temos um super potencial multimodal e não temos equipamentos para estimular zonas de processamento de exportação em vários outros locais. Ou temos o apoio do Governo Federal, ou a nossa economia pode sofrer danos severos", avalia. Segundo o diretor-presidente, os projetos já foram entregues em Brasília e só faltam as ações políticas para que a infraestrutura logística do Estado seja otimizada.
Portos e Navios

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