LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 15 de julho de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR - 15/07/2011

Exportação avança em junho
As exportações do Estado registraram crescimento em junho, após um início de ano ruim, com três meses consecutivos de queda. De acordo com dados da balança comercial, divulgados ontem pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, nesse mês, o volume de vendas para outros países foi 9,8% maior que em maio, que já havia registrado 4,7% de acréscimo, em relação a abril.

Embora o aumento tenha sido pouco expressivo, tendo em vista que foi apenas um sinal de recuperação depois do decréscimo do primeiro trimestre, Eduardo Bezerra, superintendente do CIN (Centro de Internacional de Negócios), vinculado à Fiec, explica que não há razão para preocupação. Para ele, é importante levar em conta que, normalmente, o primeiro semestre perde em exportações para o segundo período anual, e que o avanço em junho deve ser observado como um possível prenúncio para meses melhores. "Devemos observar que junho é véspera do segundo semestre. Isso significa que existe a probabilidade de que o período seja bastante animador para as relações do Ceará com o exterior", aposta Bezerra.
Acima de R$ 100 milhões - Outro destaque é que o Ceará reassumiu a posição de exportador acima da faixa dos 100 milhões de dólares por mês, uma linha de estabilidade comercial. Segundo dados da balança, no mês de junho foram contabilizados $ 105,85 milhões em exportações, contra US$ 96,51 milhões em maio.
No acumulado do semestre, a variação entre 2011 e o ano passado foi positiva de 2,52%. Um passo de US$ 595,33 milhões, para US$ 610,37, entre um período e outro.
Produtos - Os calçados ainda estão no topo do ranking dos produtos cearenses que ganham o mundo, embora a indústria calçadista esteja sofrendo com o câmbio. Em seguida, vêm a castanha de caju, o couro, ceras vegetais e sucos.
Eduardo Bezerra afirma que exportar, na conjuntura atual, tem sido um quebra-cabeça difícil. Entretanto, pondera que o câmbio não é o único fator que determina o aumento ou a diminuição de exportações, entram na conta, por exemplo, fretes terrestres e taxas portuárias.
Com todo esse "jogo burocrático", há quem prefira considerar o mercado brasileiro e voltar maior parte das mercadorias para vendas internas, já que é um processo mais simples. Isso também contribui para a diminuição das vendas externas.
Importações - Enquanto isso, as importações no Estado sofreram redução de 5,31% entre junho e maio do ano em curso.
Para Eduardo Bezerra, essa variação é "apenas uma flutuação sazonal", vez que não há supérfluos nessa lista. As compras cearenses são em sua maioria de commodities, como o trigo e o algodão. Entre o primeiro semestre de 2010 e 2011, essas importações subiram cerca de 22%.
Com esses resultados, a balança comercial do Ceará (diferença entre as exportações e importações) mantém-se deficitária, em US$ 64.923. Saldo negativo é 22,56% menor que em maio último.
Diário do Nordeste - CE




Excedente de exportação praticamente desaparece
As estimativas de redução da safra atual de cana-de-açúcar praticamente acabam com o excedente de exportação de etanol justo no momento em que o mercado dos Estados Unidos se abre para o produto brasileiro. Na semana passada. o Congresso americano antecipou o fim dos subsídios a produção do combustível do país, que é feito a partir do milho.

Segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), as estimativas para o fechamento da safra no Centro- Sul é de um excedente mínimo de 1,35 bilhão de litros de etanol para a exportação, quantidade menor do que a demanda de consumo interna em um mês, que é de 2 bilhões de litros.

"Não há excedente", afirma Sérgio Prado, representante da Unica. Segundo ele, a maior parte das exportações que serão auferidas este ano é residual, referente a negócios que foram fechados no passado e que deve ser absorvida pela indústria química.

Quase nada irá para o tanque dos carros americanos, o grande interesse do Brasil. Embora as épocas sejam diferentes, Prado observa o potencial de ganhos para as exportações nacionais caso a evolução da colheita de cana-de-açúcar tivesse crescido no ritmo médio de 10% ao ano desde o início do uso dos carros flex no país, em 2002. Ele lembra que, no pico da safra 2009/2010, o país chegou a exportar 5 bilhões de litros de etanol, sem deixar de atender a demanda interna e diante dos subsídios americanos ao etanol de milho.

Carro flex

Enquanto a produção de etanol não voltar aos patamares adequados, o excedente para exportações- pelo menos no Centro- Sul - deve permanecer baixo. Segundo dados da FederaçãoNacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), de janeiro a junho deste ano, foram vendidos no país 1,37 milhão de carros flex, um resultado 6% acima do mesmo período do ano passado. A projeção de analistas é de que a frota de veículos novos atinja a marca dos 3 milhões no final deste ano. Quase todos eles bicombustível.

A situação deixa os produtores em uma verdadeira sinuca de bico. "A demanda interna continuará forte, mas em um momento no qual a atratividade para o açúcar é grande no mercado internacional", diz Mauricio Muruci, analista de açúcar e etanol da Safras e Mercado.
Brasil Econômico



Exportação para Rússia cresce mesmo com embargo
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, disse que o embargo russo a 85 frigoríficos de carne bovina, suína e de frango de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, iniciado em 15 de junho, não afetou nem deverá impactar nas exportações de carne bovina ao país. Do total de frigoríficos que tiveram os embarques suspensos, 25 produzem carne bovina.
Segundo a Abiec, de janeiro a junho foram embarcadas 146,563 mil toneladas ao país, aumento de 3% ante as 142,832 mil toneladas comercializadas no mesmo período de 2010. Em receita, o montante somou US$ 658,5 milhões, alta de 38% com relação aos US$ 476,4 milhões do primeiro semestre de 2010. Por conta desse desempenho, a Rússia foi no período o principal mercado da carne bovina brasileira em faturamento. O preço médio praticado no período subiu 35%, para US$ 4.492/tonelada
Somente em junho, os embarques totalizaram US$ 126,828 milhões, alta de 49,28%. Em volume foram 27,999 mil toneladas, aumento de 17,7%. O preço médio praticado no período subiu 27%, para US$ 4.529/tonelada. "Não houve antecipação de embarques na primeira quinzena antes de o embargo começar. Pela capilaridade que temos no setor, conseguimos manter nossas exportações à Rússia por meio de unidades habilitadas de outras regiões", explicou Camardelli.

Sobre a expectativa de retomar os embarques das unidades suspensas, a Abiec trabalha com informações do Ministério da Agricultura. "Soubemos que os dois países entraram em um entendimento e estamos sentindo um otimismo por parte do Ministério da Agricultura com a volta em breve das exportações dessas unidades.

Agora, se o anúncio da retomada dos embarques será em 15 dias ou em um mês dependerá da boa vontade da Rússia", declarou o diretor executivo da Abiec, Fernando Sampaio. "Para nós é um mercado muito interessante. É um país que compra e paga. Então tanto a indústria quanto o governo têm que centrar esforços para resolver essa situação o mais rápido possível", ressaltou Camardelli.
Portos e Navios



Projeto "Exporta Mais Marítimo" visa alavancar as vendas externas
 O programa conta com uma parceria em apoio logístico do Porto de Dunkerque, localizado no norte da França.

Ampliar as exportações das micros e pequenas empresas cearenses. Esse é o objetivo do projeto "Exporta Mais Marítimo", que pretende ajudar na desburocratização da atual logística do transporte marítimo no Brasil, e, por conseguinte, também reduzir os custos do processo de exportação, por meio de um parceria com o Porto de Dunkerque, na França.

Segundo o deputado federal Antônio Balhmann, que está à frente do projeto, o intuito é estipular o teto de exportação para até US$ 150 mil, sem fixar peso e volume. Hoje, é de apenas US$ 50 mil e de 30 kg, pelo No "Exporta Fácil" dos Correios.

Expansão
De acordo com o deputado, o limite de faturamento atual que é de até R$ 2,4 milhões saltaria para R$ 3,6 milhões; e no caso das micros passaria de R$ 240 mil para R$ 360 mil. Balhmann esteve recentemente na França, com uma comitiva de gestores municipais cearenses mostrando as vantagens da exportação via Porto de Dunkerque, que quer realizar uma cooperação descentralizada internacional na área do desenvolvimento econômico e portuário. Conforme a pesquisa realizada pelo Sebrae Nacional, no Ceará são 190 MPEs exportadoras.

Melhor modal
Segundo Balhman, não há dúvida de que o melhor modal brasileiro de exportação é o marítimo, embora ainda com muitas deficiências, mas por onde o País tem mais investido, citando como exemplos os Portos de Pecém e do Mucuripe que tem recebido grandes investimentos nos últimos quatro anos.

Essa condição é que vai permitir que a micro e pequena empresa passe a ter expressão no esforço exportador brasileiro. Pelo lado nacional, o processo é preparar as empresas que ainda não exportam e as que já exportam a ampliarem suas remessas de mercadorias para fora do Brasil com base no Porto de Dunkerque.
O programa
A ideia do "Exporta Mais Marítimo", programa de desenvolvimento econômico e portuário, é fruto do trabalho de cinco estados (Espírito Santo, Ceará, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Norte).

Ficou entendida entre eles e os parceiros do projeto a necessidade de atuar no cenário da cooperação descentralizada e decidiram cooperar com Dunkerque, região metropolitana marítima e trans-fronteiriça do Norte da França, desde 2005. Quando se iniciou a cooperação, um dos objetivos era promover o desenvolvimento econômico e portuário dos territórios. Os parceiros almejavam prover plataformas logísticas inovadoras de referência para a movimentação de bens entre o Brasil e o Norte da Europa, atraindo novos fluxos comerciais com a utilização de contêineres, concentrados e distribuídos a partir dos estados portuários parceiros no Brasil e do Porto de Dunkerque.

Em cada estado e na França foram constituídas governanças locais para concretizar esse objetivo. Em 2006, as iniciativas dos portos foram apoiadas com esforços na captação de investimentos e na articulação do networking entre empresas e instituições dos territórios.

Novo foco
Enquanto as conexões aumentaram e muitas se consolidaram, os resultados comerciais não foram significativos: as únicas empresas francesas e brasileiras dispostas a investir além-mar eram as multinacionais, cujas decisões estratégicas são tomadas em outras capitais, brasileiras ou francesas.

Em 2008, o foco da estratégia foi mudado das grandes empresas para as micro e pequenas empresas, apesar de poucas delas estarem aptas a exportar. Houve convergência com o Sebrae para inverter essa tendência no incremento das exportações brasileiras, o que veio a coincidir na França com a criação da Câmara de Comércio e Indústria Internacional da Région Nord Pas de Calais, demonstração francesa da mesma intenção de inserir as MPEs no mercado internacional.
Portos e Navios




Innova pede mudanças em isenções na Zona Franca
Presidente da empresa apresentou reivindicações a Tarso

Margareth disse que já há consenso técnico no MDIC sobre a medidaA direção da petroquímica Innova pediu ontem a interferência do governador do Estado, Tarso Genro, para que o governo federal altere o pacote de incentivos fiscais para empresas do setor instaladas na Zona Franca de Manaus. Na região, os benefícios atingem sobretudo impostos sobre importação e na produção. Em audiência com Tarso, a presidente da companhia, situada no Polo de Triunfo, Margareth Feijó Brunnet, ressaltou que isenções fiscais que favorecem a única empresa produtora de resinas na região, a Videolar, geram uma grande desvantagem de preços para quem está fora como a Innova.

As produtoras de segunda geração de estireno, poliestireno e etilbenzeno, situadas em outros polos, como o gaúcho e baiano, apresentaram há dois anos ao Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior (MDIC) a mudança no marco regulatório. A vantagem da concorrente chega a gerar diferença de 10% nos preços, principalmente porque a petroquímica compra o maior volume de estireno dos Estados Unidos. "Eles poderiam importar, mas não para colocar resinas no mercado interno", diz a executiva.

As empresas esperam que o MDIC proíba a operação de plantas na Zona Franca ou que restrinja a compra da matéria-prima dos polos nacionais. Segundo ela, a isenção permite que a concorrente obtenha uma margem líquida que chega a ser o dobro das demais. A Innova lidera o mercado de estireno com 40% da oferta, seguida por 30% da Videolar, que ganha ano a ano mais terreno. A fabricante do Polo de Triunfo condiciona a decisão sobre novos investimentos em ampliação da planta à solução dessa diferença de custos.

O secretário de Desenvolvimento e Promoção ao Investimento, Mauro Knijnik, e o diretor- presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Investimentos (AGDI), Marcus Coester, não comentaram como será a ação junto à União. A comitiva informou que a mesma solicitação foi feita pelo polo petroquímico baiano ao governador do estado, Jacques Wagner (PP). "Já há consenso técnico no ministério sobre a medida. Esperamos uma definição nos próximos meses", aposta Margareth. Restrições como as propostas na Zona Franca já foram adotadas para outros produtos como automóveis, bebidas e calçados. A petroquímica, que foi comprada pela Petrobras da subsidiária da estatal na Argentina (Pesa) em abril passado, tem pressa na definição das regras fiscais pois já opera com a capacidade máxima da unidade e precisa aumentar a produção para dar conta de maior demanda em setores como construção civil e indústrias automotiva
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=67655&fonte=news



Exportador traz fluxo cambial de volta ao positivo no início de julho
Os dados do fluxo cambial da primeira semana de julho, divulgados ontem pelo Banco Central (BC), justificam os mais recentes sinais de preocupação por parte do governo com a entrada de dólares. Depois de um mês com saída líquida de recursos, o saldo da movimentação de divisas voltou ao terreno positivo. Em seis pregões, entraram no país US$ 1,521 bilhão, entre os dias 1 e 8 de julho.

A maior parte dos dólares veio do fechamento de contratos de câmbio de exportadores, com resultado líquido de US$ 1,205 bilhão. Mas o segmento financeiro também ficou com saldo positivo na semana, de US$ 316 milhões, depois de três meses com fuga de capital por essa conta, que registra a movimentação de moeda estrangeira para aplicações em títulos e ações, além do investimento estrangeiro direto (IED).
A valorização do real, mesmo em um cenário de saída de recursos, como ocorreu em junho, se deve em grande medida a apostas dos investidores locais e estrangeiros nos mercados futuro e spot. Os bancos ampliaram fortemente as posições vendidas no segmento à vista (aposta na queda da cotação), que pularam de US$ 9,3 bilhões, em maio, para US$ 14,7 bilhões na semana passada. Os fundos internacionais pularam, no mesmo período, de uma posição vendida no mercado futuro de US$ 18,6 bilhões para US$ 21 bilhões.

O avanço foi tão forte que pela primeira vez os bancos superaram o limite do compulsório. Foi registrado pelo BC um total de R$ 55 milhões depositado compulsoriamente no dia 5 de julho. Essa posição recuou no dia 8 para US$ 11 milhões.

Como resposta, o BC apertou ainda mais o recolhimento compulsório sobre as posições vendidas dos bancos, cujo limite passou de US$ 3 bilhões para US$ 1 bilhão, ou o patrimônio de referência, o que for menor. A nova regra passa a valer sexta-feira, a partir da média diária dos cinco dias anteriores.

A medida do BC obriga que os bancos reduzam a posição vendida em cerca de US$ 5 bilhões, ou seja, comprem dólares no mercado à vista. Como na semana passada o BC retirou do mercado US$ 1,585 bilhão, praticamente todo o fluxo positivo que permanecia no país, é possível afirmar que as instituições financeiras só começaram esse trabalho na segunda-feira. Os fundos hedge, contraparte dos bancos na bolsa, também diminuíram as apostas na apreciação do real em quase US$ 3 bilhões.
A enxurrada de dólares, que desde o começo do ano soma US$ 41,355 bilhões, é considerada pelo governo a principal responsável pela apreciação excessiva do real frente ao dólar. Os recursos migram para países em desenvolvimento, como o Brasil, em decorrência das políticas econômicas dos países ricos, que ainda tentam se livrar dos efeitos da crise de 2008.
Essa tendência ainda deve se manter por um longo período, já que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, reafirmou essa política na tarde de terça-feira, ao sinalizar, na ata da última reunião do seu comitê de política monetária (Fomc), que manterá os juros em patamares baixos por um período ainda prolongado.
Valor Econômico

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