LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 25 de julho de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 25/07/2011

TESC terá transporte ferroviário de contêineres
FLORIANÓPOLIS - O TESC, Terminal Santa Catarina, e a Brado Logística uniram forças com objetivo de viabilizar o transporte ferroviário de contêineres dry e reefer para o porto de São Francisco do Sul, o que pode reduzir em até 20% o custo com transporte de cargas em contêineres, comparando com o transporte rodoviário, além de garantir mais segurança.

A alternativa também reduz significativamente o número de caminhões na rodovia, contribuindo para a redução das emissões de CO2.Esta malha ferroviária atenderá, a princípio, os exportadores de Lages (SC), Ponta Grossa (PR), Cambé (PR), Cascavel (PR) e, após 90 dias, Telêmaco Borba (PR).
O tempo de deslocamento será de no máximo 96 horas e durante o percurso a composição fará uma pausa para que os contêineres reefers sejam ligados e recuperem o frio."Com mais essa alternativa de transporte, o Porto de São Francisco do Sul amplia as opções de acesso para as cargas conteinerizadas destinadas a qualquer local do mundo que não querem sofrer com grandes congestionamentos dos Portos Brasileiros e rodoviários.
Devido à sua localização, o TESC não é prejudicado pelas variações climáticas, portanto, não há espera para atracação", declara José Eduardo Bechara, diretor superintendente do TESC- Terminal Santa Catarina."Estamos oferecendo aos exportadores e importadores do interior do Paraná e de Santa Catarina mais um diferencial competitivo, utilizando a intermodalidade para escoar suas cargas via trem para o Porto de São Francisco do Sul.
A união do know-how da Brado e do TESC trará benefícios econômicos e sustentáveis tanto para os clientes quanto para o sul do país", declara José Luis Demeterco Neto, presidente da Brado Logística.A malha ferroviária existente já opera com granéis e a ideia é incrementar a atividade com o transporte de contêineres, tanto para cargas frigorificadas quanto secas.
A operação de embarque e desembarque de contêineres das plataformas será realizada em terminal já existente em São Francisco do Sul, a 6 km do porto.A previsão de início das operações é neste mês de julho e terá frequência diária, com movimentação de contêineres cheios e vazios.
NetMarinha



Governo prepara edital para construir quatro novos portos
SANTOS - O ministro-chefe da Secretaria de Portos (SEP), Leônidas Cristino, disse que o governo está "avançando" na abertura de licitações para a construção de quatro novos portos e terminais: porto de Manaus, Porto Sul, na Bahia, porto de Águas Profundas, no Espírito Santo, e terminal de múltiplo uso de Vila do Conde, no Pará. Todos eles estão em fase de estudos para lançamento dos editais, o que deve ocorrer até o fim do ano.

Os mais adiantados são o de Manaus, que tem projeto básico e está em fase de conclusão do estudo de viabilidade técnica e econômica, e o de Vila do Conde. Na quarta-feira, foi realizada audiência pública na Companhia Docas do Pará sobre a licitação das áreas de arrendamento. Os dois portos representam investimento de R$ 2 bilhões.
Em entrevista ao Valor, Cristino negou que o governo estuda a privatização do sistema portuário e reafirmou a manutenção do atual modelo. O arcabouço legal do setor prevê a concessão de porto público à iniciativa privada, por meio de licitação, por até 50 anos e autorização de terminal privativo, sem limite no tempo, desde que o empreendedor tenha carga própria. Segundo Cristino, o governo não prepara alteração no marco regulatório.
Parte da iniciativa privada reivindica a flexibilização da legislação portuária, com a eliminação de licitações para construção de portos, para acelerar os investimentos em infraestrutura. Atualmente, só é possível abrir mão da licitação quando o empreendedor tem carga própria em quantidade superior à de terceiros e usa o porto como forma de verticalizar seu negócio principal, como, por exemplo, Petrobras e Vale. Se a finalidade do negócio é prestar serviço de movimentação a terceiros, a regra é a licitação. O Brasil conta com 129 portos privativos e 34 portos públicos marítimos.
"O que está na lei é o que vamos continuar a fazer no futuro próximo. Por enquanto não existe intenção de mudança", afirmou Cristino. "O sistema portuário nacional é de porto público com operação privada. Agora, se alguém precisa de porto, o governo federal tem a estrutura legal para fazer a autorização para construção de um terminal de uso privativo, desde que haja carga própria em quantidade superior à de terceiros e que essas sejam da mesma natureza. Isso é óbvio", disse o ministro.
De acordo com levantamento realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), alguns Estados das regiões Norte e Nordeste deixaram de produzir 3 milhões de toneladas de soja e milho na safra passada por falta de portos marítimos próximos com capacidade de escoamento.
A CNA é uma das associações que lutam na Justiça contra o decreto 6.620, de 2008, que estabeleceu a necessidade de carga própria em quantidade superior à de terceiros para dispensa de licitação. Uma das reclamações é que a norma teria impedido os investimentos no setor. Cristino discorda. Para ele, os investimentos privados ocorrem à medida que o poder público acena com os aportes, que rareavam até a criação da SEP, em 2007. Até 2014, a SEP vai investir R$ 5,276 bilhões em 66 obras por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
"As estimativas dão contam de que a iniciativa privada vai investir em torno de R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões no período", afirmou o ministro. Da carteira referente ao PAC 1, até 2010, a SEP diz ter concluído 45% das obras civis e quase 70% do Programa Nacional de Dragagem, que está aprofundando os principais portos nacionais, o maior gargalo do setor, para permitir o tráfego de grandes embarcações.
Cerca de R$ 500 milhões do montante previsto até 2014 serão destinados a um programa de inteligência logística que, segundo Cristino, deve aumentar em até 25% a eficiência da operação. São basicamente três ações: a instalação do VTMS (Vessel Traffic Management Information System, na sigla em inglês), ferramenta que fará o monitoramento virtual do tráfego de embarcações; o Porto Sem Papel, plataforma on-line para integrar os trâmites burocráticos de todos os quase 20 atores envolvidos numa operação de comércio exterior; e o Carga Inteligente, que fará a comunicação entre a indústria ou fazenda e o porto, de forma que a mercadoria só seja enviada se houver disponibilidade de navio. O objetivo é evitar congestionamentos e otimizar o fluxo logístico
Na terça-feira, durante visita ao porto de Santos para acompanhar a implementação do Porto Sem Papel, Cristino afirmou que o programa estará implantado até 1º de agosto - o prazo original era abril de 2010.
Também anunciou que lançará no início de agosto a licitação para o VTMS de Santos, o primeiro porto que terá o sistema para auxiliar o controle da navegação principalmente em dias de mau tempo. Será composto por torres de monitoramento instaladas ao longo do estuário e uma central de processamento e supervisão dos dados por elas transmitidos.
A primeira licitação do VTMS foi cancelada, porque os equipamentos não puderam ser incluídos no Reporto, o programa do governo federal de isenção de impostos para aquisição de máquinas destinadas à modernização portuária. "Já conversei com o ministro Fernando Pimentel [do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior], para que possamos usar o Reporto para o Carga Inteligente e VTMS."
Durante a visita a Santos, o ministro informou que já recebeu da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) o desenho dos novos limites físicos do cais do porto. O novo traçado quase duplica a região portuária sob jurisdição da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que atingirá cerca de 15 milhões de metros quadrados.
O pedido de ampliação foi protocolado há mais de um ano pela Codesp, que depende disso para poder tocar o projeto de expansão do porto, chamado Barnabé Bagres. Segundo Cristino, se não houver nenhum problema com o novo desenho, a intenção da Secretaria dos Portos é enviar a minuta do decreto para a Presidência da República ainda nesta semana.
Valor Online

 

Porto concentra quase metade da importação de fertilizantes do Brasil
O Porto de Paranaguá, no Paraná, foi responsável por 44% da importação brasileira de fertilizantes entre janeiro e junho deste ano. Com um total de 4,63 milhões de toneladas movimentadas, número 49% maior que o registrado no mesmo período de 2010, o porto manteve a liderança nacional na importação do produto.

Os fertilizantes corresponderam, ainda, a 23% do total de cargas movimentadas nos portos paranaenses, incluindo-se nos cálculos o Porto de Antonina. Além disso, o Porto de Paranaguá é líder entre os demais portos brasileiros na exportação de farelo de soja, sendo responsável por 37% de suas exportações.
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) divulgou balanço nesta semana indicando alta de 13% na movimentação total de mercadorias no primeiro semestre do ano na comparação com 2010. Nos seis primeiros meses de 2011, 19,9 milhões de toneladas embarcaram ou desembarcaram nos portos, contra 17,68 milhões de toneladas entre janeiro e junho do ano anterior.
A receita cambial gerada pelas exportações subiu 21%, totalizando US$ 8,15 bilhões este ano. A exportação de granéis sólidos somou 9,42 milhões de toneladas, alta de 7%. O destaque foi para o açúcar, com crescimento de 22% (1,58 milhão de toneladas) e para a soja, de 15% (3,95 milhões de toneladas).
A movimentação de veículos também registrou alta considerável, de 38%. Mais de 95 mil veículos passaram pelo Porto de Paranaguá até junho.
De acordo com o superintendente da Appa, Airton Maron, o desempenho positivo dos complexos paranaenses deve-se à otimização da estrutura existente.
A Tribuna


Maersk lançará serviço Equador-Mar Negro
A Maersk Line dará início a um novo serviço entre o Equador e o leste do Mediterrâneo e o Mar Negro em setembro. A intenção é que os navios façam escalas no porto de Novorossiysk, maior porto russo no Mar Negro.
A companhia espera que o crescimento do trade com a Rússia e o Mar Negro contribua seja de cerca de 8% no crescimento médio anual do mercado no trade Ásia-Europa nos próximos cinco anos, de acordo com o diretor de operações da Maersk, Morten Englestoft.
A Mersk irá empregar oito navios no serviço, os quais provavelmente farão escala em Guayaquil, Balboa, Manzanillo, Algeciras, Izmit, Ambarli, Novorossiysk e Ilyichevsk.

A rotação do porto ainda não foi decidida e, como o serviço Ecubex, entre Guayaquil e o Báltico, pode se expandir para outros gateways da América Central e do Caribe, tais como Puerto Limon e Puerto Moin, na Costa Rica.
Até agora, a companhia servia o Mar Negro via transbordo, apenas. Com o novo serviço semanal direto, os exportadores de cargas reefer do Equador certamente serão beneficiados.
Guia Marítimo



Rio Grande do Sul assumirá navios paraguaios que estão retidos no Cais
Como forma de pagamento de uma dívida de tarifas portuárias no valor de R$ 4,93 milhões, o governo do Paraguai entrega, nesta quinta-feira (21), a sucata dos navios Mariscal José Félix Estigarribia e General Bernardino Caballero, que estão atracados no Porto de Porto Alegre desde 1997. A assinatura do termo de dação das embarcações acontece na sede do Consulado Paraguaio, na Rua Dr. Barcellos, 2237, no bairro Tristeza, na Zona Sul.
O superintendente de Portos e Hidrovias, Vanderlan Vasconselos, e o diretor de Portos da SPH, Silvio Pinheiro David, participarão do ato. Segundo Vanderlan, com a inclusão dos navios ao patrimônio do Estado, a Superintendência de Portos e Hidrovias pretende realizar leilão da sucata resultante das embarcações para que elas sejam retiradas do cais. "Mais do que uma preocupação com a estética e liberação de área do Porto, a presença destes navios nas docas do Cais Navegantes consiste em um risco iminente ao meio ambiente, já que seus porões ainda possuem substância oleosa, em grande quantidade", disse, através de nota divulgada pela assessoria de imprensa.
Os navios paraguaios foram retidos pela Marinha do Brasil, no Porto de Porto Alegre na época, por não estarem em condições seguras para navegação. Eles traziam trigo para o Rio Grande do Sul.
Portos e Navios



Transporte marítimo ganha reforço com píer flutuante do Terminal Náutico
Salvador - O píer flutuante do Terminal Náutico da Bahia já está funcionando com capacidade total. Com 105 metros de extensão, o equipamento tinha sido retirado para reforma e recuperação, que custaram R$ 3 milhões. Com o retorno do píer, os operadores do transporte marítimo, que chegam a transportar, no verão, cerca de 10 mil passageiros/dia, ficaram aliviados, porque as embarcações que atendem aos usuários das travessias de Mar Grande e Morro de São Paulo, bem como as escunas do passeio turístico às ilhas da Baía de Todos os Santos já podem atracar e desatracar do terminal sem qualquer problema.

Na reforma e recuperação do píer flutuante foram investidos R$ 3 milhões.

O presidente da Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), Jacinto Chagas, disse que a recuperação do píer flutuante do Terminal Náutico foi muito importante para os transportadores e para os usuários. “O equipamento oferece capacidade para as operações diárias e atende às necessidades das nossas linhas marítimas. A imprensa, que muito chamou a atenção para a necessidade do píer, teve uma participação decisiva. A Sudesb e a Secretaria de Infraestrutura, através do Derba, reconheceram a importância da realização da reforma do píer e atenderam ao pleito da Astramab”, observou Jacinto.

O equipamento é composto por cinco plataformas flutuantes, totalizando 105 metros. Antes de sua completa instalação, os operadores marítimos estavam contando apenas com um módulo de 45 metros e uma balsa para atracação.

“No verão chegamos a transportar 10 mil passageiros por dia e o equipamento é essencial para o fortalecimento do turismo e do transporte marítimo como um todo. Somos hoje a única alternativa ao sistema ferry boat e a demanda de embarcações cresceu muito no Terminal Náutico. Somente na linha de Mar Grande temos 11 lanchas, que fazem horários normais de 30 em 30 minutos ou a cada 15 minutos, de acordo com a demanda. A linha Salvador-Morro de São Paulo tem nove catamarãs e lanchas rápidas e são 17 escunas que atendem à linha de turismo do “Passeio às Ilhas”. Nossa meta é sempre atender com agilidade e segurança aos nossos usuários, que a cada dia procuram mais pelos serviços”, explicou Jacinto Chagas.

Os serviços realizados no píer flutuante do Terminal Náutico foram reforço das cavernas, montagem das rampas de ligação entre os flutuantes, substituição das chapas, fundo e costado, pintura industrial interna e externa, colocação de postes, corrimão, luminárias, colocação dos equipamentos de segurança obrigatórios e construção de uma nova passarela de acesso piso em madeira estrutura em aço inox.
Portos e Navios



Com gargalos em Santos, porto de Paranaguá foca em expansão Os investimentos, que incluirão recursos públicos, elevarão a capacidade portuária total para 70 milhões de toneladas por ano, ante as atuais 45 milhões

O porto de Paranaguá (PR) planeja uma expansão avaliada em 2,5 bilhões de reais que irá aumentar sua capacidade em 55 por cento, para responder à crescente demanda externa por matérias-primas e outros bens brasileiros, uma vez que o principal porto do país, o de Santos (SP), opera a plena capacidade.

Os investimentos, que incluirão recursos públicos, elevarão a capacidade portuária total para 70 milhões de toneladas por ano, ante as atuais 45 milhões. Paranaguá é importante exportador de commodities como grãos, oleaginosas, além de ser o principal canal para importações de fertilizantes do Brasil.

"O porto de Santos já está no seu limite, com poucas condições de expansão, e Paranaguá é a alternativa mais viável porque está localizado entre as duas regiões mais ricas do Brasil", disse à Reuters Airton Vidal Maron, superintendente do porto de Paranaguá.

Autoridades portuárias não quiseram estimar quanto tempo vai levar para a expansão ser finalizada. Agências portuárias, entretanto, estimam que o processo de expansão pode levar entre 5 e 10 anos.

Segundo Maron, a região portuária de Paranaguá "tem áreas de expansão disponíveis para chegar a movimentar até 200 milhões de toneladas por ano".

Embora o superintendente ressalte o potencial de Paranaguá, planos de expansão de portos no Brasil costumam enfrentar dificuldades que incluem barreiras ambientais e a burocracia.

No ano passado, por exemplo, o próprio porto paranaense foi embargado por um dia devido ao descumprimento à legislação ambiental, segundo autoridades federais.

DESVIO PARA PARANAGUÁ

O porto de Santos tem registrado grandes atrasos no embarque de açúcar para exportação no período da colheita de centro-sul nos últimos dois anos.

E em função disso alguns embarques foram desviados de Santos para Paranaguá neste ano, disse Sandro Mendonça, supervisor da agência Williams em Paranaguá.

Os dados dos embarques no primeiro semestre do ano reforçam a informação.

As exportações de açúcar por Paranaguá cresceram 22 por cento em relação aos seis primeiros meses de 2010, para 1,58 milhão de toneladas, enquanto as vendas externas do Brasil apresentaram queda.

Ainda que operadores de Santos também tenham planos de investir para impulsionar a eficiência e reduzir o tempo de embarque, há pouco espaço para que o porto de Santos acomode uma expansão, disseram autoridades do setor.

Mesmo após a expansão de Paranaguá, dos atuais 20 para 32 berços de atracação, o porto ainda terá uma capacidade bem abaixo da de Santos, que atualmente possui 63 berços de atracação, de acordo com dados de autoridades portuárias.

A primeira etapa da expansão no Paraná deve incluir a ampliação do terminal de contêineres, com mais um berço de atracação.
Outros planos incluem a adição de quatro terminais para grãos.
"Há um grande potencial em Paranaguá. Este é um projeto do Estado que vai trazer benefícios para todo o Brasil", disse Maron.

Autoridades portuárias disseram que estudos ambientais estão em andamento para avaliar o impacto dos planos de expansão.
Portos e Navios


ANTT prevê maior eficiência de ferrovias com novas regrasO novo marco regulatório do setor ferroviário, que entrou em vigor a partir de ontem, é uma das principais apostas do governo para reduzir o custo e garantir maior eficiência do transporte de carga no país. O diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, disse que os três regulamentos buscam ampliar significativamente a competitividade na operação das ferrovias.
As mudanças formuladas pela ANTT estabelecem novos compromissos para as concessionárias que exploram atualmente as malhas ferroviárias. Essas companhias contarão com metas de utilização para cada trecho concedido e o direito de passagem - obrigação que garante à concessionária o uso dos trilhos de outras companhias.

As medidas causarão impacto maior sobre as concessionárias a partir do próximo ano, quando entrarão em vigor as novas metas e o novo regime tarifário, definido de acordo com os produtos transportados e a malha utilizada. Segundo o diretor-geral da ANTT, a definição do preço-teto será concluída pelo órgão no prazo máximo de 120 dias.

Os regulamentos definem ainda as regras sobre os direitos e deveres dos usuários, a responsabilidade pela qualidade dos serviços e penalidades que poderão ser impostas aos prestadores de serviços em caso de descumprimento das regras.
Figueiredo considera que o novo marco não terá grande efeito sobre o setor, se não houver "vontade do mercado de investir". A expectativa do governo, segundo ele, é que haja um aquecimento do transporte de cargas e novos investimentos no país, por meio da aquisição de locomotivas e vagões e da renovação da malha ferroviária.

Atualmente, a malha brasileira possui uma extensão de 28 mil quilômetros. Deste total, 6 mil quilômetros estão subutilizados e outros 6 mil quilômetros não recebem investimentos e estão sem condições uso.

Para o diretor da ANTT, os trechos com pouco aproveitamento poderão ser devolvidos para serem licitados novamente. "Normalmente, esses são trechos antigos, com mais de cem anos, sem o perfil técnico adequado para hoje", afirmou. Figueiredo usou o exemplo da retomada, pelo governo, de trechos da ferrovia Transnordestina, construídos no século XIX, que voltarão a ser usados comercialmente.

O diretor da agência afirmou que tem discutido a reformulação do marco regulatório com o setor há pelo menos três anos e que o debate foi aprofundado nos últimos sete meses, a partir da divulgação das regras. Sobre o risco de questionamento na Justiça, Figueiredo disse que a elaboração das três resoluções foi precedida de discussões jurídicas dentro do governo.

Representantes da iniciativa privada e empresas do setor preferiram não comentar a publicação do novo marco regulatório das ferrovias. Procuradas pelo Valor, as duas principais empresas do setor - América Latina Logística e MRS Logística - afirmaram que a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) é quem fala pelo setor.

A entidade, por sua vez, informou que somente se posicionará sobre as medidas no início da próxima semana. Segundo a ANTF, as concessionárias estão analisando a nova regulamentação nos aspectos jurídico, técnico-operacional e financeiro.
Portos e Navios 


Tesc planeja ampliar participação em contêineres em São Francisco do Sul
O Terminal Santa Catarina (Tesc), arrendatário de um dos berços do Porto de São Francisco do Sul, no Norte catarinense, irá iniciar neste segundo semestre uma obra de expansão da sua capacidade de operação. Segundo o superintendente do Tesc, José Eduardo Bechara, a previsão é expandir dos atuais 250 mil contêineres/ano para 450 mil anuais a partir de 2012. O investimento deverá ficar entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões.
O Tesc tem expressivo volume de operação de carga siderúrgica e tem entre os principais clientes a Arcelor Mittal, que mantém unidade em São Francisco do Sul, mas pretende ampliar a movimentação de cargas em contêiner. Para isso, fechou uma parceria com a Brado Logística para iniciar o transporte desse tipo de carga por via ferroviária. Segundo Bechara, a modalidade oferece uma economia de até 20% com o transporte da carga em comparação com as rodovias.
A malha ferroviária já transporta carga a granel para São Francisco do Sul. A intenção é incrementar a atividade com o transporte de contêineres, tanto para cargas frigorificadas (reefer) quanto secas. O foco da operação está em clientes exportadores das regiões de Lages, no Planalto Serrano de Santa Catarina; Ponta Grossa, Cambé e Cascavel, Paraná; e, nos próximos três meses, em Telêmaco Borba, também no Paraná. Segundo Bechara, a intenção é atrair, principalmente, as empresas de agronegócio que precisam escoar a produção de aves e suínos em sistema refrigerado.

De acordo com o superintendente do Tesc, há grande potencial para atender este tipo de carga em São Francisco do Sul. O complexo todo, que também opera em parte sob administração pública, tem cerca de 1,1 mil tomadas reefer. Apenas 20% está sendo utilizada.

A previsão é iniciar as operações ainda em julho, com frequência diária. A operação de embarque e desembarque de contêineres das plataformas será realizada em terminal já existente em São Francisco do Sul, a seis quilômetros do porto.

A expectativa é que entre um e dois anos, 10% da movimentação de carga no Tesc poderá chegar por via ferroviária. Em 2010, o Tesc movimentou 115 mil contêineres e prevê um crescimento para 130 mil este ano.

Com o início da operação, São Francisco fará frente ao porto de Paranaguá, no Paraná. Hoje, cerca de 80% da carga frigorificada que chega ao porto vem por via ferroviária.

Em 2010, São Francisco movimentou cerca de 9,6 milhões de toneladas, um volume recorde. O porto passa por obras de aprofundamento do calado, previstas para serem finalizadas neste segundo semestre. Com o fim da dragagem, São Francisco passará a ter um calado 13,5 metros de profundidade.
Portos e Navios


Expansão do Pecém já tem dois consórcios habilitados
A PGE (Procuradoria Geral do Estado) habilitou dois consórcios em processo de licitação pública para a execução da segunda etapa de expansão do Porto do Pecém, localizado no Ceará.

A documentação foi apresentada pelos consórcios Marquise/QG/Ivaí e Serveng/Constremac/Metropolitana, e foi aprovado pela CGC (Comissão Geral de Concorrências) da PGE.

O valor máximo que deverá ser pago pelo Governo do Estado pelo projeto será de US$ 609 milhões e caso não haja recursos contra a decisão, a próxima etapa será a abertura das propostas financeiras.

A segunda fase da ampliação de Pecém compreende os empreendimentos de infraestrutura que serão instalados no Estado, como a refinaria da Petrobras e a siderúrgica.
Guia Marítimo



Brado Logística vai oferecer transporte ferroviário de contêineres
Brado Logística firma parceria com o TESC - Terminal Santa Catarina, localizado no Porto de São Francisco do Sul, para viabilizar transporte pela malha ferroviária.

A Brado Logística e o TESC – Terminal Santa Catarina uniram forças com objetivo de viabilizar o transporte ferroviário de contêineres dry e reefer para o porto de São Francisco do Sul, o que pode reduzir em até 20% o custo com transporte de cargas em contêineres, comparando com o transporte rodoviário, além de garantir mais segurança. A alternativa também reduz significativamente o número de caminhões na rodovia, contribuindo para a redução das emissões de CO2.

Esta malha ferroviária atenderá, a princípio, os exportadores de Lages (SC), Ponta Grossa (PR), Cambé (PR), Cascavel (PR) e, após 90 dias, Telêmaco Borba (PR). O tempo de deslocamento será de no máximo 96 horas e durante o percurso a composição fará uma pausa para que os contêineres reefers sejam ligados e recuperem o frio.
“Estamos oferecendo aos exportadores e importadores do interior do Paraná e de Santa Catarina mais um diferencial competitivo, utilizando a intermodalidade para escoar suas cargas via trem para o Porto de São Francisco do Sul. A união do know-how da Brado e do TESC trará benefícios econômicos e sustentáveis tanto para os clientes quanto para o sul do país”, declara José Luis Demeterco Neto, presidente da Brado Logística.

“Com mais essa alternativa de transporte, o Porto de São Francisco do Sul amplia as opções de acesso para as cargas conteinerizadas destinadas a qualquer local do mundo que não querem sofrer com grandes congestionamentos dos Portos Brasileiros e rodoviários. Devido à sua localização, o TESC não é prejudicado pelas variações climáticas, portanto, não há espera para atracação”, declara José Eduardo Bechara, diretor superintendente do TESC- Terminal Santa Catarina.

A malha ferroviária existente já opera com granéis e a ideia é incrementar a atividade com o transporte de contêineres, tanto para cargas frigorificadas quanto secas. A operação de embarque e desembarque de contêineres das plataformas será realizada em terminal já existente em São Francisco do Sul, a 6 km do porto.

A previsão de início das operações é neste mês de julho e terá frequência diária, com movimentação de contêineres cheios e vazios.
Portos e Navios



Empresa espanhola vai construir navios no Brasil
O estaleiro Promar assinou um acordo com a empresa espanhola Ghenova para desenvolver um projeto de engenharia naval que possibilite a construção de oito navios destinados ao transporte de gás por um valor de US$ 10 milhões.

Em comunicado, a companhia radicada na Andaluzia, no sul da Espanha, afirmou nesta quinta-feira que com este acordo consolida sua presença no Brasil, onde participará também projetos nos setores aeronáutico, industrial e civil.
Passados setes meses desde a constituição de sua filial em território brasileiro, a Ghenova Engenharia adquiriu um dos contratos de engenharia mais importantes do país, onde sua experiência prévia em numerosos projetos internacionais foi fundamental para o sucesso de sua proposta, segundo a nota.
Os planos de implantação da Ghenova no Brasil preveem o envio de especialistas espanhóis ao país e um sistema de rotação de equipes brasileiras nas instalações da empresa na Espanha.
Além da filial do Rio de Janeiro, um novo escritório será construído em Pernambuco, onde está sendo criado um novo polo da indústria de construção naval.
Portal Naval


Antaq quer tirar cargas das rodovias com a cabotagem, afirma Pedro Brito
Falar de cabotagem no Brasil chega a ser um martírio, pois vários projetos foram apresentados e não saíram do papel. Ano após ano, as rodovias ficam cada vez mais entupidas de caminhões e os defensores do uso de navios para o transporte interno de cargas parecem nadar contra a maré. Mas o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito, entende que chegou a hora de transformar os projetos em realidade.

Em visita ao Porto de Santos nesta quarta-feira (20), ele falou sobre o assunto e deixou claro que a Antaq pretende dar um jeito nesta situação. Informou que é um projeto da agência nacional discutir o quanto antes com a Secretaria de Portos (SEP) e com o Ministério dos Transportes um programa de incentivo à cabotagem. Todavia, Pedro Brito se recusou a dar prazos, talvez por estar calejado com tantas ideias que não foram para frente.

Mas, afinal de contas, como incentivar a cabotagem? O diretor da Antaq rejeitou a proposta de incentivos fiscais. Entende que os incentivos devam ser operacionais, para que os empresários possam finalmente deixar as rodovias de lado e apostar nos navios, que são menos poluentes e causam menos impacto ao meio ambiente.

“O que fizemos na SEP já se trata de um tipo de incentivo. É o aparelhamento dos portos brasileiros, com as dragagens que deram condição para que os grandes navios pudessem entrar e sair dos terminais. Só com a infraestrutura em dia que o empresário, o dono da carga pensará em tirar sua mercadoria de cima do caminhão e colocá-la em um navio.”

Brito classificou como absurda a situação que envolve o escoamento dos produtos que saem da Zona Franca de Manaus, no Amazonas. “Toda a produção vem via caminhão do Norte para o Sudeste e o Sul do Brasil. Isso é um absurdo. O dono da mercadoria precisa ter certeza de que ela chegará em tal data e horário no destino final. Quando isso ocorrer com a cabotagem, a mudança será natural.”
Portos e Navios

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