LEGISLAÇÃO

terça-feira, 4 de outubro de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 04/10/2011

Fórum Brasil de Comércio Exterior discute portos e logística
A 6.a edição do Fórum Brasil de Comércio Exterior promete esquentar o debate sobre o crescimento do comércio internacional e suas implicações no aprimoramento da cadeia logística e do maior complexo portuário da América Latina, o Porto de Santos.

Promovido pela TVB Band Litoral e pela Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA), o Fórum ocorrerá nos dias 4 e 5 de outubro, no Mendes Convention Center, à Av. Gen. Francisco Glicério, 206, em Santos/SP. É considerado pelo seu público, formado por executivos, importadores, exportadores, políticos e especialistas na área, como um dos mais abrangentes encontros no Estado de São Paulo voltados à discussão de temas dos setores portuário e de logística no País.

Entre os destaques da programação de 2011 está a palestra do economista Gustavo Loyola, sobre o atual cenário global e o avanço nas relações comerciais do Brasil com outras nações. Já o futuro da Região Metropolitana da Baixada Santista deverá ser dos painéis mais polêmicos, uma vez que reunirá empresários e autoridades estaduais e dos municípios da região com opiniões diversas sobre essa questão.

Como explica Agnes Barbeito de Vasconcellos, presidente da ABTRA, “essa discussão se dá num momento estratégico para o setor portuário e para o País e tudo indica que deverá avançar na agenda político-econômica nacional e nos seus rebatimentos no comércio exterior”. Isso, “tendo em vista a proximidade de acontecimentos de visibilidade mundial, como os recordes de movimentação de mercadorias conquistados pelo Porto de Santos, o potencial de exploração de pré-sal na região e a Copa de 2014”, completa Agnes.

Cláudia Rei, diretora superintendente da TVB Band Litoral, afiliada da Rede Bandeirantes de Televisão, ressalta que a meta da emissora é garantir a boa condução das discussões, como também a visibilidade nacional ao evento. “Seguindo a nossa filosofia de trabalho, alicerçada no jornalismo de boa qualidade, o nosso compromisso é colaborar efetivamente para a integração das cidades portuárias da Baixada Santista”. Cláudia acrescenta que, até pela importância dessa região, que abriga o maior porto do Brasil, a expectativa é que o encontro tenha abrangência e notoriedade nacionais.

Por fim, a ideia dos organizadores do Fórum é avançar na formulação de propostas que comporão uma carta a ser entregue ao ministro dos Portos, Leônidas Cristino, que deverá fazer o discurso de encerramento.

Detalhes da programação – O Fórum contemplará ainda mais três painéis para análise específica da realidade portuária. O primeiro contará com o empresário Ricardo Young, do Instituto Ethos, para tratar a sustentabilidade como valor agregado e requisito logístico. O segundo terá à frente o palestrante Ricardo Vega, presidente da Associação Brasileira dos Portos Secos, para analisar o papel desses portos na cadeia logística e as zonas de apoio logístico. E o terceiro painel, coordenado por Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, discutir&a acute; a atual política brasileira de comércio exterior, seus incentivos e barreiras tarifárias.

Além dos palestrantes, todos os painéis contarão na composição das mesas com debatedores reconhecidos nacionalmente. Em paralelo ao evento, uma feira de relacionamentos com estandes de empresas promete alavancar ainda mais os negócios do setor.
Assessoria de Imprensa da Abtra
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=55972





Norte pode ganhar porto e ferrovia
O Litoral Norte do Espírito Santo terá um terminal portuário para transportar as cargas produzidas nos municípios capixabas, no Brasil Central e principalmente as de Minas Gerais. O consórcio que construirá o porto já está articulado e a proposta, que ainda está em fase inicial de discussão, poderá ser implementada nos próximos cinco anos.A construção do Porto Norte (nome provisório) poderá viabilizar a construção de um ramal ferroviário ligando o Espírito Santo ao sistema ferroviário do Centro-Leste e, futuramente, à Ferrovia Transcontinental, que interligará a malha ferroviária do país ao Oceano Pacífico, por meio do Porto de Bayovar, no Peru.

O Porto do Norte deverá ter uma área de cerca de 20 mil hectares e investimentos da ordem de R$ 1,2 bilhão (infraestrutura básica e terrestre) e terminais para a movimentação de contêiner, carga geral, granéis. Seria um "hub port" (porto concentrador de cargas e de linhas de navegação).

O presidente do Corredor Atlântico do Mercosul (CAM), Paulo Augusto Vivácqua, um dos idealizadores do empreendimento, disse que o porto é viável somente com o volume de cargas já levantadas. Com a construção do terminal e da ferrovia, o volume de cargas crescerá muito, aposta.

"Vamos realizar esse projeto e sabemos o que estamos fazendo", destaca o presidente do CAM. Embora já tenha a localização do porto, Vivácqua prefere não oficializar o nome do município. A alegação é a de evitar especulação imobiliária, uma vez que os investidores ainda não adquiriram a área.

Cargas

De acordo com levantamento feito por integrantes do CAM, as principais cargas exportadas por Minas Gerais são os minérios, metalurgia, agroalimentos, transportes, produtos químicos, máquinas, eletroeletrônicos e têxteis. As principais cargas embarcadas nos portos do Espírito Santo são celulose, minérios, produtos siderúrgicos, granéis e combustíveis.

Com 20 milhões de habitantes, PIB de R$ 210 bilhões e 853 municípios, o Estado de Minas Gerais, segundo Vivácqua, pode ser considerado um país dentro do Brasil. Ele destaca que com, a construção de um porto e um novo ramal ferroviário, cresce muito o potencial logístico do Estado e cargas de outras regiões passarão a ser movimentadas nesse novo porto.

As cargas já identificadas do Norte do Espírito Santo são os produtos agrícolas e minerais, além dos que virão a partir da implantação do polo gás-químico. Da Bahia, os produtos florestais (madeira e celulose). Do Brasil central, a carga mais importante seriam os grãos que hoje são embarcados nos Portos de Paranaguá e Tubarão.

"Estado vive isolamento no país"

O presidente do Corredor do Atlântico do Mercosul (CAM), Paulo Augusto Vivácqua, chamou a atenção pela situação na qual se encontra hoje o Espírito Santo, de isolamento dos eixos de integração ferroviária do país. Com o novo desenho da interligação com a Ferrovia Transcontinental do Peru, o trecho ferroviário que faria a ligação do Estado com os importantes corredores foi desviado para o Rio de Janeiro.

Não bastasse o risco de isolamento, há ainda o fato de importantes cargas, como café e rochas ornamentais, tradicionalmente movimentadas pelos portos capixabas, estarem sendo embarcadas em portos do Rio de Janeiro. Os grandes eixos que estão no PAC não contemplam o Espírito Santo, e a carga do Centro-Oeste será escoada pelo Rio de Janeiro ou pela Bahia, alerta a vice-presidente do CAM, Sandra Stehling.

O Estado vem perdendo para portos do Rio de Janeiro cargas tradicionalmente movimentadas nos portos capixabas, como café e rochas ornamentais.

Quando foram projetados os grandes eixos de integração ferroviária do país, na década de 80, o papel desenhado para Vitória foi o de "uma espécie de capital portuária, logística, comercial da vasta região servida por este extraordinário eixo de integração continental", destaca.

Ele lembra que foram planejadas variantes de ligação ferroviária de Vitória para o Sul e também para o Norte. Só que os projetos não saíram do papel e também sumiram do mapa estratégico do Espírito Santo, reclama.
A Gazeta – ES




Santos Brasil assume liderança na América do Sul
Uma pesquisa realizada pela consultoria Drewry Independent Maritime, entidade londrina que desde 1970 audita o setor portuário, destaca a Santos Brasil como a primeira colocada no ranking de participação de mercado, em movimentação de contêineres, na América do Sul. A empresa, que na pesquisa de 2009 ocupava a segunda colocação, movimentou em 2010 nos terminais que administra (Tecon Santos - SP, Tecon Imbituba -SC e Tecon Vila do Conde - PA) 1.412.944 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), o que representou 7,7% do total operado na América do Sul. A pesquisa informa, ainda, que o rendimento originado pela movimentação de cargas por contêineres na América do Sul em 2010 foi 15% superior ao registrado em 2009.

A expectativa da Santos Brasil para 2011 é crescer 16,1% na movimentação de contêineres, chegando a 1.600.000 TEUs. Para atender essa demanda com eficiência operacional, a empresa investe em modernização tecnológica e capacitação de pessoal. No acumulado do ano os investimentos somam R$ 101,7 milhões e o aporte total, previsto até dezembro, é de R$ 187,1 milhões. Os indicadores de produtividade também refletem as melhorias operacionais: em agosto de 2011, o Tecon Santos atingiu o maior recorde de produtividade de toda a sua história, 80,38 Movimentos Por Hora (MPH). Na comparação com os 58,05 MPH, registrados em janeiro deste ano, o crescimento acumulado foi de quase 40%.
Guia Marítimo



 
Liberada ordem de serviço para dragagem dos canais do Complexo do Itajaí
Cada centímetro a mais de profundidade nos canais possibilita um aumento de 60 toneladas na movimentação nominal de cargas por navio.

A Secretaria de Portos da Presidência da República expediu nesta sexta-feira, (30) a ordem de serviço para a retomada dos trabalhos da dragagem de restabelecimento e de aprofundamento para 14 metros dos canais de acesso e bacia de evoluções do Complexo Portuário do Itajaí.

Na autorização estão incluídos as atividades para o desassoreamento do rio, que apresentou perda de profundidade após a enchente ocorrida no início deste mês. Além do restabelecimento das profundidades, a draga Kaishuu, de propriedade da empresa belga Jan de Nul, dará continuidade ao processo de aprofundamento dos canais e bacia de manobras para 14 metros.

O prefeito de Itajaí, Jandir Bellini e o superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos Júnior, estiveram em Brasília para pedir agilidade à liberação. Segundo Bellini, a retomada dos parâmetros de navegação do Complexo antes da enchente, o aprofundamento dos canais e bacia de evolução, o Complexo poderá operar cargueiros com maior volume de carga, possibilitando a ampliação da atividade portuária e estimular a competitividade com os grandes portos.", afirma Bellini.

Profundidade

Cada centímetro a mais de profundidade nos canais possibilita um aumento de 60 toneladas na movimentação nominal de cargas por navio. Antônio Ayres explica que "os três metros que serão aumentados representam a possibilidade de cada embarcação ampliar em 18 mil toneladas suas operações no Complexo, ou seja, cerca de 600 contêineres por navio", conclui o superintentente.
Portos e Navios


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