Cresce a sobrevivência de pequenas empresas
Índice sobe para 73%, diz pesquisa do Sebrae; maior taxa é no setor industrial
O índice de micro e pequenas empresas (MPEs) que sobrevivem aos seus dois primeiros anos de funcionamento cresceu 46,2% no País para nível similar ao de nações desenvolvidas, segundo pesquisa do Sebrae divulgada nesta quinta-feira. Sete em cada dez empreendimentos (73,1%) criados no ano de 2006 superaram esse período, considerado o mais crítico por causa da falta de base de clientes e dificuldades de gestão. Em 2004, de acordo com o Sebrae, apenas metade delas resistiram.
A pesquisa Taxa de Sobrevivência de Micro e Pequenas Empresas no Brasil utilizou neste ano, pela primeira vez, dados da Receita Federal para monitorar as empresas em funcionamento criadas em 2006. De acordo com o Sebrae, a margem de erro é zero. Antes, a entidade realizava pesquisas de campo para divulgar o índice. Não estão incluídas atividades agrícolas.
O estudo mostra que os maiores índices estão no setor industrial, no qual 75,1% dos negócios sobrevivem aos anos mais críticos. Os empreendimentos comerciais apresentam taxa de 74,1%, enquanto aqueles pertencentes ao setor de serviços apresentam índice de 71,7% e os de construção civil, 66,2%. "A sobrevivência no setor industrial é maior porque exige maior grau de planejamento em razão das especificidades tecnológicas e de gestão", justificou o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto.
O índice nacional de 73,1% está acima do verificado na Finlândia (63,2%), Itália (67,9%) e Espanha (69,3%), e um pouco atrás de Canadá (73,8%), Estônia (74,9%) e Luxemburgo (76,3%). Os dados europeus são da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). "O índice do Brasil é muito competitivo", disse Barretto. "Coloca o País num patamar aceitável e muito próximo dos países desenvolvidos."
Segundo o presidente do Sebrae Nacional, além do crescimento da economia brasileira nos últimos anos, dois fatores influenciaram a melhora no índice. O primeiro deles foi a instituição da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas e, consequentemente, a introdução do sistema Super Simples, que deu estímulos e incentivos fiscais para o setor. De acordo com Barretto, hoje são criados anualmente 500 mil micro e pequenos negócios, totalizando 5,9 milhões existentes atualmente - que representam 99% do total de empresas e mais da metade dos empregos formais do País. Há cinco anos, antes do Super Simples, havia 1,3 milhão de MPEs. "Houve uma resposta muito positiva ao ambiente legal", afirmou.
A segunda contribuição para o maior sucesso das MPEs é o aumento da capacitação do pequeno empreendedor. "Quanto mais alta a escolaridade do empresário, maior chance de sobrevivência no mercado ele tem", destacou o presidente do Sebrae. Isso explica, segundo ele, parte do sucesso da região Sudeste na taxa de empresas que resistiram aos dois primeiros anos de vida - 76,6%. "Educação e capacitação têm reflexo na gestão empresarial. Por isso, o Sudeste tem médias melhores. Além de mercado, tem índice de escolaridade maior e mais informação disponível", explicou.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=76485&fonte=nw
Índice sobe para 73%, diz pesquisa do Sebrae; maior taxa é no setor industrial
O índice de micro e pequenas empresas (MPEs) que sobrevivem aos seus dois primeiros anos de funcionamento cresceu 46,2% no País para nível similar ao de nações desenvolvidas, segundo pesquisa do Sebrae divulgada nesta quinta-feira. Sete em cada dez empreendimentos (73,1%) criados no ano de 2006 superaram esse período, considerado o mais crítico por causa da falta de base de clientes e dificuldades de gestão. Em 2004, de acordo com o Sebrae, apenas metade delas resistiram.
A pesquisa Taxa de Sobrevivência de Micro e Pequenas Empresas no Brasil utilizou neste ano, pela primeira vez, dados da Receita Federal para monitorar as empresas em funcionamento criadas em 2006. De acordo com o Sebrae, a margem de erro é zero. Antes, a entidade realizava pesquisas de campo para divulgar o índice. Não estão incluídas atividades agrícolas.
O estudo mostra que os maiores índices estão no setor industrial, no qual 75,1% dos negócios sobrevivem aos anos mais críticos. Os empreendimentos comerciais apresentam taxa de 74,1%, enquanto aqueles pertencentes ao setor de serviços apresentam índice de 71,7% e os de construção civil, 66,2%. "A sobrevivência no setor industrial é maior porque exige maior grau de planejamento em razão das especificidades tecnológicas e de gestão", justificou o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto.
O índice nacional de 73,1% está acima do verificado na Finlândia (63,2%), Itália (67,9%) e Espanha (69,3%), e um pouco atrás de Canadá (73,8%), Estônia (74,9%) e Luxemburgo (76,3%). Os dados europeus são da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). "O índice do Brasil é muito competitivo", disse Barretto. "Coloca o País num patamar aceitável e muito próximo dos países desenvolvidos."
Segundo o presidente do Sebrae Nacional, além do crescimento da economia brasileira nos últimos anos, dois fatores influenciaram a melhora no índice. O primeiro deles foi a instituição da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas e, consequentemente, a introdução do sistema Super Simples, que deu estímulos e incentivos fiscais para o setor. De acordo com Barretto, hoje são criados anualmente 500 mil micro e pequenos negócios, totalizando 5,9 milhões existentes atualmente - que representam 99% do total de empresas e mais da metade dos empregos formais do País. Há cinco anos, antes do Super Simples, havia 1,3 milhão de MPEs. "Houve uma resposta muito positiva ao ambiente legal", afirmou.
A segunda contribuição para o maior sucesso das MPEs é o aumento da capacitação do pequeno empreendedor. "Quanto mais alta a escolaridade do empresário, maior chance de sobrevivência no mercado ele tem", destacou o presidente do Sebrae. Isso explica, segundo ele, parte do sucesso da região Sudeste na taxa de empresas que resistiram aos dois primeiros anos de vida - 76,6%. "Educação e capacitação têm reflexo na gestão empresarial. Por isso, o Sudeste tem médias melhores. Além de mercado, tem índice de escolaridade maior e mais informação disponível", explicou.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=76485&fonte=nw
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