LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 28 de abril de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 28/04/2011

Abril registrará recorde de entregas de embarcações
Estão previstos 32 navios totalizando 226.500 Teus.

O mês de abril deve representar um novo recorde mensal de entregas de embarcações. Segundo dados da consultoria marítima Alphaliner, 26 navios totalizando 168 mil Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) já foram entregues e mais seis porta-contêineres devem ser liberados até o final deste mês. Caso o número se confirme, abril terá 32 navios com 226.500 Teus entregues.

Em maio, 41 embarcações (204 mil Teus) devem ser entregues, perfazendo um total de 688 mil Teus liberados de estaleiros nos primeiros cinco meses do ano. De acordo com a Alphaliner, o total de entregas para este ano pode chegar a 1,35 milhão de Teus. Grande parte dos navios a serem liberados este ano são unidades que foram postergadas de 2009 e 2010.
A capacidade de crescimento celular neste ano está prevista para chegar a 8,6% e, consequentemente, o equilíbrio entre demanda e oferta de espaço está gradualmente desfavorecendo as companhias marítimas, por conta da previsão de baixa nos valores de frete decorrente do excesso de capacidade no mercado marítimo.
Guia Marítimo




Governo autoriza aporte de R$ 13 mi em estudos para hidrovias
São Paulo - O Ministério dos Transportes autorizou a inclusão no PAC 2 do chamado Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea) das hidrovias Juruena-Tapajós e Teles Pires-Tapajós, em Mato Grosso. Haverá um aporte imediato de R$ 13 milhões no levantamento, visando avaliar todas as possibilidades de exploração das duas hidrovias. Além do Evtea, o Ministério autorizou (também para 2011) o início da dragagem, derrocagem e sinalização do rio Tapajós no trecho entre as cidades de Santarém e Miritituba (ambas no Pará), bem como a construção de um porto público neste último município.

Segundo o presidente do Movimento Pró-Logística e da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Glauber Silveira, a medida é mais do que bem-vinda. "Sempre se falou muito sobre a importância destas 2 hidrovias, mas apenas com estes levantamentos saberemos ao certo quais as vantagens de cada uma e poderemos traçar um plano de exploração."

As hidrovias irão conectar as egiões centro-norte e noroeste de Mato Grosso até os portos paraenses de Santarém e Belém, agilizando e desonerando o escoamento da produção agropecuária daquelas regiões. A hidrovia Teles Pires-Tapajós sai de Sinop (MT) e chega até Santarém, com 1.576 km de extensão. Já a hidrovia Juruena, Arinos-Tapajós vai de Porto de Gaúchos (MT) até Santarém e tem aproximadamente 1,5 km. Silveira ressaltou, a esse respeito: "Os problemas de logística têm impedido Mato Grosso de crescer e tornaram o escoamento um peso no bolso dos agricultores. O investimento no setor modal é um importante passo para o desenvolvimento sustentável do Estado, que tem uma produção agropecuária competitiva, mas que se perde pelo caminho quando precisamos tirá-la de Mato Grosso, exatamente pela carência de investimentos em transportes".

O coordenador executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, ressaltou que, com a conclusão da BR-163 e a construção do Porto de Miritituba, o custo local com logística será significativamente reduzido. "Só com a conclusão da rodovia, o produtor terá a chance de economizar algo em torno de R$ 2 por saca de soja. Com os estudos e as hidrovias em exploração, a economia pode chegar a R$ 6 por saca de soja, por produção", finalizou Ferreira.
DCI

 
 
Tráfego de contêineres cresce 10% em Roterdã
O tráfego de contêineres no Porto de Roterdã cresceu 10% no primeiro trimestre de 2011 em comparação ao mesmo período no ano anterior, liderado majoritariamente por um forte crescimento no trade com a Ásia e uma recuperação nos embarques do comércio interno da Europa.

O maior complexo portuário europeu movimentou 2,9 milhões de Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) no acumulado do ano até 31 de março. No mesmo período no ano passado, o porto escoou 2,68 milhões de Teus. O total do processamento foi baixo: ficou menor que 107 milhões de toneladas, com 1% de queda em petróleo bruto, 18% menos petróleos minerais e queda de 2% em outras cargas líquidas.

"Como esperado, o crescimento abundante acabou", afirmou o CEO do Porto de Roterdã, Hans Smits. "A previsão para este ano é de crescermos 2%. Levando em consideração os padrões para a temporada, é uma previsão realista".
O forte inverno dos Bálticos freou o tráfego de contêineres da Rússia, mas o porto de Roterdã ainda vê o país como um mercado crescente. O tráfego de carga roll-on, roll-off, focado especialmente no mercado britânico, aumentou mais de 300.000 toneladas - em comparação com o ano anterior - no primeiro trimestre do ano, chegando a 4,4 milhões de toneladas. O segmento breakbulk aumentou a participação em 35% (cerca de 500.000 toneladas), indo para 1,9 milhão de toneladas.
Guia Marítimo

 
 
Rio Grande obtém recorde no primeiro trimestre
O Porto do Rio Grande movimentou no primeiro trimestre de 2011 o equivalente a 6.321.611 toneladas, incluindo cargas, descargas e transbordos. Na comparação com igual período de 2010, o crescimento foi de 24,78%. Na última década, este é o melhor resultado obtido nos primeiros três meses do ano, sendo que a maior movimentação até então registrada compreendia ao ano de 2008, quando foram movimentados 5.804.080 toneladas.

De janeiro a março de 2011, destacaram-se as exportações de trigo que atingiram um volume de 1.281.487 toneladas, o que significou um aumento expressivo de 249,86% em relação ao mesmo período de 2010. No ano passado, o volume de trigo exportado foi de 366.281 toneladas. De acordo com o 7º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) em relação à safra 2010-2011, a produção de trigo no Estado do RS foi de 1.974.800 toneladas, sendo que 64,8% dos grãos foram exportados pelo Porto do Rio Grande.
Em segundo lugar entre as mercadorias exportadas, esteve o farelo de soja com 591.976 toneladas, obtendo um crescimento de 88,15% em relação ao mesmo período de 2010. Na ocasião, o volume exportado foi de 314.616 toneladas. Entre as maiores exportações, aparece também a soja em grão com 202.706 toneladas, sendo que em 2010 esse volume foi de 60.224 toneladas, o que representa um incremento de 236,59%.
Na movimentação do porto gaúcho por segmento, verificou-se uma queda de 8,29% nas operações com o segmento carga geral, já os segmentos granel sólidos e líquidos, apresentaram, respectivamente, crescimento de 51% e 17,49%.
Nesse primeiro trimestre, no segmento granel sólido, entre os principais volumes importados, esteve o trigo com 155.766 toneladas, apresentando um incremento de 55,78% comparado a 2010 (99.991 toneladas). O fosfato de cálcio natural obteve a segunda maior importação do segmento, com 118.248 toneladas, registrando um incremento de 100,84% em relação a 2010 (58.878 toneladas). A Uréia também apresentou um dos principais volumes de importações com 109.723 toneladas, 91,06% a mais que em 2010 (57.430 toneladas).
No segmento granel líquido, a mercadoria que apresentou o principal volume exportado foi o óleo de soja com 124.965 toneladas, com crescimento de 269,47% comparado ao mesmo período de 2010 (33.823 toneladas). Já o principal volume importado no segmento, foi o ácido sulfúrico com 76.026 toneladas, representando um incremento de 5,33%. Em 2010, o volume obtido foi de 72.177 toneladas.
No primeiro trimestre de 2011, os principais destinos das exportações do Brasil pelo Porto do Rio Grande foram países da Europa (21,91%), países da África (17,65%), países da Ásia (15,12%) e demais países (45,31%). Destes, os principais destinos das exportações foram Argélia (425.052 toneladas), Espanha (269.323 t), Egito (236.092 t), Holanda (199.924 t) e China (189.040 t).
O Superintendente do Porto do Rio Grande, Dirceu Lopes, avaliou que a movimentação apresentada está dentro do programado. "Com a consolidação das obras e validação do novo calado para o canal de acesso, estaremos ao final deste ano executando uma das melhores movimentações de cargas no porto do Rio Grande", afirmou.
Guia Marítimo


Ministro dos Portos vai a Europa fechar acordos
O chefe da Secretaria Especial dos Portos (SEP), Leônidas Critino, vai realizar sua primeira missão oficial ao exterior, próximo mês, após assumir o cargo em janeiro deste ano. As informações são da assessoria de imprensa da SEP.
Estão previstas visitas a portos em Genebra (Suiça); em Barcelona (Espanha) e em Roma, Itália, onde deve ser assinado um memorando de entendimento para cooperação portuária. A viagem oficial está prevista para acontecer de 19 a 29 de maio.
Leônidas teve um mês de abril de muita viagens. Conheceu o Porto do Rio, Santa Catarina, Pará, Maranhão, Espírito Santos, Santos, dentre outros.
A Prefeita de General Sampaio, interior do Ceará, Eliene Brasileiro, apresentou, ontem, o Projeto Exporta + Marítimo. Membro da Associação de Municípios de Prefeitos (Aprece) e da Comissão Comércio Exterior (CCE), presente em cinco estados brasileiros, Eliene faz parte de Comissão criada para o desenvolvimento, compartilhamento de projetos e parcerias inter-federativas para o fomento do setor portuário nacional. O Porto do Mucuripe aguarda o fim das obras de aprofundamento, que havia sido anunciado pela própria SEP para fevereiro deste ano. No entanto, apesar de não ter sido cumprido o prazo, os trabalhos estão no prazo determinado no contrato

O porto vai passar de 10,5 metros para 14 metros. A dragagem vai deixar o canal de acesso mais largo, de 120 metros para 160 metros. A profundidade e o acesso novos darão a oportunidade de aumentar em 30% a capacidade de movimentação de carga no porto.

O montante investido é de R$ 54,6 milhões, que faz parte do Programa Nacional de Dragagem (PND). O porto vai poder receber, por exemplo, navios do tipo Post-Panamax, que possui capacidade de 6 mil TEU (medida de um contêiner de seis metros de comprimento); comprimento de 305 metros; boca de 44 metros e calado de até 12,5 metros, além de operar com a carga plena. A empresa Bandeirantes Dragagem e Construção é a responsável pela obra. A Bandeirantes também faz a dragagem Porto de Natal (RN).
Portos e Navios


Polo naval gaúcho recebe incentivos fiscais para atrair mais projetos
O governador gaúcho, Tarso Genro (PT), desembarca hoje no Rio disposto a convencer novas empresas ligadas ao setor de óleo e gás a se instalarem no polo naval que começa a se consolidar no Rio Grande do Sul. Ele vai acenar aos empresários com incentivos fiscais, financiamentos, disponibilidade de terrenos para construção de fábricas, oferta de mão de obra qualificada e um sistema logístico com ligações hidroviárias entre o porto de Rio Grande, no sul do Estado, e municípios da região.

Genro reúne-se com integrantes da Organização Nacional da Indústria de Petróleo (Onip) na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Junto com ele estará o diretor-presidente da recém criada Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), o empresário Marcus Coester, que tem como alvo a atração de novos estaleiros e fornecedores de componentes para a indústria naval e petrolífera.
Conforme Coester, esses setores são prioridades para o governo, que quer consolidar o Rio Grande do Sul como alternativa ao polo tradicional do Rio de Janeiro e como competidor de Suape, em Pernambuco. De acordo com ele, o Estado também sedia uma forte cadeia metalmecânica que pode suprir a indústria de óleo e gás, incluindo empresas já tradicionais como a Lupatech, de Caxias do Sul.
Para atrair os novos projetos, o Estado mantém um programa "agressivo" de incentivos que praticamente zera a incidência de ICMS. Tem ainda instituições financeiras para oferecer crédito, como o Banrisul e a agência de fomento Badesul (ex-Caixa RS), além do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), controlado também pelo Paraná e por Santa Catarina e que repassa linhas do BNDES. Os licenciamentos no setor são "prioridade" na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), acrescentou.

O polo naval gaúcho começou a se formar a partir da implantação do Estaleiro Rio Grande (ERG), um dique seco para construção e reforma de plataformas marítimas que foi construído pela WTorre e começou a operar no ano passado, logo após ser adquirida pela Engevix. O consórcio Quip, formado pela Queiroz Galvão, Iesa, UTC Engenharia e Camargo Corrêa, também tem um estaleiro no porto gaúcho.

Além disso, outras empresas anunciaram instalações para construção de embarcações e plataformas, como a Wilson, Sons (Rio Grande) e a Setal Óleo e Gás (São José do Norte). A Iesa planeja instalar uma fábrica de módulos para plataformas em Charqueadas, de onde é possível chegar ao porto de Rio Grande pelo rio Jacuí, enquanto a própria Engevix avalia a ampliação do ERG. Todo o pacote, incluindo os projetos e os empreendimentos em operação, equivale a R$ 2,3 bilhões em investimentos.

Segundo Coester, mais de dez municípios na área de uma bacia hidrográfica de 700 quilômetros de extensão estão aptos a receber investimentos ligados à indústria naval. "Nossa estratégia é não concentrar toda a indústria num só lugar", afirmou.
Portos e Navios 

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