Consumo de aço no mundo deve ter alta de 5,9% em 2011
A Associação Mundial de Aço (Worldsteel) divulgou ontem a previsão de aumento médio de capacidade de utilização de aço em 2011, que deve chegar a 5,9%, o que representaria o uso aparente do metal em 1,36 bilhão de toneladas. A entidade também estima que em 2012 haja uma alta que chegará a 6%, o equivalente a 1,44 bilhão de toneladas. No ano passado, a capacidade de uso registrou crescimento de 13,2 %.
A expectativa da associação é de que no ano que vem os países desenvolvidos ainda utilizem uma quantidade de aço 14% abaixo do usado em 2007, período anterior à crise econômica mundial. No entanto, os emergentes devem usar 38% mais aço do que em 2007. É importante salientar que o Comitê Econômico da Worldsteel reuniu-se para discutir a pesquisa em março, pouco antes dos desastres ambientais no Japão, ou seja, o impacto das ocorrências não foi calculado.
Em nota, o presidente do Comitê Econômico afirmou que 2010 foi um ano de recuperação contínua, que teve início na segunda metade de 2009 auxiliado por pacotes de incentivos em todo o planeta, e ainda admitiu que as fragilidades econômicas no continente Europeu, a inquietação de países do Oriente Médio e os terremotos no Japão poderiam afetar o processo de melhoria do mercado do setor.
De qualquer forma o uso de aço no país oriental já tinha expectativa de declínio de 1,2%, totalizando 63 toneladas, ou seja, 78% da capacidade do nível de 2007, resultado também esperado para 2012. Contudo, diante dos acontecimentos recentes, é provável que este ano tenha reajuste inferior ao proposto com alta no ano seguinte, devido à reconstrução.
De acordo com o analista de investimentos da SLW Corretora Pedro Galdi, o mundo realmente não está dando sinais tão otimistas que condigam com o relatório. "Creio que haverá uma melhora, mas o cenário não aponta para um consumo tão robusto quanto as estimativas apresentadas", avaliou ele.
Segundo Galdi, os terremotos japoneses, as chuvas da Austrália, e os furacões e forte desemprego nos Estados Unidos, aliados aos resquícios da crise na Europa, em especial na Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda, terão reflexos que puxarão os níveis de utilização do aço para baixo, a princípio.
Nos países europeus mencionados, a projeção é mesmo de crescimento tímido em decorrência de fraco desempenho em atividades de construção. Em 2011, o Velho Mundo deverá expandir em 4,9%, demanda de 151,8 toneladas de aço. O incremento de 2012 será de 3,7%, 157,5 toneladas.
Creio que os números devem subir mais tarde, as previsões seriam mais cabíveis se fossem realocadas para 2013, pois o mundo passa por uma fase de reajustes bastante intensa e demorará a ser reestruturado."
Emergentes
Para a América do Sul e Central os índices são ainda mais animadores. Em 2011, o crescimento foi estipulado em 6,6% (48,8 toneladas) e para 2012 o montante aparente de aço ficará 30% acima de 2007, valor corresponde a alta de 8,3% (52,8 toneladas). Para o analista, é inegável que os mercados latinos estão crescendo mais que os países desenvolvidos porque não estão no centro dos problemas ambientais e econômicos, mas até para a região sul do continente americano a previsão é precipitada. "Até o Brasil, que vem se destacando em obras de infraestrutura, deve deslanchar e ter o seu boom de consumo de aço apenas em 2013, com a proximidade da Copa do Mundo e dos jogos Olímpicos", analisou ele.
Na avaliação, a China deverá recuar, uma vez que a expectativa é que tenha aumento de 5% este ano, ao passo que em 2010 cresceu 5,1%. No entanto, o resultado poderia ser maior, mas há esforços por parte do governo chinês par frear a economia superaquecida do país. Em 2012 a capacidade de consumo deverá se manter.
Diário do Comércio e Indústria
A Associação Mundial de Aço (Worldsteel) divulgou ontem a previsão de aumento médio de capacidade de utilização de aço em 2011, que deve chegar a 5,9%, o que representaria o uso aparente do metal em 1,36 bilhão de toneladas. A entidade também estima que em 2012 haja uma alta que chegará a 6%, o equivalente a 1,44 bilhão de toneladas. No ano passado, a capacidade de uso registrou crescimento de 13,2 %.
A expectativa da associação é de que no ano que vem os países desenvolvidos ainda utilizem uma quantidade de aço 14% abaixo do usado em 2007, período anterior à crise econômica mundial. No entanto, os emergentes devem usar 38% mais aço do que em 2007. É importante salientar que o Comitê Econômico da Worldsteel reuniu-se para discutir a pesquisa em março, pouco antes dos desastres ambientais no Japão, ou seja, o impacto das ocorrências não foi calculado.
Em nota, o presidente do Comitê Econômico afirmou que 2010 foi um ano de recuperação contínua, que teve início na segunda metade de 2009 auxiliado por pacotes de incentivos em todo o planeta, e ainda admitiu que as fragilidades econômicas no continente Europeu, a inquietação de países do Oriente Médio e os terremotos no Japão poderiam afetar o processo de melhoria do mercado do setor.
De qualquer forma o uso de aço no país oriental já tinha expectativa de declínio de 1,2%, totalizando 63 toneladas, ou seja, 78% da capacidade do nível de 2007, resultado também esperado para 2012. Contudo, diante dos acontecimentos recentes, é provável que este ano tenha reajuste inferior ao proposto com alta no ano seguinte, devido à reconstrução.
De acordo com o analista de investimentos da SLW Corretora Pedro Galdi, o mundo realmente não está dando sinais tão otimistas que condigam com o relatório. "Creio que haverá uma melhora, mas o cenário não aponta para um consumo tão robusto quanto as estimativas apresentadas", avaliou ele.
Segundo Galdi, os terremotos japoneses, as chuvas da Austrália, e os furacões e forte desemprego nos Estados Unidos, aliados aos resquícios da crise na Europa, em especial na Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda, terão reflexos que puxarão os níveis de utilização do aço para baixo, a princípio.
Nos países europeus mencionados, a projeção é mesmo de crescimento tímido em decorrência de fraco desempenho em atividades de construção. Em 2011, o Velho Mundo deverá expandir em 4,9%, demanda de 151,8 toneladas de aço. O incremento de 2012 será de 3,7%, 157,5 toneladas.
Creio que os números devem subir mais tarde, as previsões seriam mais cabíveis se fossem realocadas para 2013, pois o mundo passa por uma fase de reajustes bastante intensa e demorará a ser reestruturado."
Emergentes
Para a América do Sul e Central os índices são ainda mais animadores. Em 2011, o crescimento foi estipulado em 6,6% (48,8 toneladas) e para 2012 o montante aparente de aço ficará 30% acima de 2007, valor corresponde a alta de 8,3% (52,8 toneladas). Para o analista, é inegável que os mercados latinos estão crescendo mais que os países desenvolvidos porque não estão no centro dos problemas ambientais e econômicos, mas até para a região sul do continente americano a previsão é precipitada. "Até o Brasil, que vem se destacando em obras de infraestrutura, deve deslanchar e ter o seu boom de consumo de aço apenas em 2013, com a proximidade da Copa do Mundo e dos jogos Olímpicos", analisou ele.
Na avaliação, a China deverá recuar, uma vez que a expectativa é que tenha aumento de 5% este ano, ao passo que em 2010 cresceu 5,1%. No entanto, o resultado poderia ser maior, mas há esforços por parte do governo chinês par frear a economia superaquecida do país. Em 2012 a capacidade de consumo deverá se manter.
Diário do Comércio e Indústria
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