LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 20 de abril de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR - 20/04/2011

Calçados, Castanha e Couro representam 63% dos produtos exportados pelo Ceará
As exportações cearenses totalizaram US$ 315,8 milhões no primeiro trimestre de 2011, crescimento de 0,8% ante o mesmo período de 2010. Destaque para os setores de calçados, castanha de caju e couros, que responderam por 63% das vendas nos três primeiros meses deste ano. Os números são da pesquisa Ceará em Comex, elaborada pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O setor de calçados foi o principal exportador no trimestre (30,1% do total), mas com queda de 19,5% quando comparado ao ano anterior. Os Estados Unidos permaneceram como principal destino das mercadorias do Ceará no período, apesar da queda de 13,6% nos embarques com destino aos portos norte-americanos. Na lista de países-destino, destaque ainda para o crescimento das exportações para Peru (303,5%) e Hong Kong (124,8%).
Os dados das vendas externas cearenses em março apontam queda de 10% na comparação com o mesmo mês de 2010, ficando em US$ 102 milhões. Foram 229 diferentes produtos exportados no mês para 93 países.
Nos três primeiros meses do ano, o Ceará importou US$ 439 milhões, 19,8% a mais do que no mesmo intervalo de 2010. Esse resultado contribuiu para o déficit de US$ 123 milhões na balança comercial cearense até março. Dentre os principais produtos importados no primeiro trimestre de 2011 destacam-se algodão simplesmente debulhado, não cardado nem penteado, oriundo dos Estados Unidos e Argentina, com crescimento de 1.300,3%; e outros tipos de algodão não cardado nem penteado, oriundos principalmente dos Estados Unidos, com crescimento de 633,8%.
Confederação Nacional da Indústria



Governo vai abrir investigação de compra de aço laminado
O comércio exterior brasileiro mostra-se um dos principais focos do governo Dilma Rousseff, uma vez que em apenas quatro meses de mandato a presidente já iniciou dois processos de dumping contra parceiros comerciais que abusam no preço dos produtos vendidos ao País e nas visitas e discussões em torno de temas como câmbio, missões empresariais e relações bilaterais.
O Departamento de Defesa Comercial (Decom) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) abriu uma investigação para averiguar a existência de dumping nas importações brasileiras de laminados planos revestidos, de ferro ou aço, vindos da Austrália, México, Índia, Coreia e China.
A denúncia foi feita pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em outubro de 2010.De acordo com o professor da ESPM, Adriano Gomes, a investigação é a segunda do governo Dilma. No início de abril, o governo iniciou um processo para investigar a prática de dumping nas importações de ácido cítrico e sais de ácidos cítricos vindos da China, utilizado como conservante natural na preparação de alimentos e bebidas.
"Parece que o governo brasileiro finalmente acordou e resolveu proteger a indústria brasileira dos abusos provenientes de outros países. No primeiro caso (acido cítrico), o valor do produto proveniente das fábricas chinesas era absolutamente assustador. A Cargill, companhia fabricante do produto, quase descontinuou a produção no Brasil, que é fundamental para a indústria de alimentação, pois era mais barato comprar fora do que fabricar e concorrer com o produto importado. Agora são os laminados que estão prejudicando as grandes nacionais. Mas o fato é que a denúncia foi feita em outubro e somente 7 meses depois iniciou-se o estudo, ou seja, o governo tem o comércio exterior como foco", argumentou Adriano Gomes.
"A Dilma tem uma preocupação diferenciada dos outros governos, que é a busca de resultados, ela está sendo um pouco pragmática, olhando dados econômicos e analisando os parceiros, principalmente porque nossa economia está num ponto importante e que precisa de cuidados para que não haja uma desindustrialização", pondera o professor da Faculdades Rio Branco, Alexandre Uehara. A CSN detém 56% da produção nacional de laminados planos revestidos. O restante da produção brasileira é da Usiminas e ArcelorMittal. Esses laminados são usados pelos setores fabricantes de automóveis, tubos, linha branca, telhas, painéis, máquinas e equipamentos, além da construção civil. A alíquota do imposto de importação é de 12%
Para apurar os indícios de dumping, o Decom considerou o período de janeiro de 2006 a dezembro de 2010. Caso o governo conclua pela existência de dumping, pode ser aplicada uma sobretaxa à importação desse tipo de laminado ou a imposição de cotas. A comprovação de dumping é feita comparando o preço de exportação para o país prejudicado e o preço normal do produto no mercado interno do país exportador. No caso da China, que não é reconhecida como economia de mercado, serão usados como parâmetro os preços praticados em outros países como a Coreia.
"Se não fossem essas medidas, teríamos um problema sério de competitividade nos setores em questão. Hoje o fator de peso para o impacto negativo das importações, principalmente da China, são os tributos atrelados ao câmbio valorizado no Brasil, fato que não incide na economia chinesa", disse Uehara.
Gomes completa ao dizer que o valor do aumento na alíquota será derivado neste estudo e que o resultado demora de 90 a 120 dias para ser divulgado.
A tendência, ainda de acordo com o docente, é de que os negócios das indústrias do setor que ficaram adormecidos no governo Lula devem se reerguer.
"A rigor o dumping não prejudica somente os negócios e as finanças das empresas, eles passam a exportar empregos. Isso deveria se estender para outros produtos, sobretudo no setor químico, que com o ataque de preços irreais não possui mão de obra qualificada em grande escala no País, e sim brasileiros qualificados no exterior", declara.
"No caso da China, em particular, é o país que detém o maior volume de medidas de proteção acionadas pelo Brasil em relação ao comércio exterior. Hoje, os ativos, segundo o Mdic estão em 72 processos de proteção, destes 29 são contra a China, o que representa 36%. Esse fator ocorre pelo crescimento das relações comerciais com a China, que é o principal parceiro do País. Quanto mais intenso o comércio bilateral, maior a propensão de investigações", explica Uehara.
Diário do Comércio e Indústria



Superávit na terceira semana de abril é de US$ 251 milhões
Na terceira semana de abril (11 a 17), com cinco dias úteis, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 9,285 bilhões, com média diária de US$ 1,857 bilhão. Houve superávit, no período, de US$ 251 milhões, com média de US$ 50,2 milhões por dia útil.

As vendas brasileiras ao mercado externo foram de US$ 4,768 bilhões (média diária de US$ 953,6 milhões). Houve redução de 6,3% na comparação com a média registrada até a segunda semana de abril (US$ 1,017 bilhão), com retração nas exportações nas três categorias de produtos.
Entre os básicos (-9,8%), diminuíram as vendas de minério de ferro, soja em grão, carne de frango e suína, farelo de soja e trigo em grãos. As maiores quedas entre os semimanufaturados (-7,5%) foram para açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, celulose, couros e peles e ferro-ligas. Nos manufaturados (-3,7%), as maiores reduções foram nos embarques de automóveis, partes de motores, veículos de carga, polímeros plásticos, motores e geradores e laminados planos.
As aquisições no exterior, na terceira semana de abril, foram de US$ 4,517 bilhões (média de US$ 903,4 milhões). Houve crescimento de 2,4% sobre a média até a segunda semana do mês (US$ 882,3 milhões), explicada, principalmente, pelo aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, adubos e fertilizantes e plásticos e obras.

Mês
As exportações, no acumulado de abril, com 11 dias úteis (1º a 17), foram de US$ 10,871 bilhões, com média diária de US$ 988,3 milhões. Por este comparativo, o número é 30,4% superior à média de US$ 758,1 milhões do mês de abril de 2010.

Neste comparativo, houve crescimento das exportações das três categorias de produtos. Nos semimanufaturados (44,1%), os destaques nas vendas foram de alumínio em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, ferro fundido, açúcar em bruto, couros e peles, ferro-ligas e celulose. Os principais produtos básicos (38,1%) comercializados no período foram trigo em grão, minério de ferro, café em grão, petróleo em bruto, carne de frango, bovina e suína e farelo de soja. Nos manufaturados (14,8%), houve aumento em fio-máquina, laminados planos, aparelhos para terraplanagem, óxidos e hidróxidos de alumínio, veículos de carga e partes de motores para veículos.

Já em relação à média de março deste ano (US$ 918,4 milhões), houve crescimento de 7,6%, devido ao aumento nas vendas de produtos básicos (16,1%) e semimanufaturados (7,2%). Por outro lado, decresceram as exportações de manufaturados (-3,6%) nesta comparação.

Nas três primeiras semanas do mês, as importações chegaram a US$ 9,811 bilhões, com um resultado médio diário de US$ 891,9 milhões. A média é 28,5% maior que a de abril do ano passado (US$ 693,9 milhões). Aumentaram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (82,7%), farmacêuticos (53,3%), borracha e obras (44,9%), veículos automóveis e partes (38,9%), equipamentos mecânicos (34,5%) e químicos orgânicos e inorgânicos (28,3%).
Na comparação com o resultado médio de março de 2011 (US$ 844,4 milhões), os gastos no mercado externo também registraram aumento de 5,6%. Houve aumentou, principalmente, nas aquisições de adubos e fertilizantes (85,8%), borracha e obras (15,7%), farmacêuticos (12,6%), combustíveis e lubrificantes (10,7%), veículos automóveis e partes (10,2%) e instrumentos de ótica e precisão (8,2%).
No mês, o saldo da balança comercial é positivo em US$ 1,060 bilhão, com média diária de US$ 96,4 milhões. No comparativo com as médias de outros meses, o valor é 50,2% maior que o registrado em abril de 2010 (US$ 64,2 milhões) e 30,3% superior ao de março último (US$ 74 milhões).

A corrente de comércio em abril já soma US$ 20,682 bilhões, com média diária de US$ 1,880 bilhão. Neste resultado, houve crescimento de 29,5% em relação à média de abril de 2010 (US$ 1,452 bilhão) e aumento de 6,7% na comparação com março último (média de US$ 1,762 bilhão).

Acumulado do Ano
De janeiro até a terceira semana de abril, o superávit da balança comercial chega a US$ 4,229 bilhões (média diária de US$ 57,9 milhões). O resultado é 166,5% maior que o verificado no mesmo período do ano passado (média diária de US$ 21,7 milhões). Nos 73 dias úteis de 2011, a corrente de comércio somou US$ 119,977 bilhões (média diária de US$ 1,643 bilhão), com aumento de 27,4% sobre a média do mesmo período do ano passado (US$ 1,290 bilhão).

No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 62,103 bilhões (média diária de US$ 850,7 milhões), resultado 29,7% acima do verificado no mesmo período de 2010, que teve média diária de US$ 656 milhões. O resultado anual acumulado das importações também está 25% maior em relação ao ano passado (média diária de US$ 634,3 milhões). No ano, as importações chegam a US$ 57,874 bilhões (média diária de US$ 792,8 milhões).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC



Empresários chineses confirmam nova rodada de negócios no Brasil
Uma missão empresarial chinesa, liderada pelo ministro do Comércio, Chen Deming, virá ao Brasil em maio para mais uma rodada de negócios entre os dois países. O anúncio foi feito na última terça-feira pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, após reunião com o colega chinês, em Pequim. De acordo com Chen Deming, os empresários de seu país têm interesse em negócios e investimentos nos setores de energia, obras de infraestrutura para as Olimpíadas de 2016 e inovação tecnológica.

As negociações para a missão empresarial começaram em março, quando Pimentel esteve em Pequim na fase de preparação da visita da presidenta Dilma Rousseff à China. “O objetivo é darmos continuidade aos negócios que foram fechados nesta viagem. Queremos mostrar o potencial do Brasil para estimular e ampliar as relações comerciais entre os dois países”, disse Pimentel. Durante a visita da presidenta Dilma à China, foram anunciados 22 acordos, US$120 milhões em negócios e US$13 bilhões em investimentos.

Para facilitar a cooperação econômica, Pimentel sugeriu a realização de reuniões bilaterais que poderão ser realizadas a cada dois meses. Atualmente, o Brasil realiza reuniões bilaterais com cerca de 30 países. O ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) vêm realizando ações constantes no mercado chinês. Entre os últimos dias 7 e 12 de abril, 35 empresários e representantes de entidades empresariais brasileiros venderam seus produtos em Hong Kong e Pequim numa missão comercial organizada pela Agência.

Em 2009, foram realizados seminários de sensibilização em 52 províncias chinesas, com objetivo de mostrar oportunidades de negócios no Brasil. A Apex-Brasil também coordenou a montagem do pavilhão brasileiro na Exposição Universal de 2010 (em Xangai), que recebeu mais de dois milhões de visitantes. Seminários de divulgação do café e dos calçados brasileiros também foram promovidos pela Agência na China.
Comércio Brasil-China
A China é hoje o principal parceiro comercial brasileiro. Em 2010, o Brasil exportou para os chineses US$ 30,785 bilhões e importou US$ 25,593 bilhões, resultando em superávit de US$ 5,192 bilhões. As vendas externas para a China, no ano passado, cresceram 46,57% em relação ao montante exportado em 2009 (US$ 21,003 bilhões).

Os principais produtos brasileiros comprados pelos chineses no primeiro bimestre de 2011 foram minérios de ferro não-aglomerados (US$ 2,115 bilhões), óleos brutos de petróleo (US$ 712 milhões), minérios de ferro aglomerados (US$ 319 milhões), pasta química de madeira (US$ 170 milhões), ferronióbio (US$ 82,731 milhões), outros grãos de soja triturados (US$ 52,941 milhões), frangos congelados (US$ 50,012 milhões), pasta química de madeira para dissolução (US$ 38,938 milhões), aviões/veículos aéreos mais pesados (US$ 32,439 milhões) e óleo de soja em estado bruto (US$ 27,134 milhões).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC



Choro exportação
O choro, quem diria, virou um negócio da China. Incorporado à delegação brasileira que esteve naquele país asiático, acompanhando a presidente Dilma Rousseff, o Choro Livre fez duas apresentações em Pequim e outra em Shangai, na semana passada. Segundo a assessoria de Dilma, foi “com brilhantismo que o grupo brasiliense apresentou aos chineses o universo cultural do chorinho, criando oportunidades artísticas e comerciais, que tenderão a expandir-se significativamente ao longo do século 21”.

“Em Pequim, fizemos show no auditório do Guanghua Prosper Center, na segunda-feira, e no auditório do China World Summit Center, no coração financeiro da capital chinesa, na terça-feira, com a presença de Dilma. Dois dias depois, tocamos no Shangai Conservatory of Music, no He Luting Concert Hall, com capaciade para 700 pessoas”, conta Reco do Bandolim. A ida do Choro Livre à China teve a chancela do Departamento Cultural do Itamaraty.

Desde o fim da década de 1980 que o Choro Livre tem levado o estilo musical, tido como gênese da MPB, para o mundo. Inicialmente, o grupo esteve em países da América Latina (Uruguai, Argentina e Peru), depois nos Emirados Árabes (Dubai) e na Europa (Portugal, França, Áustria e Espanha — essa última por duas vezes). “Em setembro estivemos nos Estados Unidos e no Canadá, onde, além de apresentações, fizemos palestras e universidades”, lembra Reco do Bandolim.

Transformada na nova capital do choro, Brasília tem sido representada no exterior por outros músicos e conjuntos do gênero. Nas viagens internacionais, há os que recebem o apoio de órgãos governamentais como o Itamaraty e o Ministério do Turismo. E há quem também viaje bancando as despesas, como é o caso do bandolinista Dudu Maia, que está desde quarta-feira passada nos Estados Unidos. Ele fará shows em Seattle e Nova York, onde estará, também, à frente de workshops de choro, “focalizando a técnica de execução, a improvisação e o repertório do bandolim brasileiro”.

Oficinas
Integrante do grupo Aquattro, Dudu lança em breve em DVD um documentário intitulado Grande circular, com a participação de outros músicos brasilienses. Ele tem ido aos Estados Unidos desde 2006. “Lancei meu primeiro CD lá, e meu trabalho já é reconhecido, principalmente entre a classe musical. Nas minhas idas, sempre faço apresentações e ministro oficinas, tendo o bandolim e o choro como focos principais”, revela.
Na quarta-feira, ao chegar a Seattle, Dudu pôde perceber que o choro vem sendo difundido na terra do grunge, pátria do lendário roqueiro Kurt Cobain. “No Underttown, um café estiloso, e no Upstage, lugar charmoso e prestigiado, deparei com um duo de flauta e violão e dois grupos de Portland, respectivamente, tocando clássicos da obra de Ernesto Nazareth, Pixinguinha e Jacob do Bandolim. Fiquei feliz porque as pessoas logo me reconheceram e me receberam de forma afetuosa”, relata.

Durante a estada nos Estados Unidos em anos anteriores, Dudu testemunhou dezenas de estrangeiros aprendendo a falar português, só para poder compreender e tocar o choro com mais propriedade. “Vi grupos de choro formados por músicos norte-americanos, que se comunicavam em português durante as apresentações. Conheço outros que viajaram ao Brasil movidos exclusivamente pelo choro. Cabe a mim e a meus colegas chorões continuarmos plantando essa semente e, pouco a pouco, difundindo e expandindo a beleza desse gênero brasileiríssimo.”
Professor da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, o flautista Sérgio Moraes é outro que mantém o passaporte em dia, pois está sempre atento à possibilidade de levar a música brasileira ao exterior. “Em 2008, com um grupo aqui da cidade, tomei parte do Festival Internacional de Jazz de Porto Príncipe, no Haiti. Em julho de 2009, toquei em Gana, na África”, destaca.
Mais recentemente, o flautista foi a São José, na Costa Rica, para dar aulas durante um outro festival. “Estou em contato com a embaixada brasileira para fazer shows ainda neste ano. Senti que o choro é um gênero musical que pode ter boa aceitação naquele país, pois vi o interesse que despertou entre os alunos do curso”, afirma Moraes.
Correio Braziliense



Brasil embarca mais produtos de TI para os EUA
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em sua recente Pesquisa de Serviços de Tecnologia da Informação 2009, elaborada em parceria com a Softex (Promoção da Excelência do Software Brasileiro), divulgou dados que dão conta de que as exportações dos produtos de TI brasileiros em 2009 tiveram como maior destino os Estados Unidos, representando 72,7% do volume total mandado para o exterior.

Ocupando as posições posteriores ficaram México (3,8%), países do Mercosul (3,1%), Alemanha (2,2%) e Chile (1,6%). De acordo com Roberto Saldanha, pesquisador do IBGE, a concentração das exportações em um único mercado consumidor, como os Estados Unidos, não é negativa. Na verdade, ela mostra que as empresas de TI do Brasil vêm se concentrando num mercado competitivo, o que as incentiva a desenvolver produtos de melhor qualidade e valor agregado.

Embora considerado baixo em comparação a outros países, o valor relativo à exportação de produtos e serviços é próximo ao do que é embarcado pelo Japão. Enquanto o Brasil vendeu R$ 2,1 bilhões, os japoneses exportaram US$ 1 bilhão. Outros países têm marcas mais significativa, como a Índia (US$ 50 bilhões), maior exportador do mundo, a Alemanha (US$ 17,9 bilhões), os EUA (US$ 13,4 bilhões) e o Reino Unido (US$ 13 bilhões).
Empresas com faturamento acima dos US$ 30 milhões foram responsáveis por 88,7% do total das exportações do Brasil em 2009. Entre os principais produtos e serviços comercializados estão o desenvolvimento de programas personalizados, o desenvolvimento de programas não-customizáveis e a consultoria em TI, responsáveis por 55,8%, 19% e 15,1%, respectivamente, do total das exportações.
Guia Marítimo


Importações crescem 102% no 1º trimestre do ano
Asiáticos são os grandes fornecedores de Mato Grosso, principalmente a China.

A desvalorização do dólar em relação ao real continua favorecendo as importações mato-grossense, via Porto Seco – a Estação Aduaneira do Interior (Eadi) – no Distrito Industrial de Cuiabá. Levantamento da aduana mostra incremento de 102,70% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período de 2010. As importações acumulam US$ 39,21 milhões, contra US$ 19,34 milhões nos primeiros três meses do ano anterior. Em março as importações somaram US$ 9,74 milhões, crescimento de 59,05% na comparação com igual mês do ano anterior, quando as compras atingiram US$ 6,12 milhões.

Os destaques do primeiro trimestre são pneus, máquinas agrícolas, máquinas industriais, chapas de aço e peças de reposição. Já as exportações continuam paralisadas, ainda aguardando soluções logísticas para o transporte de produtos.
De acordo com o gerente de Logística do Porto Seco, Elton Erthal, os países asiáticos – liderados pela China – continuam sendo os principais parceiros comerciais de Mato Grosso, respondendo por aproximadamente 40% de todas as operações de vendas realizadas ao Estado no primeiro trimestre. Coréia e Tailândia também se destacam como grandes fornecedores de Mato Gross, assim como os Estados Unidos e a Itália.
Para Elton Erthal, o câmbio é um dos fatores de incremento das importações. “Quando temos dólar baixo e real valorizado, passamos a contar com mais recursos para fazer compras no exterior. Este movimento nos últimos meses tem beneficiado os compradores, e o reflexo é o aumento das importações”, analisa.

Outro fator que também tem contribuído para o aumento das importações, segundo ele, é a estabilidade econômica, a chegada de novas empresas ao Estado e o crescimento do agronegócio mato-grossense. “Quando o agronegócio vai bem, as empresas procuram se modernizar tecnologicamente e buscar também ampliar suas instalações. Isso demanda o consumo de equipamentos e máquinas, só encontrados no exterior”. (Veja quadro)

Por conta do bom momento vivido pela economia do Estado, o gerente do Porto Seco prevê a manutenção das compras em ritmo acelerado. “Imagino que a tendência é aumentarmos cada vez mais as importações porque atravessamos um bom momento. A economia do Estado vai muito bem e a conjuntura nacional é favorável aos investimentos”.

Para o ano, a previsão é de que as compras tenham incremento entre 20% e 30% em relação a 2010, com ênfase para os produtos agroquímicos. Conforme as estatísticas da aduana, em 2010 as importações registraram incremento de 19% em relação a 2009, passando de US$ 197,07 milhões para US$ 234,69 milhões.

Elton Erthal lembra que a conjuntura econômica tem favorecido também a implantação de novas empresas de consultoria e importações no Estado. “Hoje temos cerca de 100 empresas atuando neste segmento, o que tem despertado o interesse dos compradores”. Ele prevê o incremento de venda de defensivos agrícolas a partir do segundo semestre deste ano para atender os produtores na próxima safra, 11/12

Ele está otimista e diz que “pelo menos por mais três anos”, as importações mato-grossenses, via Porto Seco, continuarão aquecidas. “É importante lembrar que as importações não estão crescendo só por causa da expectativa da Copa. Acredito que este movimento está alicerçado mais na conjuntura econômica e nos bons preços das commodities agrícolas”, frisa. “É um crescimento firme, que deve ter continuidade por um prazo muito longo. Não conseguimos mensurar este crescimento, vai depender do agronegócio e do desempenho da nossa economia”.
Portos e Navios


Aumenta número de empresas brasileiras exportando para o Iraque
O número de empresas brasileiras ou com operações no Brasil que exportam diretamente ao Iraque está crescendo. No ano passado, 120 companhias brasileiras ou com operações no Brasil venderam seus produtos diretamente ao mercado iraquiano. Isso representa um crescimento de 35% em relação ao ano anterior; “Mais empresas compreendem que o mercado iraquiano é uma excelente opção para seus negócios”, afirma o presidente da Câmara Brasil Iraque, Jalal Chaya.

No primeiro trimestre do ano, o faturamento das empresas brasileiras com o mercado iraquiano ficou 4,5% acima do mesmo volume apurado nos três primeiros meses de 2010. De janeiro a março de 2011 as exportações brasileiras foram de US$ 216.401.883, antes US$ 207.058.157,31 do mesmo período do ano passado.

No mesmo período, as importações brasileiras do Iraque foram de US$ 155.547.451. Com isso, a balança comercial entre os dois países ficou superavitária para o Brasil em 39%.

Mais valor nas transações. Outro ponto positivo para as empresas brasileiras na relação comercial com o Iraque é a expansão de seus negócios. No ano passado, nove empresas faturaram com vendas ao mercado iraquiano entre US$ 10 milhões e US$ 50 milhões. Em 2008, o número de empresas nessa faixa era de apenas duas. “Há um claro crescimento nos valores das transações tornando os negócios com o Iraque mais rentáveis”, explica Chaya.

Os investimentos em modernização do Iraque seguem ainda a todo vapor. No setor de saúde, o governo iraquiano deve investir US$ 4 bilhões, que serão aplicados na qualificação de profissionais, aquisição de equipamentos e construção de complexos médicos integrados, com hospitais, clínicas e laboratórios. Esse segmento conta com produtos made in Brasil como mobiliário hospitalar, remédios e equipamentos para análises clínicas.

Na lista de exportáveis, 15 são os produtos que lideram a balança comercial: frango, açúcar, carne bovina, niveladores e máquinas de construção, incubadoras para bebês, café solúvel, instrumentos cirúrgicos, gomas de mascar, medicamentos terfenadina (anti alérgico), lidocaína (anestésico local), camas de hospital, calçados, bombons, caramelos e outros confeitos, aparelhos para oxigenoterapia, produtos para obturação dentária e água mineral.
Revista Global

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