Movimentação de contêineres cresce 34% no Porto de Pecém
O Porto de Pecém, no Ceará, registrou uma movimentação de 45 mil Teus (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) no primeiro trimestre deste ano. O volume representa um incremento de 34% em relação ao mesmo período de 2010, quando foram transportados 34 mil Teus.
O transporte de longo curso registrou a movimentação de 25 mil unidades, enquanto o de cabotagem movimentou 20 mil, com variação positiva respectiva de 13% e 74%.
As exportações registraram 23 mil Teus e crescimento de 24%, sendo 15 mil no longo curso e oito mil na cabotagem. Nas importações, foram 22 mil unidades, sendo nove mil no longo curso e 12 mil na cabotagem, garantindo variação positiva de 47%.
Nos três primeiros meses do ano operaram no Pecém 138 navios, sendo 80 com calado superior a 10 metros e 58 com calado inferior a 10 metros. Somente em março último a movimentação de navios no complexo registrou o total de 44.
Na movimentação de longo curso o destaque ficou com o minério e escória siderúrgica, com 94 mil tonelada, seguido dos produtos siderúrgicos, com 67 mil ton. O transporte de frutas ficou em terceiro lugar com 47 mil ton. Na cabotagem, foram transportadas 30 mil ton de cereais, 23 mil de produtos siderúrgicos e 17 mil de sal.
Ranking - Mais uma vez o Porto do Pecém foi destaque na exportação de frutas e calçados, ficando na liderança entre todos os portos brasileiros, de acordo com os dados da Secex (Secretaria do Comercio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio). Por Pecém foram exportadas 47 mil ton de frutas, com participação de 41% entre todos os portos brasileiros. Em segundo lugar ficaram os portos de Santos, com participação de 12%, Rio Grande com 11% e Mucuripe com 10%.
No item calçados o Pecém registrou a movimentação de 4.800 ton e participação de 39%, seguindo-se os terminais portuários de Rio Grande, com 29%, Santos com 15% e Mucuripe com 6%.
A liderança na exportação de produtos siderúrgicos ficou com São Francisco do Sul, com 172 mil toneladas e participação de 24%, seguindo os portos de Santos com 22%, Pecém com 12% e Rio de Janeiro com 10%. O Porto de Suape foi o líder na importação de algodão, com 25 mil ton e participação de 36%. O Pecém ficou em segundo lugar com participação de 31% e 22 mil toneladas. Em seguida ficaram os portos de Itajaí com 12% e Santos com 9%.
A Tribuna
Porto de Sendai reabre ao tráfego comercial após tsunami
O Porto de Sendai, uma das cidades mais afetadas pelo terremoto e o posterior tsunami de 11 de março na província japonesa de Miyagi, foi reaberto para o tráfego comercial com uma carga de veículos da fabricante Toyota.
Segundo informou a agência local "Kyodo", cerca de 300 carros do maior fabricante mundial de veículos, produzidos em sua fábrica na província de Iwate (norte japonês), foram carregados em um navio com destino a Nagóia (região central).
O governador de Miyagi, Yoshihiro Murai, por sua vez, indicou que no fim deste mês estarão prontas 1.311 casas temporárias em 13 das localidades mais afetadas na província. A previsão é que outras 10 mil comecem a ser construídas em meados de maio.
O aeroporto de Sendai foi reaberto na quarta-feira, pouco mais de um mês depois de ter sido arrasado pelo tsunami de 11 de março, em tragédia que deixou o saldo de 3.645 mortos e 14.384 desaparecidos.
Após o terremoto, o aeroporto, que teve pistas destruídas e com carros amontoados, era utilizado apenas por aviões e helicópteros das Forças de Autodefesa (Exército) do Japão e militares americanos envolvidos nos trabalhos de emergência.
EFE
Portos disputam os produtos brasileiros
Ao mesmo tempo em que enfrentam gargalos cada vez maiores até ganharem os mares - um dos mais notórios resulta nas quilométricas filas de caminhões que aguardam vários dias para descarregar soja em Paranaguá (PR) - os produtos brasileiros estão se tornando objeto do desejo da maioria dos portos europeus e americanos.
A expansão ininterrupta das exportações, cujo volume saltou de US$ 55 bilhões para US$ 201 bilhões em uma década, despertou o interesse dos grandes terminais estrangeiros que oferecem facilidades logísticas e incentivos para receber empresas exportadoras e garantir o maior fluxo de navios.
Com isso, como explica Marcos Vendramini, consultor de logística portuária, além de ampliarem a receita, também ficam em condições de atrair mais armadores.
"Nosso alvo são as grandes empresas de energia, manufatura, alimentos e logística. Queremos recrutá-las para o Texas", afirma John Curtino, representante no Brasil da autoridade portuária e da Câmara de Comércio de Houston.
Em 2010, o fluxo comercial entre o país e esse porto somou US$ 11,3 bilhões, com expansão de 34% em relação a 2009.
Embora com um volume inexpressivo de mercadorias brasileiras, o porto de Marselha, na França, também participa dessa disputa usando como trunfo a facilidade de distribuição para toda a Europa.
"Estamos mais próximos do Brasil que Rotterdam e outros portos do norte do continente", lembra Dirk Becquart, diretor comercial e vice-presidente da autoridade portuária de Marselha, que mantém parceria com o porto de Santos, mas já admite a necessidade de criar uma representação no país.
Outros terminais europeus também estudam aproximação maior com os exportadores brasileiros, entre eles o de Bremen, na Alemanha, e o de Lisboa. Neste caso, a aposta se concentra na agricultura, e um dos atrativos são diferentes modais para levar o produto exportado, como a laranja e derivados do interior paulista até a entrega no destino final nas cidades europeias.
Brasil Econômico
(Pirataria) - Número de ocorrências bate recorde
O IMB (International Maritime Bureau) publicou recentemente um relatório afirmando que o aumento nos incidentes de pirataria foi provocado majoritariamente pelo aumento da atuação criminosa na costa da Somália, onde 97 ataques foram registrados nos primeiros três meses deste ano. O número muito maior se comparado ao total computado no ano passado: 35 ataques.
Em todo o mundo, ainda no primeiro trimestre de 2011, piratas assassinaram sete tripulantes e feriram 24. Das embarcações atacadas, 18 foram sequestradas, 344 tripulantes foram feitos reféns, 45 navios tiveram ataques à bordo e troca de tiros.
O diretor da IMB, Pottengal Mukundan pontuou sobre o recorde negativo. "O número de ataques de piratas nunca esteve tão alto. Temos visto um dramático aumento nos casos de violência e nas técnicas usadas pelos piratas nos mares da Somália. Sabemos o posicionamentos de algumas embarcações piratas e isso é vital para uma ação forte contra eles para que possamos prevenir futuros sequestros".
De acordo com o IMB, que vem monitorando as atividades piratas desde 1991, as áreas com maiores problemas são a costa da Somália e nas regiões do mar árabe e do Golfo. Um número considerável de países tem dedicado alguns navios da marinha para o patrulhamento das áreas de risco, como a Índia.
Guia Marítimo
Indústria de contêineres recupera perdas de 2009
Companhias computaram cerca de US$ 14 bilhões no ano passado.
As companhias de contêineres tiveram forte recuperação na margem operacional em 2010 por conta dos altos volumes transportados e aumentos de taxas. Segundo cálculos da consultoria marítima Alphaliner, o lucro operacional total da indústria atingiu cerca de US$ 14 bilhões no ano passado, tornando 2010 o ano mais rentável da história para as companhias marítimas.
Algumas transportadoras obtiveram ganhos recorde que quase recuperaram totalmente a perda operacional agregada de US$ 15 bilhões sofrida pela indústria em 2009. O lucro operacional total de 19 das 25 principais operadoras pesquisadas pela Alphaliner chegou a US$ 11,4 bilhões no ano passado em comparação com a perda operacional de US$ 13,2 bilhões em 2009.
A consultoria estima que as seis linhas restantes no Top 25 que não divulgaram publicamente seus desempenhos financeiros - MSC, Hamburg Süd, PIL, UASC, HDS Lines e TS Lines - fizeram juntas mais de US$ 2,5 bilhões, levando o total de lucros da indústria para mais de US$ 13,9 bilhões no ano passado.
Quase todas as transportadoras saíram dos resultados negativos obtidos no ano passado, com exceção da MISC Berhad que ainda sofre as perdas de 2010.
A média de margens operacionais recuperou significativamente para 9% em 2010 entre as principais transportadoras pesquisadas (excluindo a MISC), comparada à uma margem negativa de 16% em 2009. No entanto, a recuperação deve ser de curta duração, à medida que as margens operacionais caíram no primeiro trimestre de 2011 - em especial sobre o comércio Ásia-Europa. Segundo a Alphaliner, parte dessa situação é causada pela queda nas taxas de frete, em consequência do excesso de capacidade.
Guia Marítimo
Kuehne + Nagel tem alta 14% nos volumes
A Kuehne + Nagel, maior empresa de freight forwarder, registrou um aumento de 14% no frete marítimo no ano passado - a média de crescimento registrada em 2010 ficou entre 7% e 8% em todo o mundo. Segundo a empresa, os trades responsáveis por esse crescimento foram os da América Latina e Oriente Médio, além do mercado transpacífico e dos trades no interior da Ásia.
A receita do grupo nesse primeiro trimestre ficou em US$ 5,6 bilhões, o que representa uma alta de 4,7% em comparação ao mesmo período. O grupo também disse foi afetado pela mudança de taxas, já que o franco suíço teve apreciação de 20% sobre o dólar no último ano, embora a empresa receba a maior parte de sua receita em dólares.
O diretor-executivo da empresa, Richard Large, se recusou a fazer qualquer previsão sobre os resultados para o resto do ano, mas disse que a companhia está em boa forma para lidar com o que quer que aconteça: "É difícil prever o desenvolvimento da economia mundial nos próximos meses. Mas estamos confiando que o nosso modelo de negócio integrado dará suporte à continuação de nossa performance forte", afirmou.
Guia Marítimo
Frete decolando por causa dos conflitos no Oriente Médio
Os conflitos políticos nos países do Norte da África já começam a causar impacto no transporte marítimo e, assim, a pressionar a revisão dos fretes para cima. A companhia de navegação Grimaldi está há quase 20 dias com dois carregamentos parados em portos da Bélgica e de Malta. Os navios saíram do Brasil transportando máquinas da construção civil que seriam descarregadas no porto de Trípoli, capital da Líbia, mas os exportadores preferiram parar em portos intermediários. “Foi uma decisão tomada às pressas pelos clientes, que não quiseram que a carga fosse entregue no destino”, explica o diretor do armador italiano no Brasil, Miguel Malaguerra.
O lote que está no porto belga é composto por 30 unidades de equipamentos para construção civil e o que está no país do Mediterrâneo, por outras 33. Ambos os carregamentos ficarão nesses portos até que o exportador dê ordem para que a viagem prossiga ou que o porto de desembarque seja alterado, explica Malaguerra. “Nesse momento, para ser sincero, não há como calcular o prejuízo. Haverá um custo adicional de armazenagem por esse período de espera que não sabemos quantificar, pois não se sabe se essa situação levará mais cinco dias ou cinco meses.”
Outra consequência que pode afetar o comércio exterior – aproximadamente 90% das trocas brasileiras se dão pelo transporte marítimo – é o aumento dos fretes. “O impacto direto não está em negócios perdidos, mas no custo do petróleo, que está subindo e pressionando os valores do bunker (o combustível marítimo). Consequentemente, estamos sendo obrigados a rever os preços do transporte marítimo”, diz o diretor-comercial da Maersk Line no Brasil, Roberto Prudente. “Estamos nesse momento fazendo análises de caso a caso”, completou, quando questionado sobre os possíveis índices de reajuste.
O combustível é o principal item do custo fixo do armador em uma viagem de navio. Dependendo da duração do trajeto, ele representa entre 50% e 60% do total, diz o diretor-superintendente da Hamburg Süd no Brasil, Julian Thomas.
O preço do combustível marítimo vem subindo nos últimos meses. No dia 7, a tonelada do óleo mais pesado (e barato) estava cotada em US$ 656, um aumento de 37,2% sobre abril de 2010. O salto no preço do óleo mais leve (e mais caro) foi o mesmo. A tonelada estava cotada em US$ 940, diante de US$ 684 de abril do ano passado.
“Se o petróleo ficar no patamar que está, o impacto na economia global poderá ser mais duradouro”, avalia Thomas.
Portal Marítimo
Navios contaminados com radioatividade devem retornar a porto de origem
Na última sexta, o Deputado Roberto Santiago (PV-SP) pediu a edição uma medida provisória (MP) que obrigue os navios com carga de alimentos contaminados por radioatividade a retornar ao país de origem. Santiago é coordenador da comissão externa criada pela Câmara para fiscalizar produtos que chegam do Japão com suspeita de contaminação radioativa, em decorrência do acidente nuclear na usina de Fukushima.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já divulgou uma resolução (RDC 15/11) que estabelece critérios para importação de alimentos provenientes do Japão. Santiago afirma, porém, que não há nenhuma lei que obrigue um navio, depois de atracado e descarregado, a retornar a seu país de origem levando toda a carga de volta. “Por ser uma excepcionalidade, o País não está efetivamente preparado para esse momento”, disse o deputado. Ele lembrou que só dois portos no Brasil (Rio de Janeiro e Santos) vão receber navios japoneses. “Isso já supera uma situação de falta de pessoas e equipamentos.”
Além dos portos de Santos e do Rio de Janeiro, os produtos alimentícios japoneses poderão chegar pelos aeroportos de Guarulhos (Cumbica), Campinas (Viracopos) e Rio de Janeiro (Galeão).
Os deputados também querem que o governo seja avisado 15 dias antes de um navio japonês atracar em algum porto brasileiro. Hoje, esse prazo é de dois dias. Os parlamentares reivindicam, ainda, que as embarcações sejam vistoriadas em alto mar, antes de entrar no porto.
Portal Marítimo
O Porto de Pecém, no Ceará, registrou uma movimentação de 45 mil Teus (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) no primeiro trimestre deste ano. O volume representa um incremento de 34% em relação ao mesmo período de 2010, quando foram transportados 34 mil Teus.
O transporte de longo curso registrou a movimentação de 25 mil unidades, enquanto o de cabotagem movimentou 20 mil, com variação positiva respectiva de 13% e 74%.
As exportações registraram 23 mil Teus e crescimento de 24%, sendo 15 mil no longo curso e oito mil na cabotagem. Nas importações, foram 22 mil unidades, sendo nove mil no longo curso e 12 mil na cabotagem, garantindo variação positiva de 47%.
Nos três primeiros meses do ano operaram no Pecém 138 navios, sendo 80 com calado superior a 10 metros e 58 com calado inferior a 10 metros. Somente em março último a movimentação de navios no complexo registrou o total de 44.
Na movimentação de longo curso o destaque ficou com o minério e escória siderúrgica, com 94 mil tonelada, seguido dos produtos siderúrgicos, com 67 mil ton. O transporte de frutas ficou em terceiro lugar com 47 mil ton. Na cabotagem, foram transportadas 30 mil ton de cereais, 23 mil de produtos siderúrgicos e 17 mil de sal.
Ranking - Mais uma vez o Porto do Pecém foi destaque na exportação de frutas e calçados, ficando na liderança entre todos os portos brasileiros, de acordo com os dados da Secex (Secretaria do Comercio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio). Por Pecém foram exportadas 47 mil ton de frutas, com participação de 41% entre todos os portos brasileiros. Em segundo lugar ficaram os portos de Santos, com participação de 12%, Rio Grande com 11% e Mucuripe com 10%.
No item calçados o Pecém registrou a movimentação de 4.800 ton e participação de 39%, seguindo-se os terminais portuários de Rio Grande, com 29%, Santos com 15% e Mucuripe com 6%.
A liderança na exportação de produtos siderúrgicos ficou com São Francisco do Sul, com 172 mil toneladas e participação de 24%, seguindo os portos de Santos com 22%, Pecém com 12% e Rio de Janeiro com 10%. O Porto de Suape foi o líder na importação de algodão, com 25 mil ton e participação de 36%. O Pecém ficou em segundo lugar com participação de 31% e 22 mil toneladas. Em seguida ficaram os portos de Itajaí com 12% e Santos com 9%.
A Tribuna
Porto de Sendai reabre ao tráfego comercial após tsunami
O Porto de Sendai, uma das cidades mais afetadas pelo terremoto e o posterior tsunami de 11 de março na província japonesa de Miyagi, foi reaberto para o tráfego comercial com uma carga de veículos da fabricante Toyota.
Segundo informou a agência local "Kyodo", cerca de 300 carros do maior fabricante mundial de veículos, produzidos em sua fábrica na província de Iwate (norte japonês), foram carregados em um navio com destino a Nagóia (região central).
O governador de Miyagi, Yoshihiro Murai, por sua vez, indicou que no fim deste mês estarão prontas 1.311 casas temporárias em 13 das localidades mais afetadas na província. A previsão é que outras 10 mil comecem a ser construídas em meados de maio.
O aeroporto de Sendai foi reaberto na quarta-feira, pouco mais de um mês depois de ter sido arrasado pelo tsunami de 11 de março, em tragédia que deixou o saldo de 3.645 mortos e 14.384 desaparecidos.
Após o terremoto, o aeroporto, que teve pistas destruídas e com carros amontoados, era utilizado apenas por aviões e helicópteros das Forças de Autodefesa (Exército) do Japão e militares americanos envolvidos nos trabalhos de emergência.
EFE
Portos disputam os produtos brasileiros
Ao mesmo tempo em que enfrentam gargalos cada vez maiores até ganharem os mares - um dos mais notórios resulta nas quilométricas filas de caminhões que aguardam vários dias para descarregar soja em Paranaguá (PR) - os produtos brasileiros estão se tornando objeto do desejo da maioria dos portos europeus e americanos.
A expansão ininterrupta das exportações, cujo volume saltou de US$ 55 bilhões para US$ 201 bilhões em uma década, despertou o interesse dos grandes terminais estrangeiros que oferecem facilidades logísticas e incentivos para receber empresas exportadoras e garantir o maior fluxo de navios.
Com isso, como explica Marcos Vendramini, consultor de logística portuária, além de ampliarem a receita, também ficam em condições de atrair mais armadores.
"Nosso alvo são as grandes empresas de energia, manufatura, alimentos e logística. Queremos recrutá-las para o Texas", afirma John Curtino, representante no Brasil da autoridade portuária e da Câmara de Comércio de Houston.
Em 2010, o fluxo comercial entre o país e esse porto somou US$ 11,3 bilhões, com expansão de 34% em relação a 2009.
Embora com um volume inexpressivo de mercadorias brasileiras, o porto de Marselha, na França, também participa dessa disputa usando como trunfo a facilidade de distribuição para toda a Europa.
"Estamos mais próximos do Brasil que Rotterdam e outros portos do norte do continente", lembra Dirk Becquart, diretor comercial e vice-presidente da autoridade portuária de Marselha, que mantém parceria com o porto de Santos, mas já admite a necessidade de criar uma representação no país.
Outros terminais europeus também estudam aproximação maior com os exportadores brasileiros, entre eles o de Bremen, na Alemanha, e o de Lisboa. Neste caso, a aposta se concentra na agricultura, e um dos atrativos são diferentes modais para levar o produto exportado, como a laranja e derivados do interior paulista até a entrega no destino final nas cidades europeias.
Brasil Econômico
(Pirataria) - Número de ocorrências bate recorde
O IMB (International Maritime Bureau) publicou recentemente um relatório afirmando que o aumento nos incidentes de pirataria foi provocado majoritariamente pelo aumento da atuação criminosa na costa da Somália, onde 97 ataques foram registrados nos primeiros três meses deste ano. O número muito maior se comparado ao total computado no ano passado: 35 ataques.
Em todo o mundo, ainda no primeiro trimestre de 2011, piratas assassinaram sete tripulantes e feriram 24. Das embarcações atacadas, 18 foram sequestradas, 344 tripulantes foram feitos reféns, 45 navios tiveram ataques à bordo e troca de tiros.
O diretor da IMB, Pottengal Mukundan pontuou sobre o recorde negativo. "O número de ataques de piratas nunca esteve tão alto. Temos visto um dramático aumento nos casos de violência e nas técnicas usadas pelos piratas nos mares da Somália. Sabemos o posicionamentos de algumas embarcações piratas e isso é vital para uma ação forte contra eles para que possamos prevenir futuros sequestros".
De acordo com o IMB, que vem monitorando as atividades piratas desde 1991, as áreas com maiores problemas são a costa da Somália e nas regiões do mar árabe e do Golfo. Um número considerável de países tem dedicado alguns navios da marinha para o patrulhamento das áreas de risco, como a Índia.
Guia Marítimo
Indústria de contêineres recupera perdas de 2009
Companhias computaram cerca de US$ 14 bilhões no ano passado.
As companhias de contêineres tiveram forte recuperação na margem operacional em 2010 por conta dos altos volumes transportados e aumentos de taxas. Segundo cálculos da consultoria marítima Alphaliner, o lucro operacional total da indústria atingiu cerca de US$ 14 bilhões no ano passado, tornando 2010 o ano mais rentável da história para as companhias marítimas.
Algumas transportadoras obtiveram ganhos recorde que quase recuperaram totalmente a perda operacional agregada de US$ 15 bilhões sofrida pela indústria em 2009. O lucro operacional total de 19 das 25 principais operadoras pesquisadas pela Alphaliner chegou a US$ 11,4 bilhões no ano passado em comparação com a perda operacional de US$ 13,2 bilhões em 2009.
A consultoria estima que as seis linhas restantes no Top 25 que não divulgaram publicamente seus desempenhos financeiros - MSC, Hamburg Süd, PIL, UASC, HDS Lines e TS Lines - fizeram juntas mais de US$ 2,5 bilhões, levando o total de lucros da indústria para mais de US$ 13,9 bilhões no ano passado.
Quase todas as transportadoras saíram dos resultados negativos obtidos no ano passado, com exceção da MISC Berhad que ainda sofre as perdas de 2010.
A média de margens operacionais recuperou significativamente para 9% em 2010 entre as principais transportadoras pesquisadas (excluindo a MISC), comparada à uma margem negativa de 16% em 2009. No entanto, a recuperação deve ser de curta duração, à medida que as margens operacionais caíram no primeiro trimestre de 2011 - em especial sobre o comércio Ásia-Europa. Segundo a Alphaliner, parte dessa situação é causada pela queda nas taxas de frete, em consequência do excesso de capacidade.
Guia Marítimo
Kuehne + Nagel tem alta 14% nos volumes
A Kuehne + Nagel, maior empresa de freight forwarder, registrou um aumento de 14% no frete marítimo no ano passado - a média de crescimento registrada em 2010 ficou entre 7% e 8% em todo o mundo. Segundo a empresa, os trades responsáveis por esse crescimento foram os da América Latina e Oriente Médio, além do mercado transpacífico e dos trades no interior da Ásia.
A receita do grupo nesse primeiro trimestre ficou em US$ 5,6 bilhões, o que representa uma alta de 4,7% em comparação ao mesmo período. O grupo também disse foi afetado pela mudança de taxas, já que o franco suíço teve apreciação de 20% sobre o dólar no último ano, embora a empresa receba a maior parte de sua receita em dólares.
O diretor-executivo da empresa, Richard Large, se recusou a fazer qualquer previsão sobre os resultados para o resto do ano, mas disse que a companhia está em boa forma para lidar com o que quer que aconteça: "É difícil prever o desenvolvimento da economia mundial nos próximos meses. Mas estamos confiando que o nosso modelo de negócio integrado dará suporte à continuação de nossa performance forte", afirmou.
Guia Marítimo
Frete decolando por causa dos conflitos no Oriente Médio
Os conflitos políticos nos países do Norte da África já começam a causar impacto no transporte marítimo e, assim, a pressionar a revisão dos fretes para cima. A companhia de navegação Grimaldi está há quase 20 dias com dois carregamentos parados em portos da Bélgica e de Malta. Os navios saíram do Brasil transportando máquinas da construção civil que seriam descarregadas no porto de Trípoli, capital da Líbia, mas os exportadores preferiram parar em portos intermediários. “Foi uma decisão tomada às pressas pelos clientes, que não quiseram que a carga fosse entregue no destino”, explica o diretor do armador italiano no Brasil, Miguel Malaguerra.
O lote que está no porto belga é composto por 30 unidades de equipamentos para construção civil e o que está no país do Mediterrâneo, por outras 33. Ambos os carregamentos ficarão nesses portos até que o exportador dê ordem para que a viagem prossiga ou que o porto de desembarque seja alterado, explica Malaguerra. “Nesse momento, para ser sincero, não há como calcular o prejuízo. Haverá um custo adicional de armazenagem por esse período de espera que não sabemos quantificar, pois não se sabe se essa situação levará mais cinco dias ou cinco meses.”
Outra consequência que pode afetar o comércio exterior – aproximadamente 90% das trocas brasileiras se dão pelo transporte marítimo – é o aumento dos fretes. “O impacto direto não está em negócios perdidos, mas no custo do petróleo, que está subindo e pressionando os valores do bunker (o combustível marítimo). Consequentemente, estamos sendo obrigados a rever os preços do transporte marítimo”, diz o diretor-comercial da Maersk Line no Brasil, Roberto Prudente. “Estamos nesse momento fazendo análises de caso a caso”, completou, quando questionado sobre os possíveis índices de reajuste.
O combustível é o principal item do custo fixo do armador em uma viagem de navio. Dependendo da duração do trajeto, ele representa entre 50% e 60% do total, diz o diretor-superintendente da Hamburg Süd no Brasil, Julian Thomas.
O preço do combustível marítimo vem subindo nos últimos meses. No dia 7, a tonelada do óleo mais pesado (e barato) estava cotada em US$ 656, um aumento de 37,2% sobre abril de 2010. O salto no preço do óleo mais leve (e mais caro) foi o mesmo. A tonelada estava cotada em US$ 940, diante de US$ 684 de abril do ano passado.
“Se o petróleo ficar no patamar que está, o impacto na economia global poderá ser mais duradouro”, avalia Thomas.
Portal Marítimo
Navios contaminados com radioatividade devem retornar a porto de origem
Na última sexta, o Deputado Roberto Santiago (PV-SP) pediu a edição uma medida provisória (MP) que obrigue os navios com carga de alimentos contaminados por radioatividade a retornar ao país de origem. Santiago é coordenador da comissão externa criada pela Câmara para fiscalizar produtos que chegam do Japão com suspeita de contaminação radioativa, em decorrência do acidente nuclear na usina de Fukushima.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já divulgou uma resolução (RDC 15/11) que estabelece critérios para importação de alimentos provenientes do Japão. Santiago afirma, porém, que não há nenhuma lei que obrigue um navio, depois de atracado e descarregado, a retornar a seu país de origem levando toda a carga de volta. “Por ser uma excepcionalidade, o País não está efetivamente preparado para esse momento”, disse o deputado. Ele lembrou que só dois portos no Brasil (Rio de Janeiro e Santos) vão receber navios japoneses. “Isso já supera uma situação de falta de pessoas e equipamentos.”
Além dos portos de Santos e do Rio de Janeiro, os produtos alimentícios japoneses poderão chegar pelos aeroportos de Guarulhos (Cumbica), Campinas (Viracopos) e Rio de Janeiro (Galeão).
Os deputados também querem que o governo seja avisado 15 dias antes de um navio japonês atracar em algum porto brasileiro. Hoje, esse prazo é de dois dias. Os parlamentares reivindicam, ainda, que as embarcações sejam vistoriadas em alto mar, antes de entrar no porto.
Portal Marítimo
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