LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 11 de abril de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR - 11/04/2011

Brasil atinge a 20ª posição na lista mundial de importadores
São Paulo - O Brasil registra a maior expansão de importações do mundo entre as principais economias nos últimos cinco anos. Diante de um real valorizado e principalmente a expansão do consumo doméstico, o Brasil se transformou pela primeira vez no 20º maior importador do mundo. Dados da OMC apontam que a economia nacional mais que dobrou o volume de importações desde 2005. A expansão superou inclusive as importações na China e, no que se refere à importação de serviços, o Brasil apresentou o maior crescimento mundial em 2010. Segundo a OMC, com o real valorizado, os gastos de brasileiros com viagens ao exterior aumentaram em 51%. A expansão nas importações fez o Brasil voltar ao cenário do início dos anos 70, quando o País ainda dependia das importações de petróleo.

Naquela época, as compras brasileiras representam 1,2% da importação internacional.

O percentual caiu de forma importante e, em 2003, era de apenas 0,7%. Hoje, a taxa só é inferior ao cenário do Brasil pós-Segunda Guerra Mundial quando, ainda sem uma indústria consolidada, a economia era obrigada a importar praticamente tudo. Em apenas um ano, entre 2009 e 2010, a participação do Brasil na importação mundial passou de 1,1% para 1,3% Em termos gerais, o aumento de 43% nas importações de produtos do país no ano passado foi o terceiro mais elevado entre as maiores economias e teve uma expansão duas vezes superior à media mundial em 2010 em valores. A invasão de produtos estrangeiros no Brasil teve uma alta superior ao que foi registrado nos demais países dos Brics (China, Índia e Rússia e África do Sul). A OMC destaca dois aspectos que explicariam o boom nas importações. De um lado, o real sofreu uma valorização de 15% no ano, tornando produtos importados mais competitivos.

Outro fator é a expansão da economia, do crescimento do consumo privado e dos investimentos de empresas que acaba implicando na necessidade de importar máquinas. Nos últimos cinco anos, o aumento médio de importações no Brasil foi de 20% por ano.
Porto de Santos



Receita com exportação do café em 12 meses soma US$ 6,4 bi e bate recorde
No 1º trimestre, volume exportado totalizou 8,2 mi de sacas, alta de 11% em relação ao ano anterior

SÃO PAULO - O balanço das exportações de café mostra que a receita cambial nos últimos 12 meses, até março, é a maior da história, alcançando US$ 6,370 bilhões. Os dados foram anunciados nesta quinta-feira, 7, pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé). No período, foram embarcadas 33,811 milhões de sacas de 60 kg do produto (verde, solúvel e torrado e moído).
O volume da exportação brasileira de café no período no primeiro trimestre deste ano totaliza 8,202 milhões de sacas, representando aumento de 11% em relação ao ano anterior (7,415 milhões de sacas).
No primeiro trimestre, a receita cambial foi de US$ 1,861 bilhão, representando aumento de 61% em comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 1,158 bilhão).
No acumulado de janeiro a março de 2011, os mercados importadores mais relevantes foram: Europa, com 55% do total, seguida pela América do Norte, com 23%; Ásia, com 17% e América do Sul, com 3%.
Segundo o CeCafé, os Estados Unidos são líderes entre os países importadores, com 1.662.120 de sacas (20% do total). A Alemanha aparece na sequência, com 1.594.743 sacas (19%); Itália, com 742.155 sacas (9%), e Bélgica, com 637.091 sacas (8%). O Japão está em quinto lugar com 532.056 sacas (7% do total).
Os embarques do produto nos três primeiros meses do ano foram realizados principalmente por meio do Porto de Santos, que escoou 6.529.262 sacas (79,6 % do total). O Porto de Vitória (ES) foi responsável pelo embarque de 968.033 sacas (11,8%) e o do Rio de Janeiro teve 519.920 sacas embarcadas (6,3%).
Tomas Okuda, da Agência Estado

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