Governo deve enviar nova missão à Rússia em até 15 dias
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou ontem que o Brasil enviará uma nova missão à Rússia em no máximo 15 dias para tentar reverter o mal-estar entre os dois países na questão da importação de carnes brasileiras. Na quinta-feira passada, os importadores anunciaram que, a partir do dia 16, as compras de 85 plantas frigoríficas do Brasil serão desabilitadas.
A missão, de acordo com Rossi, dará garantia de que o governo vai melhorar os exames laboratoriais feitos no produto nacional e que o setor privado também incrementará a fiscalização de suas fábricas conforme a exigência do país. O ministro deu essas afirmações após reunião com o setor privado e com representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que contou inclusive com a participação do ministro Fernando Pimentel, e do Itamaraty.
“Fizemos uma agenda e vamos cumpri-la religiosamente. Não podemos antecipar perdas, mas também seremos firmes com o maior cliente da área”, disse Rossi. Ao mesmo tempo, o corpo diplomático tentará reverter o prazo dado pelos russos por meio de um documento que também contará com as garantias. “Temos que fazer a lição de casa e tentar reverter essa relação estressada com a Rússia”, comentou.
De acordo com o ministro, um acordo foi feito entre os dois países numa primeira missão realizada ao final de abril, mas o cronograma acertado foi menosprezado com essa data limite anunciada na semana passada. O governo brasileiro pedirá um prazo certo para que as demandas do importador sejam atendidas. A principal preocupação é com o setor de suínos.
“Não queremos que o cronograma que já existia seja atropelado; queremos o nosso cronograma mais elástico para superar essa crise sem traumas”, afirmou. Rossi disse ser necessário que cada um reconheça a importância de se fazer a sua parte. Ele disse, por exemplo, que os russos pedem exames específicos, de substâncias que nunca apareceram no Brasil e que o País nunca apresentou. Agora, a ideia é fornecer esses dados aos importadores.
O ministro evitou justificar a ação dos russos com o pleito do país em fazer parte da Organização Mundial do Comércio (OMC). Esse assunto, segundo ele, se realmente existir, deve ser tratado separadamente.
Para Rossi, o governo tem condições de fiscalizar cada uma das plantas embargadas até que a missão se desloque para a Rússia. No ano passado, as exportações brasileiras para a Rússia somaram US$ 4,064 bilhões, dos quais US$ 1,999 bilhão foram de venda de carnes.
Num primeiro momento, o ministro não deve integrar a missão. Segundo ele, sua agenda internacional prevê apenas a participação de um encontro do G-20 na Europa e as eleições da FAO.
Saldo comercial do País retoma ritmo pré-crise
Apesar de declarar guerra à manipulação de moedas que estariam causando prejuízo às contas do País, o Brasil registrou a maior expansão do superávit comercial entre as principais economias do mundo nos três primeiros meses do ano. O saldo comercial brasileiro voltou aos mesmos níveis do período anterior à crise econômica mundial, que eclodiu em 2008.
Dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelam que as barreiras impostas pelo País aos produtos importados e a alta nos preços de commodities garantiram um avanço nas contas e compensaram a valorização do real.
Entre as maiores economias do G-7 e do Brics, praticamente todos registraram deterioração em suas balanças comerciais, como China e Estados Unidos. No caso do Brasil, a tendência vai na direção contrária.
No fim do primeiro trimestre, o Brasil somou um saldo positivo de US$ 25,1 bilhões, contra apenas US$ 15 bilhões no fim de 2010. No começo do ano passado, o superávit era de apenas US$ 11,1 bilhões. A última vez que o Brasil havia registrado um superávit dessa proporção foi em 2008, justamente nos meses que antecederam à quebra do Lehman Brothers.
Jornal do Comércio
Mercado dos EUA continua fechado para brasileiros
Apesar dos constantes e reiterados apelos da diplomacia e dos produtores brasileiros pelo fim dos subsídios aos produtores americanos de etanol – estimado em US$ 6 bilhões ao ano – e da taxação à entrada do produto nacional no mercado dos EUA, o quadro não deve se alterar no médio prazo. A avaliação é de técnicos do setor produtivo e de analistas. O argumento principal do governo dos Estados Unidos é que os mecanismos de incentivo ajudam a manter aproximadamente 400 mil empregos.
Além disso, como afirmou recentemente o secretário de Agricultura do governo Obama, Tom Vilsack, acabar com o subsídio à pesquisa e produção de etanol a base de milho significa ampliar a dependência americana do petróleo. Interna e politicamente, são argumentos muito fortes. “Sinceramente, se nos colocarmos na posição americana, fica meio indefensável falar em redução das taxas”, analisa Adriana de Queiroz, coordenadora executiva do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).
Do lado brasileiro, não resta alternativa senão lutar, em todos os fóruns ligados ao tema, ao menos por uma diminuição na taxação e no subsídio, como tem ocorrido nos últimos anos. Foi o que aconteceu no começo de maio, quando o Itamaraty aproveitou uma reunião do Comitê de Subsídios da Organização Mundial do Comércio (OMC) para solicitar esclarecimentos do governo americano em relação aos subsídios concedidos aos produtores de etanol. “No nosso ponto de vista, o pleito ideal é para que a taxação seja zero”, diz o engenheiro Alfred Szward, diretor técnico da Associação dos Engenheiros Automotivos (AEA).
Para os analistas brasileiros, o esforço diplomático deve ser intensificado nesse momento, quando começa a se fortalecer no Congresso Americano uma posição favorável ao fim dos subsídios. Grupos de parlamentares alegam que, com a elevação dos preços do milho no mercado internacional, subsidiar o produtor não se justifica mais. Além disso, com a definição de metas de uso do etanol no mercado americano, as vendas da indústria local estariam garantidas. Como se não bastasse, a desaceleração da economia após a crise de 2008 obriga o governo a reduzir todos os gastos.
A administração Obama divulgou a meta de instalar 10 mil bombas de etanol em postos dos Estados Unidos nos próximos cinco anos, o que contribuirá para aumentar enormemente a demanda. É de olho nesse potencial de mercado que tanto o governo brasileiro, quanto os produtores nacionais de etanol estão de olho. Todos os envolvidos sabem que do fôlego do mercado americano depende a boa evolução das exportações brasileiras de etanol – desde que seja possível derrubar a barreira da taxação.
Valor Econômico
PRESIDENTE DA FIESP PEDE À RECEITA QUE ENDUREÇA FISCALIZAÇÃO DE IMPORTADOS
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, recebeu nesta segunda-feira (6) o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto para reforçar os pleitos da federação com relação ao que classificou de "tsunami" de importações de produtos manufaturados no Brasil.
Skaf lembrou que o real sobrevalorizado e o yuan, a moeda chinesa, artificialmente desvalorizada em relação ao dólar, geram uma distorção de aproximadamente 40% no câmbio. Para o dirigente, a questão cambial levará a um prejuízo de cerca de US$ 100 bilhões na balança comercial brasileira de manufaturas ao final do ano.
"É preciso que a Receita Federal endureça a fiscalização de importados, evitando práticas de comércio desleais e ilegais, subfaturamento, descaminhos", cobrou Skaf. "O secretário Barreto está de acordo com isso. Estamos pregando a legalidade, não tem como não concordar", disse o presidente da Fiesp.
Filho doente
Paulo Skaf também defendeu compensações à indústria, setor que mais sofre os efeitos do câmbio, com a proposta de desoneração do INSS em 20% sobre a folha de pagamento - 10% neste ano e outros 10% em 2012.
"Hoje a indústria é o filho doente, está sendo injustiçada. Da porta para dentro, as fábricas são competitivas", argumentou. Segundo Skaf, a desoneração para o setor industrial custaria R$ 18 bilhões aos cofres do governo.
Agência Indusnet Fiesp
Minas fecha maio com exportações recordes
As exportações mineiras somaram US$ 3,52 bilhões em maio. De acordo com dados preliminares divulgado pelo governo estadual, trata-se de valor 40,5% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, com crescimento de 12,5% sobre abril último, e novo recorde mensal para o estado.
Destaques - Já no acumulado de janeiro a maio, as exportações de Minas Gerais totalizaram US$ 15,17 bilhões, com expressivo crescimento de 54,7% na comparação com o mesmo período de 2010. Com esse resultado, o estado manteve uma participação de 16% sobre o total nacional.
No período de 12 meses, o resultado foi melhor ainda. O volume das exportações do estado de junho de 2010 a maio de 2011 atingiu US$ 36,59 bilhões contra US$ 21,95 bilhões em igual período do ano passado, 66,7% a mais.
Canal do Transporte
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou ontem que o Brasil enviará uma nova missão à Rússia em no máximo 15 dias para tentar reverter o mal-estar entre os dois países na questão da importação de carnes brasileiras. Na quinta-feira passada, os importadores anunciaram que, a partir do dia 16, as compras de 85 plantas frigoríficas do Brasil serão desabilitadas.
A missão, de acordo com Rossi, dará garantia de que o governo vai melhorar os exames laboratoriais feitos no produto nacional e que o setor privado também incrementará a fiscalização de suas fábricas conforme a exigência do país. O ministro deu essas afirmações após reunião com o setor privado e com representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que contou inclusive com a participação do ministro Fernando Pimentel, e do Itamaraty.
“Fizemos uma agenda e vamos cumpri-la religiosamente. Não podemos antecipar perdas, mas também seremos firmes com o maior cliente da área”, disse Rossi. Ao mesmo tempo, o corpo diplomático tentará reverter o prazo dado pelos russos por meio de um documento que também contará com as garantias. “Temos que fazer a lição de casa e tentar reverter essa relação estressada com a Rússia”, comentou.
De acordo com o ministro, um acordo foi feito entre os dois países numa primeira missão realizada ao final de abril, mas o cronograma acertado foi menosprezado com essa data limite anunciada na semana passada. O governo brasileiro pedirá um prazo certo para que as demandas do importador sejam atendidas. A principal preocupação é com o setor de suínos.
“Não queremos que o cronograma que já existia seja atropelado; queremos o nosso cronograma mais elástico para superar essa crise sem traumas”, afirmou. Rossi disse ser necessário que cada um reconheça a importância de se fazer a sua parte. Ele disse, por exemplo, que os russos pedem exames específicos, de substâncias que nunca apareceram no Brasil e que o País nunca apresentou. Agora, a ideia é fornecer esses dados aos importadores.
O ministro evitou justificar a ação dos russos com o pleito do país em fazer parte da Organização Mundial do Comércio (OMC). Esse assunto, segundo ele, se realmente existir, deve ser tratado separadamente.
Para Rossi, o governo tem condições de fiscalizar cada uma das plantas embargadas até que a missão se desloque para a Rússia. No ano passado, as exportações brasileiras para a Rússia somaram US$ 4,064 bilhões, dos quais US$ 1,999 bilhão foram de venda de carnes.
Num primeiro momento, o ministro não deve integrar a missão. Segundo ele, sua agenda internacional prevê apenas a participação de um encontro do G-20 na Europa e as eleições da FAO.
Saldo comercial do País retoma ritmo pré-crise
Apesar de declarar guerra à manipulação de moedas que estariam causando prejuízo às contas do País, o Brasil registrou a maior expansão do superávit comercial entre as principais economias do mundo nos três primeiros meses do ano. O saldo comercial brasileiro voltou aos mesmos níveis do período anterior à crise econômica mundial, que eclodiu em 2008.
Dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelam que as barreiras impostas pelo País aos produtos importados e a alta nos preços de commodities garantiram um avanço nas contas e compensaram a valorização do real.
Entre as maiores economias do G-7 e do Brics, praticamente todos registraram deterioração em suas balanças comerciais, como China e Estados Unidos. No caso do Brasil, a tendência vai na direção contrária.
No fim do primeiro trimestre, o Brasil somou um saldo positivo de US$ 25,1 bilhões, contra apenas US$ 15 bilhões no fim de 2010. No começo do ano passado, o superávit era de apenas US$ 11,1 bilhões. A última vez que o Brasil havia registrado um superávit dessa proporção foi em 2008, justamente nos meses que antecederam à quebra do Lehman Brothers.
Jornal do Comércio
Mercado dos EUA continua fechado para brasileiros
Apesar dos constantes e reiterados apelos da diplomacia e dos produtores brasileiros pelo fim dos subsídios aos produtores americanos de etanol – estimado em US$ 6 bilhões ao ano – e da taxação à entrada do produto nacional no mercado dos EUA, o quadro não deve se alterar no médio prazo. A avaliação é de técnicos do setor produtivo e de analistas. O argumento principal do governo dos Estados Unidos é que os mecanismos de incentivo ajudam a manter aproximadamente 400 mil empregos.
Além disso, como afirmou recentemente o secretário de Agricultura do governo Obama, Tom Vilsack, acabar com o subsídio à pesquisa e produção de etanol a base de milho significa ampliar a dependência americana do petróleo. Interna e politicamente, são argumentos muito fortes. “Sinceramente, se nos colocarmos na posição americana, fica meio indefensável falar em redução das taxas”, analisa Adriana de Queiroz, coordenadora executiva do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).
Do lado brasileiro, não resta alternativa senão lutar, em todos os fóruns ligados ao tema, ao menos por uma diminuição na taxação e no subsídio, como tem ocorrido nos últimos anos. Foi o que aconteceu no começo de maio, quando o Itamaraty aproveitou uma reunião do Comitê de Subsídios da Organização Mundial do Comércio (OMC) para solicitar esclarecimentos do governo americano em relação aos subsídios concedidos aos produtores de etanol. “No nosso ponto de vista, o pleito ideal é para que a taxação seja zero”, diz o engenheiro Alfred Szward, diretor técnico da Associação dos Engenheiros Automotivos (AEA).
Para os analistas brasileiros, o esforço diplomático deve ser intensificado nesse momento, quando começa a se fortalecer no Congresso Americano uma posição favorável ao fim dos subsídios. Grupos de parlamentares alegam que, com a elevação dos preços do milho no mercado internacional, subsidiar o produtor não se justifica mais. Além disso, com a definição de metas de uso do etanol no mercado americano, as vendas da indústria local estariam garantidas. Como se não bastasse, a desaceleração da economia após a crise de 2008 obriga o governo a reduzir todos os gastos.
A administração Obama divulgou a meta de instalar 10 mil bombas de etanol em postos dos Estados Unidos nos próximos cinco anos, o que contribuirá para aumentar enormemente a demanda. É de olho nesse potencial de mercado que tanto o governo brasileiro, quanto os produtores nacionais de etanol estão de olho. Todos os envolvidos sabem que do fôlego do mercado americano depende a boa evolução das exportações brasileiras de etanol – desde que seja possível derrubar a barreira da taxação.
Valor Econômico
PRESIDENTE DA FIESP PEDE À RECEITA QUE ENDUREÇA FISCALIZAÇÃO DE IMPORTADOS
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, recebeu nesta segunda-feira (6) o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto para reforçar os pleitos da federação com relação ao que classificou de "tsunami" de importações de produtos manufaturados no Brasil.
Skaf lembrou que o real sobrevalorizado e o yuan, a moeda chinesa, artificialmente desvalorizada em relação ao dólar, geram uma distorção de aproximadamente 40% no câmbio. Para o dirigente, a questão cambial levará a um prejuízo de cerca de US$ 100 bilhões na balança comercial brasileira de manufaturas ao final do ano.
"É preciso que a Receita Federal endureça a fiscalização de importados, evitando práticas de comércio desleais e ilegais, subfaturamento, descaminhos", cobrou Skaf. "O secretário Barreto está de acordo com isso. Estamos pregando a legalidade, não tem como não concordar", disse o presidente da Fiesp.
Filho doente
Paulo Skaf também defendeu compensações à indústria, setor que mais sofre os efeitos do câmbio, com a proposta de desoneração do INSS em 20% sobre a folha de pagamento - 10% neste ano e outros 10% em 2012.
"Hoje a indústria é o filho doente, está sendo injustiçada. Da porta para dentro, as fábricas são competitivas", argumentou. Segundo Skaf, a desoneração para o setor industrial custaria R$ 18 bilhões aos cofres do governo.
Agência Indusnet Fiesp
Minas fecha maio com exportações recordes
As exportações mineiras somaram US$ 3,52 bilhões em maio. De acordo com dados preliminares divulgado pelo governo estadual, trata-se de valor 40,5% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, com crescimento de 12,5% sobre abril último, e novo recorde mensal para o estado.
Destaques - Já no acumulado de janeiro a maio, as exportações de Minas Gerais totalizaram US$ 15,17 bilhões, com expressivo crescimento de 54,7% na comparação com o mesmo período de 2010. Com esse resultado, o estado manteve uma participação de 16% sobre o total nacional.
No período de 12 meses, o resultado foi melhor ainda. O volume das exportações do estado de junho de 2010 a maio de 2011 atingiu US$ 36,59 bilhões contra US$ 21,95 bilhões em igual período do ano passado, 66,7% a mais.
Canal do Transporte
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