Um porto dominado pelas máquinas
Terminal movimenta 2,6 milhões de contêineres ao ano sem a circulação de pessoas no pátio de operações
O cenário é de um porto abandonado, mas as atividades seguem ritmo intenso. O terminal automatizado do Porto de Hamburgo, na Alemanha, funciona sob o domínio das máquinas, num ambiente limpo e organizado regido pela eficiência. O funcionamento Conteiner Terminal Altenwerner (CTA) foi conferido pela Expedição Safra Gazeta do Povo, em viagem de 2,8 mil quilômetros pela União Europeia.
O empreendimento pertence à Hamburger Hafen und Logistic (HHLA) (74,9%) e à Hapag-LLoyd (25,1%). São 980 mil metros quadrados de área para operações, ao longo de 1,4 quilômetro do Rio Elbe, o que permite que até quatro navios atraquem ao mesmo tempo.
Na chegada, não há filas para os caminhões. Das quatro pistas de estacionamento, eles são encaminhados para carga e descarga quase que imediatamente. Os motoristas recebem instruções sobre onde se posicionar por rádio, sem sair do volante. O acesso à área de operações a pé é proibido por questões de segurança.
No vaivém do pátio, ao invés de veículos carregadores e motoristas, existem 65 guias de carga controlados por computadores e softwares. Cada guia, chamado de AGV (Automated Guide Vehicle), encontra seu próprio caminho, por sinais de rádio e informações de satélite, via GPS (Global Positioning System).
O pátio de contêineres ocupa a maior parte da área do CTA e conta com 22 pares de guindastes. O terminal tem 500 funcionários e, segundo a HHLA, seriam necessários 1,2 mil pessoas se o sistema não fosse praticamente todo robotizado.
Com capacidade para movimentar 3 milhões de contêineres ao ano, o CTA opera atualmente com 80% de sua capacidade. O pátio recebe até 30 mil contêiners e, pela disposição orquestrada dos compartimentos, pouco lembra um porto com alto fluxo. É necessário operar com a maior carga possível para garantir a rentabilidade, afirma um dos diretores do empreendimento, Klaus Schmöcker.
O sistema fica parado apenas cinco dias ao ano, para manutenção. Não é necessário observar feriados ou interromper os carregamentos por causa da chuva ou da neve. “As máquinas têm sempre a mesma motivação, todos os dias”, frisa Dennis Kögeböhn, da HPC Hamburg Port Consulting, subsidiária da HHLA. As operações são controladas de cabines onde ficam 120 dos 500 funcionários.
As máquinas fazem o transporte também de navio para navio. As embarcações ficam menos de uma semana no terminal. Uma operação de carga ou descarga pode ser concluída em quatro ou cinco dias.
A automatização exigiu 500 milhões de euros, investimento realizado num momento de ampliação da movimentação no Porto de Hamburgo. A previsão inicial era de que seria necessário uma década para a recuperação do aporte inicial, o que ocorreu surpreendentemente em apenas três anos, a partir de 2001, conta Schmöcker.
O retorno ocorreria apenas neste ano, mas, atualmente, os investidores podem se concentrar em serviços de consultoria para portos de todo o mundo, inclusive os de Suape (PE), Santos (SP) e Itapoá (SC). A estratégia foi tornar-se logo a primeira opção para o embarque e desembarque de contêineres na Alemanha, contam os investidores.
A automatização chegou ao ponto de as máquinas com defeito seguirem sozinhas para as oficinas. O que tem dentro dos contêineres pouco importa na rotina do porto. Os operadores sequer sabem que transportam de eletrônicos a alimentos industrializados.
Granéis seguem tendência
A automatização é uma tendência também nos terminais de granéis da Europa, com as operações cada vez mais controladas por guindastes guiados de cabines remotas. A preocupação com custos abre caminho para investimentos na área, inclusive em portos menores.
No porto de Nantes, interior da França, que aproveita as condições de navegação do Rio Loire, a preocupação ocorre ao mesmo tempo em que mostram-se necessários investimentos básicos, como a cobertura das correias que retiram os produtos dos navios.
Atualmente, a parte das correias que fica sobre os navios, bem como os porões dos mesmos, roda descoberta. As operações de descarga são interrompidas pelos operadores de Nantes quando começa a chover, como ocorre no Paraná. Só são retomadas se o cliente autorizar, assumindo os riscos de problemas com a carga.
Por enquanto, as máquinas são aproveitadas para manter o porto em atividade acelerada e, ao mesmo tempo, limpo e organizado. Além disso, para que não haja filas, os caminhões têm vias de acesso diretas ao terminal, sem atravessar centros urbanos.
A segregação de convencionais e transgênicos complica a descarga e o armazenamento em Nantes. Porém, como o volume de produto livre de ingredientes geneticamente modificados é menor, reserva-se uma correia e um armazém para que não haja mistura. A logística exige gerenciamento à parte, facilitado por softwares internos.
Mídia News
Quip apresenta novas instalações para auditores da Receita Federal de Rio Grande
Uma equipe da Receita Federal de Rio Grande visitou nesta terça-feira, 7, as dependências da Quip S.A, na rua Honório Bicalho. Eles conheceram as instalações e local de trabalho onde está sendo construída a plataforma P-63. Os auditores também conheceram o local das futuras instalações da Queiroz Galvão, que construirá em Rio Grande a plataforma P-58 e ainda receberam as primeiras informações sobre o projeto dessa nova plataforma.
A comitiva foi recepcionada pelo diretor de suporte corporativo da empresa, Marcos Reis, que apresentou informações sobre os empreendimentos que a Quip executa em Rio Grande, lembrando que a empresa foi precursora do Polo Naval de Rio Grande com a construção da primeira plataforma em solo gaúcho: a P-53. Atualmente, além da P-63, a Quip também executa a construção da plataforma P-55, no dique seco do Estaleiro Rio Grande, localizado no Superporto rio-grandino.
Reis falou ainda dos investimentos que a empresa irá realizar para ampliar a capacidade de construção de plataformas em seu canteiro de obras na ponta Sul do Porto Novo, que deverá gerar mais empregos e desenvolvimento para a cidade de Rio Grande.
Jornal Agora (RS)
Escassez de contêineres será menor este ano
Mais preparadas, companhias aproveitarão momento para aumentar taxas.
Prevista para acontecer nos mercados de todo o mundo, a escassez de contêineres não deve ser tão ruim neste ano quanto foi em 2010, quando as transportadoras foram pegas desprevenidas por uma alta nos volumes.
De acordo com a Drewry Supply Chain Advisors, nos últimos meses as companhias marítimas têm avisado que haverá falta de contêineres porque não foram feitas encomendas suficientes nem em 2009 nem em 2010.
A empresa afirmou: "Qualquer impacto deve ficar limitado aos trades dos comércios balanceados entre exportação e importação, nos quais os operadores podem ficar relutantes. Agora, as transportadoras devem estar preparadas e usarão a oportunidade para recuperar as taxas."
De acordo com os dados apurados, um grande número de transportadoras já introduziu sobretaxas de falta de contêiner: "Muito dependerá do padrão da demanda, que tem sido provado por imprevisibilidades de atraso. Um aumento inesperado no tráfego em um curto espaço de tempo pode levar a condições particularmente mais apertadas. De qualquer maneira, esses avisos permanecem como especulação. Na balança, as companhias marítimas devem escapar ilesas. No entanto, elas devem permanecer vigilantes e preparadas para soluções a curto prazo", ressaltou a companhia.
Em maio, o grupo WSC (World Shipping Council) avisou que um nível reduzido de produção de contêineres em 2009 e 2010 afetaria o suprimento de unidades neste ano - especialmente na temporada de pico. O grupo colocou a culpa da escassez nos preços muito altos dos novos contêineres - em US$ 3.000 por Teu - fazendo transportadoras e locadoras ficarem relutantes em fazer novas encomendas.
A companhia disse que o atraso de alguns contêineres neste ano compensariam algumas deficiências projetadas, já que reduziria o tempo que os fretadores retém os contêineres, otimizando a cadeia.
Guia Marítimo
ANTAQ interdita 42 empresas no transporte longitudinal de passageiros e misto
A Superintendência de Navegação Interior (SNI) da ANTAQ alcançou, no primeiro trimestre de 2011, a marca de 42 empresas interditadas que operavam no transporte longitudinal de passageiros e misto, em percursos interestadual, sem autorização. Com a ação repressiva, 46 embarcações deixaram de operar irregularmente. Depois das ações de interdição, 12 empresas se regularizaram e 15 embarcações voltaram a prestar esse serviço de transporte de competência da União.
O combate ao transporte irregular faz parte da estratégia da Agência para promover a plena regularização do setor de transporte fluvial sob sua competência e desde novembro de 2009 vem optando por ações repressivas junto aos operadores que se mostraram resistentes ao atendimento às ações educativas da ANTAQ desde 2007. A SNI, por meio das Unidades Administrativas Regionais da ANTAQ em Manaus, Belém e Porto Velho, e com o apoio da Marinha do Brasil, é quem interdita as empresas sem autorização.
Em relação ao transporte longitudinal de cargas, a diretoria da ANTAQ já aprovou a interdição de 22 operadores, sendo 17 sob a jurisdição de Porto Velho e cinco na área de competência de Belém. Já para o transporte de travessia, as propostas de interdição estão em análise pela Gerência de Fiscalização da Navegação Interior (GFI) e terão o seu encaminhamento para aprovação da diretoria até o final de junho, com previsão de implementação em julho.
ANTAQ
Holandeses vão investir US$ 1 bi em um superporto no Estado
Até o final deste ano, o governo do Estado e o Porto de Roterdã Internacional decidem a área onde será construído um novo porto de águas profundas no litoral capixaba. A previsão é de que sejam investidos US$ 1 bilhão na implantação da infraestrutura do porto e da retroárea e até US$ 12 bilhões para a instalação das empresas no condomínio do porto.
O governo do Estado não indicou, especificamente, nenhuma área para a implantação da obra. "Estamos colocando à disposição dos técnicos holandeses e empresários, a possibilidade de escolher de Presidente Kennedy, no extremo Sul, até Conceição da Barra, no Norte", explica o secretário de Desenvolvimento, Márcio Félix Bezerra.
As intenções das partes - governo estadual e Porto de Roterdã Internacional - foram especificadas no memorando de entendimento assinado entre o governador Renato Casagrande e os representantes holandeses, o diretor do Porto de Roterdã, Roger Clasquim, e o gerente de projetos, Marc Evertse, durante encontro no Palácio Anchieta, ontem pela manhã.
Localização
Algumas áreas já foram indicadas para o novo porto, incluindo Ponta de Ubu, em Anchieta, e Praia Mole, em Vitória. Uma terceira opção foi apresentada ontem também aos executivos de Roterdã e ao governador Renato Casagrande. Trata-se de uma área em Vila Velha, localizada na região de Interlagos e Xuri.
O projeto de Vila Velha foi mostrado a Casagrande no final da tarde pelo prefeito do município, Neucimar Fraga, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Arlen Silva, e o secretário de Desenvolvimento urbano, Henrique Casamata. A área destinada ao projeto, em Ponta da Fruta, tem 50 milhões de metros quadrados para a retroárea e possibilidade de 23 metros de calado para o porto, segundo Henrique Casamata.
O gerente de projetos, Marc Evertse, explicou que o projeto que os executivos de Roterdã têm em mente é semelhante ao do Porto de Sohar, construído pelos holandeses em Omã. Naquele país, o porto funciona por meio de parceria entre o governo local e a empresa Porto de Roterdã Internacional. A empresa holandesa tem participação no Porto de Sohar e também no Porto de Suape, em Pernambuco.
Gerente da Antaq deve presidir Codesa
O novo presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) deverá ser o gerente de Estudos e Desempenho Portuário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Bruno Pinheiro. O nome de Pinheiro já teria sido aprovado pelo ministro dos Portos, Leônidas Cristino. O nome do novo presidente da Codesa, entretanto, depende de aprovação dos integrantes do Conselho de Administração da companhia (Consad). Até à noite de ontem não havia saído a convocação dos conselheiros para a sessão extraordinária do Consad. A convocação deve ser feita com até cinco dias de antecedência. Na Antaq, a informação da assessoria de imprensa do órgão, foi a de Pinheiro não se encontrava no local de trabalho e que a informação não poderia ser confirmada.
Portos e Navios
ANTAQ discute modelagem portuária para movimentação de contêiner de cabotagem em Santos
O gerente de Portos Públicos da ANTAQ Jair Campos Galvão e a chefe da unidade da agência em São Paulo Nanci Fontenelle participam, no dia 8 de junho, em Santos, a convite da CODESP, de reunião do grupo de trabalho que debaterá a modelagem portuária para a movimentação do contêiner de cabotagem no porto de Santos.
O grupo pretende estudar medidas que melhorem a configuração do porto, a fim de adequá-las às operações de contêiner dos transportes de cabotagem.
Os participantes discutirão questões relativas a custos, burocracia e constrangimentos operacionais que envolveram a demanda superior a 4 milhões de TEUs, em 2010, bem acima da movimentação total de 1,2 milhões de TEUs, em 2009.
A discussão levará também em conta os novos atores em transportes, o aumento relevante da movimentação de contêiner de cabotagem e os ganhos de produtividade relacionados ao porto concentrador.
Participam da reunião segmentos que regulam, exploram, desenvolvem e fomentam modelos das operações desse sistema de transportes. Entre eles, estão representantes de administrações portuárias, CAPs, agências reguladores, SEP, Ministérios dos Transportes e da Fazenda, Petrobras, sindicatos do setor, associações de usuários, universidades e bancos de fomento.
Programação
Confira abaixo a programação das exposições e debates da reunião de trabalho.
EXPOSIÇÕES E DEBATES DA REUNIÃO DE TRABALHO PAINEL DAS AUTORIDADES REGULADORAS
INÍCIO INSTITUIÇÃO QUESTÕES
8:30 h ANTAQ Questões da regulação das operações do contêiner de cabotagem nos subsistemas porto
9:00 h AMBIENTE Solicitações do ambiente decorrentes das intervenções dos subsistemas dos transportes.
9:30 h ALFÂNDEGA Controle fiscal das operações do contêiner nacional e internacional de cabotagem nos recintos alfandegados.
10:00 h às 10:20 h -INTERVALO
10:20 h CNT DEBATEDOR Os problemas portuários sob o ponto de vistas dos modais dos transportes
10:50h CODESP MEDIADOR Gestão do painel, dos debates, observações, registros, abertura e controle dos tempos das questões e respostas das discussões.
11:00 h Debates com os participantes da reunião
12:30 às 14:00 h Intervalo para almoço
PAINEL DOS PRESTADORES DE SERVIÇO
INÍCIO INSTITUIÇÃO QUESTÕES
14:00 h LINHAS DE NAVEGAÇÃO Questões das janelas operacionais, burocracia e custos portuários
14:30 h TERMINAL PORTUÁRIO Aumento do “dwell-time”, problemas das acessibilidades, da falta de áreas e berços, e da eficiência operacional.
15:00 h FNP Participação laboral na redução dos custos e da eficiência operacional da cabotagem.
15:00 h às 15:20 h -INTERVALO
15:20 h ANUT DEBATEDOR Custos e demanda versus capacidade dos sistemas de transportes sob o ponto de vistas dos clientes
15:50 h USP CIENTÍFICA Ferramentas aplicadas em simulações, otimizações e gestão estratégica das questões do modelo portuário.
16:20 h SEP MEDIADOR Gestão do painel, dos debates, análises, abertura e controle dos tempos das questões e respostas das discussões.
16:30 h Debates com os participantes da reunião
18:00 h Informações das próximas Fases e encerramento da reunião
ANTAQ
Cidades portuárias querem retomar projetos de lei
As cidades portuárias das regiões Sul e Sudeste, entre elas, Santos, definiram suas principais estratégias para aumentar as arrecadações com a atividade portuária que ocorre em suas áreas.
Uma delas é o desarquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento dos Municípios Portuários. A segunda é a retomada do Projeto de Lei do Senado (PLS) 327/06, que prevê abrir o mercado dos Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros (Clias), recintos alfandegados onde as mercadorias são armazenadas. O texto prevê a possibilidade de se implantar, nesses locais, atividades industriais. Os dois projetos foram arquivados após serem debatidos no Congresso. A retomada da PEC e do novo regramento dos Clias foi defendida por representantes das cidades portuárias ontem, durante o encontro regional Sul/ Sudeste da Associação Brasileira de Municípios Portuários (ABMP), realizado em São Francisco do Sul(SC).
No próximo dia 28, em Belém (PA), haverá o encontro das cidades portuárias das regiões Norte, Nordeste e Centro ¬Oeste. Segundo o prefeito de Santos, João Paulo Papa, que preside a ABMP, as propostas definidas nas duas reuniões serão levadas tanto ao ministro-chefe da Secretaria de Portos, José Leônidas Cristino, quanto à Mesa do Senado. A audiência com Cristino está prevista para a primeira semana do próximo mês. O encontro com o senador José Sarney, presidente do Senado, ainda será marcado. Os representantes das cidades pretendem aumentar sua receita e impulsionar ainda mais suas economias com os portos. Para isso, a criação do fundo de desenvolvimento e o incentivo às indústrias portuárias foram considerados ações essenciais, explicou Papa, em entrevista a A Tribuna ontem, logo após o término do primeiro encontro da ABMP. Outra medida defendida pelos municípios portuários é a descentralização da gestão dos portos, que deve ser compartilhada com as autoridades locais. "Esse foi outro ponto unânime na reunião.
De norte a sul do País, os municípios participam quase nada na gestão dos Portos. Há alguns casos que se destacam, como Santos, mas são situações pontuais e circunstanciais", afirmou o prefeito de Santos. Essa questão também será debatida com as autoridades em Brasília.
Portos e Navios
Terminal movimenta 2,6 milhões de contêineres ao ano sem a circulação de pessoas no pátio de operações
O cenário é de um porto abandonado, mas as atividades seguem ritmo intenso. O terminal automatizado do Porto de Hamburgo, na Alemanha, funciona sob o domínio das máquinas, num ambiente limpo e organizado regido pela eficiência. O funcionamento Conteiner Terminal Altenwerner (CTA) foi conferido pela Expedição Safra Gazeta do Povo, em viagem de 2,8 mil quilômetros pela União Europeia.
O empreendimento pertence à Hamburger Hafen und Logistic (HHLA) (74,9%) e à Hapag-LLoyd (25,1%). São 980 mil metros quadrados de área para operações, ao longo de 1,4 quilômetro do Rio Elbe, o que permite que até quatro navios atraquem ao mesmo tempo.
Na chegada, não há filas para os caminhões. Das quatro pistas de estacionamento, eles são encaminhados para carga e descarga quase que imediatamente. Os motoristas recebem instruções sobre onde se posicionar por rádio, sem sair do volante. O acesso à área de operações a pé é proibido por questões de segurança.
No vaivém do pátio, ao invés de veículos carregadores e motoristas, existem 65 guias de carga controlados por computadores e softwares. Cada guia, chamado de AGV (Automated Guide Vehicle), encontra seu próprio caminho, por sinais de rádio e informações de satélite, via GPS (Global Positioning System).
O pátio de contêineres ocupa a maior parte da área do CTA e conta com 22 pares de guindastes. O terminal tem 500 funcionários e, segundo a HHLA, seriam necessários 1,2 mil pessoas se o sistema não fosse praticamente todo robotizado.
Com capacidade para movimentar 3 milhões de contêineres ao ano, o CTA opera atualmente com 80% de sua capacidade. O pátio recebe até 30 mil contêiners e, pela disposição orquestrada dos compartimentos, pouco lembra um porto com alto fluxo. É necessário operar com a maior carga possível para garantir a rentabilidade, afirma um dos diretores do empreendimento, Klaus Schmöcker.
O sistema fica parado apenas cinco dias ao ano, para manutenção. Não é necessário observar feriados ou interromper os carregamentos por causa da chuva ou da neve. “As máquinas têm sempre a mesma motivação, todos os dias”, frisa Dennis Kögeböhn, da HPC Hamburg Port Consulting, subsidiária da HHLA. As operações são controladas de cabines onde ficam 120 dos 500 funcionários.
As máquinas fazem o transporte também de navio para navio. As embarcações ficam menos de uma semana no terminal. Uma operação de carga ou descarga pode ser concluída em quatro ou cinco dias.
A automatização exigiu 500 milhões de euros, investimento realizado num momento de ampliação da movimentação no Porto de Hamburgo. A previsão inicial era de que seria necessário uma década para a recuperação do aporte inicial, o que ocorreu surpreendentemente em apenas três anos, a partir de 2001, conta Schmöcker.
O retorno ocorreria apenas neste ano, mas, atualmente, os investidores podem se concentrar em serviços de consultoria para portos de todo o mundo, inclusive os de Suape (PE), Santos (SP) e Itapoá (SC). A estratégia foi tornar-se logo a primeira opção para o embarque e desembarque de contêineres na Alemanha, contam os investidores.
A automatização chegou ao ponto de as máquinas com defeito seguirem sozinhas para as oficinas. O que tem dentro dos contêineres pouco importa na rotina do porto. Os operadores sequer sabem que transportam de eletrônicos a alimentos industrializados.
Granéis seguem tendência
A automatização é uma tendência também nos terminais de granéis da Europa, com as operações cada vez mais controladas por guindastes guiados de cabines remotas. A preocupação com custos abre caminho para investimentos na área, inclusive em portos menores.
No porto de Nantes, interior da França, que aproveita as condições de navegação do Rio Loire, a preocupação ocorre ao mesmo tempo em que mostram-se necessários investimentos básicos, como a cobertura das correias que retiram os produtos dos navios.
Atualmente, a parte das correias que fica sobre os navios, bem como os porões dos mesmos, roda descoberta. As operações de descarga são interrompidas pelos operadores de Nantes quando começa a chover, como ocorre no Paraná. Só são retomadas se o cliente autorizar, assumindo os riscos de problemas com a carga.
Por enquanto, as máquinas são aproveitadas para manter o porto em atividade acelerada e, ao mesmo tempo, limpo e organizado. Além disso, para que não haja filas, os caminhões têm vias de acesso diretas ao terminal, sem atravessar centros urbanos.
A segregação de convencionais e transgênicos complica a descarga e o armazenamento em Nantes. Porém, como o volume de produto livre de ingredientes geneticamente modificados é menor, reserva-se uma correia e um armazém para que não haja mistura. A logística exige gerenciamento à parte, facilitado por softwares internos.
Mídia News
Quip apresenta novas instalações para auditores da Receita Federal de Rio Grande
Uma equipe da Receita Federal de Rio Grande visitou nesta terça-feira, 7, as dependências da Quip S.A, na rua Honório Bicalho. Eles conheceram as instalações e local de trabalho onde está sendo construída a plataforma P-63. Os auditores também conheceram o local das futuras instalações da Queiroz Galvão, que construirá em Rio Grande a plataforma P-58 e ainda receberam as primeiras informações sobre o projeto dessa nova plataforma.
A comitiva foi recepcionada pelo diretor de suporte corporativo da empresa, Marcos Reis, que apresentou informações sobre os empreendimentos que a Quip executa em Rio Grande, lembrando que a empresa foi precursora do Polo Naval de Rio Grande com a construção da primeira plataforma em solo gaúcho: a P-53. Atualmente, além da P-63, a Quip também executa a construção da plataforma P-55, no dique seco do Estaleiro Rio Grande, localizado no Superporto rio-grandino.
Reis falou ainda dos investimentos que a empresa irá realizar para ampliar a capacidade de construção de plataformas em seu canteiro de obras na ponta Sul do Porto Novo, que deverá gerar mais empregos e desenvolvimento para a cidade de Rio Grande.
Jornal Agora (RS)
Escassez de contêineres será menor este ano
Mais preparadas, companhias aproveitarão momento para aumentar taxas.
Prevista para acontecer nos mercados de todo o mundo, a escassez de contêineres não deve ser tão ruim neste ano quanto foi em 2010, quando as transportadoras foram pegas desprevenidas por uma alta nos volumes.
De acordo com a Drewry Supply Chain Advisors, nos últimos meses as companhias marítimas têm avisado que haverá falta de contêineres porque não foram feitas encomendas suficientes nem em 2009 nem em 2010.
A empresa afirmou: "Qualquer impacto deve ficar limitado aos trades dos comércios balanceados entre exportação e importação, nos quais os operadores podem ficar relutantes. Agora, as transportadoras devem estar preparadas e usarão a oportunidade para recuperar as taxas."
De acordo com os dados apurados, um grande número de transportadoras já introduziu sobretaxas de falta de contêiner: "Muito dependerá do padrão da demanda, que tem sido provado por imprevisibilidades de atraso. Um aumento inesperado no tráfego em um curto espaço de tempo pode levar a condições particularmente mais apertadas. De qualquer maneira, esses avisos permanecem como especulação. Na balança, as companhias marítimas devem escapar ilesas. No entanto, elas devem permanecer vigilantes e preparadas para soluções a curto prazo", ressaltou a companhia.
Em maio, o grupo WSC (World Shipping Council) avisou que um nível reduzido de produção de contêineres em 2009 e 2010 afetaria o suprimento de unidades neste ano - especialmente na temporada de pico. O grupo colocou a culpa da escassez nos preços muito altos dos novos contêineres - em US$ 3.000 por Teu - fazendo transportadoras e locadoras ficarem relutantes em fazer novas encomendas.
A companhia disse que o atraso de alguns contêineres neste ano compensariam algumas deficiências projetadas, já que reduziria o tempo que os fretadores retém os contêineres, otimizando a cadeia.
Guia Marítimo
ANTAQ interdita 42 empresas no transporte longitudinal de passageiros e misto
A Superintendência de Navegação Interior (SNI) da ANTAQ alcançou, no primeiro trimestre de 2011, a marca de 42 empresas interditadas que operavam no transporte longitudinal de passageiros e misto, em percursos interestadual, sem autorização. Com a ação repressiva, 46 embarcações deixaram de operar irregularmente. Depois das ações de interdição, 12 empresas se regularizaram e 15 embarcações voltaram a prestar esse serviço de transporte de competência da União.
O combate ao transporte irregular faz parte da estratégia da Agência para promover a plena regularização do setor de transporte fluvial sob sua competência e desde novembro de 2009 vem optando por ações repressivas junto aos operadores que se mostraram resistentes ao atendimento às ações educativas da ANTAQ desde 2007. A SNI, por meio das Unidades Administrativas Regionais da ANTAQ em Manaus, Belém e Porto Velho, e com o apoio da Marinha do Brasil, é quem interdita as empresas sem autorização.
Em relação ao transporte longitudinal de cargas, a diretoria da ANTAQ já aprovou a interdição de 22 operadores, sendo 17 sob a jurisdição de Porto Velho e cinco na área de competência de Belém. Já para o transporte de travessia, as propostas de interdição estão em análise pela Gerência de Fiscalização da Navegação Interior (GFI) e terão o seu encaminhamento para aprovação da diretoria até o final de junho, com previsão de implementação em julho.
ANTAQ
Holandeses vão investir US$ 1 bi em um superporto no Estado
Até o final deste ano, o governo do Estado e o Porto de Roterdã Internacional decidem a área onde será construído um novo porto de águas profundas no litoral capixaba. A previsão é de que sejam investidos US$ 1 bilhão na implantação da infraestrutura do porto e da retroárea e até US$ 12 bilhões para a instalação das empresas no condomínio do porto.
O governo do Estado não indicou, especificamente, nenhuma área para a implantação da obra. "Estamos colocando à disposição dos técnicos holandeses e empresários, a possibilidade de escolher de Presidente Kennedy, no extremo Sul, até Conceição da Barra, no Norte", explica o secretário de Desenvolvimento, Márcio Félix Bezerra.
As intenções das partes - governo estadual e Porto de Roterdã Internacional - foram especificadas no memorando de entendimento assinado entre o governador Renato Casagrande e os representantes holandeses, o diretor do Porto de Roterdã, Roger Clasquim, e o gerente de projetos, Marc Evertse, durante encontro no Palácio Anchieta, ontem pela manhã.
Localização
Algumas áreas já foram indicadas para o novo porto, incluindo Ponta de Ubu, em Anchieta, e Praia Mole, em Vitória. Uma terceira opção foi apresentada ontem também aos executivos de Roterdã e ao governador Renato Casagrande. Trata-se de uma área em Vila Velha, localizada na região de Interlagos e Xuri.
O projeto de Vila Velha foi mostrado a Casagrande no final da tarde pelo prefeito do município, Neucimar Fraga, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Arlen Silva, e o secretário de Desenvolvimento urbano, Henrique Casamata. A área destinada ao projeto, em Ponta da Fruta, tem 50 milhões de metros quadrados para a retroárea e possibilidade de 23 metros de calado para o porto, segundo Henrique Casamata.
O gerente de projetos, Marc Evertse, explicou que o projeto que os executivos de Roterdã têm em mente é semelhante ao do Porto de Sohar, construído pelos holandeses em Omã. Naquele país, o porto funciona por meio de parceria entre o governo local e a empresa Porto de Roterdã Internacional. A empresa holandesa tem participação no Porto de Sohar e também no Porto de Suape, em Pernambuco.
Gerente da Antaq deve presidir Codesa
O novo presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) deverá ser o gerente de Estudos e Desempenho Portuário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Bruno Pinheiro. O nome de Pinheiro já teria sido aprovado pelo ministro dos Portos, Leônidas Cristino. O nome do novo presidente da Codesa, entretanto, depende de aprovação dos integrantes do Conselho de Administração da companhia (Consad). Até à noite de ontem não havia saído a convocação dos conselheiros para a sessão extraordinária do Consad. A convocação deve ser feita com até cinco dias de antecedência. Na Antaq, a informação da assessoria de imprensa do órgão, foi a de Pinheiro não se encontrava no local de trabalho e que a informação não poderia ser confirmada.
Portos e Navios
ANTAQ discute modelagem portuária para movimentação de contêiner de cabotagem em Santos
O gerente de Portos Públicos da ANTAQ Jair Campos Galvão e a chefe da unidade da agência em São Paulo Nanci Fontenelle participam, no dia 8 de junho, em Santos, a convite da CODESP, de reunião do grupo de trabalho que debaterá a modelagem portuária para a movimentação do contêiner de cabotagem no porto de Santos.
O grupo pretende estudar medidas que melhorem a configuração do porto, a fim de adequá-las às operações de contêiner dos transportes de cabotagem.
Os participantes discutirão questões relativas a custos, burocracia e constrangimentos operacionais que envolveram a demanda superior a 4 milhões de TEUs, em 2010, bem acima da movimentação total de 1,2 milhões de TEUs, em 2009.
A discussão levará também em conta os novos atores em transportes, o aumento relevante da movimentação de contêiner de cabotagem e os ganhos de produtividade relacionados ao porto concentrador.
Participam da reunião segmentos que regulam, exploram, desenvolvem e fomentam modelos das operações desse sistema de transportes. Entre eles, estão representantes de administrações portuárias, CAPs, agências reguladores, SEP, Ministérios dos Transportes e da Fazenda, Petrobras, sindicatos do setor, associações de usuários, universidades e bancos de fomento.
Programação
Confira abaixo a programação das exposições e debates da reunião de trabalho.
EXPOSIÇÕES E DEBATES DA REUNIÃO DE TRABALHO PAINEL DAS AUTORIDADES REGULADORAS
INÍCIO INSTITUIÇÃO QUESTÕES
8:30 h ANTAQ Questões da regulação das operações do contêiner de cabotagem nos subsistemas porto
9:00 h AMBIENTE Solicitações do ambiente decorrentes das intervenções dos subsistemas dos transportes.
9:30 h ALFÂNDEGA Controle fiscal das operações do contêiner nacional e internacional de cabotagem nos recintos alfandegados.
10:00 h às 10:20 h -INTERVALO
10:20 h CNT DEBATEDOR Os problemas portuários sob o ponto de vistas dos modais dos transportes
10:50h CODESP MEDIADOR Gestão do painel, dos debates, observações, registros, abertura e controle dos tempos das questões e respostas das discussões.
11:00 h Debates com os participantes da reunião
12:30 às 14:00 h Intervalo para almoço
PAINEL DOS PRESTADORES DE SERVIÇO
INÍCIO INSTITUIÇÃO QUESTÕES
14:00 h LINHAS DE NAVEGAÇÃO Questões das janelas operacionais, burocracia e custos portuários
14:30 h TERMINAL PORTUÁRIO Aumento do “dwell-time”, problemas das acessibilidades, da falta de áreas e berços, e da eficiência operacional.
15:00 h FNP Participação laboral na redução dos custos e da eficiência operacional da cabotagem.
15:00 h às 15:20 h -INTERVALO
15:20 h ANUT DEBATEDOR Custos e demanda versus capacidade dos sistemas de transportes sob o ponto de vistas dos clientes
15:50 h USP CIENTÍFICA Ferramentas aplicadas em simulações, otimizações e gestão estratégica das questões do modelo portuário.
16:20 h SEP MEDIADOR Gestão do painel, dos debates, análises, abertura e controle dos tempos das questões e respostas das discussões.
16:30 h Debates com os participantes da reunião
18:00 h Informações das próximas Fases e encerramento da reunião
ANTAQ
Cidades portuárias querem retomar projetos de lei
As cidades portuárias das regiões Sul e Sudeste, entre elas, Santos, definiram suas principais estratégias para aumentar as arrecadações com a atividade portuária que ocorre em suas áreas.
Uma delas é o desarquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento dos Municípios Portuários. A segunda é a retomada do Projeto de Lei do Senado (PLS) 327/06, que prevê abrir o mercado dos Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros (Clias), recintos alfandegados onde as mercadorias são armazenadas. O texto prevê a possibilidade de se implantar, nesses locais, atividades industriais. Os dois projetos foram arquivados após serem debatidos no Congresso. A retomada da PEC e do novo regramento dos Clias foi defendida por representantes das cidades portuárias ontem, durante o encontro regional Sul/ Sudeste da Associação Brasileira de Municípios Portuários (ABMP), realizado em São Francisco do Sul(SC).
No próximo dia 28, em Belém (PA), haverá o encontro das cidades portuárias das regiões Norte, Nordeste e Centro ¬Oeste. Segundo o prefeito de Santos, João Paulo Papa, que preside a ABMP, as propostas definidas nas duas reuniões serão levadas tanto ao ministro-chefe da Secretaria de Portos, José Leônidas Cristino, quanto à Mesa do Senado. A audiência com Cristino está prevista para a primeira semana do próximo mês. O encontro com o senador José Sarney, presidente do Senado, ainda será marcado. Os representantes das cidades pretendem aumentar sua receita e impulsionar ainda mais suas economias com os portos. Para isso, a criação do fundo de desenvolvimento e o incentivo às indústrias portuárias foram considerados ações essenciais, explicou Papa, em entrevista a A Tribuna ontem, logo após o término do primeiro encontro da ABMP. Outra medida defendida pelos municípios portuários é a descentralização da gestão dos portos, que deve ser compartilhada com as autoridades locais. "Esse foi outro ponto unânime na reunião.
De norte a sul do País, os municípios participam quase nada na gestão dos Portos. Há alguns casos que se destacam, como Santos, mas são situações pontuais e circunstanciais", afirmou o prefeito de Santos. Essa questão também será debatida com as autoridades em Brasília.
Portos e Navios
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