LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 16 de junho de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 16/06/2011

PAC permite obra no porto
Após reunião com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, na tarde de ontem, em Brasília, o secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, confirmou que está garantido, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o repasse de R$ 340 milhões para investimentos no Porto de Rio Grande. A obra ocorrerá em três etapas.

Os recursos serão aplicados na reformulação do Porto Novo, que é uma área pública. "Vamos construir 1.125 metros de cais, novo e reforçado, realizar a dragagem, para que possamos ter 16 metros de profundidade do calado, como no Superporto, além de executarmos uma obra na retroárea do cais em construção", explicou Albuquerque.

Albuquerque comemorou a inclusão das obras no PAC, que "é essencial para o Rio Grande do Sul, pois agrega uma competitividade ainda maior ao Porto de Rio Grande". O secretário também lembrou a parceria com o governo federal que, durante a gestão Lula, fez o alongamento dos Molhes, o aprofundamento do calado do Porto e, agora, garante mais investimentos.

O secretário de Infraestrutura também reiterou à ministra Miriam Belchior a importância dos projetos do governo gaúcho de balizamento da hidrovia Porto Alegre-Rio Grande, para navegação noturna, e para construção de cais e terminal turístico no Porto de Porto Alegre. "Estamos lutando para incluir essa agenda que, infelizmente, não foi inserida no plano para a Copa do Mundo, definido em 2010", disse.
O secretário avaliou ainda que, com a decisão do governo do Estado de fazer essas obras, o governo federal, certamente, entenderá a importância destes investimentos e aportará os recursos necessários. Na manhã de ontem, o secretário de Infraestrutura participou de reunião com o ministro de Portos, Leônidas Cristino, e hoje ele terá outra reunião, desta vez com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, para tratar da federalização de algumas rodovias do Rio Grande do Sul.
Correio do Povo - RS



Gargalos e custos preocupam setor de navegação no Brasil
Recordes nas exportações, investimentos na infraestrutura portuária e o avanço da economia fazem com que as perspectivas para o transporte marítimo de cargas para este ano sejam altamente positivas, segundo os empresários. Porém, mesmo com as boas expectativas para o setor de navegação, os gargalos logísticos e os altos custos continuam sendo considerados entraves nas trocas comerciais através de vias marítimas.

Para o diretor-executivo do Centro Nacional de Navegação (Centronave), Elias Gedeon, contar com novos empreendimentos que ficarão prontos em dois ou três anos e acreditar que eles resolverão todos os problemas de movimentação de cargas são atitudes preocupantes. "Já temos que pensar em expandir o setor quando o que está sendo planejado estiver em prática. É uma questão básica de planejamento".

Uma saída, segundo Gedeon, é adaptar o que ele chama de "equivocado Decreto nº6.620/08". "Não dá para falar em perspectiva de futuro sem tocar no ponto que inibe novos investimentos em terminais. Além de ser um decreto ilegal, ele afugenta investidores", declarou o executivo sobre o novo regramento que disciplina a concessão de portos, o arrendamento e a autorização de instalações portuárias marítimas à iniciativa privada.

O diretor-executivo do Centronave vê com preocupação o futuro e a expansão do setor. "A perspectiva é de aumento no movimento, mas não de avanços logísticos. Deve-se pensar melhor nisso",afirmou.

Gedeon defende a criação e o aperfeiçoamento de sistemas que garantam uma maior fluidez no transporte de cargas. O aumento do número de fiscais da Receita Federal também é apontado como uma forma para reduzir o tempo de permanência das cargas nos pátios de contêineres, além da redução dos custos de transporte e da estadia. "Hoje, temos cargas que ficam até 15 dias retidas, quando, na verdade, elas deveriam ficar no máximo dois dias".

O presidente da Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar), Glen Gordon Findley, também vê um cenário promissor para a navegação neste ano, mas se preocupa com os altos custos de transporte e o câmbio baixo - para ele, os principais entraves para o melhor desenvolvimento do setor. "A receita das agências (de navegação) é baseada em fretes, calculados em dólar. Como ele está baixo, trabalhamos o mesmo e recebemos menos. E a cada ano, a situação está piorando".

Em termos de volume, o presidente da Fenamar acredita que os números deste ano serão 11% superiores aos do ano passado. Nos primeiros cinco meses do ano, já foi registrado um aumento de cerca de 6% nas trocas comerciais marítimas. "As importações se aceleram de junho a novembro, por conta das compras de Natal. Já asexportações seguem bem durante todo o ano, com o açúcar e o algodão, por exemplo".

Expectativas da empresas

A companhia de navegação Maersk Line vê um cenário positivo para o transportemarítimo de cargas neste e nos próximos três anos. O presidente da empresa para América Latina e Caribe, Robert Jan van Trooijen, afirma que a demanda é forte e vai continuar crescendo.

Os números da companhia referentes ao primeiro trimestre do ano mostram um aumento de 10% na receita, em relação ao mesmo período do ano passado, e um lucro líquido de US$438 milhões.

A maior preocupação de Trooijen, contudo, é o aumento da oferta de espaço na navegação, que será obtido com as encomendas de grandes navios feitas depois da crise de 2009. Como o prazo de entrega das embarcações varia de dois a três anos, os mega navios começarão a entrar em operação neste ano.

Trooijen explicou que, na busca por melhores fatias do mercado, empresas encomendaram navios maiores do que suas demandas de transporte. Isto poderá tornar a embarcação ociosa. É possível que elas partam com cargas aquém de sua capacidade de transporte.

A Log-In Logística Intermodal vê, na migração de modais, um futuro promissor para a navegação. A empresa é especializada no transporte de cargas de cabotagem (inclusive para países do Mercosul).

Segundo o presidente da Log-In,Vital Jorge Lopes, para cada contêiner transportado através da cabotagem, outras três unidades são transportadas por outros modais. A expectativa dos empresários é investir nesse mercado para captar essas cargas. "Para distâncias superiores a 1,5 quilômetro, o transporte marítimo é mais eficiente e menos oneroso",declarou.
Renovação de frota

Com investimentos de R$ 1,3 bilhão, a Log-In pretende renovar completamente sua frota de sete navios, para torná-la mais moderna e eficiente até 2014. "Mas não adianta ter frota semter versatilidade nos portos", declarou.

Lopes reconhece os esforços das autoridades ao investirem em obras como a dragagem de aprofundamento, além da construção de novos terminais (pela iniciativa privada). "Os terminais da BTP (Brasil Terminal Portuário) e da Embraport vão acelerar processos de desenvolvimento assim que estiverem concluídos e a dragagem vai permitir a chegada de navios maiores a Santos".

De olho nas novas oportunidades de transporte, a Log-In prevê aumentar sua capacidade de movimentação em cerca de 30%. Hoje, a empresa tem capacidade estática de 12 mil contêineres.
A Tribuna



Frota inativa de porta-contêineres é a menor em três anos
No começo de junho foram registrados 63 navios inoperantes.
De acordo com uma pesquisa elaborada pela Alphaliner, a frota inativa de porta-contêineres voltou aos níveis pré-crise, alcançando o menor número dos últimos três anos. No começo de junho, a companhia registrou apenas 63 navios inoperantes, o equivalente a 80 mil Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés), e a perspectiva é de que os números baixem para 20 mil Teus nas próximas semanas.

O estudo relata que o número de embarcações com mais de mil Teus deixadas inativas a longo prazo caiu para menos de 15 - isso incluindo algumas unidades norte-americanas que sofreram erosão. A Alphaliner avisou que a demanda não ficaria mais forte nos próximos dois meses, assim, a disponibilização de capacidade pelos fretadores pode induzir o aumento da frota inativa até setembro.

4"A frota inoperante diminuiu devido à alta demanda por porta-contêineres no primeiro semestre deste ano. O número baixo de utilização nas rotas-chave e as taxas de frete não-compensatórias podem forçar as transportadoras a forçarem a volta da capacidade que será disponibilizada mais para o final deste ano. Apesar de algumas transportadoras se mobilizarem, nos últimos dois meses, para cortar capacidade, a maioria das empresas continua a incluir mais capacidade no mercado", afirma o relatório.

Das 32 transportadoras mapeadas pela Alphaliner, 27 adicionaram capacidade nos últimos 12 meses, enquanto apenas cinco (incluindo The Containership Company, Maruba e CSAV) reduziram sua capacidade operacional.
Guia Marítimo




Eike planeja megaprojeto logístico em Biguaçu
A REX, braço imobiliário do grupo EBX, do bilionário de Eike Batista, confirmou que estuda desenvolver um projeto logístico no terreno de 2 milhões de metros quadrados em Biguaçu. No local seria construído, inicialmente, o estaleiro OSX, investimento de US$ 1 bilhão que acabou transferido para o Rio de Janeiro.

Os planos da empresa podem ser divulgados com mais detalhes pela empresa ao Prefeito de Biguaçu, José Castelo Deschamps, no dia 28. A reunião, que deveria ocorrer nesta terça, foi remarcada em função do caos aéreo originado pelos cancelamentos de voos provocados pelas cinzas do vulcão chileno Puyehue na região Sul.

Os cancelamentos teriam prejudicado a agenda de executivos da REX, empresa do Grupo EBX que entrou em cena quando o estaleiro da OSX migrou para o Rio de Janeiro. O Prefeito de Biguaçu confirma que as conversas que teve, desde o ano passado, com o Diretor-Executivo da REX, Marco Adnet, apontavam para um projeto logístico para o terreno.

— Ele tem sido muito atencioso. Trocamos alguns telefonemas, quando expressamos a vontade do município em receber um centro de logística. Ele gostou muito da ideia, que conciliaria com alguns dos projetos sugeridos pelas consultorias que a empresa contratou — esclarece Deschamps.

De acordo com o Procurador-Geral de Biguaçu, Anderson Nazário, o grupo de Eike Batista teria investido, apenas na compra do terreno, R$ 75 milhões. Ele afirma que desde que o estaleiro da OSX foi anunciado na cidade de São João da Barra, no Rio de Janeiro, o Grupo EBX teria desistido de projetos similares ou que exigissem dragagem em Biguaçu.

A expectativa de Deschamps é que parte do terreno comprado por Eike Batista seja utilizado para um centro logístico, e que outra parte possa abrigar um parque industrial. Deschamps acredita que a ideia de um hotel-marina, citada por Eike logo após o anúncio do estaleiro da OSX no Rio de Janeiro, foi abandonada porque o empresário teria ficado “traumatizado”.
— Ele ficou um pouco traumatizado com a questão do mar porque algumas pessoas não entenderam que ele queria fazer um projeto com equilíbrio na cidade. Estas pessoas ainda não assimilaram o quanto perdemos neste processo.
Portal Marítimo



Maior desafio para o Porto de Santos é movimentar 230 milhões de toneladas até 2024
Mario Lima Junior, secretário-executivo da Secretaria Nacional dos Transportes, afirmou nesta ontem, terça-feira (14), durante o 6º Encontro de Logística e Transportes da Fiesp, que um dos maiores desafios para o Porto de Santos é atingir uma movimentação de carga equivalente a 230 milhões de toneladas em 2024.

O porto de Santos, maior da América Latina,em 2010, movimentou 96 milhões de toneladas (25% da movimentação nacional dos portos públicos). “Hoje precisamos de portos com profundidade e com pátio para operação rápida e eficiente”, disse Lima Junior ao apresentar palestra sobre a logística dos portos públicos do Brasil. O País representa 36 por cento do Produto Interno Bruto da América Latina, segundo o secretário.

Lima Junior ainda informou que serão investidos 9 bilhões de dólares até 2024 que darão suporte ao melhoramento da logística portuária nacional. Os investimentos do setor privado em novos terminais em Santos somam 1,77 bilhão de dólares.

Os investimentos previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somam 544 milhões de dólares . Somente em dragagem, foram investidos 283 milhões de dólares em 2010.

No Brasil, há 34 portos públicos marítimos e 129 terminais de uso privativo. No pacote de infraestrutura para a Copa de 2014 também estão incluídos investimentos de curto prazo no valor de 219 milhões de dólares.
Portos e Navios




Beto confirma R$ 340 milhões para o Porto Novo de Rio Grande
Após sair da reunião com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, no início da tarde de ontem, terça-feira (14), o secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, confirmou direto de Brasília, que está garantido, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o repasse de R$ 340 milhões para investimentos no Porto de Rio Grande. A obra ocorrerá em três etapas.

Os recursos serão aplicados na reformulação do Porto Novo, em Rio Grande, que é uma área pública. "Vamos construir 1.125 metros de cais, novo e reforçado, realizar a dragagem, para que possamos ter 16 metros de profundidade do calado como no super porto, além de executarmos uma obra na retroarea do cais em construção."

Beto comemorou a inclusão das obras no PAC que, segundo ele, é essencial para o Rio Grande do Sul, pois agrega uma competitividade ainda maior ao Porto de Rio Grande. O secretário também lembrou a parceria com o Governo Federal que durante a gestão Lula realizou o alongamento dos Molhes, o aprofundamento do calado do Porto e, agora, garante mais investimentos.

O secretário de Infraestrutura também reiterou à ministra Miriam Belchior, a importância dos projetos do Governo gaúcho de balizamento da hidrovia Porto Alegre- Rio Grande para navegação noturna e para construção de cais e terminar turístico no porto de Porto Alegre. "Estamos lutando para incluir essa agenda que, infelizmente, não foi inserida no plano para a Copa do Mundo, definido em 2010", disse. Na avaliação do secretário, com a decisão do Executivo gaúcho de fazer essas obras, o Governo Federal certamente entenderá a importância destes investimentos e aportará os recursos necessários.
Pela manhã, o secretário reuniu-se com o ministro de Portos, Leônidas Cristino, e nesta quarta-feira trata da federalização de algumas rodovias gaúchas com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento.
Portos e Navios



Porto Itapoá é alfandegado pela Receita Federal
O Porto Itapoá foi declarado alfandegado pela Receita Federal. De acordo com a edição de ontem, 14 de junho, do Diário Oficial da União, as instalações portuárias de uso privativo misto estão alfandegadas a título permanente e por prazo indeterminado. A resolução é válida para a movimentação e a armazenagem de mercadorias em contêineres, sejam elas próprias ou de terceiros, provenientes e destinadas ao comércio internacional.

O terminal também foi autorizado a operar pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários – Antaq e foi habilitado ao tráfego marítimo internacional. Conforme resoluções, a fiscalização aduaneira será exercida de forma ininterrupta, ficando o Porto autorizado a realizar as operações aduaneiras. O terminal ficará sob a jurisdição da Alfândega da Receita Federal do Brasil no Porto de São Francisco do Sul, que poderá estabelecer regras, condições e exigências, bem como rotinas operacionais que se fizerem necessárias ao controle fiscal.
NewsComex

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